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Avaliação_filme_O Jogo da Imitação

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E
CONTABILIDADE
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
PROF.ª.: MARCIA ZABDIELE MOREIRA
ANÁLISE DO FILME JOGO DA IMITAÇÃO À LUZ DA TEORIA DA
ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
FELIPE ROBERTO LOPES E SILVA - 420861
JÉSSICA DANTAS DE ANDRADE - 409954
FORTALEZA
2021
Discussão – O Jogo de Imitação
1. Assista ao filme “O Jogo da Imitação” e faça um estudo observacional do filme
comparando a realidade contextualizada no filme com as teorias de Administração
estratégica estudadas até o momento na disciplina.
Como estudado em sala, um dos primeiros usos do termo "estratégia" foi há 3 mil anos
pelo chinês Sun Tsu, um estrategista de guerra. Segundo Meirelles (1995), a origem da
palavra corresponde a Grécia Antiga, inicialmente significava "a arte do geral". Com o tempo,
tal palavra foi incorporando o significado para contexto de guerras. Somente no final do
século XX para o início do século XXI, a estratégia passou a ser estudada mais com a visão
empresarial. A importância de compreender tal introdução dá-se pelo fato de que o filme
analisado reflete um contexto de guerra. O filme “O Jogo de Imitação”(2014), é baseado em
histórias reais, onde o protagonista é o Alan Turing, considerado o pai da computação; e todo
o cenário exposto é durante a Segunda Guerra Mundial.
Pode-se traçar um paralelo entre os conceitos inerentes à Teoria Geral dos Sistemas,
que demonstra a relação que a organização tem com o meio em que está inserida, recebe
influência e está em constante interação com esse meio. Como dito anteriormente, o filme é
ambientado em contexto de guerra, o que atribui forte impacto sob todos os envolvidos, quer
seja emocional, psicológico e/ou político, isso se dá principalmente numa cobrança muito
forte dos membros da equipe e por parte de seus superiores quanto a demora na descoberta de
uma ferramenta que desvendasse a enigma, o que resultava em ataques alemães bem
sucedidos e com vítimas inglesas. A atividade dos membros da equipe não eram e nem
podiam ser indiferentes aos aspectos vividos à época e nem mesmo ao campo de batalha
(CERTO; PETER; MARCONDES, 2010).
Dentre as estratégias competitivas de Porter, podemos destacar o uso, pelo governo
alemão, da estratégia da diferenciação pela forma de comunicação autêntica, decodificada e
com mudanças diárias que criavam mais de 159 milhões de milhões de combinações possíveis
para quem não soubesse interpretar o código. De igual modo, temos o grupo de cientistas
ingleses que agirão com diferenciação, encontrando um meio de decifrar a enigma, tarefa
vista como impossível. Assim, ambos se destacaram e adquiriram vantagem competitiva
dentro dos seus objetivos, criando um diferencial competitivo, tanto a Alemanha que podia
realizar suas comunicações sem que houvesse desconfiança, tanto a Inglaterra, que pode usar
do acesso às informações das mensagens para tomar decisões sobre quando realizar cada ato,
com essa conquista pode encurtar a guerra em 2 anos e poupar mais de 14 milhões de vidas
(ROYER, 2010).
Outro conceito da Administração Estratégica que se pode utilizar é da análise SWOT.
De acordo com nossas pesquisa em complemento ao que foi estudado em sala, Taranoff
(2001) descreveu que tal análise já é utilizada a mais de 3 mil anos, e citou um dos trechos
famosos da obra Arte da Guerra, de Sun Tzu: " Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as
fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças” Com base nisso temos:
forças - como vantagem interna pode-se ver a equipe com pessoas de referências na sua área
de atuação, com alta capacidade de raciocínio lógico, conhecimentos matemáticos e
científicos, chama atenção a participação do campeão inglês de xadrez no grupo -,
oportunidades - aspectos externos positivos que traziam vantagem competitiva, o suporte de
nações aliadas e, até mesmo, uma conversa informal no bar com uma garota alheia ao projeto
sobre o comportamentos dos alemães, que fez Turing identificar padrões no código, outro
ponto foi a colaboração direta de Churchil no financiamento da máquina (Christopher) para
decifrar e por tê-lo colocado no comando do grupo -, fraquezas - como desvantagens internas
pode-se constatar as limitações do lider da equipe Turing na sua relação com as pessoas e na
ausencia inicial de uma máquina que pudesse acelerar a decodificação da enigma - ameaças -
havia aspectos externos negativos que traziam risco como os contantes ataques da Alemanha
nazista que ia tomando cada dia mais territórios, devastando países e se fortalecendo, bem
como a mudança diária do código da enigma, que impossibilitava avanços na quebra do
código, visto que diariamnete o trabalho precisava ser recomeçado do zero (Shahir et al.,
2008)
É possível também, portanto, relacionar a história passada com a Escola do Design, a
primeira das 10 escolas de estratégia, criada por Selznick (1957). A formação da estratégia,
em tal escola, é vista como o alcance do ajuste entre as forças e fraquezas internas e as
ameaças e oportunidades externas. Ou seja, reforçando nossa percepção no parágrafo anterior.
Quando Alan junto a sua equipe finalmente conseguem decifrar o código e interpretar
as mensagens da Enigma, eles descobrem que as mensagens tratavam-se de mensagens de
ataque a navios de nações em oposição a Alemanha. Não apenas os Aliados possuía suas
táticas, obviamente, pois os Alemães tinham adorado desde o início um padrão e código
próprio para que não fossem "rastreados", assim, estariam sempre um passo à frente ao
adversário e manteriam-se poderosos. O objetivo de Turing era quebrar o código, em secreto,
para reverter a situação, conseguindo ser mais ágil que o exército alemão. E foi o que ocorreu.
Para isso, Turing não tomou nenhuma atitude quanto a mudar a direção dos navios
para salvá-los, afinal, os alemães perceberam. Seu plano era agir aos poucos, sem que o
exército alemão percebesse, infelizmente, foi preciso que muitos morressem para que muitos
também fossem salvos. Nesse momento, ficou mais claro a relação com o capítulo VII-
Movimentos Estratégicos do livro de Sun Tsu (pág. 66): "Tanto as vantagens como o perigo
estão ligados às manobras. Quem for hábil tira proveito delas, quem não for, corre perigo".
Para que seu plano fosse bem sucedido, Alan recorreu a Stewart pedindo que o
ajudasse a inventar boatos sobre como alguns navios conseguiram fugir do ataque nazista, de
modo a "cegar" a percepção do inimigo. E assim foi feito. A contribuição de Alan em quebrar
o código, mesmo com tantas mortes, foi capaz de encurtar a guerra em 2 anos, salvando a vida
de mais de 14 milhões de pessoas.
Por muitos anos, não se tinha conhecimento deste feito, pois logo quando a Alemanha
foi vencida, Stewart ordenou que queimassem todos os arquivos quanto a missão que fora
realizada para derrotar a Enigma. Assim, os Alemães seguiriam achando que seus código
ainda não podia ser interpretado por rivais, e seria mais fácil novamente decifrá-los,
encurtando ou até evitando possíveis outras guerras. Atitude que mostrou a importância de
estar um passo sempre à frente do inimigo, contemplando um dos vários ensinamentos de Sun
Tsu.
REFERÊNCIAS
CERTO, Samuel C.; PETER, J. P.; MARCONDES, Reynaldo Cavalheiro. Administração
estratégica. 3. ed. São Paulo: Pearson, 2010.
ROYER, Rogério. As estratégias competitivas genéricas de Porter e o novo paradigma da
customização em massa. XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO. Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das
empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, v. 12, 2010.
MEIRELLES, A. M. O planejamento estratégico no Banco Central do Brasil e a
viabilidade estratégica em uma unidade descentralizada da autarquia: um estudo de
caso. Dissertação (Mestrado em Administração) – CEPEAD/FACE/UFMG, Belo Horizonte:
UFMG, 1995.
TARAPANOFF, K. Inteligência Organizacional e Competitiva. Brasília: UNB, 2001.
SHAHIR, H. Y.; DANESHPAJOUH, S.; RAMSIN, R.Improvement strategies or agile
processes: a SWOT analysis approach. In: Proc. of the SERA Conference, p. 221-227,
2008.
TZU, Sun. A Arte da Guerra . Editora Martin Claret: São Paulo, 2004.

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