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TOPICOS - ATIVIDADE ABERTA 4 - JOZELIA SOARES

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1) Fundamentado na ITG 2002 relate quais as regras específicas entidades sem fins 
lucrativos deverão observar quando da elaboração das demonstrações 
contábeis? 
As entidades sem finalidade lucrativa devem elaborar as seguintes demonstrações 
contábeis: i) Balanço Patrimonial; ii) Demonstração do Resultado do Período; iii) 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; iv) Demonstração dos Fluxos de 
Caixa e; v) as Notas Explicativas, conforme previsto na NBC TG 26 ou na Seção 3 da NBC 
TG 1000, quando aplicável. 
Na elaboração dessas demonstrações, as entidades sem fins lucrativos deverão observar 
o seguinte: 
a. no Balanço Patrimonial, a denominação da conta Capital deve ser substituída por 
Patrimônio Social, integrante do grupo Patrimônio Líquido; 
b. no Balanço Patrimonial e nas Demonstrações do Resultado do Período, das Mutações do 
Patrimônio Líquido e dos Fluxos de Caixa, as palavras lucro ou prejuízo devem ser 
substituídas por superávit ou déficit do período; 
c. na Demonstração do Resultado do Período, devem ser destacadas as informações de 
gratuidade concedidas e serviços voluntários obtidos, e divulgadas em notas explicativas 
por tipo de atividade; 
d. na Demonstração dos Fluxos de Caixa, as doações devem ser classificadas nos fluxos das 
atividades operacionais. 
 
2) Estude a legislação aplicada referente ao Cofins e ao PIS/Pasep e elabore o seu 
entendimento acerca das implicações tributarias aplicáveis à empresa sem fins 
lucrativos. 
As empresas sem fins lucrativos, são isentas das contribuições incidentes sobre as 
receitas ou faturamento. Entretanto, deverão apurar o PIS/Pasep com base na folha de 
salários. Assim, analisaremos nos próximos subcapítulos as regras gerais para apuração 
do PIS/Pasep com base na folha de salários. 
 
No que diz respeito ao PIS a associação recolhe 1% sobre a folha de salários. 
 
Em relação à Cofins, embora a associação não vise lucro, se auferir outras receitas que 
não seja resultado da atividade própria (contribuições associativas) sobre este valor terá 
de calcular 7,6%. Esta receita deve ser tributada com base no sistema não cumulativo da 
contribuição (Lei nº 10.833/2003). 
 
Este foi mais um entendimento emitido pela Receita Federal, através da Solução de 
Consulta nº 6.013 de 2017 (DOU de 04/04). Esta Solução de Consulta foi vinculada 
à:SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 70, DE 23 DE JANEIRO DE 2017; SOLUÇÃO DE 
CONSULTA COSIT Nº 171, DE 3 DE JULHO DE 2015. 
 
Assim, uma associação sem Fins Lucrativos terá de apurar: 
1% - a título de PIS-Sobre folha; e 7,6% de Cofins não cumulativo, sobre as receitas não 
derivadas de atividades próprias da associação. 
Isto porque as atividades próprias da associação gozam de isenção. 
 
Fundamentação legal: 
Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 13, inc. IV; Decreto nº 4.524, de 2002, arts. 
2º, inc. I, "b", e 9º, inc. IV. 
Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 14, inc. X; IN SRF nº 247, de 2002, arts. 9º e 
47. 
Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, § 3º, II, e art. 10; 
 
3) Estude a legislação aplicada a tributação da CSSL e IR das entidades sem fins 
lucrativos e elabore um texto informando o seu entendimento. Esclareça as 
dúvidas com o seu professor através de mensagens. 
 
Existem isenções tributárias direcionadas às entidades sem fins lucrativos, tanto na 
esfera federal como nas estaduais e municipais, cabendo à lei dispor sobre as condições 
a serem observadas para obtenção do favor fiscal a elas direcionadas. 
As condições para usufruir das isenções estão previstas nos seguintes dispositivos: 
Artigo 55 da Lei de nº 8.212/1991; Artigo 29 da Lei de nº 12.101/2009 e artigo 17 da 
Medida Provisória de nº 2.158-35/2001. 
 
São elas: 
 
- Não percebam seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores, 
remuneração, vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou 
título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes sejam atribuídas pelos 
respectivos atos constitutivos; 
 
- Aplique suas rendas, seus recursos e eventual superávit integralmente no território 
nacional, na manutenção e desenvolvimento de seus objetos institucionais; 
 
- Apresente certidão negativa ou certidão positiva com efeito de negativa de débitos 
relativos aos tributos administrados pela RFB e certificado de regularidade do Fundo de 
Garantia do Tempo de Serviço (CRF); 
 
- Mantenha escrituração contábil regular que registre as receitas e despesas, bem como 
a aplicação em gratuidade de forma segregada, em consonância com as normas 
emanadas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC); 
 
- Não distribua resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcelas de seu 
patrimônio sob qualquer forma ou contexto; 
 
- Conserve em boa ordem, pelo prazo de 10 (dez) anos, contado da data da emissão, os 
documentos que comprovem a origem e a aplicação de seus recursos e os relativos a atos 
ou operações realizados que impliquem modificação da situação patrimonial; 
 
- Cumpra as obrigações acessórias estabelecidas na legislação tributária; 
 
- Apresente as demonstrações contábeis e financeiras devidamente auditadas por 
auditor independente habilitado nos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC) quando 
a receita bruta anual auferida for superior ao limite fixado pela Lei Complementar nº 
123/2006. 
 
Cumpridos todos os requisitos acima a entidade sem fins lucrativos se habilita à isenção 
tributária do IRPJ, CSLL, Contribuição Previdenciária Patronal e COFINS. 
4) Ativos intangíveis: Considerando que um dos itens mais relevantes nas DCs dos 
times de futebol, aproprie-se dos textos abaixo ou de outros que você poderá encontrar 
em diversas revistas especializadas, assim como nas demonstrações contábeis do seu 
time preferido, observe as regras que devem ser observadas pelo gestor dessa 
agremiação, e apresente argumentos que favoreçam o entendimento de outros leitores 
da correta ou não classificação dos ativos intangíveis na referida agremiação. 
A norma contábil traz as principais particularidades na aplicação da Contabilidade em 
clubes de futebol, demonstrando o tratamento contábil adotado para os elementos específicos 
dessas entidades, como, por exemplo, a contratação, venda e empréstimo de jogadores e a 
formação de custo dos atletas das categorias de base. 
 
O grande destaque é o ativo intangível, pois esta é a classificação contábil adotada para 
o registro dos direitos sobre jogadores de futebol. Para Rezende, Dalmácio e Salgado (2010, p. 
41, grifo do autor), os jogadores “são considerados os workforce” dessas entidades, isto é, a sua 
principal matriz operacional, consumando que os direitos relacionados à exploração desses 
jogadores representem o principal ativo dos clubes de futebol. 
Para a ITG (2003), por sua vez, o registro dos direitos sobre jogadores de futebol compõe 
especificamente o ativo intangível dos clubes de futebol, conforme depreende-se do excerto a 
seguir, ipsis litteris: 
 
(a) os valores gastos diretamente relacionados com a formação, aquisição e renovação de 
contratos com atletas, inclusive luvas, valor da cláusula compensatória e comissões, desde que 
sejam esperados benefícios econômicos atribuíveis a este ativo e os custos correspondentes 
possam ser mensurados com confiabilidade; (b) os valores relativos aos direitos de imagem (ITG, 
2003). 
A norma, portanto, classifica como intangível os direitos profissionais e de imagem dos 
jogadores de futebol, cuja mensuração dos direitos profissionais é realizada por intermédio do 
custo.

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