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PREPARATÓRIO PARA OAB Professor: Dr. Marcel Leonardi DISCIPLINA: DIREITO CIVIL Capítulo 7 Aula 2 RESPONSABILIDADE CIVIL Coordenação: Dr. Flávio Tartuce 01 Responsabilidade Civil "Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).” www.r2direito.com.br Como dispõe o artigo 948 do Código Civil, se ocorrer homicídio por ato doloso ou culposo, a indenização consistirá: a) no pagamento de despesas com o tratamento médico-hospitalar da vítima, com seu funeral e com o luto da família; b) na prestação de alimentos às pessoas a quem o defunto os devia, considerando-se a duração provável da vida da vítima. A indenização será proporcionalmente reduzida se, para o evento, tiver também concorrido culpa da vítima. Pelo artigo 949 do Código Civil, havendo lesão corporal, ou outra ofensa à saúde física ou mental, o ofensor deverá indenizar o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até o fim da convalescença, ou seja, até ele se curar, além de lhe pagar a importância correspondente a algum outro prejuízo que o lesado comprove ter sofrido. Se o ferimento causar aleijão ou deformamento, fazendo com que o ofendido cause impressão desagradável, deverá ele, se possível, ser corrigido in natura, por meio de cirurgia plástica, e esta se incluirá na reparação do dano e na sua liquidação. Se impossível for a volta ao statu quo ante, uma indenização será devida ao lesado. Já o artigo 950 trata da hipótese de perda ou diminuição de capacidade laborativa. Se a vítima, em razão da ofensa, vier a perder ou diminuir a capacidade para o trabalho, o ofensor deverá pagar uma indenização, que abranja as despesas do tratamento, os lucros cessantes até o final desse estado, e uma pensão correspondente à importância do trabalho, para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu. Mas se o lesado preferir, poderá pleitear que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez. O artigo 951 destaca que, nas situações de responsabilidade subjetiva, como, por exemplo, a responsabilidade do médico, cirurgião, farmacêutico, parteira e dentista, o erro profissional poderá constituir ato ilícito. Pelo artigo 952 do Código Civil, se o lesante usurpar ou esbulhar o alheio, a indenização consistirá na devolução in natura, acrescida de pagamento de perdas e danos, exceto se comprovar boa-fé do usurpador ou esbulhador, caso em que deverá apenas restituir a coisa, móvel ou imóvel, acrescida do valor das deteriorações e o devido a título de lucros cessantes. E se, porventura, não mais existir a coisa, deverá pagar o equivalente ao lesado. Se for impossível ao usurpador devolver o bem que usurpou ou esbulhou, por não mais existir, deverá pagar ao seu legítimo proprietário ou possuidor o preço atual da coisa em dinheiro, incluindo-se, ainda, o valor afetivo que o bem possa ter, desde que não seja maior do que o preço ordinário da coisa. O artigo 953 trata da indenização referente à injúria, à calúnia e à difamação. Nesses casos em que há ofensa à honra, o lesante, ou seja, quem comete o dano, deverá pagar ao ofendido uma indenização por injúria ou calúnia que consistirá na reparação do dano delas resultante. Se o ofendido não puder comprovar o prejuízo material, caberá ao juiz fixar, com equidade, o valor da indenização, atendendo as circunstâncias do caso. Aula 2 02 Pela regra do artigo 954, a privação da liberdade pessoal é reparada mediante pagamento de indenização das perdas e danos materiais que sobrevierem ao ofendido, e, se este não puder provar o prejuízo material, o Judiciário deverá fixar eqüitativamente o montante indenizatório, atendendo as peculiaridades do caso. Ao estabelecer, no artigo 12, que o fabricante, produtor, construtor e o importador respondem pela reparação dos danos causados aos consumidores, independentemente da existência de culpa, o Código de Defesa do Consumidor acolheu os postulados da responsabilidade objetiva, pois desconsidera, no plano probatório, qualquer investigação relacionadas com a conduta do fornecedor. Com relação às causas excludentes de responsabilidade, o fabricante, produtor, construtor ou importador ficará isento de responsabilidade quando provar: que não colocou o produto no mercado; que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste; a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. Não se pode confundir a culpa exclusiva com a culpa concorrente: no caso de culpa exclusiva da vítima ou de terceiro, desaparece a relação de causalidade entre o defeito do produto e o evento danoso, inexistindo assim relação de responsabilidade; no caso de culpa concorrente, a responsabilidade do fornecedor apenas é atenuada, em razão da concorrência de culpa, e os aplicadores da norma costumam condenar o agente causador do dano a reparar pela metade o prejuízo, cabendo à vítima arcar com a outra metade. Há quem entenda, porém, que a lei mencionou apenas a culpa exclusiva como excludente de responsabilidade, fazendo com que mesmo nas hipóteses de concorrência de culpa, permanece a responsabilidade integral do fabricante e demais fornecedores pela reparação dos danos. Isso é decidido pelo juiz, caso a caso. O artigo 13 trata da responsabilidade do comerciante nos acidentes de consumo. Como nós podemos perceber, essa responsabilidade é apenas subsidiária, pois os responsáveis principais são aqueles mencionados no art. 12. Os incisos I e II regulam situações relacionadas, porém, diferentes. Nos termos do Inciso I, o comerciante será responsabilizado se o fabricante, construtor, produtor ou importador não puderem ser identificados, como se dá na compra de cereais de diversos produtores e na posterior embalagem e revenda do produto. O Inciso II responsabiliza, da mesma forma, o comerciante, se o produto final, embalado ou recondicionado, não permitir clara identificação dos respectivos fabricantes. Mas a hipótese de responsabilidade que, na prática, irá ocorrer com mais freqüência, é aquela prevista no Inciso III, ou seja, quando o comerciante não conservar adequadamente os produtos perecíveis. Note que o Parágrafo Único estipula o direito de regresso de qualquer um que tenha pago a indenização ao consumidor contra os demais co-responsáveis pelo evento danoso. O art. 14 disciplina a responsabilidade por danos causados aos consumidores em razão da prestação de serviços defeituosos, em exata correspondência com o disposto no art. 12. Aqui, são válidas as mesmas considerações efetuadas a respeito da responsabilidade no fornecimento de produto, ou seja, a responsabilidade existe desde que estejam presentes três pressupostos: defeito de serviço; evento danoso, e relação de causalidade entre o defeito do serviço e o dano. "Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).” www.r2direito.com.br 03 O § 1º do art. 14 oferece critérios para aferição do vício de qualidade do serviço prestado, e o item mais importante, neste particular, é a segurança do usuário, que deve levar em conta: o modo do fornecimento do serviço; os riscos da fruição; e a época em que foi prestado o serviço. O serviço presume-se