Buscar

Produto Virtual - Cartilha

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A INCLUSÃO DO SURDO NO AMBIENTE FAMILIAR
Karine L. C. MIlhomens
Curso de
2ª Licenciatura em
 Letras/Libras
v
APRESENTAÇÃO
Infelizmente, muitos familiares de Surdos não sabem Libras e por isso não há uma comunicação eficiente e total, muitos utilizam gestos, mímicas e leitura labial. Quando a família recebe um diagnóstico de perca auditiva do filho, acontece um processo de aceitação e infelizmente, muitos, não enfrentam esse processo, simplesmente ignoram. Muitos ainda veem a surdez como uma deficiência, uma incapacidade do ser, como se a pessoa fosse “defeituosa” e não se encaixa na sociedade, e não buscam meios para interagir com o surdo, não buscam compreender a situação, negligenciam o fato de que o surdo é um sujeito capaz, que possui sua própria língua e pode realizar todas as funções que um sujeito “normal”.
FONTE: Google Imagem
INSERIR IMAGEM
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................................4 
OBJETIVO ............................................................................................................................................................. 5
ENTENDENDO A SURDEZ....................................................................................................................................... 6
O PROCESSO DE ACEITAÇÃO.................................................................................................................................. 8
A COMUNICAÇÃO................................................................................................................................................ 10
A LÍNGUA DO SURDO........................................................................................................................................... 12
CONCLUSÃO ........................................................................................................................................................ 14
BIBLIOGRAFIAS ................................................................................................................................................... 16
INTRODUÇÃO
A surdez é vista como uma deficiência e o surdo como um sujeito que deve se adaptar ao mundo dos ouvintes. Muitos recursos são utilizados a fim de “concertar” o Surdo, como por exemplo, o uso de implantes, o acompanhamento com o Fonoaudiólogo para que se desenvolva a fala e dentre outros. Sabemos que as dificuldades que o Surdo enfrenta desde muito cedo no ambiente escolar são diversas, mas como é antes dessa fase? Como será que o Surdo quando criança ou a partir do momento em que ficou surdo se comunica com sua família? É o que veremos adiante.
OBJETIVO
	Tendo em vista o interesse de todo esse projeto que é criar estratégias e recursos que facilitem a comunicação entre Surdos e seus familiares ouvintes. Desenvolvemos esse Produto Virtual com algumas dicas básicas mas que podem fazer muita diferença na vida do Surdo e de seus familiares.
Infelizmente, muitos familiares de Surdos não sabem Libras e por isso não há uma comunicação total e eficiente, muitos utilizam gestos, mímicas e leitura labial. 
	Quando a família recebe um diagnóstico de perca auditiva do filho, é necessário que eles passem pelo processo de “aceitação” e infelizmente, muitos, não enfrentam esse processo, simplesmente o ignoram. Na maioria das vezes, um dos responsáveis pela criança não aceita a surdez e quer “consertar” o filho, por isso, insistem em vários recursos que tem essa proposta, gastam dinheiro com Fono, aparelhos auditivos, e outras coisas, porém, não procuram entender a surdez de fato e aprender se comunicar com o surdo.
	Nosso objetivo com essa Cartilha é analisar como se dá a comunicação entre o Surdo e seus familiares ouvintes que não sabem Libras. Também iremos destacar as principais barreiras na comunicação entre eles, apontaremos também algumas atividades e recursos que podem facilitar essa interação e como podem ser aplicadas de forma eficaz. 
ENTENDENDO A SURDEZ
A audição é constituída por um sistema de canais que conduz o som até o ouvido interno e lá é onde as ondas sonoras são transformadas em estímulos elétricos que são enviados ao cérebro que é o órgão responsável pelo reconhecimento e identificação de tudo o que ouvimos. 
Surdez é o nome dado à impossibilidade ou dificuldade de ouvir e existem alguns tipos de surdez.
Leve (ouve, porém alguns elementos fonéticos escapam ao indivíduo, mas não atrapalha a aquisição da linguagem).
Moderada (ouve apenas em uma intensidade muito forte, dificulta a aquisição da linguagem).
Severa (precisa gritar pra ter sensação auditiva, fala em tom normal não é percebida).
Profunda (nenhuma sensação auditiva, maior facilidade para adquirir a língua gestual).
A surdez pode ser causada através de viroses, meningites, uso de certos medicamentos ou drogas, propensão genética, exposição ao ruído de alta intensidade, presbiacusia (provocada pela idade), traumas na cabeça, problemas congênitos, alergias, problemas metabólicos, tumores, nascimento prematuro, baixo peso ao nascer, uso de antibióticos tóxicos no ouvido e de diuréticos no berçário, infecções congênitas (sífilis, toxoplasmose e rubéola).
No Brasil existem cerca de 5,8 milhões de surdos, eles constituem 3,2% da população. 
SURDEZ NÃO É UMA DOENÇA E O SURDO NÃO PRECISA SER “CONSERTADO”
v
FONTE: Google Imagens
O PROCESSO DE ACEITAÇÃO
Antes de mais nada, vamos esclarecer que SURDEZ e PERCA AUDITIVA são coisas diferentes. No primeiro caso não há sensação sonora alguma, são graus mais profundos e severos, já o segundo caso, ocorre perca auditiva leve ou moderada. 
Quando uma pessoa recebe um diagnóstico de surdez ou perca auditiva, as relações afetivas ficam carregadas de emoções como frustração, tristeza, indiferença etc. E é muito provável que o responsável pelo sujeito com o diagnóstico invista na aproximação dele com a Língua Portuguesa (ou outras línguas, no caso de outras nacionalidades) a qualquer custo. O problema é que tentar estimular a comunicação da criança por meio de uma língua que é pouco compreendida por ela, acaba comprometendo seu desenvolvimento em muitos sentidos.
Essa criança terá uma assimilação empobrecida da sua realidade, também encontrará enormes dificuldades em se relacionar com o outro e isso pode gerar nela um estado de alienação que pode implicar numa defasagem cognitiva, comportamental, psíquica etc. O quanto antes a criança dominar a língua de sinais e tiver contato com a comunidade surda ela desenvolverá sua identidade e se sentirá inserida numa cultura, na comunidade.
O processo de aceitação não é fácil na maioria das vezes, mas precisa ser levado em consideração o que é mais importante para o sujeito em questão, no caso, o surdo e não o que a família acha melhor.
Como lidar perante um diagnóstico de surdez ou perca auditiva?
v
FONTE: Google Imagens
A COMUNICAÇÃO
O que mais angustia os pais ao constatarem surdez ou perca auditiva em seus filhos, não é a surdez em si mas a barreira na comunicação que ela proporciona. Muitos pais e familiares não veem a Língua de Sinais como principal meio de comunicação com seus filhos e nem a importância dela para o desenvolvimento psíquico-social e forma de aquisição dos conhecimentos das pessoas surdas. Isso ocorre por eles terem a ilusão de que seus filhos poderão ouvir novamente e serem “normais” como os ouvintes e acabam recorrendo a tratamentos clínicos e educação oralista na tentativa de oferecer aos filhos surdos, a oportunidade de constituírem-se como sujeitos e cidadãos através da linguagem oral. Mas isso já foi abordado no tópico anterior. 
A comunicação através da Libras, propicia uma melhor compreensão entre surdos e ouvintes, uma vez que já está previsto em lei a presença de intérpretes de Libras em diferentes instituições públicas, como escolas, universidades, congressos, seminários, programas de televisão entre outros. Além disso, a utilização da librasfacilita a comunicação entre os surdos, que passam a se compreender como uma comunidade que tem características comuns e que devem ser reconhecidas como tal, praticando assim, a verdadeira inclusão social.
A pessoa surda, através da Língua de Sinais, pode desenvolver integralmente todas as suas possibilidades cognitivas, afetivas e emocionais, permitindo sua inclusão e integração na sociedade. Por isso, é imprescindível que os pais de crianças surdas estabeleçam contato com a Língua de Sinais o mais cedo possível, aceitando a surdez de seus filhos como uma diferença e a Libras como a modalidade de comunicação do surdo.
A GRANDE BARREIRA
v
FONTE: Google Imagens
A LÍNGUA DO SURDO
A Língua Brasileira de Sinais, conhecida amplamente por Libras, é usada por milhões de brasileiros surdos e também ouvintes. De acordo com o IBGE, há mais de dez milhões de pessoas com alguma deficiência auditiva no Brasil. A educação de surdos no país – que resultou na criação da Libras – remonta à instalação da primeira escola para surdos no século XIX. O desenvolvimento de políticas de inclusão para a comunidade surda fez com que, em 2002, a Libras fosse reconhecida como língua oficial durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, pela Lei nº 10.436. Isso foi resultado de ampla mobilização da comunidade surda na luta pela ampliação de seus direitos.
No Brasil, o pioneiro na educação de surdos foi o professor francês Ernest Huet, que se mudou para o Brasil em 1855 a convite do imperador d. Pedro II. Aqui no Brasil, Huet esteve por trás da criação da primeira escola voltada para a educação de surdos, o chamado Imperial Instituto de Surdos-Mudos.
Esse instituto foi criado por meio da Lei nº 839, de 26 de setembro de 1857, e recebia, em regime de internato, apenas alunos do sexo masculino. O professor francês, que também era surdo, lecionava e ocupava a direção da escola. Em 1861, no entanto, Huet abandonou a direção do instituto e foi para o México.
Foi por meio de Huet que a Língua de Sinais Francesa foi trazida para o Brasil e foi por meio dela que se estabeleceram as bases para a formulação de uma língua de sinais própria do Brasil. A Libras foi consolidada a partir de sinais que já eram utilizados no Brasil, juntamente à influência da Língua de Sinais Francesa e aos sinais criados por L’Epée, chamados de “sinais metódicos”.
Vamos praticar?
v
ALGUNS SINAIS IMPORTANTES:
FONTE: Google Imagens
CONCLUSÃO
Acredito que ficou claro a importância da Libras, nos referimos a língua de sinais brasileira porém as demais tem a mesma equivalência de importância em seus respectivos locais de uso. A língua de sinais não é meramente um monte de gestos ou mimicas sem sentido, que ninguém entende, uma besteira. O surdo não é um sujeito “defeituoso” que precisa de “conserto”. A língua de sinais é a língua do surdo, possui uma estrutura gramatical assim como as outras línguas, precisa ser aprendida, estudada, e praticada. O surdo é um sujeito capaz, que possui todas as faculdades mentais necessárias para viver sua vida normalmente, fazendo tudo o que quiser, claro que em algumas situações precisa de adaptações, existem surdos que possui algumas limitações cognitivas, no entanto, na maioria das vezes as maiores limitações que eles enfrentam são as impostas por pessoas negligentes, que não o respeita e não tenta entender a situação de fato. Infelizmente, vivemos numa sociedade limitante. 
Contudo, não podemos deixar que as limitações impostas pela sociedade, a falta de conhecimento e respeito nos desmotivem a lutar pela Comunidade Surda, a buscar conhecer e ter contato com os surdos, e orientar aqueles que ainda vivem num estado de cegueira. Devemos no posicionar juntamente com os surdos na luta pelos seus direitos, buscando levar o conhecimento e possibilitar a comunicação. Espero que minhas contribuições nesse projeto tenha inspirado você, caro leitor a conhecer o mundo “falando com as mãos.” Até a próxima!
“
“
A finalidade da comunicação é fazer-se entender. Mas há quem prefira se desentender.
- Augusto Branco
FONTE: https://www.pensador.com/frases_de_comunicacao/
BIBLIOGRAFIAS
http://www.santacasamaringa.com.br/noticia/147/a-importancia-da-comunicacao-em-libras-na-vida-das-pessoas-surdas
https://www.pensador.com/frases_de_comunicacao/
https://bvsms.saude.gov.br/surdez-3/
https://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&ogbl

Outros materiais