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UNIP- Universidade Paulista Interativa
Curso Superior em Pedagogia
Polo Ceres
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EVOLUÇÃO INFANTIL
PEREIRA, Laurice Leite RA 1529135
CERES-GO
2018
Laurice Leite Pereira
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EVOLUÇÃO INFANTIL
Trabalho de Conclusão de Cursoapresentado ao Curso de Pedagogiada UNIP-Universidade Paulista Interativa como requisito parcial para obtenção de nota.
CERES - GO
09/2018
Laurice Leite Pereira 
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NAEVOLUÇÃO INFANTIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Pedagogia da Universidade Paulista Unip Interativa, como requisito parcial á Licenciatura em Pedagogia.
Orientadora:
Comissão Examinadora:
Professor
___________________________________________________________________Professor
___________________________________________________________________
Professor
DEDICATÓRIA
Dedicoesse trabalho ao meus pais por estar sempre comigo em especial ao meu pai que sempre me apoiou em meus estudo ,mas que infelizmente não poderá ver minha graduação pois faleceu com um câncer. Aos meus amados irmãos por sempre me incentivar, pois sou a primeira da nossa família a ser graduada. Ao meu esposo por estar sempre me motivando, aos meus orientadores pela maneira paciente com que nos orientam, enfim a todos que colaboraram para que mais uma etapa das nossas vidas se concluísse. 
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida,pelas graças que derrama todos os dias sobre mim e toda a minha família.
 A todos os professores pela paciência, dedicação, companheirismo e incentivos.
Aos meus colegas de turma e a todas as pessoas que de alguma maneira contribuíram para que eu realizasse o meu estudo.
 Muito obrigado a todos pelo apoio!
O saber que não vem da experiência não é realmente saber.
“Ao brincar, a criança assume papéis e aceita as regras próprias da brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente como agradáveis na realidade.”
Vygotsky (1998)
Resumo
A pesquisa apresentada traz comotópico a importância do lúdicono dia a dia da Educação Infantil. Entende-se como a proposta do Lúdico é importante para o aprendizado das crianças dessa fase escolar, e como se manifesta o mesmo de forma a contribuir favoravelmente tornando mais uma ferramenta pedagógicade ensino, para os professores que estão envolvidos nesse processo visto que através da ludicidade os alunos poderão aprender de forma mais prazerosa ,concreta e mais significativa, alcançando assim uma educação de qualidade. Embasado nas teorias de grandes autores como: Platão, Piagt,Vygostky, Froebel, Kishimoto, entendemos que a ação do lúdico como atividades pedagógicas transforma o aprender em aprender consciente, em uma ação de resultados positivos.
Palavras Chave: Lúdico. Brincar. Aprendizagem. Criança. Educação.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................9
CAPITULO I....................................................................................................11
2. O lúdico no âmbito histórico............................................................................11
CAPITULO II...................................................................................................14
3. Breve histórico do lúdico no Brasil...................................................................14
3.1 O Lúdico e sua colaboração a evolução Infantil.........................................14
3.2 O Lúdico, a Criança e o Brincar.................................................................18
3.3 O Lúdico na educação infantil....................................................................19
3.4 A finalidade do lúdico.................................................................................25
CAPITULO III..................................................................................................27
4 EVOLUÇÃO HUMANA SEGUNDO PIAGET.......................................................27
4.1 Estágio Sensório Motor..............................................................................28
4.2 Estágio do Pensamento Pré-Operatório....................................................29
4.3 Estágio Operatório Concreto......................................................................30
4.4 Estágio Operatório Formal.........................................................................30
CAPITULO IV..................................................................................................32
5 EVOLUÇÕES HUMANA SEGUNDO VIGOSTSKY.............................................32
CAPITULO V...................................................................................................35
6 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL...............................35
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................38
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................39
1. INTRODUÇÂO
O Presente trabalho tem como finalidade explorara importância do brincar no desenvolvimento e na aprendizagem de alunos da educação infantil. Para isso foi feito um estudona história, percebendo-se o lúdico desde a pré história até os dias atuais, constatando, a ação dessas atividades dentro do processo educacional e contextualizando o saber que pode ser construído através do ato de brincar, que é a essência do lúdico é um método importante na prática pedagógica de ensinar: brinquedos, brincadeiras e jogos são atividades poderosas que agem em várias áreas do conhecimento, integrando mais uma ferramenta pedagógica a ser usada no cotidiano escolar infantil .Dessa forma, o lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida humana.Portanto, o lúdico se expressa desde os primitivos nas atividades de dança,caça ,pesca ,lutas.
Aos poucos a realidade das instituições de ensino vai aceitando a ideia da ludicidade mais ainda enfrenta muita resistência.
Zanluchi (2005, p. 89) reafirma que “Quando brinca, a criança prepara-se a vida, pois é através de sua atividade lúdica que ela vai tendo contato com o mundo físico e social, bem como vai compreendendo como são e como funcionam as coisas.” Assim, destacamos que quando a criança brinca, parece mais madura, pois entra, mesmo que de forma simbólica, no mundo adulto que cada vez se abre para que ela lide com as diversas situações.
 A brincadeira e uma importante forma de comunicação, brincadeiras podem ser usadas com dimensão educativa com o propósito de contribuir para o desenvolvimento infantil desde que haja um planejamento por parte do professor.Brincar, segundo o dicionário Aurélio (2003), é "divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar", também pode ser "entreter-se com jogos infantis", ou seja, brincar é algo muito presente nas nossas vidas, ou pelo menos deveria ser. A ludicidade se tornou uma questão de atitude pedagógica na educação infantil, com enfoque no processo de ensino aprendizagem do aluno, o professor que busca experimentar, conhecer e abordar essa postura proporcionandoa construção do conhecimento com base no universo infantil, realizando os objetivos educacionais, 
na definição do jogo, do brinquedo e da brincadeira, que é uma ação típica a vida da criança favorecendo o desenvolvimento infantil da criança.
CAPITULO I
2. O LÚDICO NO ÂMBITO HISTÓRICO
A palavra ‘lúdico’ tem origem na palavra latim ludos que significa, jogo termo lúdico estaria mencionando apenas ao jogar ,ao brincar ,ao movimento espontâneo.
Que pode ser compreendido como grande ajuda para que possamos expressar e assimilar nosso entendimento em relação ao lúdico e de sua utilização como um método na elaboração dos professores para que ocorra mudanças nas práticas de aulas em diversas disciplinas. Ensinare aprender podee deve ser uma experiência com bom êxito do sentido de algo que traz alegria e satisfação aos alunos. Curiosamente pouco cita a felicidade dentro dos objetivos a serem alcançados no processo ensino-aprendizagem, é evidente que só poderemos falar de um trabalho docente bem feito quando todos alcançarmos um grau de satisfação e eficiência. (CORBALÁN, apud ALSINA, 1994). 
O lúdico a brincadeira, o jogo, ea diversão, é sob esse ponto de vista que este trabalho foi desenvolvido, para que o aprendizado se torne mais envolventee divertido. Brincar não é apenas ter um momento reservado para deixar a criança à vontade em um espaço com ou sem brinquedos e sim um momento que podemos ensinar e aprender muito com elasusando essa prática pedagógica como recurso para contribuir tanto para o desenvolvimento infantil como para o cultural.Pode se observar, deste modo que a vida da criança gira em torno do brincar, é por essa razão que pedagogos têm utilizado a brincadeira na educação, por ser uma peça importante na formação da personalidade, tornando-se uma forma de construção de conhecimento. O brincar esteve presente em todas as épocas da humanidade, se mantendo até os dias atuais. Na história antiga há relatos de que o ato de brincar era desenvolvido por toda a família, até quando os pais ensinavam os ofícios para seus filhos. Destacamos que para cada época e sociedade a concepção sobre educação sempre teve um entendimento diferenciado. Os povos primitivos davam à educação física uma importância muito grande e davam total liberdade para as crianças aproveitarem o exercício dos jogos naturais, possibilitando assim que esses pudessem influenciar positivamente a educação de suas crianças.
Gonzaga (2009, p. 39), aponta:
(...) a essência do bom professor está na habilidade de planejar metas para aprendizagem das crianças, mediar suas experiências, auxiliar no uso das diferentes linguagens, realizar intervenções e mudar a rota quando necessário. Talvez, os bons professores sejam os que respeitam as crianças e por isso levam qualidade lúdica para a sua prática pedagógica.
Fujishima (2009) afirma que a partir da Idade Média, os jogos caíram em descrédito, não só no âmbito educacional, mas no cotidiano de modo geral, influência de uma Educação Eclesiástica. Segundo Ferrari, com o domínio do cristianismo, as ideias de Platão foram adaptadas e as de Aristóteles totalmente ignoradas até o advento do Renascimento, que marca a chamada Idade Moderna. Segundo Almeida (1990).
Platão dava ao esporte, tão difundido na época valor educativo, moral, colocara em estrita colaboração com ela na formação do caráter e da personalidade (1990:15)
O autor nos relata que o grande contribuinte para a educação de todos os tempos Platão, assimilavacomo sendo de grande importância para o desenvolvimento da criança e os jogos e o esporte para a sua formação. 
	Segundo a Antiguidade, filósofos da era cristã acreditavam que todo ser humano sempre teve inclinação para os jogos, para a diversão, como por exemplo, as danças, a pesca, as lutas, que em cada tempo da história eram meios de diversão e prazer natural. Os gregos também já consideravam de grande importância os esportes como elemento fundamental na criação do homem. Dessa maneira, para um melhor entendimento da história do lúdico na educação infantil, é importante entender a evolução da sociedade acerca da criança, de como a mesma era vista há muitos anos atrás, até os dias de hoje.CRAIDY E KAERCHER, 2001afirma: A criança no passado praticamente não tinha vida social. Isso dependia do poder aquisitivo de sua família, ou seja, se pertencesse a uma família de classe alta, era educada para um futuro promissor. Se fosse de classe baixa, era preparada para o trabalho.
No decorrer de muito tempo a educação da criança foi apontada como responsabilidade das famílias ou grupo social ao qual ela pertencia. Era junto aos adultos e outras crianças com os quais se relacionavam que a criança aprendia a se tornar membro deste grupo, a participar das tradições que eram importantes para a sua sobrevivência material e para enfrentar as exigências da vida adulta. Por um bom período na história da humanidade, não houve nenhuma instituição responsável por compartilhar esta responsabilidade pela criança com seus pais e com a comunidade da quais estes faziam parte. Isso nos permite dizer que a educação infantil, como nós a conhecemos hoje, realizada de forma complementar à família, é um fato muito recente. Nem sempre ocorreu do mesmo modo, tem, portanto, uma história (CRAIDY E KAERCHER, 2001, p. 13). Com base nos dados narrados,entende-se que a criança não tinha escolha, era considerado um adulto, porém em tamanho menor. Desde muito cedo aprendia a lutar pelo seu sustento e seus sonhos, desejos e fantasias não eram notados pelos adultos.
Sobre esse aspecto, Santos, (2003) afirma ainda que até o século XII, a infância era concebida de forma bem diferente da sua representação atual. Na Idade Média, os “brinquedos” eram um produto secundário das diversas indústrias manufatureiras. Nasciam das mãos dos entalhadores de madeira, dos produtos de vela, dos caldeireiros e demais artesãos. Somente a partir do Renascimento os jogos passaram a ter importância de caráter educativo, sendo reconhecidos como instrumentos eficazes no desenvolvimento cognitivo e no processo educacional da criança. O brinquedo, enquanto objeto, foi aos poucos substituindo as brincadeiras que eram realizadas em coletivo (adultos e crianças). Tornou-se, então, o modo mais comum de brincadeira desfrutada pelas crianças, como um meio de ligação entre a criança e o mundo.
Capitulo II
3. BREVE HISTÓRICO DO LÚDICO NO BRASIL
O Brasil é um país precedenteda miscigenação de povos, dominantemente português, negro e índio e herdamos muito da cultura produzida por esta miscigenação e não seria diferente no caso das brincadeiras infantis. Para melhor entender o porquê da dominação do elemento de cor branca no povo brasileiro, temos a seguinte explicação de KISHIMOTO (1999:17) “A mistura do índio e negro ao branco fez prevalecer como núcleo primitivo para a formação da nacionalidade brasileira o elemento branco. Assim, quando chegaram as levas de imigrantes estrangeiros, já existia um núcleo primitivo de população no qual predominava o elemento branco”.
O folclore português foi, portanto, sendo passado de geração em geração através da oralidade, e assim, foram sendo conhecidas as lendas, contos e superstições e é claro, o objeto de estudo, as brincadeiras infantis. Com a ampla miscigenação existente na população brasileira, é difícil concluir com precisão, quala influência específica de brancos, negros e índios nos jogos tradicionais infantis nos dias atuais. Mas segundo KISHIMOTO ( 1999: 20-1): “é possível, em alguns casos , efetuar um estudo, especialmente em contextos onde o domínio dessas classes é muito grande, como nos engenhos de açúcar ou nas tribos indígenas espalhadas pelo país, no fim do século e começo deste.”
Muitas lendas foram sendo acrescentadasao cotidiano das crianças brasileiras; personagens como a Cuca, a Mula sem Cabeça, o Bicho–papão, trazidas pelos portugueses começaram a originar brincadeiras infantis tendo estas personagens como tema principal, e também, jogos como a amarelinha, a bolinha de gude, jogo de botão e o pião.
3.1O Lúdico e sua colaboração para desenvolvimento infantil
Através do brincar a criança pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade, brincando a criança aprende a conviver, a esperar por sua vez, aceitar regras independentes do resultado.
O ato de brincar acontece em determinados momentos do cotidiano infantil, Segundo Piaget (1998, p.62), “o brinquedo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”. Atravésdele se processa a construção de conhecimento, principalmente nos períodos sensório-motor e pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas, estruturam seu espaço e seu tempo, desenvolvendo a noção de casualidade, chegando à representação e, finalmente, à lógica. As crianças ficam mais motivadas para usar a 
inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se para superar obstáculos tanto no aspecto cognitivo como nos emocionais .Levando a criança a aprender a adaptar a brincadeira de forma concreto.
 Para mais a criança amplia sua linguagem, pensamentos, atenção, concentração, conseguindo, assim uma atuação satisfatória da criança na estruturação do seu conhecimento. Por meio de livros de literatura infantil ela conhece diversos personagens, facilitando e tornando maior sua compreensão sobre as diferentes formas de se conectarem com o mundo ao seu redor, identificando seu papel.No olhar de Vygotsky (1998) o jogo simbólico é como uma atividade específica da infância e importantíssima para o progresso infantil, acontecendo a partir da conquista da representação simbólica, impulsionada pela imitação. Aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida, é fácil concluir que o aprendizado da criança começa muito antes de ela frequentar a escola. Todas as situações de aprendizado que são interpretadas pelas crianças na escola já têm uma história prévia, isto é, a criança já se deparou com algo relacionado do qual pode tirar experiências na sociedade na qual está inserida (Andrade, 2007).
As relações cognitivas e afetivas a partir da ludicidade promovem o amadurecimento emocional, o desenvolvimento da inteligência e da sensibilidade da criança, garantindo assim que suas potencialidades e afetividades se harmonizem (Cunha, 2001).
Oliveira (2001) reafirma que quando brinca, a criança prepara-se a vida, pois é através de sua atividade lúdica que ela vai tendo contato com o mundo físico e social, bem como vai compreendendo como são e como funcionam as coisas. Assim, destacamos que quando a criança brinca, parece mais madura, pois entra, mesmo que de forma simbólica, no mundo adulto que cada vez se abre para que ela lide com as diversas situações.O brincar, por ser uma atividade livre que não inibe a fantasia, favorece o fortalecimento da autonomia da criança e contribui para a não formação e até quebra de estruturas defensivas. Ao brincar de que é a mãe da boneca, por exemplo, a menina não apenas imita e se identifica com a figura materna,mas realmente vive intensamente a situação de poder gerar filhos , e de ser uma boa mãe. Nesse caso, a brincadeira favorece o desenvolvimento individual da criança, ajuda a internalizar as normas sociais e a assumir comportamentos mais avançados que aqueles vivenciados no cotidiano, aprofundando o seu conhecimento sobre as dimensões da vida social.Portanto, a brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados. Nas situações em que a criança é estimulada, é possível observar que rompe com a relação de subordinação ao objeto, atribuindo-lhe um novo significado, o que expressa seu caráter ativo, no curso de seu próprio desenvolvimento.
A pratica de brincar e o jogar são práticas indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram frequentes em qualquer povo desde os mais remotos tempos. Por intermédio deles, a criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima, preparando-se para ser um cidadão capaz de encarar desafios, participando da criação de um mundo melhor.
O lúdico é tão importante para o desenvolvimento da criança, que merece atenção por parte de todos os educadores.Com isso, a Educação pela da ludicidade sugereuma nova postura existencial onde modelo é um novo sistema de aprender brincando.Assim sendo os educadores na condição mediadores de informações e conhecimentos sistemáticos, devem criarcondições para que por meio do desenvolvimento dessas atividades, a criança possa construir de forma independente o seu próprio conhecimento.Essas atividades devem incentivar o interesse, a criatividade, a interação, a capacidade de observar, experimentar, inventar e relacionar conteúdos e conceito. .O educador deve-se limitar apenas a sugerir, estimular e explicar, sem interferir,na forma como a criança vai agir, para que a criança aprenda descobrindo e descubra por si só .
As crianças tem maior êxito no aprendizado a partir do momento que elas sentem,prazer em aprender. Quando (Samples 1990, p.24 apud Costa, 2004) refere-se ao brinquedo, evidencia tal experiência por parte da criança como sendo essencial ao seu crescimento   físico e psíquico e totalmente desvinculado ao que os adultos consideram  como  certo   ou errado dentro do processo de aprendizagem.
Dessa maneira, o brinquedo, nas suas diversas formas, e auxilia no processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, etc. Segundo Piaget (1998, p.62), “o brinquedo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para gastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”. Através dele se processa a construção de conhecimento, principalmente nos períodos sensório-motor e pré operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas, estruturam seu espaço e seu tempo, desenvolvendo a noção de casualidade, chegando à representação e, finalmente, à lógica. As crianças ficam mais motivadas para usar a inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se para superar obstáculos tanto cognitivos como emocionais.
 Aprender brincando assim o lúdico passa a ser um referencial para a educação uma ferramenta inovadora de grande valor, entendimento.Nesse entendimento , o brinquedo não é apenas um “passatempo” para entreter os alunos, pelo contrário, refere-se a uma profunda condição do organismo e ocupa lugar de suma importância na educação escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação muscular, as faculdades intelectuais, a iniciativa individual, favorecendo o advento e o progresso da palavra. Estimula a observar e conhecer as pessoas e as coisas do ambiente em que se vive. Através do brinquedo a criança pode brincar naturalmente, testar hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade criativa.
	Através de Froebel que se iniciou a evolução dos estudos sobre o lúdico, o autor compreendeu que o jogo é uma ação do brincar, essa ideia é incluída na educação com uma proposta curricular para a educação infantil que é importante que a criança quando manuseia objetos tais como: cones, bolas, cubos, monta –monta facilitaria a aprendizagem da matemática tendo noções de forma, tamanho e cores. Segundo Kishimoto (2001) 
Froebel concebeu o brincar como atividade livre e espontânea da criança, e ao mesmo tempo defendeu a necessidade de superação do professor para os jogos dirigidos apontando questões sempre no contexto atual.
	
3.2 O lúdico, a criança e o brincar.
O lúdico significa, brincar, jogos, brincadeiras e divertimentos, mas em se tratando de educação possibilita a descoberta de si, da sua personalidade, faz aparecer à possibilidade de criar e recriar o mundo, de contar e reconta-lo. Tem grande participação na construção do indivíduo, em sua personalidade, trazendo para o mesmo equilíbrio. Se não for dada essa possibilidade de brincar a criança isso irá refleti de forma destrutiva no cotidiano infantil, trazendo danos como doenças comportamento característico de adulto, vício falta de concentração, falta de criatividade, agressividade. Já o brincar direcionado permite entender melhor os sentimentos, perceber os limites do corpo, aumentar a atitude de liderança e a cooperação (Samples 1990, apud Costa, 2004).
É brincando que as criança conhecem a si próprias, eaos outros em relação recíproca ”A criança precisa brincar ,inventar ,jogar para crescer e mantero seu equilíbrio com o mundo “(RALLO,1993.p 11)
Três coisas são muito importante no, brincar para o desenvolvimento da criança são elas : imitação, a regra, a imaginação , isso ocorre em todas as brincadeiras no faz de conta, nos jogos que cobram regras, nos desenhos. Atravésdessas dinâmicas que a criança tem experiência de relacionamento afetivo, interagindo ao meio em que vive, construindo o conhecimento através do brincar.
ParaSILVA JUNIOR (2005) o brincar é a forma mais fácil e real para se estabelecer relações afetivas .É um meio para transmitir segurança e confiança para que a sua introdução no processo de escolarização seja saudável e prazerosa, sem sofrimentos e culpas.A criança se expressa através dosmovimentos do seu corpo, explorando o espaço e objetos que tem a sua disposição, ela adquire conhecimento do seu dia a dia, ganha uma aprendizagem considerável e aumenta a imaginação, é a atuação de outras pessoas na ação lúdica que enriquece ainda mais a assimilação e o saber, é notório como durante essa ação é encontrado soluções para resoluções de problemas. O jogo, nas suas diversas formas, auxilia no processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando vivenciamos conflitos numa competição, etc. (Kishimoto, 2002).
As relações cognitivas e afetivas a partir da ludicidade promovem o amadurecimento emocional, o desenvolvimento da inteligência e da sensibilidade da criança, garantindo assim que suas potencialidades e afetividades se harmonizem.
3.3 O Lúdico na educação infantil
A ludicidade é assunto que tem conquistado espaço no cenário nacional, principalmente na educação infantil, por ser o brinquedo o jogo, as brincadeiras são a essência da infância e utilizá-los permitir um trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento, da aprendizagem e do conhecimento. Independentemente de época, cultura e classe social, os jogos e brinquedos fazem parte da vida da criança, pois elas vivem em um mundo de fantasia, de encantamento, de alegrias, de sonhos onde a realidade e o faz de conta se confundem.
Segundo Antunes (2004) durante muitos anos, a separação entre o brincar e aprender era evidente. Havia uma separação muito grandeentre esses conceitos. O brincar só era permitido quando as crianças terminavam as atividades. E,os adultos não tinham o hábito de brincar com os alunos . Como lembra Antunes não se separa a ideia do brincar da ideia do aprender. As crianças expõemo mundo como elas o enxergam e como podem representá-lo em um determinado momento de seu desenvolvimento.
É uma atividade sem custo algum, que ajuda emum espaço a imaginação que não tem tempo nem lugar para acontecer, mas precisa de muito tempo e de um lugar que seja acolhedor (CUNHA, 2001).Acriança cria e imagina, e ao imaginar ela brinca, pois o brinquedo proporciona a mediação entre o real e o imaginário (Vygotsky, 1988).	O brinquedo tem em cada momento da vida da criança, uma função, um significado diferente e especial. É o elemento facilitador dos avanços afetivos e cognitivos ao recuperar a história de vida de cada criança, auxiliando-a a pensar, repensar e relacionar a outras vivências também significativas buscando o exercício da reflexão. A brincadeira,desenvolve uma série de atividades lúdicas, e também assume uma fundamental importância no processo de aprendizagem infantil. Portanto, a brincadeira não pode ser considerada uma atividade complementar, mas sim uma atividade fundamental para a ação pedagógica.
No ponto de vistade Campos (2011) o jogo, nas suas diversas formas, auxilia no processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando vivenciamos conflitos numa competição, etc.	A escola, por ser o primeiro agente socializador fora do círculo familiar da criança, torna-se a base da aprendizagem se oferecer todas as condições necessárias para que ela se sinta segura e protegida. Portanto, não há dúvidas de que éfundamentalà presença de um educador que tenha consciência de sua importância não apenas como um mero reprodutor da realidade vigente, mas sim como um agente transformador.
 A maneira como odocente deve transmitir conhecimento aos alunos é muito importante. A forma de conduzir a criança da educação infantil, pode garantir o sucesso da aula, essa apresentação não precisa ser sempre de maneira tradicional, pode ser feita de forma a garantir o brincar, que está inserido no mundo infantil, talvez essa forma de dinamizar a aula pode vir a ser o responsável pela criatividade dos alunos e por despertar o pensamento nos mesmos. É através da brincadeira que a criança busca maneiras de entender a sociedade em que está inserida, enquanto se diverte ela cria, faz, desfaz e recria, ela imagina e compreende o mundo. As formas de linguagem usadas por crianças da educação infantil, é o brincar que exprime com o corpo o desejo e a inteligência, sendo assim o brincar deve ser pensado e repensado pela educação, com um olhar crítico, dando autonomia a curiosidade e capacidade de aquisição do saber. A aprendizagem se dá por meio dessa troca de ideias de um com o outro, nas relações humanas, é assim é assim que se constrói o conhecimento, entre as interações, nas trocas de saberes, sendo que o isolamento traz efeito contrário bloqueando qualquer forma de construção de conhecimento construído pelas inter-relações. Brincando a criança toma decisões entende a vivencia do outro, e as toma como conhecimento, buscasaberes desconhecidos, tornando significativa a aprendizagem, pois adquiri novas experiências tornando essa aquisição de conhecimento muito prazeroso. 
 Essa ralação brincar e aprender faz com que o docente repense na sua maneira de agir diante da educação infantil. Desse modo, devem-se separar materiais apropriados, o professor precisa estar atento não só à idademas também as necessidades de seus alunos para selecionar e deixar a disposição materiais apropriados. Outra função do professor é permitir a repetição de jogos. Assim, na visão de Moyles (2002) as crianças sentem grande prazer em repetir jogos que conhecem bem, sentem-se seguros quando percebem que contam cada vez mais habilidades em responder ou executar o que é esperado pelos outros.
A criança pode na brincadeira, desenvolver algumas capacidades importantes: a atenção, a memória, a imaginação e a imitação. É na brincadeira que ela pode pensar e experimentar situações novas ou mesmo do seu cotidiano.De acordoa perspectiva de autores como Piaget e Vygotsky, a criança através das brincadeiras e jogos está em intermediação direta com o mundo. O focoprincipal da educação infantil é colaborar para a aprendizagem, tais como o desenvolvimento dos aspectos físicos, sócio - emocionais e intelectual da criança. É necessário que haja uma infinidade de meios a serem oferecidos para que a criança possa desenvolver sua capacidade de criar e aprender. A brincadeira deu início a um dos meios que pode levar a criança a um crescimento global.
O jogo é uma assimilação funcional ou reprodutiva e conforme a sua estrutura, Piaget classifica-o em: de exercício (sensório-motores); simbólicos e de regras, sem deixar de lembrar suas variedades. Para Vygotsky o jogo é uma atividade muito importante,pois através dele a criança cria uma área de desenvolvimento proximal, funções que ainda não amadurecem, mas que se encontram em processo de maturidade, o que a criança irá alcançar em um futuro próximo. A escola deve ser abundante de experiências para a exploração ativa, partilhada poradultos e crianças onde por intermédio das brincadeiras e jogos a criança exercita vários papéis com os quais interage no cotidiano.Segundo Santos (2008) destacam que a modalidade de ensino, nominada como Educação Infantil surgiu no Brasil graças a mudanças ocorridas no eixo familiar.
Brincar é uma atividade paradoxal: livre, imprevisível e espontânea, contudo, ao mesmo tempo, regulamenta meio de superação da infância, assim como modo de constituição da infância; maneira de apropriação do mundo de forma ativa e direta, mas também através da representação, ou seja, da fantasia e da linguagem (Wajskop, 1995). Brincando, o indivíduo age como se fosse outra coisa e estivesse em outro tempo e lugar, embora – para que a atividade seja considerada brincadeira, e não alucinação – deva estar absolutamente conectada com a realidade. Provavelmente Ajuriaguerra e Marcelli, 1991 consideraram tudo isso para dizer que é um paradoxo querer definir o brincar com demasiado rigor.
Porém, os custos dessa atividade são tão elevados para as espécies que brincam, envolvendo gasto de tempo, energia e exposição a riscos, que o retorno em termos de proveitos que devem ser considerados.
Vygostsky (1998) afirma que o brincar é um espaço de aprendizagem onde a criança age além do seu comportamento humano .Quando a criança brinca , ela age como se fosse maior do que é na realidade, desempenhando alegoricamente, o que mais tarde realizará na vida real. Embora aparentemente expresse apenas o que mais gosta, a criança quando brinca, aprende a se subordinar às regras das situações que reconstróimesmo sem a intenção de aprender, quem brinca aprende, até porque se aprende a brincar. Como construção social, a brincadeira é atravessada pela aprendizagem, uma vez que os brinquedos e o ato de brincar, a um só tempo, contam a história da humanidade e dela participam diretamente, sendo algo aprendido, e não uma disposição inata do ser humano.
O simples fato de ofertar certos brinquedos já é o começo do projeto educativo – é melhor do que proibir ou oferecer. Na escolha e na medida de jogos, brinquedos e brincadeiras, o educador coloca o seu desejo, suas convicções e suas hipóteses acerca da infância e do brincar. O professor da educaçãoinfantil que realiza seu trabalho pedagógico no cenário lúdico observa as crianças brincando e faz com que isto seja uma ocasião para reelaborar suas hipóteses e definir novas propostas de trabalho. Ele nãose sente culpado por passar esse tempo observando e refletindo sobre o que está acontecendo em sua sala de aula (Moyles, 2002). Percebe que o melhor jogo é aquele que dá espaço para a ação de quem brinca, além de instigar e conter mistérios. Porém,ele não fica só na observação e na oferta de brinquedos, ele interfere no brincar, não para separar brigas ou para decidir oque o aluno deve escolher ou fazer , e muito menos ele determina quando se inicia ou termina, e sim para estimular as atividades mentais, sociais e psicomotoras dos alunos com questionamentos e sugestões de encaminhamentos. Identifica situações potencialmente lúdicas, fomentando-as, de modo a fazer a criança avançar do ponto em que está na sua aprendizagem e no seu desenvolvimento (Moyles, 2002). Não exige das crianças descrição antecipada ou posterior das brincadeiras, pois, se assim o fizer, não estará respeitando o que define o brincar, isto é, sua incerteza e sua improdutividade (Kishimoto, 2002), 
Para se realizar tudo isso, o educador não pode aproveitar a “hora do brinquedo” para realizar outras atividades, taiscomo: conversar com os colegas, lanchar, etc. Pelo contrário, em nenhum momento da rotina na escola infantil o educador deve estar tão inteiro e ser tão rigoroso – no sentido de atento às crianças e aos seus próprios conhecimentos e sentimentos – quanto nessa hora (Moyles, 2002).
Portanto énecessário que o educador introduzao brincar em um projeto educativo, que seja intensivo, ou seja, ter objetivos e consciência da importância de sua ação em relação ao crescimento e à aprendizagem infantil. Todavia, esse projeto educativo não passa de ponto de partida para sua prática pedagógica, jamais é um ponto de chegada rigidamente definido de antemão, pois é preciso renunciar ao controle, à centralização e à onisciência do que ocorre com as crianças em sala de aula. De um lado, o educador deve desejar – no sentido da dimensão mais subjetiva de “ter objetivos” – e, ao mesmo tempo, deve abrir mão de seus desejos – no sentido de permitir que as crianças, tais como são na realidade, resultando e admitindo que elas são elas mesmas, e não aquilo que o educador, desejar que elas sejam (Kishimoto, 2002),. Será a ação educativa sobre o brincar infantil contraditória, paradoxal? Sim, tal como o brincar!
O problema é que, apesar de muitos educadores deixarem seus alunos brincarem, a brincadeira está cada vez mais ausente em grande parte das classes de educação infantil. .Amedida que as crianças crescem, menos brinquedos, espaço e horário existem para as crianças brincarem. Aparecendo assimno pátio, no hora do recreio, no dia do brinquedo que geralmente e na sexta feira , não sendo considerada legitimamente como uma atividade escolar (Moyles, 2002).
 Seu papel no brincar foge à frequente centralização de poder absoluto, e os educadores não sabem o que fazer no período em que seus alunos brincam, apoiando-se na realização de outras atividades, tidas como produtivas. Na melhor das hipóteses, tentam racionalizar, definindo o brincar como atividade espontânea que cumpre suas próprias finalidades. Na pior das situações, sentem-seincomodados pela alusão à própria infância que o contato com o brincar dos seus alunos o possibilita, ou confusos quanto ao querem fazer enquanto as crianças brincam, muitas vezes não apenas se intrometendo na brincadeira, como tentando ser a própria criança que brinca (Kishimoto, 2002).
Por outro lado, uma sala de aula cujo aspecto lúdico é desmoderado, chegando ao ponto de ser desfavorável, distanciam as crianças do brincar. Com tantas ofertas de brinquedos e situações lúdicas, as crianças não conseguem associaras propostas ali contidas e acabam por não interagindo com o material, disposto somente para enfeite e contemplação, com um papel meramente decorativo, brinquedos que somente são só para ver e não para brincar, restando apenas para as crianças não brincar – e brigar devido a tantas restrições.
Se o professor consegui conciliar os objetivos pedagógicos com os desejos do aluno a sala de aula pode se tornar um lugar para brincar.
É importante mencionar também que o brinquedo, enquanto uma técnica lúdica a ser utilizada na prática pedagógica da Educação Infantil, supõe uma relação íntima com a criança e a indeterminação de regras para sua utilização. A esse respeito, Vygotski, (1998, p. 38) “o brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade”.
Uma aula ludicamente inspirada não é, necessariamente, aquela que ensina conteúdos com jogos, mas aquela em que as características do brincar estão presentes, influindo no modo de ensinar do professor, na seleção dos conteúdos, no papel do aluno (Moyles, 2002).
E indispensável o papel do adulto no brincar da criança. A forma de como eles se relaciona estabelece como ele irá refletir diretamente no desenvolvimento total da criança, e sua conduta poderá facilitar ou dificultar o processo de aprendizagem infantil.
 E imprescindível que se invista na qualidade dessa relação em qualquer espaço de educação, seja ele formal ou informal.
Levando em consideração que a promoção do brinquedo se dá de forma natural no mundo infantil, o desafio do adulto reside em construir uma relação que permita à criança sero executor de sua própria brincadeira, desfrutando na figuradele um parceiro de jogo que a respeita e a estimula a aumentar cada vez mais seus campos.
No ponto de vistade brincar com forma de desenvolver a independência das crianças requer um uso espontâneo de brinquedos e materiais, que permita a relevância dos projetos criados pelas crianças. Somente assim, o brincar estará contribuindo para a construção da autonomia.
O lúdico tem essa particularidade, alegria,simplicidade, o prazer em aprender, o lazer educativo, assumir essa ideia é garantir o sucesso do aprendizado na educação infantil, é motivar novas ações de socialização,autoconhecimento, é valorizando a cooperação, o desenvolvimento humano, e a integração social.
3.4 A finalidade do lúdico
O conhecimento acerca do desenvolvimento infantil é um fator indispensável nesta pesquisa a fim de se verificar qual o papel do lúdico neste processo em construção. De acordo as perspectivas desenvolvimentistas da aprendizagem, o primeiro período de vida da criança vai do nascimento até o surgimento da linguagem, entre um e dois anos de idade aproximadamente. A criança demonstra o desenvolvimento de sua inteligência quando inicia uma comunicação em linguagem verbal e social. A partir de então ocorrem os primeiros passos da representação mental através da formação simbólica.
É quando, segundo Le Boulch (1982) a função de interiorização começa, até atingir a maturação, que permite a criança conscientizar-se com aspectos de seu corpo e mundo que o cerca, e exprimi-la verbalmente através da função simbólica. Construindo mecanismos que lhe permitem entrar em contato com um universo que ainda está por conhecer. Essa função simbólica é espetacular e distingue a espécie humana. Quando falamos em jogo simbólico, em faz-de-conta, nos referimos a uma experiência que todos nós já vivemos na infância. O brinquedo simbólico é tão rico para o desenvolvimento da criança que uma análise superficial nem de longe chega 
a apreender todas as suas possibilidades, sendo este atraente e divertido, estimula o desenvolvimento do pensamento lógico. 
Se observamos com atenção podemos ver que os indícios de comportamentosocial da criança começam desde cedo, basta observarmos com atenção os seus atos, es relacionados em especial aos brinquedos. As regularidades presentes, as ações lúdicas, naquilo que Jean Piaget chamou de jogo de exercício, anunciam a regularidade, característica dos jogos sociais e do comportamento mais socializado da segunda infância (Freire, 1992, pag.161). Quando uma criança começa a ler, escrever e calcular corretamente parece que tudo acontece repentinamente, quase num passe de mágica.Pelo contrário desta concepção percebemos há um grande e confuso processo de alterações e readaptações cognitivas geradoras de estruturas cognitivas reorganizadas que tenham dificuldade suficiente para compreender e reproduzir as linguagens codificadas pela sociedade. E muito da matériaprima necessária a essa construção se inicia na atividade lúdica, no jogo simbólico e no faz de conta desde a infância O benefício do trabalho lúdico é que o prazer conferido pela atividade impulsiona e encoraja a criança superar dificuldades que normalmente não superaria em outras circunstâncias, favorece a construção imaginada e realizada da veracidade, experimentando e representando diversas relações, até que ela atinja a função de interiorização, ocasionando e modificando conceitos, incorporando-as às estruturas de pensamento. 
É de fundamental importânciacertificar à criança ,o tempo e os espaços para que o caráter lúdico do lazer seja experimentado com uma intensidade capaz de formar a base sólida para a criatividade e a participação cultural e, especialmente para o exercício do prazer de viver, e viver, como diz a canção...como se fora de brincadeira de roda... (Marcelino, 1996,p.38)
CAPITULO III
4. O DESENVOLVIMENTO HUMANO SEGUNDO PIAGET
A afirmação de Piaget e que o conhecimento não procede nem da experiência única dos objetos nem de uma programação inata pré-formada no sujeito, mas de construções sucessivas com elaborações constantes de estruturas novas (PIAGET, 1976). Dessa maneira, o processo de evolução das características genéticas do homem tem uma origem biológica que é ativada pela ação e interação do organismo com o meio ambiente - físico e social - que o rodeia, existindo uma relação de interdependência entre o sujeito conhecedor e o objeto a conhecer. (TERRA)
As relações de troca do homem com o meio ocorrem mediante um processo de adaptaçãoe um termo utilizado por Piaget,para designar o processo de como o ser humano em desenvolvimento lida com novas informações que vão de encontro com o que ele já havia esquematizado. Possui duas etapas: acomodação e assimilação, que atuam juntas para que haja equilíbrio e crescimento cognitivo no desenvolvimento do homem (Bello, 1995).
Essa acomodação diz respeito às mudanças em um sistema de esquemas de um indivíduo a fim de incluir novas informações. A estrutura se modifica em função do meio e de suas variações. A compreensão implica uma integração de informações novas a uma estrutura anterior, ou mesmo a constituição de uma nova estrutura sob a forma de um esquema, num processo de adaptação ao meio. Representa um processo contínuo, já que constantemente estamos interpretando nossa realidade, além de complementar mutuamente o processo de acomodação, buscando constantemente um equilíbrio (Piaget, 2002).
Piaget investigou de forma minuciosadenominar uma teoria do conhecimento com base no estudo da gênese psicológica do pensamento humano, que procura distinguir as raízes das diversas variedades de conhecimento a partir de suas formas mais simples e acompanhar seu crescimento nos níveis consecutivos até, inclusive, o pensamento científico. Foi o que chamou de epistemologia genética (Piaget, 2002).
O período sensório motor é relacionado ao desenvolvimento mental que é iniciado a partir da capacidade de reflexo da criança e vai até quando a criança inicia a sua própria linguagem ou outros meios simbólicos para representar o mundo pela primeira vez. 
Os sentimentos das crianças funcionam como um canal importante para o contato com os adultos, através toque corporal, mudança no tom de voz e nas expressões faciais, assim dando entendimento ao processo de aprendizagem. A criança imita os adultos e assim vai criando suas próprias reações como: balançando o corpinho e batendo palminhas etc. Logo que a criança começa a aprender a andar se movendo de um lado para o outro sem rumo específico, ela começa a amadurecer o sistema nervoso e aperfeiçoando seu andar se tornando mais segura e instável. Com o passar do tempo, ela vai adquirindo sua própria confiança. A criança nessa fase é curiosa, sem se preocupar com o objeto. Para ela, tanto faz pegar uma xícara como um copo, isso não faz diferença. (PIAGET, 2002). 
No final do segundo ano de vida aparece a função simbólica,e tem entre outras significâncias a possibilidade de ações características da inteligência sensório-motor podendo converter-se em elemento de aprendizagem da criança. Existem situações em que ela relembra uma cena e imita com gesto como levantando os braços ou mesmo balançando a cabeça quando não quer algo que está sendo oferecido por um adulto.
A evolução de desenvolvimento que Piaget formulou consistem em estágios do desenvolvimento cognitivo, subdivididos em quatro estágios evolutivos e sequenciais do crescimento humano, qualitativamente diferentes entre si, que vão desde o nascimento à idade adulta. Em cada estágio, a criança desenvolve um novo modo de operar, sendo variável de indivíduo para indivíduo, obedecendo a um desenvolvimento gradual.Os estágios de desenvolvimento de Piaget estão assim divididos:
4.1 Estágio Sensório-Motor
Sucede do nascimento do indivíduo aos 2 anos de idade. Nessa etapa do desenvolvimento, o bebê sucessivamentese torna capaz de organizar atividades em relação ao ambiente por meio de atividades sensório motoras.
A criança passa do nível neonatal, marcado pelo funcionamento dos reflexos inatos, para outroem que ela já é capaz de uma organização perceptiva e motora dos fenômenos do meio. A consciência da criança sobre o meio externo se expande lentamente, conforme suas ações se deslocam de seu próprio corpo para objetos (Cole, 2003).
É dividido em 6 sub estágios, e neles o bebê consegue coordenar as percepções sensoriais e comportamentos motores simples a fim de conhecer o mundo que o cerca. Em seu desenvolvimento, o bebê vai adquirindo, dentre outros, a capacidade de perceber a permanência do objeto, desenvolve reações circulares, e inicia suas representações simbólicas. Reconhecem o mundo externo e o exploram propositalmente.
4.2 Estágio do Pensamento Pré-Operatório
Acontece no entorno dos 2 aos 6 anos de idade. A criança interioriza o meio, sendo capaz agora de representá-lo mentalmente. O desenvolvimento da representação cria as condições para a aquisição da linguagem, pois a capacidade de construir símbolos possibilita a aquisição dos significados sociais existentes no contexto em que a criança vive.
Nesta etapa, há um desenvolvimento marcante da linguagem, há o desenvolvimento da função semiótica, onde as crianças utilizam símbolos para retratar a realidade. O individualismo está muito presente nas crianças, elas possuem uma incapacidade de pensar através das consequências de uma ação e de entender noções de lógica; desenvolvem o conceito de conservação, e ainda não desenvolveram a capacidade de manipular informações mentalmente (Sadock, 2007).
A partir desseperíodo, ocorre o desenvolvimento do pensamento simbólico, torna-se possível o estabelecimento de alguns avanços importantes do estágio pré-operacional, dessa maneira, não será mais necessário a indicação sensorial para que a criança possa pensar em elementos. Ela pode lembrar-se de algum objeto que 
evidencie umafunção simbólica, por meio da imitação, o jogo simbólico da linguagem, ou seja, o símbolo proporciona a criança a pensar e a falar sobre produto e suas qualidades mesmo que não esteja presente como elemento concreto.
Aparecemtambém outras qualidades como o animismo, a linguagem em nível constantemente trocados.
4.3 Estágio Operatório Concreto
Acontece geralmente dos 6 aos 12 anos de idade. Após equilibraçõessequentes, há um desenvolvimento cognitivo das operações mentais das crianças, que vai pensando logicamente sobre eventos concretos, mas ainda possui dificuldades de lidar com conceitos duvidosos e impalpáveis . Isso provoca, dentre outros, a capacidade de combinar, separar, ordenar e transformar objetos e ações, bem como da noção de reversãoe o raciocínio de dedução.
A criança apresenta uma decadência no orgulho, e começa a se coletivisar em grupos, reconhecendo uma liderança. Compreendem regras e estabelecem compromissos. Possuem uma linguagem socializada, mas ainda têm uma ignorância em entender pontos de vista diferentes (Cole, 2003).
Assim, por meio de procedimentos, os conhecimentos adquiridosanteriormente pela criança vão se transformando em conceitos
4.4Estágio Operatório Formal
Dá se início aproximadamente aos 12 de idade e prossegue em diante. Nele, são desenvolvidas capacidades de se pensar em conceitos abstratos e no próprio processo de pensamento. Há a presença de pensamento hipotético dedutivo, raciocínio lógico, raciocínio dedutivo, capacidade de resolução de problemas e de pensamento sistemático; a linguagem está desenvolvida, permitindo discussões lógicas e que cheguem a conclusões. É nessa fase que acontece a maturação da inteligência do indivíduo, em que há a capacidade de pensar sobre o seu própriopensamento, tornando-se cada vez mais cientes das operações mentais que realiza ou que pode realizar diante do meio que o cerca.
Pode-se dizer, então, que o desenvolvimento, na concepção piagetiana, é fundamentalmente um processo que permite equilíbrios sucessivosque os conduzem a maneiras de agir e de pensar cada vez mais complexas e elaboradas. (FONTANA & CRUZ, 1997). As contribuições de Piaget para os ramos do conhecimento que se preocupam com o desenvolvimento do homem foram de grande importância, ao frisar o papel ativo do homem no processo de aquisição e elaboração do pensamento.
 Piaget considerou o desenvolvimento e a inteligência humana como processos de equilíbrio entre assimilar a acomodar e ambos devem acontecer nessa ordem para não ocorrer a imitação ele entende o processo de desenvolvimento e aprendizagem como forma de períodos, que fazem com que aconteça o desenvolvimento afetivo, social, motor e cognitivo. Nos primeiros períodos do desenvolvimento da criança ela é movida pela descoberta, pelo prazer e satisfação e está voltado para os símbolos, assim ela assimila o lúdico, inventando suas brincadeiras.
CAPITULO IV
5. DESENVOLVIMENTO HUMANO SEGUNDO VIGOTSKY
Vygotsky evidencia o processo histórico-social e o papel da linguagem no desenvolvimento do indivíduo. Seu argumento central é a conquista de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio. Para o teórico, o sujeito é interativo, pois adquire conhecimentos a partir desuas relações de troca com o meio, a partir de um processo denominado mediação. Vygotsky trouxe uma nova visão de olhar às crianças.
A pretensão do teórico era uma abordagem que buscasse a síntese do homem como ser biológico, histórico e social. Ele sempre considerou o homem incorporado na sociedade e, sendo assim, sua abordagem sempre foi orientada para os processos de desenvolvimento do ser humano com ênfase da dimensãosóciohistórica e na interação do homem com o outro no espaço social. Sua abordagem sócio-interacionista buscava caracterizar os aspectos tipicamente humanos do comportamento e elaborar hipóteses de como as características humanas se formam ao longo da história do indivíduo (Vygotsky, 1996). 
Vygotsky (1998) acredita que as qualidades individuais e até mesmo suas atitudes individuais estão impregnadas de trocas com o coletivo, ou seja, mesmo o que tomamos por mais individual de um ser humano foi construído a partir de sua relação com o indivíduo.
Em Vygotsky, ao contrário de Piaget, o desenvolvimento – principalmente o psicológico/mental (que é promovido pela convivência social, pelo processo de socialização, além das maturações orgânicas) – depende do aprendizado na medida em que se dá por processos de internalização de conceitos, que são promovidos pela aprendizagem social, principalmente aquela preparada no meio escolar.
Ou seja, para Vygotsky, não é aceitável ter todo o aparato biológico da espécie para realizar uma tarefa se o indivíduo não participa de ambientes e práticas específicas que propiciem esta aprendizagem. Não podemos pensar que a criança vai expandir com o tempo, pois esta não tem, por si só, instrumentos para seguirsozinha o caminho do desenvolvimento, que dependerá das suas aprendizagens por meio das experiências a que foi exposta. Neste caso, a criança – é reconhecida como ser pensante, capaz de vincular sua ação à representação de mundo que constitui sua cultura, sendo a escola um espaço e um tempo onde este processo é vivenciado, onde o processo de ensino-aprendizagem envolve diretamente a interação entre sujeitos.
Como foi ressaltado, é no íntimo das interações no interior do coletivo, das relações com o outro, que a criança terá condições de criar suas próprias estruturas psicológicas (Creche Fiocruz, 2004).
Dessa formaas crianças, possui habilidades parciais, as desenvolvem com a ajuda de parceiros mais aptos (mediadores) até que tais habilidades passem de parciais a totais. Temos que trabalhar, porém , com a estimativa das potencialidades da criança, potencialidades estas que, para tornarem-se desenvolvimento efetivo, exigem que o processo de aprendizagem, os mediadores e as ferramentas estejam distribuídas em um ambiente adequado (Vasconcellos e Valsiner, 1995).	
Temos, portanto uma relação entre desenvolvimento e aprendizagem, que acontece da seguinte maneira: em um contexto cultural, com aparato biológico básico interagir, o indivíduo se desenvolve movido por mecanismos de aprendizagem provocados por mediadores.Para Vygotsky, o processo de aprendizagemdeve focalizar não oque a criança aprendeu, mas sim o que ela está aprendendo. Em nossas práticas pedagógicas, sempre procuramos pensar em qual aprendizado poderá ser útil àquela criança, não somente no momento em que é ministrado, mas para além dele. É um processo de transformação constante no caminho das crianças.	Vygotsky (1998) conclui que o brinquedo surge dessas necessidades não viáveis de imediato. Eles são construídos quando a criança começa a experimentar tendências não realizáveis: para resolver a tensão gerada pela não realização de seu desejo, a criança envolve-se em um mundo de ilusão e imaginário onde seus anseios podem ser realizados no momento em que quiser. Esse mundo é o brincar. Entra em cena a imaginação, a qual é um processo psicológico novo para a criança. Em sua visão, a imaginação surge originalmente da ação. Assim, podemos inverter a velha frase que afirma que o brincar da criança é a imaginação em ação. A situação imaginária de qualquer brincar está imbuído de normas de comportamento. Ficando assim possível concluir que não existe brinquedo sem regras, mesmo que não sejam as regras estabelecidas a priori; o brincar está envolvido em regras da sociedade.
Vigotsky explica o desenvolvimento humano por estruturas, ele entendeu que o desenvolvimento um processo que se dá conforme a vivencia e convivência humana, conforme a interação com o meio ambiente, e depende das experiências sociais desenvolvendo na criança o senso crítico sujeito capaz de transformar a sua realidade. Ele acredita que desenvolvimento e aprendizagem estão relacionados e as instituições sociais que auxiliam esse processo escola e família por exemplo. Na compreensão do autor, a criança é um ser que cria e constrói, vive num mundo imaginário, e nesse mundo ela cria atividades lúdicas.
CAPITULO V
6. IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Perante a realidade na qual o que prevalece é a industrialização, muitos estudiosos apontam que os setores produtivos estão disponibilizando brinquedos na área educacional, dando maior destaque para tais produtos.Para Macedo (2005), o brincar infantil é um método importante na construção de conhecimentos e no desenvolvimento total da criança, independente do local em que vive, do grupo e da cultura da qual faz parte, viabilizando a mediação entre o real e o imaginário. A brincadeira faz parte do mundo da criança. É nesse momento que ela experimenta, organiza-se, regula-se, constrói normas para si e para o grupo. Desse modo, o brincar é uma das formas de expressão emque a criança usa para entender e interagir consigo mesma e com os outros o próprio mundo.
Podemos perceber hoje nas escolas, a ausência de uma proposta pedagógica que introduza o lúdico como foco de trabalho.  Essa realidade do Brincar nas escolas leva-nos a perceber a inexistência de espaço par um bom desenvolvimento dos alunos. Precisa-se entender quais conceitos possuem fundamento, pois hoje se sabe que é através das ações, do fazer, pensar e brincar, que o ser humano vai criar seu conhecimento e desenvolvendo suas estruturas psíquicas para se relacionar com o mundo concreto.
“O brincar é uma das formas privilegiadas de as crianças se expressarem, se relacionarem, descobrirem, explorarem, conhecerem e darem significado ao mundo, bem como de construírem sua própria subjetividade, constituindo-se como sujeitos humanos em determinada cultura. É, portanto, uma das linguagens da criança e, como as demais, aprendida social e culturalmente. ” (FARIA E SALLES, 2007, p. 70)
A brincadeira como atividade específica há muito tempo foi reconhecida como “interessante e produtiva estratégia de ensino especialmente na educação infantil” (ROSA, 2002, p. 57). É por meio das brincadeiras realizadas ao longo da infância que as crianças aprendem, se expressam e constroem sua “identidade tanto pessoal quanto social” (FARIA E SALLES, 2007, p.71).
Rosa (2002) afirma que brincar e aprender apresentam diferenças; contudo, eles não são opostos, existem na escola e cada um têm o seu lugar. A escola, para essa autora, “é um lugar onde também se pode (no sentido de que cabe o é “permitido”) brincar. O que não sabemos é até que ponto o professor-educador, carregando todo peso da imagem de “seriedade” associada ao seu “fazer”, se permite brincar. ” (p. 68). Ou seja, não sabemos até onde para o professor é possível ensinar brincando. 
Outros autores também fazem a relação entre o brincar e a aprendizagem, como por exemplo, Vital (2003). Para a autora o brincar abrange a utilização do jogo, da brincadeira e do brinquedo e é o modo mais eficiente para a aprendizagem porque ao brincarmos desenvolvemos a habilidade de aprender a pensar. Assim como Vital, Volpato (2002) também reconhece que ao brincar a criança realiza uma remodelagem da sua realidade, construindo e reconstruindo-a e isso auxilia o seu desenvolvimento. Podemos relacionar essa ideia proposta por Volpato, com a de Faria e Salles (2007). Esses autores afirmam que o brincar é um importante espaço de expressão de aprendizagem sobre o mundo físico e social.
Entende-se que o lúdico e de muita importância para as crianças, pois sem diferenciação de idade ou classe social, estas atividades lúdicas devem existir no contexto político pedagógico da escola. O lúdico distinguios jogos as brincadeiras e os próprios brinquedos, tanto as brincadeiras de antigamente, e também as atuais, pois são de caráter educativo e contribuem na aprendizagem dos alunos, assim como no convívio social. 
É com a interação que as crianças vão desenvolvendo suas criatividades e liberdades. Desse modo, o brinquedo traduz, de acordo com Piaget (2002), o real para a realidade infantil. Portanto, com a brincadeira, a inteligência e sua sensibilidade estão sendo desenvolvidas. Assim, a presença de atividades lúdicas na prática educativa articula-se na forma espontânea e dirigida, em que ambas são educativas. 
De acordo com Piaget (2003), o caráter educativo do brincar é visto como uma atividade formativa, que pressupõe o desenvolvimento integral do sujeito quer seja, na sua capacidade física, intelectual e moral, como também a constituição da individualidade, a formação do caráter e da personalidade de cada um. Enquanto que na fase dirigida há a presença das brincadeiras como atividades cujo objetivo específico é o de promover a aprendizagem de um determinado conceito, ou seja, além de serem marcados pela intencionalidade do educador. 
À dimensão em que a criança vai se desenvolvendo fisicamente, as brincadeiras vão tomando dimensão mais socializadora, os participantes se encontram, numa atividade comum e ao mesmo aprendem a coexistência, contudo lhes possibilita aprender, como lhe dar com respeito mútuo, bem como partilhar brinquedos, dividir tarefas e tudo aquilo que implica uma tarefa coletiva no seu dia a dia.
 Acreditamos que é brincando que a criança começa a se relacionar com as pessoas, que ela descobre o mundo, se desenvolve com o que ela aprendeu.
Desta maneira, podemos perceber quemuitos autores tem visto o brincar como parte fundamental na aprendizagem e elenão pode ser separado da criança, pois é ele um dos elementos que está incumbido da construção do conhecimento. Obrincar e inserir conteúdos e transforma lós em unidades produtivas, para mudar essa situação o diálogo deve prevalecer e o brincar deve ser inserido no cotidiano infantil.
 Na educação é de grande importância abordar os conteúdos estimulando a pesquisa, a descobrir as respostas, a entender o meio em que vive através da atividade lúdica. As instituições educacionais, os profissionais que voltam à atividade lúdica, percebem que o desenvolvimento infantil envolve ao crescimento, se trata de assimilar associar e criar e recriar símbolos, e proporcionam novas vivencias. 
 A escola que desenvolve o aprender brincando e o encara de forma natural, percebe que a criança começa a assimilar regras e valores impostos pelasociedade, ela vai promove a criatividade através de experiênciavividas, com a brincadeira a criança interpreta o significado das situações, reais adquirindo o desenvolvimento cognitivo, forma conceitos, relaciona ideias, estabelece relações lógicas, desenvolve expressão oral, melhora a habilidade social, e promove o autoconhecimento. A escola, como sendo um ambiente social, deverá ser para todos os envolvidos no processo educativo, um local promissor de troca e vivência de experiências, contribuindo de maneira positiva na efetivação de uma aprendizagem significativa e flexível.
Indicar o lúdico ao universo infantil é o mesmo que valorizar a cultura da criançaé possibilitaráalegria e prazer é deixar a criança dentro do universo infantil, possibilitando assim, uma maneira competente de desenvolvimento da aprendizagem.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 O lúdico é uma atividade que está presente o tempo todo, ela está associada a diversas épocas da história da humanidade, e colabora para o desenvolvimento cognitivo, social, cultural, no processo de construção do conhecimento, foi importante para a formação das sociedades, na construção da identidade infantil, na criação de ideias, conceitos e valores.
Entende se o lúdico como princípio pedagógico importantíssimo para a educação infantil, pois colaborou para oprocesso educativo, ajudando a criança a criar e recriar que é condição essencial ao seu desenvolvimento, brincar com prazer é o mesmo que experimentar novos conceitos. Para o professor a dedicação em buscar introduzir o lúdico no dia a diaescolar, é o mesmo que ligar o passado e o presente, no conceito de desenvolvimento e aprendizagem.
A introdução do lúdico nas escolas faz com que os alunos sejam estimulados a descobrir novas possibilidades a partir do autoconhecimento. Brinquedos e brincadeiras, jogos, aprender brincando, esse é o espírito lúdico, assim o entendimento do que é brincar e do que é aprender é muito rico e significativocontribuir com saberes e conhecimento, novo vivencia culturais, sociais, afetivas, cognitivas, que irão formar indivíduos capazes de interagir no meio, buscar e gerar conhecimento. Aprender brincando faz com que a criança associee expressa valores e atitudes de experiências positivas, de acordo com sua figura, suas experiências sentimentais e sociais, favorecendo assim a construção do saber, e a aprendizagem além do autoconhecimento. 
Após análise dos diversos pontos apresentados e analisados no presente trabalho foi possível notar, que a finalidade do lúdico na educação infantil, não é apenas como um meio no qual as crianças brincam livremente, mas também como uma ferramenta de grande valor no desenvolvimento cognitivo das crianças. Para tanto, é necessário que os dois lados, professor e aluno, entrem em harmonia para conseguir ter um bom trabalho que irá resultar no aprendizado significativo. Acredita-se que para ensinar com eficáciaé preciso acompanhar às crianças e observar suas necessidades e interesses.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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