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A Evolução Histórica dos Contratos - DIREITO CONTRATUAL

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TEORIA GERAL DOS CONTRATOS 
A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS CONTRATOS: 
A evolução histórica do contrato seguiu a lógica social de cada 
sociedade em cada período histórico, sendo as mais destacadas a 
sociedade romana, a medieval e a formada após a Revolução Francesa. 
Direito romano: 
Inicialmente, o sistema econômico vigente não exigia que houvesse uma 
atuação complexa do Direito sobre as relações comerciais, sendo estas 
realizadas majoritariamente no âmbito familiar. A sacralidade, entretanto, 
era importante, uma vez que a religiosidade era um ponto chave para as 
relações da época. 
Com a evolução da economia e das relações comerciais, houve a 
necessidade de se ampliar a capacidade do Direito Contratual, sendo esse 
expandido até que, no período do Direito Justinianeu, os juristas começam a 
entender a obrigação como fruto do acordo de vontades, e este passa a ser 
o elemento juridicamente relevante da obrigação, passando a ser, portanto, 
também elemento essencial do contrato. O contrato é reafirmado como 
regulador das operações econômicas intensificadas ao longo da história de 
Roma. 
 
Idade Média: 
Havia menor dinamicidade nas cidades medievais do que a encontrada 
em Roma, logo, o direito contratual sofre retrocessos, voltando a ser primitivo, 
consuetudinário e provinciano. Havia, nesse período, forte predominância 
das tradições orais, características do Direito Feudal. 
Com a Baixa Idade Média, esse panorama é modificado e o estado 
Absolutista se instala e a economia de mercado se expande. 
Consequentemente, volta-se às raízes romanas e o direito justinianeu é 
resgatado, formando o ius commune (conjugação do direito medieval com 
o direito canônico). 
 
Revolução Francesa: 
O contrato passou a ser entendido como instrumento político, utilizado 
pela classe dominante para reforçar a ideologia. Assim, a liberdade 
contratual, a igualdade entre os contratantes e a força obrigatória dos 
contratos se tornam princípios incorporados ao ordenamento, formando uma 
teoria contratual liberal economicamente e voluntária juridicamente. 
 
Código Napoleão: 
Convenção como gênero e contrato como espécie. Contrato como 
instrumento para transmissão e aquisição de propriedade. Transferência de 
bens dependia da vontade. 
 
Código Civil Alemão: 
Contrato como espécie de negócio jurídico, que não transfere a 
propriedade. 
 
Revolução Industrial: 
O contrato passa a ser um instrumento indispensável para a articulação 
de todo o sistema capitalista econômico. 
 
Hoje: 
O próprio contrato é entendido como consenso. Predominância da 
autonomia da vontade. 
A constitucionalização do Direito Contratual permitiu uma mudança de 
paradigma e promoveu a oportunização da humanização, socialização e 
moralização dos contratos. Houve, portanto, uma maior aproximação entre 
os postulados da ordem positivada e os reclamos da realidade social. 
A economia de masse exige contratos padronizados e impessoais, que 
não necessariamente são elaborados a partir da relação consensual direta 
entre as partes. Os contratos em geral são dessa natureza, firmados com a 
pessoa jurídica, com a empresa, com os grandes capitalistas e com o Estado. 
É a chamada Crise da Massificação. 
Há intervenção do Estado para que tais contratos sigam os princípios da 
ordem pública nas relações contratuais privadas. 
A força obrigatória dos contratos não mais se afere sob a ótica do dever 
moral de manutenção da palavra empenhada, mas da realização do bem 
comum (função social do contrato). 
A liberdade de contratar só deve ser exercida em consonância com os 
fins sociais do contrato, implicando os valores primordiais da boa-fé e da 
probidade (arts. 421 e 422, CC).

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