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Ludicidade na Educação Infantil

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PEDAGOGIA
Sistema de Ensino Presencial Conectado
Pedagogia
ludicidade: UMa FORMA DE APRENDIZAGEM 
Cidade
Ano
ludicidade: UMa FORMA DE APRENDIZAGEM 
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagogo.
Orientador: Prof. Suelen Bueno Carneiro Toledo
Uruguaiana 
2018
RESUMO
A proposta desse projeto de ensino é falar sobre o Lúdico na Educação Infantil e mostrará que o conhecimento construído através da ludicidade poderá auxiliar a criança a obter melhor desempenho na aprendizagem. O estudo como jogos e brincadeiras se manifesta como uma estratégia de ensino presente nas ações educacionais das escolas de educação infantil.  A infância é a idade das brincadeiras e esta é uma ação essencial na vida da criança em seu desenvolvimento, por isso pode ser um instrumento eficiente para ser utilizado nesse processo educacional. Através de uma pesquisa alicerçada nos fundamentos de autores como Kishimoto, e Vygotsky, seguindo a realidade escolar estudada busca-se identificar que a utilização do lúdico aliado a atividades pedagógicas pode transformar o aprender numa ação prazerosa que produz resultados positivos durante o ensino – aprendizagem do aluno.  Nosso objetivo é dar ao educador a oportunidade de compreender a importância das atividades lúdicas na educação infantil. Muitos professores encontram dificuldades em compartilhar certos conhecimentos que poderiam ser mais facilmente transmitidos com a prática de atividades lúdicas. Vale destacar que na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade, ou seja, o que ela resulta, mas a própria ação, o momento vivido pelo indivíduo.
Palavras-chave: Ludicidade. Aprendizagem. Educação infantil. 
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	5
2	REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	7
3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO	17
3.1Tema e linha de pesquisa	17
3.2 Justificativa	17
3.3 Problematização	18
3.4 Objetivos	18
3.5 Conteúdos	19
3.6 Processo de desenvolvimento	19
3.7 Tempo para a realização do projeto	21
3.8 Recursos humanos e materiais	21
3.9 Avaliação	22
4	CONSIDERAÇÕES FINAIS	23
REFERÊNCIAS	25
INTRODUÇÃO
Os educadores, de modo geral, sentem dificuldade para transmitir muitos conhecimentos, que poderiam ser mais facilmente transmitidos, se o professor usasse brincadeiras lúdicas para este fim. Aprender de forma lúdica pode proporcionar muitos benefícios para as crianças. 
O Lúdico tem sua origem na palavra ludus, que quer dizer “jogo”. Se permanecer a sua origem, o termo lúdico referia – se apenas ao ato de jogar, brincar e o movimento espontâneo. A evolução semântica da palavra “lúdico”, entretanto, não parou apenas nas suas origens, mas passou a acompanhar as pesquisas de psicomotricidade, assim deixou de ser o sinônimo de jogo. O lúdico é indispensável para o desenvolvimento psicomotor e afetivo da criança. 
A infância é a fase que as crianças mais brincam. É através das brincadeiras que elas se realizam, expressando seus desejos e sentimentos. O lúdico é uma das formas mais eficientes para envolver as crianças nas atividades escolares porque a brincadeira é inerente à própria criança. Portanto, é nesta idade da brincadeira, do divertimento, é por meio de atividades recreativas e lúdicas que a criança se desenvolve, satisfaz seus desejos, sendo um meio privilegiado de inserção na realidade.
Diante desta visão, é necessário que o educador insira o brincar em um projeto educativo, o que supõe ter objetivos e consciência da importância de sua ação em relação ao desenvolvimento e à aprendizagem das crianças.
Este projeto tem como principal objetivo estudar e demonstrar que a utilização de práticas lúdicas em sala de aula na educação infantil podem colaborar no processo de aprendizagem das crianças. Apontando que o brincar aplicado pelos professores unido com as atividades rotineiras isso contribui para o processo de ensino aprendizagem de seus alunos desenvolvendo todas as habilidades como: afetivo, cognitivo e motor. 
Neste projeto de ensino serão contemplados as áreas do desenvolvimento cognitivo do aluno o afetivo e o motor. O processo de desenvolvimento do projeto será através de atividades recreativas, jogos e brincadeiras, buscando suprir a necessidade da criança através de estímulos. Para pôr em pratica o projeto serão necessários vários recursos como: livro de histórias infantis, massa de modelar comestível, folha sulfite, giz de cera, tenaz, bambolê, corda, som entre outros materiais didáticos permanentes. A avaliação será realizada através das observações, interesse, desenvolvimento e participação diária dos alunos nas atividades propostas. 
Um dos principais autores que defende esta ideia é o Jean Piaget, ao compor sua teoria trouxe inúmeras contribuições sobre a forma como o ser humano pensa e, portanto aprende, conhecer o desenvolvimento humano é fundamental para o professor de educação infantil. Vygotsky tem como ideia que a brincadeira pode ter papel fundamental no desenvolvimento da criança. Seguindo a ideia de que o aprendizado se dá por interações, o jogo lúdico e o jogo de papéis. 
A educação infantil é um espaço privilegiado para falar dessa temática; afinal, dentro do sistema de ensino, a educação infantil, ou a pré-escola como também é chamada por alguns autores, é um dos poucos lugares onde o lúdico ainda é visto como apropriado, ou mesmo "inerente" ou "natural".
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O jogo, o brinquedo e a brincadeira na Educação Infantil tem sido alvo de interesse de pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento comprovando assim a importância do brincar nos processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança, pois brincar, segundo o dicionário Ferreira (2003), é "divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar", também pode ser "entreter-se com jogos infantis", ou seja, brincar é algo muito presente nas nossas vidas, ou pelo menos deveria ser. 
Ao realizar esta pesquisa justifica-se o fato de que o brincar não acontece de repente, mas inicia-se a partir do vínculo existente entre a mãe e a criança e se torna essencial para o seu desenvolvimento afetivo e emocional. Infelizmente esta atividade é deixada para segundo plano na vida de alguns pequenos que mais se assemelha a um mini executivo, limitação esta que resultam em grandes consequências em sua formação.
A brincadeira não é um mero passatempo. Ela contribui para o desenvolvimento das crianças, promovendo o processo de socialização e de descoberta do mundo. É possível superar os problemas existentes e oferecer melhores condições de vida às crianças, ampliando e valorizando o tempo, o espaço e as oportunidades para organizar as brincadeiras. Portanto, a brincadeira como atividade é fundamental para o desenvolvimento infantil pode-se constatar que, por meio dela, a criança interage com a realidade saindo do mundo imaginário, assim se relaciona com as outras crianças e adultos, entre outros. 
Desse modo, cabe-nos discutir como essa atividade vem sendo interpretada por alguns estudiosos da Psicologia, dentro dos espaços escolares, mais especificadamente na educação infantil. Inúmeros termos são utilizados quando nos referimos ao fenômeno lúdico, tais terminologias muitas vezes não são muito claras, pois diversos autores apontam para a dificuldade em defini-las, entre eles está Kishimoto (2011) que aponta a dificuldade em discernir o jogo, brinquedo e brincadeira, pois apresentam conceitos que variam de acordo com o contexto em que estão inseridos. Uma mesma conduta pode ser interpretada como um jogo ou não, essa relação varia de acordo com as diferentes culturas, dependendo do significado a ela atribuído. Portanto, faz-se necessário entendermos claramente os significados de cada termo. A autora destaca o brinquedo como sendo o principal objeto que dá suporte à brincadeira. O brinquedo estimula a representação e a expressão de imagens que reproduz na imaginação aspectos da realidade do seu cotidiano como a menina brincarde boneca ela imagina que é mãe e cuida da boneca como é ela é cuidada, assim reproduzindo atitudes dos adultos. Neste momento podemos repensar nas nossas atitudes. 
Já a brincadeira concomitantemente com o brinquedo traz vantagens para o desenvolvimento da criança nos níveis social, cognitivo, afetivo e psicomotor, pois além propiciar a interação entre as crianças, pela brincadeira elas se comportam diferentemente do comportamento habitual, em suas práticas diárias podendo fazer a troca de conhecimento. Através das brincadeiras, as crianças substituem objetos por algo real. Brincando, a criança sente prazer e inicia a organização das suas relações sociais.
O jogo, no entanto, pode ser definido como sendo o resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social, formado por um sistema de regras que se materializa em um objeto, ou seja, o jogo estabelece as regras que organizam as ações da criança na brincadeira. As brincadeiras, portanto, podem apresentar-se regras explícitas, como nos jogos com regras ou implícitas na representação dos jogos simbólicos. Através das regras podemos demonstramos o que podemos ou não fazer, buscando sempre lembrar que temos regras a seguir assim, como na vida dos seres humanos. 
Assim, Dallabona e Mendes (2004, p. 111), enfatizam que:
[...] as atividades lúdicas, os jogos, permitem liberdade de ação, pulsão interior, naturalidade e, consequentemente, prazer que raramente são encontrados em outras atividades escolares. Por isso necessitam ser estudados por educadores para poderem utilizá-los pedagogicamente como uma alternativa a mais a serviço do desenvolvimento integral da criança.
O brincar deve estar inserido nas práticas de educação sendo esta estratégia poderosa na formação da personalidade, nos domínios da inteligência e na evolução do pensamento da criança. Diante dessas premissas, entende-se que por meio da brincadeira as crianças podem descobrir novos desafios, levando-as a questionar sobre o seu comportamento diário, na tentativa de compreender os problemas impostos pelo meio pelas pessoas e a realidade com a qual interagem. Nesse sentido, entende-se que o faz de conta é uma atividade lúdica que estabelece a imaginação criadora de opinião e conceitos, de modo a conduzir a criança ao desenvolvimento cognitivo e afetivo-social, a capacidade de planejar as regras inerentes a cada situação de brincadeira.
Para Kishimoto (2011), as brincadeiras infantis podem ser classificadas como: brincadeiras tradicionais infantis; brincadeiras de faz de conta e brincadeiras de construção. Cada uma dessas brincadeiras, de acordo com suas modalidades, é contida de valores culturais, regras de convivência, vínculos afetivos e sociais, além da presença do imaginário, e a criatividade da criança em representar seus sonhos e fantasias por meio da ludicidade.  
Para melhor compreendermos, podemos dizer que o desenvolvimento infantil é um processo continuo que busca uma forma final. Deste modo o lúdico pode contribuir de forma significativa para o desenvolvimento global do ser humano, auxiliando na aprendizagem e facilitando no processo de socialização, comunicação, expressão e construção do pensamento do indivíduo. Do ponto de vista da inteligência, Piaget aponta os principais os períodos cognitivo de desenvolvimento infantil tais como: sensório motor, pré – operatório, operatório concreto e operatório formal. 
De modo geral, quando se fala em desenvolvimento da epistemologia genética teoria formulada por Jean Piaget, geralmente se pensa nos estágios, que são subdivididos em seis etapas que representam uma idade média para cada uma delas, lembrando que não são idades fixas. Os estágios são uma parte da explicação de como ocorre o desenvolvimento do sujeito, e foram elaborados para uma organização didática, porém, eles não contemplam toda a explicação feita pelo autor de como o ser humano se organiza e realiza o processo de desenvolvimento. 
Diante desta realidade, poucas são as vezes que no planejamento do professor de Educação Infantil encontramos a presença de atividades como caminhadas semanais com a criança na praça da frente da escola, onde elas poderão brincar, correr, pular, cantar. Ou ainda, no pátio da escola não encontramos a presença de brincadeiras tradicionais como: Cobra – cega, o Gato e o Rato, Balança caixão, Pique – esconde entre outras. O mais triste desta realidade são os professores que se recusam a brincar com a criança e, assim deixam de observar seus alunos enquanto brincam.
Tomar este comportamento como princípio da ação docente demonstra que o professor realmente acredita que o jogo é coisa de criança e, portanto, um passatempo sem importância. 
Sobre esse aspecto, Angotti (2010, p.113) afirma que:
Se o profissional da educação infantil almeja contribuir para a concretização do direito de brincar, cabe – lhe viabilizar um ensino sistemático e intencional, adequado ao ritmo do seu psiquismo infantil e mediado pela alegria do lúdico, do belo, da descoberta, da surpresa e do encanto.
A relação social que o sujeito constrói também é um fator determinante, algumas pessoas menos informadas dizem que Piaget não se preocupa com o social, mas ao buscarmos compreender a sua obra vimos que o social está presente e é apontado com um dos fatores imprescindível para que o desenvolvimento ocorra. O meio social em que a criança está inserida, família, escola igreja e todas as relações possíveis na sociedade, inclusive as questões culturais, também contribuirão para o desenvolvimento deste sujeito, interferindo na forma com ele constituirá seu conhecimento de mundo, de homem na sociedade.
Piaget (2011) ao compor sua teoria trouxe inúmeras contribuições sobre a forma de como o ser humano pensa e, portanto aprende. Conhecer o desenvolvimento humano é fundamental para o professor que atuará na educação infantil. Primeiro por que o sujeito é a criança, suas formas de linguagem são ainda muito rudimentares o que dificulta a comunicação clara entre adultos e crianças, fato que leva o professor a olhar a criança e visualiza-la como um adulto em miniatura, e não uma criança em pleno processo de desenvolvimento que compreende, expressa e aprende a interagir com o mundo a sua volta como criança e não como adulto. 
Para melhor compreender o desenvolvimento infantil, podemos dividir em duas etapas a aprendizagem: a Assimilação e a Acomodação, e dizer que a assimilação é um processo cognitivo de incorporação do meio externo aos esquemas do sujeito, entendendo meio externo tudo o que não é o sujeito. Assim também, no processo de conhecer a si mesmo, esta incorporação é que possibilita a ampliação ou a modificação dos esquemas que o sujeito possui, assim como a criação de novos esquemas para poder assimilar o que for necessário. 
Já a acomodação é a modificação do esquema em função do objeto a ser assimilado, quando ocorrer à acomodação também ocorre uma modificação no sujeito, esta modificação é que mostra a incorporação do novo aos esquemas que o sujeito possui, dito de outra forma, a acomodação, juntamente com a assimilação, é o processo de aprendizagem que o sujeito está realizando e por isto há uma mudança, uma modificação, lembrando que esta aprendizagem está indissociável dos fatores do desenvolvimento apresentados anteriormente. 
O jogo para Piaget (2010) é um meio de explicação para apresentar como uma criança realiza seu desenvolvimento em uma busca incessante para compreender e explicar a sua realidade, portanto o autor apresenta três estruturas continuas que são: Jogo de exercício, Jogo simbólico e Jogo de regras. Lembrando que em cada uma destas estruturas estão presentes a assimilação e a acomodação, as quais, por sua vez, possibilitarão a adaptação. Este processo é apresentado pelo autor como invariantes funcionais, ou seja, o ser humano para aprender qualquer que seja o conhecimento necessariamente realizará este processo, isso se repetirá incessantemente por toda a vida do indivíduo.
Piaget diz que o jogo de exercício predomina do nascimentoaté aproximadamente dois anos, nesta fase o objetivo central é a repetição de um ato motor. Esse comportamento se inicia no nascimento ainda no ato reflexo. Como podemos ver, para que ocorra uma acomodação pela criança, já em seu início de contato com o mundo, há a necessidade do funcionamento, mesmo no ato reflexo, que é uma estrutura hereditária. Essa montagem hereditária (reflexo) está orientada para o contato para funcionar, e, com o contato, se exercita, e neste exercício se amplia.
Para ele o ser humano nasce desprovido de qualquer conhecimento, não herdando conhecimento de nossos pais, tudo deverá ser aprendido pelo sujeito, o que herdamos como espécie são os reflexos e os sentidos. Vale ressaltar que no nascimento nossos reflexos estão prontos para o contato com o mundo exterior, necessitamos deste contato para nos exercitar e ampliar, e ir em direção das adaptações adquiridas e posteriormente da construção de esquemas, coordenação de esquema, coordenação entre esquemas meio e esquemas fins, até chegar a seu desenvolvimento no pensamento formal. 
Este jogo de exercício que se inicia no primeiro contato como mundo tem como predomínio a acomodação, que ocorre inicialmente porque o sujeito ainda não possui esquemas para assimilar o novo, por esta razão à acomodação é forçada a se realizar. 
O jogo simbólico é o que poderíamos chamar de uma fase intermediaria entre os três momentos distintos e sucessivos e sucessivos no processo de desenvolvimento que sujeito realiza. Esta fase já é analisada nos níveis do pensamento verbal e intuitivo, vai dos dois aos sete anos de idade aproximadamente, vale ressaltar que as idades apresentadas na teoria piagetiana são sempre por aproximação, não sendo idades fixas. Na fase do jogo simbólico, este se apresenta ainda sob uma forma relativamente simples, pois ainda é essencialmente sensório – motor, diferentemente da fase seguinte. 
Nesta fase, a criança já se utiliza de uma representação e de um símbolo para construir a realidade, lembrando que essa representação sempre está acompanhada de uma lógica, porem uma lógica pautada em um animismo, atribuindo características humanas a objetos inanimados, e também a um artificialismo, pois a criança ainda não possui esquemas suficientes para explicar a realidade como ela é e, por esta razão se utiliza de um simbolismo para tais explicações. 
Neste jogo, a criança aplica os esquemas construídos na fase anterior, possibilitando assim uma ampliação e também uma criação de novos esquemas que possibilitarão uma melhor compreensão do mundo e consequentemente, um melhor desenvolvimento do sujeito. 
Sendo assim, aplicado pela criança em todas as situações que ela vivencia, seja nas relações sociais, seja nas relações com o mundo físico, e em todas essas relações a criança já amplia também a sua compreensão. Nesse tipo de jogo, as regras supõem relações sociais ou individuais em um caráter coletivo, a regra pressupõe uma regularidade intencional elaborada pelo grupo, uma violação correspondente a uma falta. Algumas vezes podemos verificar um comportamento de uma criança com certa regularidade em sua ação, esta regularidade não representa uma regra, pois esta ação não representa uma obrigação.
Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, sejam elas mais voltadas às brincadeiras ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma intervenção direta.
No ato de brincar, os sinais, os gestos, os objetos e os espaços valem e significam outra coisa daquilo que aparentam ser. Ao brincar as crianças recriam e repensam os acontecimentos que lhes deram origem, sabendo que estão brincando. Para explicar a construção de regras pelo sujeito, Piaget (1971) apresenta esse desenvolvimento em quatro estágios distintos e sucessivos. O primeiro estágio é denominado motor e individual, o segundo é denominado egocentrismo, o terceiro é o de cooperação e o quarto e último estágio de codificação das regras. Demonstrando o desenvolvimento da criança através de atividades lúdicas, e que a criança aprende brincando.
É no brincar que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, explorando o mundo por meio do seu corpo.
Nas brincadeiras, as crianças transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brinca. Por exemplo, para assumir um determinado papel numa brincadeira, a criança deve conhecer alguma de suas características. Seus conhecimentos provêm da imitação de alguém ou de algo conhecido, de uma experiência vivida na família ou em outros ambientes, do relato de um colega ou de um adulto, de cenas assistidas na televisão, no cinema ou narradas em livros etc. A fonte de seus conhecimentos é múltipla, mas estes se encontram, ainda, fragmentados. É no ato de brincar que a criança estabelece os diferentes vínculos entre as características do papel assumido, suas competências e as relações que possuem com outros papéis, tomando consciência disto e generalizando para outras situações.
Diante disso, apontar, descrever ou simplesmente sugerir jogos, brinquedos e brincadeiras a serem realizados com a criança de zero a cinco anos no contexto da educação infantil vão muito mais além do que a simples efetivação de um produto – brinquedo – ou de uma simples ação – Brincar. Portanto, reconhecer a importância da ludicidade na pratica docente, não basta para garantir uma prática lúdica com qualidade. Assim, acreditamos que um dos caminhos necessários para a quebra de paradigmas ainda existentes na pratica docente – no que diz respeito ao descrédito pedagógico da ludicidade, ou ainda, na tentativa de vencer as exigências da sociedade capitalista que exige da criança produtividade acadêmica, desconsiderando a ludicidade, venha ser a presença dela no planejamento docente, pois, na visão do professor, este documento registra as oportunidades de aprendizagem dos seus alunos. 
O professor ao incluir a ludicidade em seu planejamento, ele demonstra que reconhece o seu papel de promotor da aprendizagem, diante dessa compreensão e na tentativa de ressignificar as práticas lúdicas realizadas com as crianças de zero a cinco anos, destacando a importância de atividades lúdicas serem planejadas pelo docente, levando sempre em consideração a realidade das crianças e seu dia – a – dia.
Apesar de todo o cuidado no planejar atividades lúdicas, devemos também dar voz e vez para a criança a fim de que elas manifestem quais são os brinquedos que lhes agradam e expliquem o porquê do querer tal objeto. Incluir o lúdico no fazer docente do professor de educação infantil é também contribuir com a construção de uma sociedade brincante, que reconhece a ludicidade como um comportamento social da criança.
Como podemos ver as atividades lúdicas, os jogos, os brinquedos e as brincadeiras são essenciais no desenvolvimento e na educação da criança, uma vez que partindo do pressuposto de que é brincando e jogando que a criança ordena o mundo à sua volta, assimilando experiências, informações e assim, incorporando valores. Também diz que, ao brincar e criar uma situação imaginaria, a criança assume diferente papeis: ela pode tornar-se um adulto, outra criança, um animal, um herói, poderá mudar seu comportamento, agir e se comportar como se fosse mais velha do que realmente é, pois, ao repensar ao papel de “mãe”, ela irá seguir as regras de comportamento habitual, atuando num nível superior do qual ela realmente se encontra.
Para brincar é preciso que as crianças tenham certa independência para escolher seus companheiros e os papéis que irão assumir no interior de um determinado tema e enredo, cujos desenvolvimentos dependem unicamente da vontade de quem brinca. Pois, ele é mais um instrumento importantíssimo para desenvolver a criança, para a construção do conhecimento infantil. 
O lúdico por sua vez, pode ser utilizado como uma estratégia de ensino e aprendizagem, assim o ato de brincar na escola sob a perspectiva de Santos (2002) estárelacionada ao professor que deve apropriar-se de subsídios teóricos que consigam convencê-lo e sensibilizá-lo sobre a importância dessa atividade para aprendizagem e para o desenvolvimento da criança.
Para resolver esse conflito, a criança em idade pré-escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário em que os desejos não realizáveis podem ser concretizados e, esse mundo é o que chamamos de brincadeira. Enquanto brinca a criança compreende à sua maneira que faz parte desse mundo, esforçando-se para agir como um adulto: por exemplo, nas suas brincadeiras ela pode dirigir um carro, andar a cavalo, remar um barco, ser mamãe ou preparar uma comida tudo usando a imaginação.
Brincando e jogando, a criança aplica seus esquemas mentais à realidade que a cerca, aprendendo-a e assimilando-a [...] reproduz as suas vivências, transformando o real de acordo com seus desejos e interesses. Por isso pode-se dizer que através do brinquedo e do jogo, a criança expressa, assimila e constrói a sua realidade (RIZZI; HAYDT, 1998, p. 15).
Entretanto, o lúdico é significativo para a criança o poder de conhecer, compreender e construir conhecimentos. O ato de brincar é de extrema importância na vida de uma criança, pois não é apenas "brincar", em é um direito dela! E em meio à brincadeira ela é protagonista da sua vida, no direito da escolha do brinquedo, na interação com os outros, e o educadores podem e devem estimula – lá no meio em que vivem. Hoje em dia, podemos observar que já está mudando a visão que o lúdico é apenas um ato repetitivo de brincadeiras, ele é muito mais que diversão, é aprendizado individual ou coletivo. 
Percebe-se que o brincar ou o lúdico auxilia a criança no processo de aprendizagem. Ele vai proporcionar situações imaginárias em que ocorrerá no desenvolvimento cognitivo, facilitando a interação com pessoas as quais contribuirão para a troca de conhecimento. 
Desse modo o RCNEI (1998, p. 29, v. 1) corrobora que:
[...] cabe ao professor organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou os jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais.
Brincar não é apenas ter um momento reservado para deixar a criança à vontade em um espaço com ou sem brinquedos e sim um momento que podemos ensinar e aprender muito com elas. Sempre observando o meio em que as rodeia. 
A ludicidade também permite que as crianças se preparem para a vida, entre o mundo físico e social. Observamos, deste modo que a vida da criança gira em torno do brincar, é por essa razão que pedagogos têm utilizado a brincadeira na educação, por ser uma peça importante na formação da personalidade, tornando-se uma forma de construção de conhecimento.
3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
3.1Tema e linha de pesquisa
A importância do brincar na educação infantil para o processo de desenvolvimento cognitivo, motor, intelectual e social da criança no meio em que está inserido. O lúdico por sua vez, faz parte da dinâmica humana, caracterizando – se por ser espontâneo, funcional e satisfatório, por se funcional não deve ser confundido com o mero ato repetitivo, com a monotonia de comportamento cíclico, aparentemente sem alvo ou objetivo. 
Uma aula com características lúdicas não precisa ter jogos ou brinquedos, o que traz a ludicidade para a sala de aula, é mais que uma atitude, pois ao assumir essa postura implica sensibilidade, envolvimento, e uma mudança interna, e não apenas externa, implica não somente uma mudança cognitiva, mas, principalmente, uma mudança afetiva. Ao analisar as aulas estudadas, pude observar a carência do lúdico no processo ensino aprendizagem para o desenvolvimento da individuo como um ser pensante. 
3.2 Justificativa
O brincar é visto como uma maneira de deixar a criança livre, sem que haja uma finalidade, pois é assim que nossos pais viam e alguns ainda veem nos dias de hoje, antigamente as crianças corriam pela rua, brincavam de esconde – esconde, pé de lata entre outras inúmeras brincadeiras com materiais de largo alcance. E hoje alguns pais ainda tem a visão que a criança vai para escola apenas para brincar, mas nós educadores sabemos que o “brincar” tem outra finalidade, pois é através da interação com o meio que a criança passa a desenvolver suas habilidades motoras. Quando a criança chega à escola, ela traz consigo experiências, atitudes, valores, hábitos, que constituem e refletem a sua cultura, a de sua família e de seu meio social.
Portanto, a infância é a idade da brincadeira, do divertimento, é por meio de atividades recreativas e lúdicas que a criança se desenvolve, satisfaz seus desejos, sendo um meio privilegiado de inserção na realidade. Mesmo sem intenção de aprender, quem brinca aprende, até por que se aprende a brincar. Como construção social, a brincadeira é atravessada pela aprendizagem. Justificando assim, a importância desse projeto de ensino para a educação infantil.
3.3 Problematização
Como podemos observar, é necessário que o educador de educação infantil insira o brincar ou o lúdico em projetos educativos construtivo, ou seja, que supõe ter objetivos e consciência da importância de sua ação em relação ao desenvolvimento da aprendizagem das crianças, pois estudos garantem que as crianças aprendem muito através de brincadeiras e jogos construindo suas regras, demonstrando suas emoções e apontando suas necessidades. Portanto, o brincar aplicado pelos professores unido com as atividades tanto rotineiras ou não, isso contribui para o processo de ensino - aprendizagem de seus alunos, nesse período existe oportunidades ótimas para o desenvolvimento global da criança. 
A motivação lúdica é exploratória da criança é muito importante para a aprendizagem das habilidades necessárias na vida adulta e ela ocorre num período relativamente longo de desenvolvimento e na ausência de riscos para o indivíduo (ambiente “protegido” pelos adultos).
3.4 Objetivos
Demonstrar que é indispensável o lúdico na infância, pois, toda brincadeira além de uma forma de entretenimento para a criança é também a melhor maneira de ensinar e aprender.
· Desenvolver um ambiente estimulante para que o professor possa oportuniza a descoberta, a imaginação através da brincadeira no processo educativo.
· Aumentar e incentivar as práticas educativas com atividades lúdicas em sala de aula;
· Recrear-se com hora do conto, brincadeiras e dramatizações motivando sempre os alunos, podendo contribuir no desenvolvimento intelectual da criança.
3.5 Conteúdos
Todos os conteúdos poderão ser contemplados neste projeto através das atividades diárias e rotineiras, o processo de desenvolvimento deste projeto será através atividades recreativas, jogos e brincadeiras, buscando suprir a necessidade da criança através de estímulos para crianças da educação infantil. 
Serão trabalhados conteúdos como: partes do corpo, criatividade, expressão oral e corporal, os sentidos, reciclagem, psicomotricidade ampla e fina através de dobraduras, blocos lógicos, massinha de modelar, quebra – cabeça, entre outros materiais; 
3.6 Processo de desenvolvimento
ROTINA:
· Chegada; 
· Momento livre;
· Rodinha: chamada calendário e combinados; 
· Lanche e higiêne das mãos;
· Escovação e higiene;
· Atividades do projeto de ensino;
· Saída.
1° aula: momento da imaginação será disponibilizado em diversos locais do pátio da escola cantinhos com brinquedos (lego, quebra-cabeça, folhas sulfite, bonecas, carrinhos, livros, giz de cera, blocos lógicos), para que os alunos peguem os brinquedos que mais se identificarem, procurando ficar no cantinho, logo brincarão por alguns minutos, após será feito questionamento, por exemplo: o porquê escolha este brinquedo?
Logo, retornarão à sala de aula e assistirão ao vídeo “Apenas brincando”, após a visualização, questionar de que forma pode-se usar o brinquedo escolhido,pedir sugestões aos docentes de atividades a serem desenvolvida a partir do vídeo assistido, o que se pode entender a partir dele, o que se pode entender por ludicidade, qual a sua importância no cotidiano da criança.
2º aula: Hora Do Conto: “as famílias do mundinho”, questionamentos orais, logo dividir os alunos em grupos, para que estes desenvolvam uma releitura de imagens da história contada dramatizando-a, através de dobraduras e materiais recicláveis, distribuir a eles papel criative paper, para que sejam realizadas dobraduras utilizando os personagens da história como modelos. Em seguida, os grupos deverão apresentar para os colegas a sua releitura.
3° aula: Minha Família: será proposto aos alunos que construam suas famílias através de dobraduras realizadas com a ajuda das educadoras, caso necessário. 
Para a confecção das peças, serão utilizadas caixas de leite ou papelão, tinta guache, papel crepom. 
4°aula: Descobrir o que está mudado: em círculo, ao ar livre ou na sala de aula, pede-se a um aluno que deixe o local, e faz-se algumas modificações no ambiente com objetos, quando o aluno voltar o grupo começará a contar aumentando ou diminuindo a intensidade do canto à medida que ele se aproxima ou afasta do que mudou. A criança mudará quando acertar o que foi mudado ou se levar muito tempo e não conseguir fazer as descobertas, os colegas deverão sugerir uma “prenda” para que este aluno possa cumprir. E assim sucessivamente até que todos possam participar.
5°aula: Meu corpinho: musica: corpo Humano 
Para que serve essa boquinha- pra falar
Para que serve esses olhinhos - pra olhar
Para que serve esse nariz - pra respirar
Para que serve os dedinhos -pra pegar
Para que serve as perninhas - pra andar
Para que serve o coração - pra amar
O corpo da gente se divide em três partes
Cabeça, tronco, membros.
É assim que a gente é
Aprenda essa lição
Seu corpo agora é uma canção
É assim que a gente é
É assim que a gente é feito
O coração sabe o que quer
O corpo humano é bem feito
A gente aprende que viver
É dar e receber
 Os alunos deverão escutar e dançar a música, seguindo as coordenadas da canção. Logo, eles deverão construir com massa de modelar seu corpinho e suas partes. Para confeccionar o corpinho os alunos irão utilizar massinha de modelar para construir seu boneco, informando seus membros e suas partes, logo comparar com a dos colegas. 
3.7 Tempo para a realização do projeto
O projeto apresentado tem uma duração durante todo o ano letivo ou conforme o interesse da orientação pedagógica de acordo com os objetivos a serem alcançados no decorrer. Ficará a cargo da equipe pedagógica, propor aos docentes o projeto e desafiá-los a proporcionar estes momentos lúdicos aos discentes e a integração entre as diferentes faixas etária. Pois a criança aprende brincando e de interação com o outro.
3.8 Recursos humanos e materiais
Para desenvolver o projeto serão necessários vários recursos como: livro de histórias infantis, massa de modelar comestível, folha sulfite, giz de cera, tenaz, bambolê, corda túnel, lápis de cor, lego, folhas sulfite, quebra-cabeça, bonecas, carrinhos, caixas de leite ou papelão, tinta guache, papel crepom, criative paper, massinha de modelar, aparelho de som. 
3.9 Avaliação
A avaliação será realizada através das observações, de interesse, do desenvolvimento e participação diária dos alunos nas atividades propostas.
O professor precisa ter uma atitude crítica perante os alunos conhecendo seus limites e possibilidades.
1. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação lúdica esteve presente em todas as épocas, povos, e contextos de inúmeros pesquisadores, compondo hoje, uma ampla rede de conhecimento, não só no campo da educação, como da psicologia e também nas demais áreas do conhecimento. A educação lúdica agrega uma teoria profunda. Seus objetivos esclarecem as relações múltiplas do ser humano em seu contexto histórico, sociocultural e psicológico. 
Portanto, técnicas lúdicas fazem com que a criança aprenda com prazer e alegria, sendo relevante ressaltar que a educação lúdica está distante da concepção ingênua de passatempo, brincadeira vulgar, diversão superficial ou brinquedo livre. É importante ressaltar que o lúdico pode proporcionar um desenvolvimento sábio e harmonioso, pois o brinquedo é um objeto concreto da brincadeira e envolve a afetividade, convívio social e operação mental facilitando a apreensão da realidade. Esses objetos são manipuláveis, recursos voltados ao ensino que envolve a criança de forma prazerosa, permitindo a ação intencional, a manipulação de objetos, o desempenho da ação sensório - motora e troca na interação com o meio.
Considerando as condições de educação e de desenvolvimento da criança, a brincadeira evolui, passando de atividades em que há uma situação imaginária clara e regras ocultas, para atividades com regras claras e uma situação imaginária oculta, sendo que essas últimas surgem no fim da idade pré-escolar e se desenvolvem durante a idade escolar. Pode-se concluir, portanto, que a brincadeira e o jogo são atividades da mesma natureza, apenas se diferenciando pelo grau de complexidade: enquanto na brincadeira predomina a imaginação e uma menor exigência de interação social, no jogo, por sua vez, a regra é o fator predominante, requerendo da criança troca de pontos de vista e atuação complementar com os outros participantes da atividade lúdica.
As Instituições de Educação Infantil precisam apresentar propostas pedagógicas em suas práticas de educar e cuidar, com integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos, linguísticos e sociais da criança, entendendo que a criança é um ser completo. Desta forma, ser, sentir, brincar, expressar-se, agir e responsabilizar-se-ão partes do todo de cada indivíduo, menino ou menina.
Entretanto podemos concluir que o brincar é um ato social que permite uma comunicação através de gestos, mesmo que não haja comunicação verbal. É no brincar que a criança tem a oportunidade de expressar o que está sentindo ou necessitando, é através das brincadeiras de faz de conta que ela constrói o seu mundo imaginário situado em experiências vividas.
REFERÊNCIAS
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BRASIL, Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil: Introdução. Brasília: MEC/ SEF, 1998, v.1.
DALLABONA, Sandra Regina; MENDES, Sueli Maria Schimit. O lúdico na educação infantil: jogar, brincar, uma forma de educar. Revista de divulgação técnico-científica do ICPG, v. 1, n. 4, p. 107-112, 2004.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio básico da Língua Portuguesa. São Paulo: Positivo, 2003.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org.). O jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 4 Ed. São Paulo: Cortez, 2011.
SUZUKI, Juliana Telles Farias, Laura Celia Sant’ana Cabral Cava, Marlizete Cristina Bonafini Steinle, Orlando Mendes Fogaça Junior. Ludicidade e educação. 2015. São Paulo. Pearson, 2015.
PIAGET, Jean. Seis estudos de Piaget. Tradução: Maria Alice Magalhães D’Amorim e Paulo Sérgio Lima Silva. 25ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Tradução de Alvaro Cabral. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
RIZZI, Leonor; HAYDT, Regina Célia Cazaux. Atividades lúdicas na educação da criança. São Paulo: Ática, 1998.
SANTOS, S. M. P. Brinquedo e Infância. Petrópolis, Editora Vozes, 2002.

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