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Roteiro 10 - Sistema Digestório (Esôfago, Estômago e Intestino Delgado)

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Universidade de Rio Verde
 
 
FAMERV
 
Faculdade de Medicina de Rio Verde
 
 
Fazenda Fontes do Saber
 
Campus 
Universitário
 
Rio Verde
 
-
 
Goiás
 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
(ESÔFAGO, ESTÔMAGO E INTESTINO DELGADO) 
 
ESÔFAGO 
O esôfago é um tubo fibro-músculo-mucoso que se estende entre a faringe e o estômago. Se localiza posteriormente à traqueia começando na altura da 7ª vértebra cervical. Perfura o diafragma pela abertura chamada hiato esofágico e termina na parte superior do estômago. Mede cerca de 25 centímetros de comprimento. 
A presença de alimento no interior do esôfago estimula a atividade peristáltica, e faz com que o alimento movase para o estômago. 
As contrações são repetidas em ondas que empurram o alimento em direção ao estômago. A passagem do alimento sólido, ou semi-sólido, da boca para o estômago leva 4 – 8 segundos ; alimentos muito moles e líquidos passam cerca de 1 segundo. 
Ocasionalmente, o refluxo do conteúdo do estômago para o interior do esôfago causa azia (ou pirose). A sensação de queimação é um resultado da alta acidez do conteúdo estomacal. 
O refluxo gastresofágico se dá quando o esfíncter esofágico inferior (localizado na parte superior do esôfago) não se fecha adequadamente após o alimento ter entrado no estômago, o conteúdo pode refluir para a parte inferior do esôfago. 
O esôfago é formado por três porções: 
· Porção Cervical: porção que está em contato íntimo com a traqueia. 
· Porção Torácica: é a porção mais importante, passa por trás do brônquio esquerdo (mediastino superior, entre a traqueia e a coluna vertebral). 
· Porção Abdominal: repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado, formando nele a impressão 
esofágica. 
 
ESTÔMAGO 
O estômago está situado no abdome, logo abaixo do diafragma, anteriormente ao pâncreas, superiormente ao duodeno e a esquerda do fígado. É parcialmente coberto pelas costelas. O estômago está localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o fígado e o baço. 
O estômago é o segmento mais dilatado do tubo digestório, em virtude dos alimentos permanecerem nele por algum tempo, necessita ser um reservatório entre o esôfago e o intestino delgado. 
A forma e posição do estômago são muito variadas de pessoa para pessoa; o diafragma o empurra para baixo, a cada inspiração, e o puxa para cima, a cada expiração e por isso não pode ser descrita como típica. 
O estômago é divido em 4 áreas (regiões) principais: Cárdia, Fundo, Corpo e Piloro. 
O fundo, que apesar do nome, situa-se no alto, acima do ponto onde se faz a junção do esôfago com o estômago. O corpo representa cerca de 2/3 do volume total. 
Para impedir o refluxo do alimento para o esôfago, existe uma válvula (orifício de entrada do estômago – óstio cárdico ou orifício esofágico inferior), a Cárdia, situada logo acima da curvatura menor do estômago. É assim denominada por estar próximo ao coração. 
Para impedir que o bolo alimentar passe ao intestino delgado prematuramente, o estômago é dotado de uma poderosa válvula muscular, um esfíncter chamado Piloro (orifício de saída do estômago – óstio pilórico). Pouco antes da válvula pilórica encontramos uma porção denominada antro-pilórica. 
O estômago apresenta ainda duas partes: a Curvatura Maior (margem esquerda do estômago) e a Curvatura Menor (margem direita do estômago). 
Funções Digestivas do Estômago: - Digestão do alimento 
· Secreção do suco gástrico, que inclui enzimas digestórias e ácido hidroclorídrico como substâncias mais importantes. 
· Secreção de hormônio gástrico e fator intrínseco. 
· Regulação do padrão no qual o alimento é parcialmente digerido e entregue ao intestino delgado. 
· Absorção de pequenas quantidades de água e substâncias dissolvidas. 
 
INTESTINO DELGADO 
A principal parte da digestão ocorre no intestino delgado, que se estende do piloro até a junção ileocólica (ileocecal), que se reúne com o intestino grosso. O intestino delgado é um órgão indispensável. Os principais eventos da digestão e absorção ocorrem no intestino delgado, portanto sua estrutura é especialmente adaptada para essa função. Sua extensão fornece grande área de superfície para a digestão e absorção, sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares, vilosidades e microvilosidades. 
O intestino delgado retirado numa é de cerca de 7 metros de comprimento, podendo variar entre 5 e 8 metros (o comprimento de intestino delgado e grosso em conjunto após a morte é de 9 metros). 
O intestino delgado, que consiste em Duodeno, Jejuno e Íleo, estende-se do piloro até a junção ileocecal onde o íleo une-se ao ceco, a primeira parte do intestino grosso. 
Duodeno: é a primeira porção do intestino delgado. Recebe este nome por ter seu comprimento aproximadamente igual à largura de doze dedos (25 centímetros). É a única porção do intestino delgado que é fixa. Não possui mesentério. Apresenta 4 Partes: 
· Parte Superior ou 1ª porção – origina-se no piloro e estende-se até o colo da vesícula biliar. 
· Parte Descendente ou 2ª porção – é desperitonizada e encontramos a chegada de dois Ductos: 
· Ducto Colédoco – provêm da vesícula biliar e do fígado (bile) 
· Ducto Pancreático – provêm do pâncreas (suco ou secreção pancreática) 
 
DUCTO COLÉDOCO E ESTRUTURAS ADJACENTES 
 
· Parte Horizontal ou 3ª porção 
· Parte Ascendente ou 4ª porção 
 
Jejuno: é a parte do intestino delgado que faz continuação ao duodeno, recebe este nome porque sempre que é aberto se apresenta vazio. É mais largo (aproximadamente 4 centímetros), sua parede é mais espessa, mais vascular e de cor mais forte que o íleo. 
 
Íleo: é o último segmento do intestino delgado que faz continuação ao jejuno. Recebe este nome por relação com osso ilíaco. É mais estreito e suas túnicas são mais finas e menos vascularizadas que o jejuno.Distalmente, o íleo desemboca no intestino grosso num orifício que recebe o nome de óstio ileocecal. 
Juntos, o jejuno e o íleo medem 6 a 7 metros de comprimento. A maior parte do jejuno situa-se no quadrante superior esquerdo, enquanto a maior parte do íleo situa-se no quadrante inferior direito. O jejuno e o íleo, ao contrário do duodeno, são móveis. 
 
VOCÊ PRECISA SABER!!! 
 
1. Como se divide o esôfago? Descreva com quais estrutura o estomago se relaciona. 
O esôfago é um tubo muscular de aproximadamente 25cm de comprimento que conduz o alimento da faringe para o estômago. O esôfago normalmente tem 3 constrições, onde estruturas adjacentes deixam impressões
Constrição cervical (esfíncter superior do esôfago): em seu início na junção faringoesofágica, a aproximadamente 15cm dos dentes incisivos; causada pela parte cricofaríngea do músculo constritor inferior da faringe
Constrição broncoaórtica (torácica): uma constrição combinada, no local onde ocorre primeiro o cruzamento do arco da aorta, a 22,5 cm dos dentes incisivos, e depois o cruzamento pelo brônquio principal esquerdo, a 27,5 cm dos dentes incisivos; a primeira constrição é observada em vistas anteroposteriores, a segunda em vistas laterais
Constrição diafragmática: no local onde atravessa o hiato esofágico do diafragma, a aproximadamente 40 cm dos dentes incisivos
O esôfago segue a curva da coluna vertebral ao descer através do pescoço e do mediastino – a divisão mediana da cavidade torácica. Tem lâminas musculares circulares internas e longitudinais externas. Em seu terço superior, a lâmina externa consiste em músculo estriado voluntário; o terço inferior é formado por músculo liso, e o terço médio tem os 2 tipos de músculo. Atravessa o hiato esofágico elíptico no pilar muscular direito do diafragma, logo à esquerda do plano mediano, no nível da vértebra TX. Termina entrando no estômago no óstio cárdico do estômago, à esquerda da linha mediana, no nível da 7ª cartilagem costal esquerda e da vértebra TXI. É circundado pelo plexo nervoso esofágico distalmente.
A parte abdominal do esôfago vai do hiato esofágico no pilar direito do diafragma até o óstio cárdico do estômago, alargando-se à medida que se aproximaem posição anterior e à esquerda na sua descida. A face anterior é coberta por peritônio da cavidade peritoneal, contínuo com aquele que reveste a face anterior do estômago. Encaixa-se em um sulco na face posterior (visceral) do fígado. 
A face posterior da parte abdominal do esôfago é coberta por peritônio da bolsa omental, contínuo com aquele que reveste a face posterior do estômago. A margem direita do esôfago é contínua com a curvatura menor do estômago; entretanto, sua margem esquerda é separada do fundo gástrico pela incisura cárdica existente entre o esôfago e o fundo gástrico.
2. Como se dá a passagem de alimento pelo esôfago? Descreva como é dividida sua inervação. 
O alimento atravessa o esôfago rapidamente em razão da ação peristáltica de sua musculatura, auxiliado pela gravidade, mas não depende dela (é possível engolir de cabeça para baixo)
A parte torácica do esôfago é inervada pelo plexo esofágico, uma rede nervosa autônoma envolvendo o esôfago. O componente parassimpático do plexo origina do nervo vago, enquanto as fibras simpáticas também emergem do tronco simpático que cursa ao longo do pescoço.
Em contraste aos últimos dois, a parte abdominal do esôfago é ligeiramente diferente. A inervação parassimpática vem do plexo nervoso esofágico, enquanto o componente simpático se origina do quinto ao décimo segundo nervos torácicos espinhais (T5-T12).
3. Qual ligamento fixa o esôfago no hiato esofágico? Qual a importância deste ligamento? 
O esôfago está fixado às margens do hiato esofágico no diafragma pelo ligamento frenicoesofágico, uma extensão da fáscia diafragmática inferior. Esse ligamento permite o movimento independente do diafragma e do esôfago durante a respiração e a deglutição.
4. Onde se localiza e qual a importância da junção esofagogástrica? 
Situa-se à esquerda da vértebra TXI no plano horizontal que atravessa a extremidade do processo xifoide. Imediatamente superior a essa junção, a musculatura diafragmática que forma o hiato esofágico funciona como um esfíncter inferior do esôfago fisiológico que se contrai e relaxa. O alimento para momentaneamente nesse lugar e que o mecanismo esfincteriano normalmente é eficiente para evitar refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago. Quando uma pessoa não está comendo, o lúmen do esôfago normalmente encontra-se colapsado acima desse nível para evitar a regurgitação de alimentos ou suco gástrico para o esôfago.
5. Descreva a irrigação e a drenagem venosa do esôfago. 
A irrigação arterial da parte abdominal do esôfago é feita pela artéria gástrica esquerda, um ramo do tronco celíaco, e pela artéria frênica inferior esquerda. A drenagem venosa das veias submucosas dessa parte do esôfago se faz para o sistema venoso porta, através da veia gástrica esquerda, e para o sistema venoso sistêmico, pelas veias esofágicas que entram na veia ázigo.
6. Qual a importância das constrições do esôfago. 
É importante ao introduzir instrumentos no estômago através do esôfago e ao examinar radiografias de pacientes com disfagia (dificuldade para engolir).
7. Descreva a diferença da musculatura nas diferentes partes do esôfago relacionando com a coluna vertebral 
O esôfago segue a curva da coluna vertebral ao descer através do pescoço e do mediastino – a divisão mediana da cavidade torácica.
Têm lâminas musculares circulares internas e longitudinais externas. Em seu terço superior, a lâmina externa consiste em músculo estriado voluntário; o terço inferior é formado por músculo liso, e o terço médio tem os dois tipos de músculo.
Atravessa o hiato esofágico elíptico no pilar muscular direito do diafragma, logo à esquerda do plano mediano, no nível da vértebra T X.
Termina entrando no estômago no óstio cárdico do estômago, à esquerda da linha mediana, no nível da 7ª cartilagem costal esquerda e da vértebra T XI.
É circundado pelo plexo nervoso esofágico distalmente.
8. Descreva as partes do estômago e sua importância funcional 
O estômago tem quatro partes:
Cárdia: a parte que circunda o óstio cárdico, a abertura superior do estômago. Em decúbito dorsal, o óstio cárdico geralmente está situado posteriormente à 6a cartilagem costal esquerda, a 2 a 4 cm do plano mediano, no nível da vértebra T XI
Fundo gástrico: a parte superior dilatada que está relacionada com a cúpula esquerda do diafragma, limitada inferiormente pelo plano horizontal do óstio cárdico. A incisura cárdica está situada entre o esôfago e o fundo gástrico. O fundo gástrico pode ser dilatado por gás, líquido, alimento ou pela combinação destes. Em decúbito dorsal, o fundo gástrico geralmente está situado posteriormente à costela VI esquerda, no plano da LMC 
Corpo gástrico: a parte principal do estômago, entre o fundo gástrico e o antro pilórico 
Parte pilórica: a região afunilada de saída do estômago; sua parte mais larga, o antro pilórico, leva ao canal pilórico, sua parte mais estreita. O piloro é a região esfincteriana distal da parte pilórica. É um espessamento acentuado da camada circular de músculo liso que controla a saída do conteúdo gástrico através do óstio pilórico (abertura inferior do estômago) para o duodeno. Há esvaziamento intermitente do estômago quando a pressão intragástrica supera a resistência do piloro. Normalmente, o piloro encontra-se em estado de contração tônica, de modo que o óstio pilórico é reduzido, exceto quando dá passagem ao quimo (massa semilíquida). A intervalos irregulares, a peristalse gástrica faz o quimo atravessar o canal e o óstio pilórico até o intestino delgado, onde continua a mistura, digestão e absorção.
O estômago é a parte expandida do trato digestório entre o esôfago e o intestino delgado. É especializado para o acumulo de alimento ingerido, que ele prepara química e mecanicamente para a digestão e passagem para o duodeno. O estômago mistura os alimentos e atua como reservatório; sua principal função é a digestão enzimática. O suco gástrico converte gradualmente a massa de alimento em uma mistura semilíquida, o quimo, que passa rapidamente para o duodeno. O estômago vazio tem um calibre apenas ligeiramente maior que o do intestino grosso; entretanto, é capaz de se expandir muito e pode conter 2-3 litros de alimento.
9. Descreva a posição anatômica do estomago na posição de decúbito dorsal e na posição ereta. 
Na posição de decúbito dorsal, o estômago costuma estar nos quadrantes superiores direito e esquerdo, ou no epigástrio, região umbilical, hipocôndrio e flanco esquerdos. Na posição ereta, o estômago desloca-se para baixo. Em indivíduos astênicos (magros, fracos), o corpo gástrico pode estender-se até a pelve.
10. Cite as estruturas que apresentam relação anatômica com as faces anterior e posterior desse órgão. Quais estruturas são seccionadas na cirurgia bariátrica? Como se dá tal procedimento? 
O estômago é coberto por peritônio, exceto nos locais em que há vasos sanguíneos ao longo de suas curvaturas e em uma pequena área posterior ao óstio cárdico. As duas lâminas do omento menor estendem-se ao redor do estômago e separam-se de sua curvatura maior como o omento maior. 
Anteriormente, o estômago relaciona-se com o diafragma, o lobo hepático esquerdo e a parede anterior do abdome
Posteriormente, o estômago relaciona-se com a bolsa omental e o pâncreas; a face posterior do estômago forma a maior parte da parede anterior da bolsa omental.
O colo transverso tem relação inferior e lateral como estômago e segue ao longo da curvatura maior do estômago até a flexura esquerda do colo.
Cirurgia bariátrica: Procedimento cirúrgico que limita a quantidade de alimento que pode ser ingerido e absorvido, a fim de promover significativa perda de peso em indivíduos obesos. O tipo mais comum é chamado cirurgia de desvio gástrico. Em uma variante deste procedimento, reduz-se o tamanho do estômago criando- se uma pequena bolsa na parte superior do estômago do tamanho de uma noz. A bolsa, que corresponde a apenas 5 a 10% do estômago, é isolada do restante do estômago usando grampos cirúrgicos ou uma banda de plástico. A bolsa é ligada ao jejunodo intestino delgado, desviando, assim, do restante do estômago e do duodeno. O resultado é que pequenas quantidades de alimentos são ingeridas e menos nutrientes são absorvidos no intestino delgado. Isso leva à perda de peso.
11. Identifique os tipos de musculaturas que encontramos no estomago. 
Camada muscular longitudinal externa do estomago
Camada muscular circular media do estomago
12. O leito do estômago é formado por várias estruturas, descreva-as. 
O leito do estômago, sobre o qual se apoia o estômago em decúbito dorsal, é formado pelas estruturas que formam a parede posterior da bolsa omental. A bolsa omental é uma cavidade externsa, que se encontra posterior ao estômago, omento menor, fígado. Superiormente há o recesso superior, que é posterior ao ligamento coronário (entre diafragma e fígado). O recesso inferior geralmente se encontra entre o estômago e colo transverso. Isso ocorre porque na maioria das pessoas as duas lâminas do ligamento gastro cólico estão fundidas (ligamento gastrocólico faz parte do omento menor), enquanto na infância essas duas lâminas são separadas, o que faz com que o recesso inferior se encontre, nesse caso, anteriormente aos intestinos. Essa cavidade permite o movimento livre do estômago sobre as estruturas posteriores e inferiores ele, uma vez que suas paredes deslizam entre si. A bolsa omental se comunica com o compartimento supracólico por meio do forame omental ou epiploico. Ele pode ser encontrado ao se deslizar o dedo, em sentido anteroposterior, na parte lateral da vesícula biliar.
Da região superior para a inferior, o leito do estômago é formado pela cúpula esquerda do diafragma, baço, rim e glândulas suprarrenal esquerdos, artéria esplênica, pâncreas e mesocolo transverso.
13. O estomago está fixado por quais ligamentos? 
O estômago está unido:
-À superfície inferior do diafragma pelo ligamento gastrofrênico;
-Ao baço pelo ligamento gastroesplênico, que se reflete para o hilo esplênico;
-Ao colo transverso pelo ligamento gastrocólico, a parte do omento maior semelhante a um avental, que desce da curvatura maior, inferiormente, recurva-se e, então, ascende até o colo transverso.
14. Defina intestino delgado descrevendo suas funções, seus limites e divisões. 
O intestino delgado, formado pelo duodeno, jejuno e íleo, é o principal local de absorção de nutrientes dos alimentos ingeridos. Estende-se do piloro até a junção ileocecal, onde o íleo une-se ao ceco (a primeira parte do intestino grosso). A parte pilórica do estômago esvazia-se no duodeno, sendo a admissão duodenal controlada pelo piloro
15. Defina e descreva os limites do jejuno, ílio. E as características que os diferencia anatomicamente e funcionalmente. 
DUODENO:
É a primeira e mais curta parte do intestino delgado, também é a mais larga e mais fixa. Segue um trajeto em formato de C ao redor da cabeça do pâncreas, começa no piloro no lado direito e termina na flexura duodenojejunal no lado esquerdo. Essa junção geralmente assume a forma de um ângulo agudo, a flexura duodenojejuna. A maior parte do duodeno está fixada pelo peritônio a estruturas na parede posterior do abdome e é considerada parcialmente retroperitoneal. O duodeno é dividido em 4 partes:
- Parte superior: curta, situada anterolateralmente ao corpo da vértebra LI
- Parte descendente: mais longa, desce ao longo das faces direitas das vértebras LI a LIII
- Parte inferior: 6 a 8 cm de comprimento, cruza a vértebra LIII
- Parte ascendente: curta, começa à esquerda da vértebra LIII e segue superiormente até a margem superior da vértebra LII
A parte superior do duodeno ascende a parte do piloro e é superposta pelo fígado e pela vesícula biliar. O peritônio cobre sua face anterior, mas não há peritônio posteriormente, com exceção da ampola. A parte proximal tem o ligamento hepatoduodenal fixado superiormente e o omento maior fixado inferiormente.
A parte descendente do duodeno segue inferiormente, curvando-se ao redor da cabeça do pâncreas. Incialmente, situa-se à direita da VCI e paralela a ela. Os ductos colédoco e pancreático principal entram em sua parede posteromedial. Esses ductos geralmente se unem para formar a ampola hepatopancreática, que se abre em uma eminência, chamda papila maior do duodeno, localizada posteromedialmente na parte descendente do duodeno. A parte descendente do duodeono é totalmente retroperitoneal. A face anterior de seus terços proximal e distal é coberta por peritônio; entretanto, o peritônio é refletido de seu terço médio para formar o mesentério duplo do colo transverso, o mesocolo transverso.
A parte inferior (horizontal) do duodeno segue transversalmente para a esquerda, passando sobre a VCI, a aorta e a vértebra L III. É cruzada pela artéria e veia mesentéricas superiores e pela raiz do mesentério do jejuno e íleo. Superiormente a ela está a cabeça do pâncreas e seu processo uncinado. A face anterior da parte horizontal é coberta por peritônio, exceto na parte em que é cruzada pelos vasos mesentéricos superiores e pela raiz do mesentério. Posteriormente, é separada da coluna vertebral pelo músculo psoas maior direito, VCI, aorta e vasos testiculares ou ováricos direitos.
A parte ascendente do duodeno segue superiormente e ao longo do lado esquerdo da aorta para alcançar a margem inferior do corpo do pâncreas. Aí, ela se curva anteriormente para se unir ao jejuno na flexura duodenojejunal, sustentada pela fixação de um músculo suspensor do duodeno (ligamento de Treitz). Esse músculo é formado por uma alça de músculo esquelético do diafragma e uma faixa fibromuscular de músculo liso da terceira e quarta partes do duodeno. A contração desse músculo alarga o ângulo da flexura duodenojejunal, facilitando o movimento do conteúdo intestinal. O músculo suspensor do duodeno passa posteriormente ao pâncreas e à veia esplênica e anteriormente à veia renal esquerda.
JEJUNO E ÍLEO:
O jejuno começa na flexura duodenojejunal, onde o sistema digestório volta a ser intraperitoneal. 
A terceira parte do intestino delgado, o íleo, termina na junção ileocecal, a união da parte terminal do íleo e o ceco. Juntos, o jejuno e o íleo têm 6 a 7 m de comprimento, o jejuno representa cerca de 2/5 e o íleo cerca de 3/5 da parte intraperitoneal do intestino delgado.
A maior parte do jejuno está situada no quadrante superior esquerdo do compartimento infracólico, ao passo que a maior parte do íleo está no quadrante inferior direito. A parte terminal do íleo geralmente está na pelve, de onde ascende, terminando na face medial do ceco. Embora não haja uma linha de demarcação nítida entre o jejuno e o íleo, eles têm características distintas, que são cirurgicamente importantes.
O mesentério é uma prega de peritônio em foram de leque que fixa o jejuno e o íleo à parede posterior do abdome. A origem ou raiz do mesentério tem direção oblíqua, inferior e para a direita. Estende-se da flexura duodenojejunal no lado esquerdo da vértebra LII até a junção ileocólica e a articulação sacroilíaca direita. O comprimento médio do mesentério, desde a raiz até a margem do intestino, é de 20cm. A raiz do mesentério cruza (sucessivamente) as partes ascendente e horizontal do duodeno, parte abdominal da aorta, VCI, ureter direito, músculo psoas maior direito e vasos testiculares ou ováricos direitos. Entre as duas camadas do mesentério estão os vasos mesentéricos superiores, linfonodos, uma quantidade variável de gordura e nervos autônomos.
 
IDENTIFIQUE AS SEGUINTES ESTRUTURAS: 
 
1) Esôfago 
· Parte cervical do esôfago 
· Parte torácica do esôfago 
· Parte abdominal do esôfago 
· Junção esofagogástrica 
 
2) Estômago 
· Curvatura gástrica maior 
· Curvatura gástrica menor 
· Incisura angular´ 
· Incisura cárdia 
· Cárdia do estômago 
· Óstio cárdico 
· Fundo gástrico 
· Corpo gástrico 
· Parte pilórica 
· Ântro piloro 
· Canal pilórico 
· Piloro ou óstio pilórico 
 
3) Duodeno 
· Flexura duodenojejunal 
· Parte superior do duodeno 
· Parte inferior do duodeno 
· Parte descendente do duodeno 
· Parte ascendente do duodeno 
· Ampola hepatopancreática· Ampola maior do duodeno 	 
· Pregas circulares 
 
4) Jejuno 
 
5) Íleo 
· válvula íleocecal 
 
 
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 
MOORE, K.L.; DALLEY, A.F. Anatomia orientada para a Clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
TORTORA, G. J.; NIELSEN, M. T. Princípios de Anatomia. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. PAULSEN, F.; WASCHKE, J. Sobotta - Atlas de Anatomia Humana - 3 Volumes .24. ed. 2018.

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