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Introdução A psoríase é uma doença auto-imune cutânea crônica que acomete cerca de 2% dos caucasianos. Em gera, 5 a 8% dos pacientes com psoríase cutânea e 39% dos pacientes com psoríase cutânea grave desenvolvem artrite crônica. A artrite psoriática (AP) lembra, em alguns aspectos, a artrite reumatóide (AR), mas apresenta diferenças clinicas e genéticas, inclusive com patogênese diferente. História A associação entre psoríase e atrite foi inicialmente notada em 1818, mas, até o inicio do século XX não havia consenso se a AP seria uma entidade independente ou uma associação incidental entre a AR e a psoríase. A distinção entre AP e AR só ficou claramente estabelecida ao se reconhecer a associação entre o fator reumatóide e AR, em 1948. Fisiopatologia A psoríase é uma doença cutânea inflamatória com importante componente proliferativo, levando à descamação das células epiteliais. A inflamação decorre do acúmulo de neutrófilos e de linfócitos T CD8+ na epiderme e da infiltração de linfócitos T CD4+ na derme. Especula-se que os linfócitos T CD8+ sejam atraídos por um antígeno desconhecido, secretem várias citocinas que causam a proliferação dos queratinócitos e estimulem o infiltrado inflamatório. Na PA a concomitância de sinovite e entesite (inflamação nos locais onde os tensões e os ligamentos se inserem nos ossos). Na AP, esses locais tornam-se inflamados e aumentados de volume. Quadro clinico A AP pode ser identificada de imediato quando se encontra envolvimento aliogarticular e interfalangicas distais (IFD) e tenossinovite flexora, embora esta não seja a apresentação mais comum. As apresentações clinicas podem ser assim distribuídas: Grupo 1: envolvimento de IFD sem envolvimento de outra articulação (8 a 16% dos pacientes). Grupo 2: artrite mutilante - osteólise das falanges e dos metacarpos (5 % dos pacientes, frequentemente associada com sacroileíte, podendo ocorrer envolvimento dos pés) Grupo 3: poliartrite – simétrica semelhante à AR; a envolvimento de IFD e tendência à anquilose(IFD e interfalangicas proximais – IFP) Grupo 4: artrite oligoarticular – é o mais característico achado na AP. Pode ser encontrada artite assimétrica, acometendo IFD, IFP, metacarpofalangicas (MCF) e metatarsofalangicas (MTF), associada a tenossinovite flexora, que causa o “dedo em salsicha”, em 15 a 40% dos pacientes. Grupo 5: envolvimento axial, com comprometimento de sacroilíacas e da coluna vertebral – não é a queixa mais comum e costuma ocorrer muitos anos após o acometimento articular periférico; acomete mais os homens que as mulheres (6:1) e os pacientes com inicio da psoríase mais tarde. Encontram-se também sacroileíte assimétrica e sindesmofítos atípicos acometendo seguimentos aleatórios da coluna.
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