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TEORIA DA CONSTITUIÇÃO - O CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO

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TEORIA GERAL DA CONSTITUIÇÃO 
O CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO 
FORMAÇÃO HISTÓRICA DO CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO 
A Teoria da Constituição é uma coisa antiga, e passa a adquirir diferentes significados de acordo com o local ou período 
histórico em que é estudada. Assim, o conceito de Constituição também depende da historicidade relacionada a ela, 
sendo, então, constituída pela conjugação de conceitos determinados por esses diferentes períodos. 
Os conteúdos definidores da Constituição de hoje são a separação de poderes e os direitos fundamentais, os quais não 
estavam presentes nas teorias dos antigos. Estes tinham uma preocupação muito grande em definir instituições e 
competências, sendo essa preocupação um dos primeiros conceitos históricos relacionados com a formação da 
Constituição. Logo, a Constituição é um manual de como funciona o Estado: elabora suas atribuições, instituições, 
competências e outras coisas relacionadas. 
O termo constituição provém de constitutivo, que significa forma, criação. Quando se fala na Constituição de 
determinado Estado, pois, fala-se de sua própria criação ou estruturação. 
A principal influência da Antiguidade nessa formação é a inserção do Direito Subjetivo no ordenamento jurídico romano 
por Sólon. 
A Constituição é um manual de como funcional o Estado: elabora suas instituições, suas competências 
e fatores estruturais relacionados ao Estado. É a norma estruturante do Estado. 
No Medievo, as cartas de compromisso entre a nobreza e o Estado exerceram grande influência nessa formação. 
Dentre elas, a Magna Carta, a Bula de Ouro da Hungria e a Petition of Rights ganham destaque nesse sentido. A Magna 
Carta, em especial, representa a primeira experiência de limitação do Poder Estatal. 
É justamente nesse período que diversas teorias acerca da limitação do poder são construídas, culminando na Teoria 
da Separação dos Poderes. Surge, então, outro elemento definidor da Constituição. 
A Constituição é um elemento que prevê o modo como o Poder é limitado. 
As modernas Constituições preocupam-se em reproduzir, de forma mais ou menos detalhada, a engenharia política de 
Montesquieu. Há, então, a definição exata das funções exercidas pelos diversos órgãos estatais incumbidos da criação, 
execução e aplicação do ordenamento jurídico do Estado, limitando-se mutuamente. 
No Período Moderno, as revoluções liberais começam a inserir na sociedade novas concepções acerca do Estado e da 
Monarquia, bem como acerca da legitimidade do Poder Estatal, inserindo no conceito de Constituição a noção de direitos 
fundamentais. 
• Revolução Americana 
• Revolução Inglesa 
• Revolução Francesa 
A Constituição é um instrumento garantidor dos direitos fundamentais. 
Revolução Inglesa Revolução Americana Revolução Francesa 
- A partir da Carta Magna começa a se 
formar o constitucionalismo moderno 
- Revolução de 1688 
-Bill Of Rights 
- Constituição: textos legais e costumes. 
- Não há Constituição escrita, sendo esta 
submetida ao próprio Parlamento. 
- Independência Americana (1776-
1783) 
- Primeira Constituição escrita 
- Toda autoridade é depositada na 
Constituição. 
- Proeminência do Poder Judiciário 
- Declaração dos Direitos do 
Homem e do Cidadão 
- Autoridade depositada na 
revolução 
-Há a superação das antigas 
teorias que tinham na origem 
divina o poder. 
- Constituição Girondina (1791) 
-Constituição Jacobina (1793) 
- Constituição (1795) 
-Constituição (1799) 
 
A conjunção de todos esses elementos históricos define o conceito de Constituição utilizada atualmente, a saber: 
A Constituição é um instrumento legal responsável pela elaboração de instituições, bem como de suas competências, assim 
como responsável pela limitação do Poder e garantia da Separação deles. É responsável, também, pela garantia dos direitos 
fundamentais. 
É o sistema de normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regula a forma do estado, governo, 
aquisição e exercício do poder, estabelece órgãos, limites de atuação, direitos fundamentais e 
garantias. 
 - José Afonso da Silva 
Hoje, a Constituição é tida como uma representação concreta da ideia abstrata de Contrato Social, estabelecendo um 
consenso entre a sociedade e o Estado. O aspecto político da Constituição tem a ver diretamente com a ideia de um 
pacto entre os detentores do poder e seus destinatários. 
Podemos definir a Constituição, no seu aspecto formal e contemporaneamente, como sendo um corpo 
de normas escrito e solene, imutável ou raramente mutável, por meio do qual se revigora o pacto 
social, a divisão de funções governamentais e garantem-se as liberdades individuais. 
- José Brito 
As normas constitucionais possuem força vinculante em todo o território nacional e se sobrepõe às outras normas em 
geral. Desta forma, a Constituição de um Estado é sua lei maior, sendo todas as outras leis necessariamente 
subordinadas a ela, sob pena de revogação por inconstitucionalidade. 
 
 
CONTEÚDOS ESSENCIAIS PARA A CONSTITUIÇÃO 
• Instituições e competências (Antiguidade) 
• Limitação e separação dos poderes (Medievo) 
• Direitos Fundamentais (Modernidade) 
 
Esses conteúdos são definidos como materialmente constitucionais. São essenciais para a formação e existência da 
Constituição; ou seja, sem eles, a Constituição não existe. Além disso, tratam-se de questões fundamentais para o 
próprio Estado e seus subordinados. 
Já os outros conteúdos presentes na Constituição são chamados de formalmente constitucionais, estando presentes 
no texto legal de maneira relevante, mas não necessariamente essencial. São o conjunto de regras insertas em um 
texto escrito, solene, estabelecido pelo poder constituinte. Nem tudo o que é formalmente constitucional será material, 
mas o contrário é verdadeiro.

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