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Matéria - Ética e Deontologia

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Etica e Deontologia
Enquadramento filosófico e psicológico de ética 
Ethos = “bom costume”, “costume superior” ou “portador de caráter”
Princípios éticos = princípios universais que não mudam independentemente de onde existem
O que é
ÉTICA?
Porquê A ÉTICA? 
Código de Nuremberga
· No que concerne ao Código de Nuremberga, este engloba um conjunto de princípios éticos que regem a pesquisa com seres humanos
· Surgimento: Julgamentos de Nuremberga, após a Segunda Guerra Mundial· 23 pessoas julgadas
· 7 condenadas à morte
· 7 absolvidas
· Restantes condenadas a prisão 
· Na sequência do julgamento foi elaborado um documento que tinha como pretensão evitar que o tipo de abuso que existiu se repetisse, futuramente
· Um dos objetivos foi o de tentar diferenciar o que seria legal e o que ilegal a partir da investigação com seres humanos
 Declaração de Helsínquia
· Foi elaborada, em 1964, pela Associação Médica Mundial
· Sofreu várias revisões/alterações, sendo a última datada de 2013
Relativamente à Declaração de Helsínquia, esta surgiu na sequência do Código de Nuremberga, sobretudo por se ter reconhecido a existência de algumas falhas nesse mesmo código.
A Declaração de Helsínquia tornou-se uma referência mundial, que defende, fundamentalmente, que “o bem-estar do ser humano deve ter prioridade sobre os interesses da ciência e da sociedade”
No fundo, foi atribuída especial importância ao consentimento livre e assente em pesquisas médicas que envolviam seres humanos
“O bem-estar do ser humano deve ter prioridade sobre os interesses da ciência e da sociedade”
 Declaração Universal dos Direitos Humanos
· Foi adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948
· É uma declaração e não um tratado, pelo que as suas sugestões não obrigam os seus membros a adotá-las
No que respeita à Declaração Universal dos Direitos Humanos, esta surge também na sequência das atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial.
O Código de Nuremberga e as Declarações, de Helsínquia e Universal dos Direitos Humanos, consistem nos primeiros documentos de conduta de ética e deontologia.
O Código Deontológico proposto pela Ordem dos Psicólogos Portugueses foi estruturado a partir dos documentos previamente mencionados, somente adquiriu novas designações, bem como definições melhores fundamentadas
 Outras teorias/abordagens 
A CULTURA DE “PAZ E AMOR” DOS ANOS 60
· Promotora da ideia de que as pessoas têm direitos e que eles devem ser respeitados
· Também nesta época, sobretudo nos EUA, os protestos dos afro-americanos fizeram com que quase todas as outras minorias começassem a exigir direitos iguais (e.g. relativamente à habitação, emprego, saúde, etc.)
A TEORIA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
· Teoria que diz que os indivíduos devem ajudar outras pessoas que estão dependentes da sua ajuda
· E foi, uma vez mais, nos EUA, com a publicação de um livro – As responsabilidades sociais de um empresário (Social Responsabilities of the Businessman, de Howard Bowen) –, que este assunto começou a ganhar um maior destaque
A ABORDAGEM HUMANISTa
· Recusa que os participantes em pesquisas psicológicas sejam considerados ‘matéria inanimada’
· Pelo contrário, devem ser considerados seres pensantes, seres autónomos
VER DOCUMENTO NO MOODLE: DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS E A DECLARAÇÃO DE HELSÍNQUICA 
A ética na formação dos estudantes de psicologia
1. Deverão os alunos ser formados no âmbito da ética? 
2. Deve formar-se alguém neste domínio ou a ética é algo que se aprende com a experiência no terreno e com as vivências quotidianas? No fundo, a ética é a junção de todos estes fatores
3. Qual a necessidade de uma disciplina que versa sobre a Deontologia? 
· Sensibilização e Reflexão
(importante ter sensibilização perante o código deontológico da profissão, e reflexão perante a capacidade de fundamentar a reflexão critica em termos individuais e grupais)
· Adaptação 
(adaptação perante os outros e sociedade; apreensão da nossa perspetiva em relação à sociedade)
O estudo da Deontologia deve partir da nossa reflexão sobre questões mais simples para progredir para a reflexão sobre questões mais complexas
Conclusão
Exemplo: 
- Reflexão sobre a experiência/desafios/dilemas/normas
- Reflexão sobre a utilização do código 
A ética – conceitos e modeo de decisão ética
Caraterização da Profissão de Psicólogo
1. O que é um psicólogo? 
Qualquer indivíduo que possua uma formação específica em Psicologia e que exerça um papel profissional em qualquer área ou contexto da Psicologia
2. O que distingue um(a) psicólogo(a) de outro profissional? 
· Avaliação psicológica (através de testes projetivos, entrevistas etc.)
· Diagnóstico psicológico (situação clínica)
· Intervenção psicológica (abordagem com ferramentas)
· Investigação psicológica
Atos pelos quais os psicólogos estão habilitados a exercer
3. Quais as áreas de intervenção de um(a) psicólogo(a)? 
· Clínica
· Forense
· Comunitária
· Educacional
· Organizacional
· Investigação
· Supervisão
· Ensino 
4. Quem é o cliente? 
Qualquer individuo, familiar, casal, grupo, organização e/ou comunidade com os quais os(as) psicólogos(as) exerçam atividade no âmbito dos seus papéis profissionais, científicos e/ou educacionais 
Delimitação de conceitos
Geral
O que é a ÉTICA? 
· É um ramo da filosofia
· É regulada por indicações profissionais e legais dentro de um determinado tempo e espaço Dentro de regras e do contexto profissional em que nos encontramos
Individual
O que é a MORAL? 
· Refere-se aos princípios desenvolvidos pelo próprio indivíduo acerca do que para si está certo ou errado
· Porém, pode ser influenciada pela cultura e/ou sociedade
- Posso seguir os princípios éticos e não ter qualquer moral (ÉTICA)
- Da mesma forma que posso violar qualquer norma da ética devido àquilo que eu defendo, a minha moral 
Exemplo: um advogado defende o seu cliente e independentemente de não ser apologista de algo por ir contra a sua moral, tem de deixa-la de parte
Conflito entre ética e moral
O que é um DILEMA ÉTICO?
Emerge quando existe um conflito entre duas escolhas morais
O que é a ÉTICA PROFISSIONAL?
Conjunto de normas de conduta que deverão ser colocados em prática no exercício da profissão
A ética é aplicada no contexto de uma profissão, não diferindo dos contextos da ética
O que é a DEONTOLOGIA PROFISSIONAL?
Conjunto de regras éticas e jurídicas que um profissional deve seguir no seu campo de intervenção
NOTA: 
Ética: Conjunto de regras/normas de conduta
Deontologia: Conjunto de regras/normas de princípios jurídicos/legais
Porquê a ÉTICA PROFISSIONAL?
· Forma de garantia e segurança
· Favorece a confiança na profissão
· Possibilita um bom ambiente laboral
Qual a RELAÇÃO entre a ÉTICA e a PSICOLOGIA? 
A Ética quando aplicada à psicologia visa a promover o melhor resultado possível na relação entre as pessoas
ÉTICA = A ciência da relação Relacional (Sucesso entre a relação) 
Individual (Promoção do bem-estar individual) 
Quando aplicada ao contexto psicológico tem duas dimensões: 
Relação = Instrumento de trabalho da PSICOLOGIA
CÓDIGO DE CONDUTA
O que define um CÓDIGO DE CONDUTA? 
Acordo entre membros de um grupo social (como uma profissão, uma associação, etc)
Apresenta como pretensão declarar como esse membro grupo pensa e define sua identidade
É constituído por normas de conduta
- Define comportamentos a adotar
- Define procedimentos a evitar
- Define princípios éticos a adotar
Sucintamente…
MODELO DE DECISÃO ÉTICA
Definição: 
- Modelo desenvolvido por Gerald Corey e seus colaboradores, em 1998
- Modelo de decisão ética constituído por 8 passos
MODELO DE DECISÃO ÉTICA
	
Apresentação do código deontológico
Surgimento do Código Deontológico da OPPCriação: 2011
Última Revisão: 2016
Objetivo(s) do Código Deontológico da OPP
Guiar os(as) psicólogos(as) no sentido de práticas de excelência, garantindo que a referência do exercício profissionalé o máximo ético e não o mínimo aceitável
O(a) psicólogo(a) Qualquer pessoa que obtenha formação específica em Psicologia concordante com as normas em vigor (artigo 51 da Lei n.º 57/2008, de 4 de Setembro) e que exerça um papel profissional em qualquer área ou contexto da Psicologia
O(a) psicólogo(a) e as suas responsabilidades individuais...- Aderir ao código
- Avaliar e discutir, regularmente, questões éticas
- Não ignorar ações eticamente questionáveis
- Colaborar com os comités de ética
	
O clienteQualquer pessoa, família, grupo, organização e ou comunidade com os quais os(as) psicólogos(as) exerçam atividades no âmbito dos seus papéis profissionais, científicos e ou educacionais
Estrutura do Código Deontológico da OPP- Princípios Gerais
- Princípios Específicos (Subprincípios dos princípios gerais) 
Quais são os princípios gerais?Não são suficientes para tomar uma decisão ética, nem mesmo os princípios específicos
A – Respeito pela Dignidade e Direitos da Pessoa
B – Competência
C – Responsabilidade
D – Integridade
E – Beneficência E Não-Maleficência
Quais são os princípios específicos?1 – Consentimento Informado
2 – Privacidade E Confidencialidade
3 – Relações Profissionais
4 – Avaliação Psicológica
5 – Prática e Intervenção Psicológicas 
6 – Ensino, Formação e Supervisão Psicológicas
7 – Investigação
8 – Declarações Públicas
 - Orientar a prática profissional da Psicologia, identificando os princípios e promovendo o raciocínio ético
 - Não consta no Código Deontológico todas as respostas para as nossas dúvidas éticas
 - Serve para aferir as práticas alvo de queixa, ou seja, as práticas defeituosas em Psicologia
 - Permite julgar as ações dos psicólogos no âmbito da OPP
Sucintamente sobre o Código Deontológico…
Código deontológico – princípios básicos
A. Respeito pela Dignidade e Direitos da Pessoa
- A dignidade consiste num valor universal, característico do ser humano, sendo que decorre da sua natureza racional e relacional torná-lo capaz de distinguir o bem do mal e de construir relações interpessoais
- Os(as) psicólogos(as) devem respeitar as decisões e os direitos da pessoa, desde que estes sejam enquadrados num exercício de racionalidade e de respeito pelo outro
- Não devem fazer distinções entre os seus clientes por outros critérios que não os relacionados com os problemas e/ou questões apresentadas, e devem, com a sua intervenção, promover o exercício da autonomia dos clientes
B. Competência
	- Os(as) psicólogos/as têm como obrigação exercer a sua atividade de acordo com os pressupostos técnicos e científicos da profissão, a partir de uma formação pessoal adequada e de uma constante atualização profissional, de forma a atingir os objetivos da intervenção psicológica	
 - A competência será o reconhecimento de que os(as) psicólogos(as) devem estar conscientes que têm como obrigação fundamental exercer de acordo com as boas práticas baseadas em conhecimentos científicos atualizados, por existir um risco acrescido de prejudicar seriamente alguém se prestarem um serviço para o qual não estão convenientemente qualificados
 - Um profissional competente é regulado por: 
· Beneficência e Não Maleficência
Nunca com o objetivo de causar dano ao outro
Realizar a sua intervenção pelo bem-estar do outro
· Uma prática eficiente implica competência intelectual (técnica) e emocional (relacionamento) 
C. Responsabilidade
- Os(as) psicólogos(as) devem ter consciência das consequências que o seu trabalho pode ter junto das pessoas, da profissão e da sociedade em geral.
- Os(as) psicólogos(as) devem ser responsáveis por… 
· Contribuir para os bons resultados na prática profissional nas múltiplas dimensões da Psicologia e assumir a responsabilidade da mesma
· Saber avaliar o nível de fragilidade dos clientes, devendo pautar as intervenções pelo respeito absoluto face a essa fragilidade do cliente
· Promover e dignificar a sua classe profissional
D. Integridade
- Os(as) psicólogos(as) devem ser fiéis aos princípios de atuação da profissão, promovendo-os de uma forma ativa. Devem prevenir e evitar os conflitos de interesse e, quando estes surgem, devem contribuir para a sua resolução, atuando sempre de acordo com as suas obrigações profissionais
E. Beneficência e Mão Maleficência
- Os(as) psicólogos(as) devem ajudar o seu cliente a promover e a proteger os seus legítimos interesses
- Não devem intervir de modo a prejudicá-lo ou a causar-lhe qualquer tipo de dano
A.
B.
C.
D.
CÓDIGO DENTOLÓGICO – PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS
cONSENTIMENTO INFORMADO
Define-se pela escolha de participação voluntária do cliente num ato psicológico, após ser-lhe dada informação sobre a natureza e curso previsível desse mesmo ato, os seus honorários (quando aplicável), a confidencialidade da informação dela decorrente, bem como os limites éticos e legais da mesma
De alguma forma, o consentimento é reconhecido à pessoa o dever do consentimento e estar informado e essa pessoa expressa a “adesão” e confirmação do consentimento
1.1. Consentimento informado em Avaliação e Intervenção Psicológica
· Os objetivos do processo terapêutico (não devem ser definidos só por nós, mas sim entre o psicólogo e paciente – abordagem colaborativa)
· As metodologias a utilizar (ex: técnicas)
· Os honorários
· Os direitos do cliente
· As responsabilidades do terapeuta
· Os potenciais riscos
· Os limites da confidencialidade
· Limites da autodeterminação (solicitação de consentimento informado ao representante legal dos clientes; quando a capacidade de auto-determinação é limitada em função da idade, do estado de saúde ou até mesmo das capacidades cognitivas, nós solicitamos o consentimento informado ao seu tutor)
· Situações agudas (em circunstâncias de caráter urgente e na impossibilidade de obter o consentimento informado do cliente, ou do seu representante legal, o psicólogo deve intervir em tempo útil, a fim de se certificarem do bem-estar do cliente ou de terceiros)
· Imposições determinadas por um processo legal (os psicólogos clarificam o papel e os limites da confidencialidade da informação recolhida, sublinham a natureza colaborativa do trabalho e debatem as repercussões prováveis da intervenção para o cliente, independentemente do envolvimento de terceiros)Quando recebemos clientes mandatados (ex: proteção de menores)
Contornar o romper da confidencialidade: devolver à associação o necessário APENAS para eles perceberem o que se passa com o menor 
· Registo de informação (é obtido de forma oral ou escrita, sendo posteriormente documentado no processo dos clientes)
1.1.1. Consentimento informado em Intervenção Psicológica com CRIANÇAS e ADOLESCENTES
- Objetivo: Instrumental Visa a promover a melhor relação possível entre psicólogo e cliente
	
 - Exige compreensão por parte do cliente, pelo que uma criança terá sempre uma capacidade limitada em exprimir a sua vontade
 - Por definição, o adolescente é competente e capaz de emitir a sua perspetiva sobre o que considera adequado para si
NOTA: 
· Deve obedecer aos princípios técnicos e científicos que orientam a profissão
· Reveste-se de algumas especificidades no que respeita ao consentimento informado
· Requer a colaboração dos pais/cuidadores/tutores legais
· Deve ter-se em atenção sobre o impacto da sua intervenção e a possibilidade de atingir os objetivos terapêuticos segundo as necessidades do(s) cliente(s)
· O(a) psicólogo(a) possui autonomia profissional para tomar decisões que possam salvaguardar o superior interesse da criança/adolescente
· As condições físicas onde se realiza a intervenção psicológica devem ser “adequadas que garantam o respeito pela privacidade do cliente e permitam a utilização de meios considerados necessários”
· O(a) psicólogo(a) deve estar consciente das limitações e dificuldades deste tipo de intervenção
1.2. Consentimento informado em Investigação 
Estudos potencialmente isentos de aprovação ética
1. Estudos que incluem a observação de comportamento público, sem intervençãoe sem recolha de informação de identificação dos participantes
2. Análise de documentos disponíveis ao público
3. Questionários recolhidos anonimamente sem obrigatoriedade de preenchimento
ESTUDOS QUE PODEM NECESSITAR DE REVISÃO ÉTICA
1. Estudos que envolvem questões sobre características pessoais indesejáveis (e.g. preconceito, discriminação, agressão, etc.)
2. Estudos que envolvem a participação de populações de especial vulnerabilidade
3. Estudos que envolvem o engano / deceção experimental
4. Estudos que envolvem a recolha de informação de identificação dos participantes e a manutenção dessa informação associada aos seus resultados ou outra informação do estudo
5. Estudos que envolvem a recolha de informação potencialmente prejudicial para o participante
CONFIDENCIALIDADE E PRIVACIDADE
- Os(as) psicólogos(as) têm a obrigação de asseverar a manutenção da privacidade e confidencialidade de toda a informação a respeito do seu(s) cliente(s), por via direta ou indireta, incluindo a existência da própria relação, e de conhecer as situações específicas em que a confidencialidade apresenta algumas limitações éticas ou legais
· Informação do cliente (no começo do processo terapêutico e, sempre que se justificar, é debatida com os clientes a confidencialidade e as suas limitações
· Privacidade dos registos (recolha e registo somente da informação estritamente necessária para a compreensão das dificuldades, conforme os objetivos definidos para o processo terapêutico)
· Utilização dos registos (informação sobre o tipo de utilização posterior dos registos, bem como acerca do tempo que o material será conservado e sob que condições)
· Acesso do Cliente à informação sobre Si Própria (o cliente possui o direto de acesso à informação sobre si mesmo, bem como à obtenção de assistência adequada para uma melhor compreensão desse mesmo registo)
· Interrupção ou Conclusão da Intervenção (o(a) psicólogo(a) tem o dever de asseverar a manutenção da privacidade da informação referente ao(s) cliente(s))
· Autorização para divulgar informação (o(a) psicólogo(a) pode divulgar informação confidencial sobre o(s) cliente(s) quando este conceder previamente o seu consentimento informado)
· Comunicação de informação confidencial (A informação confidencial é partilhada apenas a quem de direito, tendo em vista a obtenção de melhores resultados para o(s) cliente(s))
· Situações Legais (é fornecida somente a informação confidencial relevante e necessária para a compreensão do processo; caso os(as) psicólogos(as) considerem que a divulgação de informação confidencial pode ser prejudicial para o seu cliente, podem invocar o direito de escusa)
2. Se o paciente informar que outro profissional de saúde tem contacto sexual com um paciente ou tem as suas capacidades diminuídas para exercer a profissão
3. Se se acredita que o paciente abusa ou negligencia uma criança ou um adulto vulnerável, ou se o mesmo fornece informação de que alguém o faz
1. Quando o paciente refere que pretende causar dano ou morte a si próprio ou a outrem
· Limites da Confidencialidade:
 CASOS – EXCEÇÃO 
relações profissionais 
- Os(as) psicólogos(as) devem respeitar as relações profissionais, competência específica, deveres e responsabilidades de colegas e outros profissionais
- Paralelamente, estes constituem-se como os primeiros responsáveis pela excelência do desempenho profissional, auxiliando os colegas na prossecução desse mesmo objetivo
· Encaminhamentos (os(as) psicólogos(as) recomendam os serviços de outros colegas sempre que não tenham competência ou manifestem impossibilidade de assumir a intervenção)
· Autonomia profissional
· Cooperação institucional
· Integridade profissional
· Respeito de competências
· Responsabilidade profissional
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
- A avaliação psicológica diz respeito a um processo compreensivo, diversificado e justo
Engloba a compreensão de múltiplas dimensões do cliente, social ou familiar; Procura compreender a situação problema e as consequências
Pode assimilar diferentes objetivos terapêuticos; Reconhece diferentes tipos de observações e vê diversos resultados
Reconhecer e não descriminar as vulnerabilidades do outro
· Materiais de avaliação, sua proteção e segurança (os(as) psicólogos(as) têm a responsabilidade de selecionar e utilizar, de modo adequado, protocolos de avaliação suficientemente válidos, atualizados e fundamentados cientificamente; os(as) psicólogos(as) asseguram a proteção e segurança dos materiais de avaliação)
· Comunicação dos Resultados (os(as) psicólogos(as) realizam uma entrevista de devolução dos resultados de avaliação onde explicam os dados que constam no relatório)
· Relatórios Psicológicos (Os relatórios psicológicos devem tratar-se de documentos escritos objetivos, rigorosos e inteligíveis para os destinatários)
PRÁTICA E INTERVENÇÃO PSICOLÓGICAS 
- A prática e intervenção psicológicas têm em consideração os múltiplos modelos teóricos disponíveis e os diferentes princípios relacionados com um exercício cientificamente informado, rigoroso e responsável da Psicologia
· Preocupações de isenção e objetividade na intervenção (Os(as) psicólogos(as) devem ter consciência da relevância das suas caraterísticas individuais para a intervenção)
· Não discriminação
· Conflitos de interesse (evitar)
· Relações múltiplas (não estabelecer)
Não devemos manter uma relação profissional com quem já tenhamos tido relações de outra natureza
· Intervenção à distância (Os(as) psicólogos(as) devem consciencializar-se das limitações e dificuldades decorrentes deste tipo de intervenção)
· Conclusão da intervenção (Os(as) psicólogos(as) equacionam o término da intervenção quando concluídos os objetivos terapêuticos, em casos de ineficácia da intervenção, ou ainda quando se verifica qualquer tipo de constrangimento à prossecução dos mesmos)
Pergunta: O que identificam enquanto procedimentos realizados contra a ética por parte do profissional de Psicologia?
- Falsos testemunhos contra a mãe sem sequer a ter submetido a avaliação e sem saber a situação familiar atual. 
- Ignorar informação que pode ter interferência no caso (exemplos: alegada dependência de álcool e raramente ver os filhos assim como, o pagamento de pensão alimentar)
- Imparcialidade 
Pergunta: O que deveria sido realizado pelo terapeuta tendo em vista a aplicação das boas práticas em Psicologia?
Resposta: - Não alegar circunstâncias às quais não foram avaliadas 
- Neutralidade 
- Avaliação das circunstâncias de ambos os pais e não apenas de um
ensino, formação e supervisão psicológicas
Ensino da Psicologia: engloba a relação docente-aluno, em termos éticos envolve a neutralidade, não havendo distinção entre estudantes. Possibilitar uma reflexão sobre a formulação atual e representativa da matéria de Psicologia. A atualidade e a relevância das matérias da Psicologia devem ser privilegiadas
Programa de Ensino e Supervisão: procurar apresentar objetivo, conteúdos e requisitos admissibilidade e de avaliação bem definidos e estruturados
Especialização e Atualização: reconhecer a necessidade de uma formação especializada, devemos privilegiar a atualização das competências profissionais dado a área da Psicologia que estejamos a exercer
Supervisão: devem reconhecer a supervisão psicológica enquanto uma atividade especializada, também ela própria fundamentada em conhecimento teórico/empírico 
Relações Múltiplas: devemos manter relações profissionais com pessoas com quem não tenhamos tido relações de outra natureza; Devem procurar evitar relações românticas ou sexuais com os estudantes, estagiários etc. Ocorrem quando?
- O psicólogo se encontra num papel profissional com a pessoa e ao mesmo tempo se encontra num outro tipo de relação com essa mesma pessoa
- Ao mesmo tempo tem uma relação com uma pessoa próxima daquela com quem tem uma relação profissional
- Promete que, no futuro, vai entrar numa relação com a pessoa com quem tem uma relação profissional ou com alguém que é próximo dessa pessoa
Oque fazer?
- O(a) psicólogo(a) deve clarificar as expectativas em relação ao papel desempenhado, aos limites da confidencialidade, bem como o que acontece quando passa a desempenhar outro papel
INVESTIGAÇÃO
· No contexto da investigação científica pode acontecer que o desejo legítimo de querer saber mais e de aumentar os conhecimentos entrem em conflito com valores humanos e sociais também eles legítimos
· Nós é que procuramos legitimar as questões
· Os psicólogos, enquanto investigadores, devem ter em consideração o princípio geral da beneficência e não-maleficência (devemos colocar em primeiro lugar o bem-estar dos participantes no nosso estudo), bem como o princípio geral da responsabilidade social (devemos procurar no âmbito da investigação a produção de conhecimento cientifico valido e suscetível a quem prestamos os nossos serviços)
· Não causar danos (não colocar em causa física e psicológica os seus participantes)
· Avaliação de potenciais riscos (devem procurar antecipadamente os potenciais riscos e impactos das suas investigações)
· Participação voluntária (privilegiar uma participação voluntaria e livre por parte dos participantes)
· Participação informada 
· Capacidade de consentimento
· Anonimato e confidencialidade de dados recolhidos (Salvaguardar a confidencialidade e identidade dos participantes)
· Uso do engano em investigação 
· Investigação com animais 
· Integridade científica (assegurar os princípios mais elevados de integridade científica)
· Apresentação de resultados verdadeiros (Devemos procurar a apresentação de resultados credíveis, não manipulados)
· Comunicação de resultados de forma adequada para a comunidade científica e público em geral 
· Crédito autoral de ideias e trabalho nos termos devidos (investigadores não podem usar partes de trabalhos ou ideias de outros autores com pessoas)
DECLARAÇÕES PÚBLICAS
As declarações públicas conferidas nos mais diversos âmbitos, incluindo programas de rádio e televisão, artigos em jornais ou revistas, conferências e internet, devem pautar-se no mais rigoroso respeito das regras deontológicas da atividade profissional
· Rigor (Pudemos fazer declarações publicas, mas não podemos realizar declarações falsas sem fundamentação cientifica, por isso é que privilegiamos o rigor cientifico e profissional)
· Competência e Especificidade 
· Responsabilidade (Pudemos fazer declarações publicas, mas reconhecer e consciencializar-nos que as nossas declarações podem ter impacto perante o público-alvo, para além disso somos responsáveis por representar a nossa comunidade profissional – OPP)
· Casos Particulares (Quando nos solicitam para fazer a declaração publica de um caso concreto, focar sempre na situação problema e não nos detalhes desse caso)
	
Consideração de linhas de ação
Elaboração de lista de consequências
Tomada de decisão
Identificação do Problema (verificar as opções em conflito, qual o dilema. Exemplo: Criança em caso de violência doméstica)
Identificação das Principais Questões (exemplo: Se a criança é uma vítima primária ou secundária *vê os pais*)
Revisão das Diretivas Éticas Relevantes (exemplo: através de documentos para fundamentar)
Conhecimento de Legislação Relevante
Procura de suporte (recorrer ao supervisor que nos orienta ou até mesmo ao comité de ética da OPP) 
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