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Mensurando Numero de medições Erros sistemáticos Expressão Invariável 𝑛 = 1 Compensado 𝑅𝑀 = 𝐼 + C ± 𝑅𝑒 Invariável 𝑛 > 1 Compensado 𝑅𝑀 = 𝐼 + C ± 𝑅𝑒/ 𝑛 Invariável 𝑛 ≥ 1 Não Compensado 𝑅𝑀 = 𝐼 + 𝐸𝑚á𝑥 Variável 𝑛 > 1 Compensado 𝑅𝑀 = 𝐼 + C ± 𝑡 𝑢 Variável 𝑛 > 1 Não Compensado 𝑅𝑀 = 𝐼 ± (𝐸𝑚á𝑥 + 𝑡 𝑢) O resultado da medição de um mensurando na presença de uma fonte dominante indicação média + C + t . u - t . u u = incerteza padrão determinada a partir das várias indicações RM = I + C ± t . u Mensurando variável n > 1 Corrigindo erros sistemáticos Caso 4 A B C D C = - 0,80°C As temperaturas foram medidas durante duas horas, uma vez por minuto, por cada sensor. Dos 480 pontos medidos, foi calculada a média e incerteza padrão: u = 1,90°C Da curva de calibração dos sensores determina-se a correção a ser aplicada: I = 5,82°C Exemplo Temperatura no refrigerador Mensurando variável n > 1 Corrigindo erros sistemáticos Caso 4 RM = I + C ± t . u RM = 5,82 + (-0,80) ± 2,00 . 1,90 RM = 5,02 ± 3,80 RM = (5,0 ± 3,8)°C 4 6 8 0 2 Exemplo Temperatura no refrigerador Mensurando variável n > 1 Corrigindo erros sistemáticos Caso 4 mensurando sistema de medição RB faixa de variação das indicações ± t . u - Emáx + Emáx Mensurando variável n > 1 Não corrigindo erros sistemáticos Caso 5 indicação média + Emáx - Emáx + t . u - t . u RM = I ± (Emáx + t . u) Mensurando variável n > 1 Não corrigindo erros sistemáticos Caso 5 Emáx = 0,20 m/s A velocidade do vento foi medida durante 10 minutos uma vez a cada 10 segundos. Dos 60 pontos medidos, foi calculada a média e a incerteza padrão: u = 1,9 m/s I = 15,8 m/s Mensurando variável n > 1 Não corrigindo erros sistemáticos Caso 5 Exemplo Velocidade do vento O sistema de medição da velocidade do vento tem um erro máximo de 0,20 m/s. RM = I ± (Emáx + t . u) RM = 15,8 ± (0,2 + 2,0*1,9) RM = (15,8 ± 4,0) m/s 15 17 19 11 13 Mensurando variável n > 1 Não corrigindo erros sistemáticos Caso 5 Exemplo Velocidade do vento O resultado da medição na presença de várias fontes de incertezas Determine a incerteza da medição da massa de uma pedra preciosa realizada nas seguintes condições: É usada uma balança eletrônica com certificação de calibração. Onze valores da correção e das respectivas incertezas expandidas estão disponíveis para vários pontos da faixa de medição. Essa balança apresenta um indicador digital com resolução de 0,02 g. A temperatura no local onde a medição foi efetuada oscila tipicamente entre 24,0 e 26,0 oC. Sabe-se que a balança apresenta deriva térmica , isto é, acresce o valor da indicação de +0,008 g para cada kelvin de variação da temperatura ambiente acima da temperatura de calibração (20,0 oC). A calibração da balança foi realizada há cinco meses. Sabe-se que a estabilidade do zero da balança em função do tempo permanece dentro dos limites de ± 0,01 g/mês, o que corresponde à sua deriva temporal. Foram efeituadas as doze medições independentes listadas na figura. Deve ainda ser acrescentado que se deseja compensar todos os efeitos sistemáticos possíveis, reduzindo ao máximo a incerteza. - Balança eletrônica com certificação de calibração - Indicador digital com resolução de 0,02 g - Onze valores da correção e das respectivas incertezas expandidas - A temperatura no local entre 24,0 e 26,0 oC - Balança apresenta deriva térmica 0,008 g/K, acima da temperatura de calibração (20,0 oC) - Calibração da balança foi realizada há cinco meses - Derivada temporal: a estabilidade do zero da balança em função do tempo permanece dentro dos limites de ± 0,010 g/mês P1 – Análise do processo de medição 1. Mensurando: massa de uma jóia. Invariável e bem definida. 2. Procedimento: ligar, limpar, aguardar 30 min, regular zero, medir 12 vezes e média. 3. Ambiente: Temperatura de (25,0 ± 1,0) °C, diferente da de calibração. 4. Operador: exerce pouca influência. Indicação digital e sem força de medição. 5. Sistema de medição: correções conhecidas porém de 4 meses atrás. P2 – Fontes de incertezas P2 – Fontes de incertezas 1. precisão de medição da balança (P) 2. Resolução limitada da balança (R) 3. Correção da balança levantada na calibração (CCal) 4. Deriva temporal (DTmp) 5. Deriva térmica (DTer) P3 – Estimativa da correção: 1. A precisão de medição da balança e a resolução limitada trazem apenas componentes aleatórias. 2. A correção da balança possui componente sistemática de CCCal = -0,15 g (média das 12 indicações: 19,950 g) 3. Não é possível prever a componente sistemática da deriva temporal. 4. A deriva térmica possui componente sistemática: probabilidade probabilidade 22 20 24 26 temperatura 0,016 0,000 0,032 0,048 erro 0,040 CDTer = -0,040 g (C) (g) Deriva térmica: 0,008 g/K T𝑑 = 0,008 𝑔𝐾 × 5𝐾 = 0,040𝑔 P4 – Correção combinada 1. Calculada pela soma algébrica das correções estimadas para cada fonte de incertezas: Cc = 0,00 + 0,00 + (-0,15) + 0,00 + (-0,04) Cc = CP + CR + CCCal +CDTmp + CDTer Cc = -0,19 g BALANÇO DE INCERTEZAS processo de medição medição da massa de uma pedra preciosa unidade: g fontes de incertezas efeitos sistemáticos efeitos aleatórios símbolo descrição correção a distribuição u ν P precisão de medição - R resolução do mostrador - CCal correção da calibração -0,15 DTmp deriva temporal - DTer deriva térmica -0,04 Cc correção combinada -0,19 uc incerteza combinada normal U incerteza expandida normal P5 – Incertezas padrão 1. Precisão de medição: Estimada experimentalmente através das 12 medições repetidas. A média das 12 medições será adotada 𝑢𝑃 = 𝑢12 = 0,031312 = 0,0090 𝜈𝑃 = 11 𝑢(𝐼) = (𝐼𝑘 − 𝐼 )2𝑛𝑘=1𝑛 − 1 P5 – Incertezas padrão 2. Resolução limitada: O valor da resolução é 0,02 g. Sua incerteza tem distribuição retangular com 𝑎 = 𝑅/2 = 0,01 𝑔. Logo: 𝑢𝑅 = 𝑎3 = 𝑅2 3 = 0,013 = 0,00577 𝜈𝑅 = ∞ P5 – Incertezas padrão 3. Correção da balança Incerteza expandida disponível no certificado de calibração. A incerteza padrão é calculada dividindo a incerteza expandida pelo coeficiente de Student, cujo menor valor possível é 2, o que corresponde a infinitos graus de liberdade: 𝑢𝐶𝐶𝑎𝑙 = 𝑈𝐶𝐶𝑎𝑙2 = 0,042 = 0,02 𝜈𝐶𝐶𝑎𝑙 = ∞ P5 – Incertezas padrão 4. Deriva temporal A balança degrada cerca de ± 0,010 g/mês Após 4 meses pode chegar a ± 0,040 g Assume-se distribuição retangular: - 0,04 g + 0,04 g 𝑢𝐷𝑇𝑚𝑝 = 0,0403 = 0,0231 𝜈𝐷𝑇𝑚𝑝 = ∞ probabilidade probabilidade 22 20 24 26 temperatura 0,016 0,000 0,032 0,048 erro 0,008 g 𝑢𝐷𝑇𝑒𝑟 = 𝑎3 = 0,0083 = 0,0046 𝜈𝐷𝑇𝑒𝑟 = ∞ 5. Deriva térmica BALANÇO DE INCERTEZAS processo de medição medição da massa de uma pedra preciosa unidade: g fontes de incertezas efeitos sistemáticos efeitos aleatórios símbolo descrição correção a distribuição u ν P precisão de medição - normal 0,0090 11 R resolução do mostrador - 0,01 retang 0,00577 ∞ CCal correção da calibração -0,15 0,04 normal 0,0200 ∞ DTmp deriva temporal - 0,05 retang 0,0231 ∞ DTer deriva térmica -0,04 0,008 retang 0,00461 ∞ Cc correção combinada -0,19 uc incerteza combinada normal U incerteza expandida normal P6 – Incertezas padrão combinada Combinando tudo: 𝑢𝑐 = 𝑢𝑃2 + 𝑢𝑅2 + 𝑢𝐶𝐶𝑎𝑙2 + 𝑢𝐷𝑇𝑚𝑝2 + 𝑢𝐷𝑇𝑒𝑟2 𝑢𝑐 = 0,0090² + 0,00577² + 0,020² + 0,0231² + 0,0046² 𝑢𝑐 = (81,0 + 33,3 + 400,0 + 533+ 21,1).10−6 𝑢𝑐 = 0,0327 𝑔 P6 – Graus de liberdade efetivos 𝑢𝑐4𝜈𝑒𝑓 = 𝑢𝑅𝑒4𝜈𝑅𝑒 + 𝑢𝑅4𝜈𝑅 + 𝑢𝐶𝐶𝑎𝑙4𝜈𝐶𝐶𝑎𝑙 + 𝑢𝐷𝑇𝑚𝑝4𝜈𝐷𝑇𝑚𝑝 + 𝑢𝐷𝑇𝑒𝑟4𝜈𝐷𝑇𝑒𝑟 0,03704𝜈𝑒𝑓 = 0,0090411 + 0,005774∞ + 0,0204∞ + 0,02314∞ + 0,00464∞ 𝜈𝑒𝑓 = 3096 P7 – Incerteza expandida 𝑈 = 𝑡 . 𝑢𝑐𝑈 = 2,00 . 0,0327 𝑈 = 0,0654 𝑔 BALANÇO DE INCERTEZAS processo de medição medição da massa de uma pedra preciosa unidade: g fontes de incertezas efeitos sistemáticos efeitos aleatórios símbolo descrição correção a distribuição u ν P precisão de medição - normal 0,0090 11 R resolução do mostrador - 0,01 retang 0,00577 ∞ CCal correção da calibração -0,15 0,04 normal 0,0200 ∞ DTemp deriva temporal - 0,05 retang 0,0231 ∞ DTer deriva térmica -0,04 0,008 retang 0,00461 ∞ Cc correção combinada -0,19 uc incerteza combinada normal 0,0327 3096 U incerteza expandida normal 0,0654 P8 – Expressão do resultado Nestas condições é possível afirmar com o nível de confiança 95,45% que o valor da massa da pedra preciosa está dentro do intervalo (19,76 ± 0,07) g. 𝑅𝑀 = 𝐼 + 𝐶𝑐 ±𝑈 𝑅𝑀 = 19,95 + (−0,19) ± 0,0654 𝑅𝑀 = 19,76 ± 0,07 𝑔 Zona de aceitação: Zona de rejeição: LSR = LST - C + U LSR LSA = LST - C - U LSA LST LIT LIA = LIT - C + U LIA LIR = LIT - C - U LIR Tolerâncias LIA limite inferior de aceitação LSA limite superior de aceitação LIT limite inferior de tolerância LST limite superior de tolerância U incerteza da medição Qual o tamanho ideal da zona de dúvidas? Um bom equilíbrio custo/benefício é atingido quando: sendo: IT = intervalo de tolerância IT = LST - LIT U = incerteza da medição 𝑈 = 𝐼𝑇10 Caso 1 - Sacos de café Dimensione um processo de medição adequado para efetuar o controle de qualidade de sacos de café, cuja massa total, incluindo a embalagem (“peso” bruto), esteja dentro da tolerância (505 ± 10) g. Tolerância a ser obedecida: o T = (505 ± 10) g O intervalo de tolerância é: o IT = 20 g O processo de medição bem equilibrado deve ter incerteza de: o U = 20/10 = 2 g Caso 1 - Sacos de café Uma balança com erro máximo de 2 g pode ser usada para este fim. Neste caso, uma única medição pode ser efetuada, sem necessidade de compensar erros sistemáticos. 0 g Limites de aceitação: o LIT = 495 g o LST = 515 g o LIA = 495 + 2 = 497 g o LSA = 515 - 2 = 513 g 0 g 500 g 510 g 520 g 480 g 490 g 530 g LSA LSR LIR LIA Caso 1 - Sacos de café 500 g 510 g 520 g 480 g 490 g 530 g OK 0 g 508 g 492 g ñ OK 497 g 514 g ? Caso 1 - Sacos de café Caso 2 - Balcão refrigerado Para conservar alimentos, balcões refrigerados devem ser mantidos dentro do intervalo de temperatura entre 3 e 7 °C. Um termômetro deve ser selecionado para fazer esta verificação regularmente. Dispõe-se das duas opções especificadas a seguir. Verifique se um dos termômetros disponíveis pode ser usado e, caso positivo, que estratégia ele deve usar para o teste? Caso 2 - Termômetros disponíveis Intervalo de medição: -10 a + 15 °C Correção (5 °C) 0,0 °C Precisão (5 °C) 0,2 °C Intervalo de medição: -50 a + 80 °C Correção para 5 °C: + 1,0 °C Precisão (5 °C) 0,5 °C Caso 2 - Requisitos Limites de tolerância: o LIT = 3,0 °C o LST = 7,0 °C Intervalo de tolerância o IT = LST - LIT = 7,0 - 3,0 = 4,0 °C Incerteza recomendada: o U = IT/10 = 4,0/10 = 0,4 °C Caso 2 - Analisando termômetro digital Intervalo de medição: -50 a + 80 °C Correção para 5 °C: + 1,0 °C Precisão (5 °C) 0,5 °C Sem corrigir os erros sistemáticos, a U seria: U = |C| + P = 1,5 °C 1,5 °C > 0,4 °C não atende Corrigindo os erros sistemáticos, a U seria: U = P = 0,5 °C 0,5 °C > 0,4 °C não atende U = IT/10 = 4,0/10 = 0,4 °C Caso 2 - Analisando termômetro analógico Intervalo de medição: -10 a + 15 °C Correção (5 °C) 0,0 °C Precisão (5 °C) 0,2 °C Neste caso, a U seria: U = P = 0,2 °C 0,2 °C < 0,4 °C atende Zona de aceitação: Zona de rejeição: LSR = LST - C + U LSR LSA = LST - C - U LSA LST LIT LIA = LIT - C + U LIA LIR = LIT - C - U LIR Tolerâncias LIA limite inferior de aceitação LSA limite superior de aceitação LIT limite inferior de tolerância LST limite superior de tolerância U incerteza da medição Caso 2 - Limites de controle Limites de tolerância: o LIT = 3,0 °C o LST = 7,0 °C o LIA = 3,0 + 0,2 = 3,2 °C o LSA = 7,0 - 0,2 = 6,8 °C 5 ,0 °C 6 ,0 °C 7 ,0 °C 3,0 °C 4 ,0 °C LSA LSR LIR LIA U = P = 0,2°C
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