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FARMÁCIA HOSPITALAR Samuel Selbach Dries Estrutura, organização e administração do serviço de farmácia hospitalar Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Reconhecer a infraestrutura física da farmácia hospitalar. � Analisar a estrutura de recursos humanos da farmácia hospitalar. � Identificar responsabilidades do farmacêutico na gestão da infraes- trutura e de recursos humanos. Introdução A infraestrutura da farmácia hospitalar e a organização e a administração dos seus serviços devem ser compatíveis com as atividades desempe- nhadas por essa unidade. Além disso, devem estar adequadas à comple- xidade da instituição, para que seja possível cumpri-las com qualidade e segurança. Uma série de aspectos legais define os parâmetros mínimos da infraestrutura necessários para o cumprimento de suas funções. Os recursos humanos representam outro ponto fundamental para que se mantenha um padrão de qualidade no atendimento, mediante constante aperfeiçoamento (SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMÁCIA HOSPITALAR E SERVIÇOS DE SAÚDE, 2017). Neste capítulo, você irá estudar sobre os padrões mínimos para a infraestrutura física da farmácia hospitalar, os equipamentos e os uten- sílios que devem compor a estrutura básica da farmácia, como ocorre a definição dos recursos humanos que formam a equipe de colaboradores da farmácia, os requisitos que devem ser observados para a ocupação dos cargos e, finalmente, as responsabilidades do farmacêutico no esta- belecimento da infraestrutura e dos recursos humanos. 1 Infraestrutura física da farmácia hospitalar Para que atenda plenamente às necessidades da instituição, a farmácia hos- pitalar, como unidade clínica e administrativa, dispõe de gestão autônoma e independente, ao mesmo tempo que é contemplada no organograma do hospital. O bom funcionamento da farmácia depende de localização que facilite o atendimento aos pacientes e às unidades do hospital, além de contar com a disposição adequada das áreas internas específicas a cada serviço disponível, de forma segregada, contando, no mínimo, com os seguintes ambientes (SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMÁCIA HOSPITALAR E SERVIÇOS DE SAÚDE, 2017): administração, armazenamento, dispensação e atendimento farmacêutico. A localização centralizada da farmácia, próxima aos setores de atendi- mento ao paciente e às demais áreas ligadas a ele, facilita a distribuição de medicamentos e materiais e o recebimento dos produtos adquiridos, aproxima o farmacêutico dos outros integrantes do corpo clínico do hospital, da mesma forma que intensifica a relação com o paciente, aumenta o poder de vigilância de produtos distribuídos pelo hospital, sua correta conservação e utilização e garante acessibilidade aos pacientes ambulatoriais, principalmente consi- derando a atenção farmacêutica que o paciente deve receber no momento da alta hospitalar (MAIA NETO, 2005). Toda essa estrutura é implementada mediante aprovação da planta pela Vigilância Sanitária, devendo ser adequada às leis vigentes e contar com parâmetros mínimos de infraestrutura para funcionamento, proporcional ao número de leitos, volume de trabalho, produção específica e disponibilidade de pessoal e espaço (MAIA NETO, 2005). Veja nas Figuras 1 e 2 os parâmetros mínimos conforme a Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH) e a legenda para sua leitura. Estrutura, organização e administração do serviço de farmácia hospitalar2 Figura 1. Parâmetros mínimos para o funcionamento da farmácia hospitalar. Fonte: Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (2017, documento on-line). 3Estrutura, organização e administração do serviço de farmácia hospitalar Figura 2. Legenda para a leitura dos parâmetros mínimos para o funcionamento da far- mácia hospitalar. Fonte: Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (2017, documento on-line). Os requisitos de infraestrutura acompanham a complexidade dos serviços oferecidos pela farmácia hospitalar e todas as atividades realizadas dentro da instituição devem seguir as normativas legais em vigor. Locais que contam com manipulação de medicamentos, nutrição parenteral e/ou de quimioterápicos, por exemplo, devem atender aos requisitos específicos para a prática de tais atividades. Atualmente, a Resolução RDC nº 67/2007, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, descreve a estrutura física básica de cada setor e os equipamentos necessários. Da mesma forma, a manipulação de antineoplásicos é também prevista pela Resolução nº 220/2004 e pela Resolução nº 50/2002. Por fim, as exigências para a manipulação de nutrição parenteral (NPT) está descrita na Portaria nº 272/1998 do Ministério da Saúde. Além da infraestrutura física, a farmácia hospitalar utiliza equipamentos e utensílios necessários para cumprir suas atividades de forma apropriada, garantindo a qualidade dos serviços e a segurança de pacientes e equipe. Para isso, seguem as normas do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade Estrutura, organização e administração do serviço de farmácia hospitalar4 e Tecnologia, ficando sujeitos a aferição, calibração e certificações, quando aplicável, e deverão constar no Plano de Manutenção, Operação e Controle, que os descreve juntamente com as suas manutenções preventivas e corretivas, tudo devidamente documentado e registrado. Esse registro também precede a distribuição e orientação acerca do uso dos equipamentos de proteção indi- vidual (EPIs) e dos equipamentos de proteção coletiva (EPCs) (SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMÁCIA HOSPITALAR E SERVIÇOS DE SAÚDE, 2017). Os parâmetros mínimos para equipamentos e utensílios são descritos pelas diretrizes publicadas pela SBRAFH, conforme o Quadro 1. Fonte: Adaptado de Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (2017). Equipamentos de proteção individual e de proteção coletiva Cabines de segurança biológica, fluxo laminar, máscaras, gorros, aventais, capotes, óculos de proteção e luvas Medição Termômetros de transporte, termômetros refrigeradores e de ambientes, termo- higrômetros, balanças e pHmetro Conforto ambiental Condicionadores de ar com manutenção preventiva e corretiva, mantendo a temperatura abaixo dos 25 °C Guarda e acondicionamento de produtos Refrigeradores, freezers, câmaras de vacina e câmaras frias, pallets, estantes, armários, caixas térmicas, caixas plásticas, bins, gelo de transporte, caixa plástica com tranca para guarda de produtos sujeitos a controle especial (unidades de terapia intensiva, pronto-atendimento e bloco cirúrgico) e bandejas Unitarização, fracionamento e montagem de kits Seladora plástica, encapsuladoras e envasadoras Informática Computadores, leitores de código uni e bidimensionais, impressoras e rotuladoras Transporte Carrinho tipo bandeja e carrinho tipo plataforma Outros utensílios e insumos Vidrarias, bandejas, bobinas plásticas, etiquetas, fitas, dentre outros necessários ao serviço Quadro 1. Parâmetros mínimos para equipamentos e utensílios da farmácia hospitalar 5Estrutura, organização e administração do serviço de farmácia hospitalar Um dos aspectos importantes acerca dos EPCs e EPIs é a garantia do seu funcionamento e uso adequados. A manutenção preventiva de dutos de ar, filtros e capelas, por exemplo, é imprescindível para garantir a segurança dos operadores e do ambiente como um todo. É de responsabilidade do farma- cêutico, juntamente com o setor de segurança do trabalho, elaborar planilhas de controle periódico desses itens. Da mesma forma, também há necessidade de instruir os colaboradores acerca do uso correto dos EPIs e assegurar-se de que estes vêm, de fato, fazendo uso de tais recursos para sua proteção diária. A educação contínua e permanente de todas pessoas que trabalham na farmácia é fundamental para assegurar a segurança de todos. Os parâmetros previstos para a infraestrutura, os equipamentos e os uten- sílioscompõem-se dos itens básicos imprescindíveis para o cumprimento das funções de cada setor. Contudo, para que se garanta a qualidade dos serviços prestados, todos os processos devem passar continuamente por adequações para melhoria de seu desempenho e resultados, tendo sempre em vista a segurança do paciente e dos profissionais envolvidos. Como ferramenta de garantia de qualidade, instituições passam por processos de certificação e acreditação. A certificação é utilizada para atestar publicamente que determinado produto, processo ou serviço está em conformidade com os requisitos especificados, nacionais ou internacionais. Já a acreditação é um processo de certificação voluntária realizado por entidade separada e distinta da organização de saúde, para determinar se ela apresenta uma série de exigências projetadas para me- lhorar a qualidade da assistência visando à melhoria contínua, sem a finalidade de fiscalização ou controle oficial (DANTAS, 2011). Atualmente, os hospitais, principalmente de grande porte, buscam cada vez mais aplicar ferramentas de certificação e acreditação visando não só a melhorar seus processos (com redução de retrabalho, aumento da assertividade das ações e da segurança dos pacientes), mas também a obter maior visibilidade de mercado, credibilidade e potencial competitivo. 2 Recursos humanos da farmácia hospitalar Em 2014, entrou em vigor a Lei nº 13.021, cujo art. 6º define que todas as far- mácias, independentemente de sua origem, devem dispor, em período integral de funcionamento, de um farmacêutico habilitado em seu devido Conselho Regional de Farmácia (BRASIL, 2014). Estrutura, organização e administração do serviço de farmácia hospitalar6 Para que os processos sejam desenvolvidos de forma segura e sem so- brecarga ocupacional, conta-se com farmacêuticos e auxiliares em número adequado para a realização dos processos. De forma geral, está estabelecido que deve haver um farmacêutico para cada 50 leitos da instituição, porém, o número de profissionais que elaboram a equipe está diretamente ligado à complexidade das atividades e ao grau de informatização e mecanização da unidade (BRASIL, 2010). Para isso, assim como para a estrutura física e para os equipamentos, a SBRAFH estabelece parâmetros mínimos referentes, conforme o Quadro 2. Atividade Recursos humanos Atividades básicas de dispensação para pacientes internados 1 farmacêutico para cada turno/plantão diurno 1 farmacêutico para cada turno/ plantão noturno 1 auxiliar de farmácia para cada turno/plantão diurno 1 auxiliar administrativo para cada turno/plantão diurno Central de abastecimento farmacêutico e logística de suprimentos 1 farmacêutico em horário administrativo 1 almoxarife Assistência em terapia nutricional parenteral 1 farmacêutico para cada 20 pacientes 1 auxiliar de farmácia para cada 20 preparações de NPT Manipulação de antineoplásicos 1 farmacêutico para cada 50 preparações de quimioterapia 1 auxiliar de farmácia para cada 100 preparações de quimioterapia Manipulação de outras misturas intravenosas 1 farmacêutico por turno 1 auxiliar de farmácia por turno Manipulação de medicamentos não estéreis, fracionamento e unitarização 1 farmacêutico por turno durante as operações de manipulação 1 auxiliar de farmácia por turno Quadro 2. Parâmetros mínimos para recursos humanos na farmácia hospitalar (Continua) 7Estrutura, organização e administração do serviço de farmácia hospitalar Fonte: Adaptado de Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (2017). Atividade Recursos humanos Informação sobre medicamentos 1 farmacêutico exclusivo Pesquisa clínica (ensaios clínicos) Farmácia ambulatorial (gerenciamento e controle de estoque) Orientação farmacêutica Programas de seguimento farmacêutico 1 farmacêutico exclusivo 1 farmacêutico por turno de atendimento 1 auxiliar administrativo e 1 auxiliar de farmácia para cada 100 pacientes/dia 1 farmacêutico (dispensação orientada) para cada 100 pacientes/dia (média de 5 minutos para orientação de cada paciente) 1 farmacêutico por consultório do programa de atenção farmacêutica (2 consultas/hora, primeira consulta com 1 hora de atendimento) Assistência domiciliar 1 farmacêutico por turno de atendimento Atividades clínicas com pacientes internados em unidades de baixa e média complexidade Atividades clínicas com pacientes internados em unidades de alta complexidade 1 farmacêutico para cada unidade clínica com até 40 leitos 1 farmacêutico por unidade clínica (máximo de 30 leitos) Produção de kits para procedimentos 1 auxiliar por turno de produção, sob supervisão do farmacêutico Farmácia em centro cirúrgico 1 farmacêutico por turno 1 auxiliar de farmácia por turno para cada 4 salas de cirurgia em funcionamento Farmacovigilância 1 farmacêutico exclusivo Quadro 2. Parâmetros mínimos para recursos humanos na farmácia hospitalar (Continuação) Estrutura, organização e administração do serviço de farmácia hospitalar8 Atualmente, as palavras de ordem são produtividade, qualidade e com- petitividade e, nesse contexto, as pessoas são consideradas como vantagens competitivas dentro das organizações, aí inseridos os hospitais e como subsis- tema a farmácia hospitalar. Entretanto, é necessário o desenvolvimento de uma cultura humanística para o bom desempenho profissional (BRASIL, 2017). Para a excelência dos serviços prestados e o cumprimento da sua missão, a farmácia hospitalar precisa contar com profissionais com perfil adequado ao desempenho de suas funções, sendo que o grau de instrução dos colaboradores que comporão o quadro de pessoal deve ser compatível com a complexidade delas. Seguindo os protocolos estabelecidos, a equipe deve ser treinada e capacitada, além de participar de programas de educação continuada (BRA- SIL, 2017). Todos os empregadores e as instituições ficam sujeitos à NR-09, que es- tabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, que, para os serviços de saúde, identifica possíveis riscos biológicos, em função da localização geográfica e da carac- terística do serviço de saúde e seus setores, e define as ações a serem toma- das. Além da NR-09, a instituição também fica sujeita à NR-07, que prevê o estabelecimento do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, que tem como finalidade promover e preservar a saúde dos trabalhadores (BRASIL, 2017). Formação e estruturação da equipe de trabalho Os cargos, suas tarefas correspondentes e sua hierarquização devem estar descritos em organograma, no qual ficam definidas as funções, condições e responsabilidades do trabalho. Esse modelo proporciona ao profissional um guia do que é esperado de suas atividades, inclusive desempenhando fator de motivação para o cumprimento de suas funções, além de determinar os requisitos físicos e mentais necessários para sua ocupação (BRASIL, 2017). Os processos de recrutamento, seleção e contratação têm papel fundamental para a garantia da elevação da qualidade dos serviços prestados e previne uma alta rotatividade de funcionários. É essencial que um psicólogo organizacional participe desses processos, juntamente com o farmacêutico responsável, para a aplicação de ferramentas, como testes psicométricos e de personalidade, entrevistas e provas de conhecimento, para aumentar o sucesso do processo seletivo (BRASIL, 2017). 9Estrutura, organização e administração do serviço de farmácia hospitalar Integração e avaliação de desempenho O processo de contratação não se encerra após a definição de quem irá ocupar o cargo. A integração do novo membro à equipe deve ser acompanhada pelos profissionais responsáveis, passando por treinamento introdutório, no qual toma conhecimento da missão, da visão e dos valores da farmácia hospitalar, das metas para o período, dos programas desenvolvidos, do sistema informatizado, seguido de apresentação ao responsável da área e novos colegasde trabalho. Esse processo é seguido da avaliação do profissional a fim de manter sua mo- tivação e seu comprometimento, assim como identificar necessidades e ajustar objetivos, para que se possa, ainda, estabelecer formas de reconhecimento pelo cumprimento das atividades de forma satisfatória A avaliação de desempenho se dá por meio da aplicação de instrumentos e ferramentas estruturadas, que abordam a autoavaliação e a avaliação da equipe (BRASIL, 2017). Qualidade de vida dos trabalhadores Condições ambientais de trabalho adequadas que primem pela saúde física e mental do trabalhador são compostas pelos fatores ergonomia física, ergonomia cognitiva e ergonomia organizacional, responsáveis por assegurar o bem-estar e a saúde ocupacional. A ergonomia física diz respeito à postura de trabalho, aos movimentos repetitivos, aos distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho, entre outros. Já a ergonomia cognitiva refere-se à carga mental de trabalho e às atividades relacionadas à interação entre seres humanos e sistemas. Por fim, a ergonomia organizacional consiste na otimização das estruturas organizacionais, políticas e de processos. Para que a relação do trabalhador com a instituição seja bem-sucedida, o trabalhador deve ser olhado e valorizado como um indivíduo, e sua satisfa- ção e motivação deve ser foco de constante atenção. Para isso, utilizasse de meios para que o trabalhador juntamente à equipe construa novas perspectivas constantemente dentro do ambiente de trabalho. Para a avaliação da satisfação da equipe, pode-se utilizar a pesquisa de clima, que consiste no contato direto dos gestores com os colaboradores, e programas de sugestões, dispondo ainda de ferramentas de avaliação de conflitos interpessoais e interdepartamentais, desperdícios de materiais e queixas no serviço de saúde (BRASIL, 2017). Estrutura, organização e administração do serviço de farmácia hospitalar10 3 O farmacêutico na gestão da infraestrutura e de recursos humanos O farmacêutico desempenha papel central e estratégico, pois posiciona-se de forma interdisciplinar e favorece a articulação e a integração da farmácia com as outras unidades hospitalares. Envolve-se em todas as atividades desenvolvi- das dentro da farmácia hospitalar, inclusive na implantação de infraestrutura adequada, que deve dispor de estrutura organizacional que viabilize as suas ações, com qualidade, utilizando modelo de gestão sistêmico, integrado e coerente, com foco em qualidade, resolutividade e custo (BRASIL, 2017). De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Farmácia nº 492/2008, que regulamenta a profissão farmacêutica, cabe ao farmacêutico diretor-técnico implementar estruturas e procedimentos na organização e no funcionamento dos serviços de atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde e incorporar sistemas informatizados para a gestão de esto- ques, favorecendo a utilização de tecnologia da informação e de comunicação (BRASIL, 2008). Dentre suas funções, referente à gestão de recursos humanos, o farmacêutico: � Atua na definição do perfil dos profissionais que irão constituir a equipe da farmácia hospitalar. � Participa dos processos de seleção, recrutamento e contratação de colaboradores, garantindo o atendimento dos critérios básicos para o cumprimento das funções do cargo. � Estrutura os cargos, definindo funções e competências necessárias para a sua ocupação. � Auxilia na integração dos membros da equipe, primando pelo alinha- mento das atividades e pelo atendimento aos processos estabelecidos. � Gerencia e avalia o desempenho dos membros da equipe de trabalho com a finalidade de assegurar a qualidade dos serviços prestados e o bem-estar dos colaboradores, preservando a saúde ocupacional deles. � Proporciona educação continuada dos colaboradores, elaborando e verificando a eficácia e a qualidade dos treinamentos realizados (BRA- SIL, 2010). 11Estrutura, organização e administração do serviço de farmácia hospitalar Além disso, ao farmacêutico gestor compete a aplicação e a implementação da legislação vigente, assim como as diretrizes preconizadas pelos órgãos responsáveis. O cumprimento dessas normas legais são requisito para a regu- lamentação das atividades e dos serviços da farmácia hospitalar e garante a sua segurança, efetividade e qualidade. O farmacêutico deve, ainda, elaborar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (BRASIL, 2017). BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada RDC 67, de 8 de outubro de 2007. Dispõe sobre boas práticas de manipulação de preparações magistrais e oficinais para uso humano em farmácias. Brasília, DF, 2007. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/legislacao/resolucao67_08_10_07.pdf. Acesso em: 18 jan. 2020. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Farmácia hospitalar: coletânea de práticas e conceitos. 2. ed. Brasília, DF: CFF, 2017. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução n. 492, de 26 novembro de 2008. Re- gulamenta o exercício profissional nos serviços de atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, de natureza pública ou privada. Brasília, DF, 2008. Disponível em: http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/492. pdf. Acesso em: 18 jan. 2020. BRASIL. Lei n. 13.021, de 8 de agosto de 2014. Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/_ Ato2011-2014/2014/Lei/L13021.htm. Acesso em: 18 jan. 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 4.283, de 30 de dezembro de 2010. Aprova as diretrizes e estratégias para organização, fortalecimento e aprimoramento das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais. Brasília, DF, 2010. Disponível em: http:// bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/ gm/2010/prt4283_30_12_2010.html. Acesso em: 18 jan. 2020. DANTAS, S. C. C. Farmácia e controle das infecções hospitalares. Pharmacia Brasileira, n. 80, p. 1–20, 2011. Disponível em: http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/130/ encarte_farmacia_hospitalar.pdf. Acesso em: 18 jan. 2020. MAIA NETO, J. F. Farmácia hospitalar e suas interfaces com a saúde. São Paulo: Rx, 2005. SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMÁCIA HOSPITALAR E SERVIÇOS DE SAÚDE. Padrões míni- mos para farmácia hospitalar e serviços de saúde. 3. ed. Goiânia: SBRAFH, 2017. Disponível em: http://www.sbrafh.org.br/site/public/docs/padroes.pdf. Acesso em: 18 jan. 2020. Estrutura, organização e administração do serviço de farmácia hospitalar12 Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. Leitura recomendada LEE, F. Se Disney administrasse seu hospital: 9 1/2 coisas que você mudaria. Porto Alegre: Bookman, 2009. 13Estrutura, organização e administração do serviço de farmácia hospitalar
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