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1) Fundamentado na ITG 2002 relate quais as regras específicas entidades sem fins lucrativos deverão observar quando da elaboração das demonstrações contábeis? As entidades sem finalidade lucrativa devem elaborar as seguintes demonstrações contábeis: i) Balanço Patrimonial; ii) Demonstração do Resultado do Período; iii) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; iv) Demonstração dos Fluxos de Caixa e; v) as Notas Explicativas, conforme previsto na NBC TG 26 ou na Seção 3 da NBC TG 1000, quando aplicável. Na elaboração dessas demonstrações, as entidades sem fins lucrativos deverão observar o seguinte: a. no Balanço Patrimonial, a denominação da conta Capital deve ser substituída por Patrimônio Social, integrante do grupo Patrimônio Líquido; b. no Balanço Patrimonial e nas Demonstrações do Resultado do Período, das Mutações do Patrimônio Líquido e dos Fluxos de Caixa, as palavras lucro ou prejuízo devem ser substituídas por superávit ou déficit do período; c. na Demonstração do Resultado do Período, devem ser destacadas as informações de gratuidade concedidas e serviços voluntários obtidos, e divulgadas em notas explicativas por tipo de atividade; d. na Demonstração dos Fluxos de Caixa, as doações devem ser classificadas nos fluxos das atividades operacionais. 2) Estude a legislação aplicada referente ao Cofins e ao PIS/Pasep e elabore o seu entendimento acerca das implicações tributarias aplicáveis à empresa sem fins lucrativos. As empresas sem fins lucrativos, são isentas das contribuições incidentes sobre as receitas ou faturamento. Entretanto, deverão apurar o PIS/Pasep com base na folha de salários. Assim, analisaremos nos próximos subcapítulos as regras gerais para apuração do PIS/Pasep com base na folha de salários. No que diz respeito ao PIS a associação recolhe 1% sobre a folha de salários. Em relação à Cofins, embora a associação não vise lucro, se auferir outras receitas que não seja resultado da atividade própria (contribuições associativas) sobre este valor terá de calcular 7,6%. Esta receita deve ser tributada com base no sistema não cumulativo da contribuição (Lei nº 10.833/2003). Este foi mais um entendimento emitido pela Receita Federal, através da Solução de Consulta nº 6.013 de 2017 (DOU de 04/04). Esta Solução de Consulta foi vinculada à:SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 70, DE 23 DE JANEIRO DE 2017; SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 171, DE 3 DE JULHO DE 2015. Assim, uma associação sem Fins Lucrativos terá de apurar: 1% - a título de PIS-Sobre folha; e 7,6% de Cofins não cumulativo, sobre as receitas não derivadas de atividades próprias da associação. Isto porque as atividades próprias da associação gozam de isenção. Fundamentação legal: Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 13, inc. IV; Decreto nº 4.524, de 2002, arts. 2º, inc. I, "b", e 9º, inc. IV. Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 14, inc. X; IN SRF nº 247, de 2002, arts. 9º e 47. Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, § 3º, II, e art. 10; 3) Estude a legislação aplicada a tributação da CSSL e IR das entidades sem fins lucrativos e elabore um texto informando o seu entendimento. Esclareça as dúvidas com o seu professor através de mensagens. Existem isenções tributárias direcionadas às entidades sem fins lucrativos, tanto na esfera federal como nas estaduais e municipais, cabendo à lei dispor sobre as condições a serem observadas para obtenção do favor fiscal a elas direcionadas. As condições para usufruir das isenções estão previstas nos seguintes dispositivos: Artigo 55 da Lei de nº 8.212/1991; Artigo 29 da Lei de nº 12.101/2009 e artigo 17 da Medida Provisória de nº 2.158-35/2001. São elas: - Não percebam seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores, remuneração, vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes sejam atribuídas pelos respectivos atos constitutivos; - Aplique suas rendas, seus recursos e eventual superávit integralmente no território nacional, na manutenção e desenvolvimento de seus objetos institucionais; - Apresente certidão negativa ou certidão positiva com efeito de negativa de débitos relativos aos tributos administrados pela RFB e certificado de regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CRF); - Mantenha escrituração contábil regular que registre as receitas e despesas, bem como a aplicação em gratuidade de forma segregada, em consonância com as normas emanadas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC); - Não distribua resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcelas de seu patrimônio sob qualquer forma ou contexto; - Conserve em boa ordem, pelo prazo de 10 (dez) anos, contado da data da emissão, os documentos que comprovem a origem e a aplicação de seus recursos e os relativos a atos ou operações realizados que impliquem modificação da situação patrimonial; - Cumpra as obrigações acessórias estabelecidas na legislação tributária; - Apresente as demonstrações contábeis e financeiras devidamente auditadas por auditor independente habilitado nos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC) quando a receita bruta anual auferida for superior ao limite fixado pela Lei Complementar nº 123/2006. Cumpridos todos os requisitos acima a entidade sem fins lucrativos se habilita à isenção tributária do IRPJ, CSLL, Contribuição Previdenciária Patronal e COFINS. 4) Ativos intangíveis: Considerando que um dos itens mais relevantes nas DCs dos times de futebol, aproprie-se dos textos abaixo ou de outros que você poderá encontrar em diversas revistas especializadas, assim como nas demonstrações contábeis do seu time preferido, observe as regras que devem ser observadas pelo gestor dessa agremiação, e apresente argumentos que favoreçam o entendimento de outros leitores da correta ou não classificação dos ativos intangíveis na referida agremiação. A norma contábil traz as principais particularidades na aplicação da Contabilidade em clubes de futebol, demonstrando o tratamento contábil adotado para os elementos específicos dessas entidades, como, por exemplo, a contratação, venda e empréstimo de jogadores e a formação de custo dos atletas das categorias de base. O grande destaque é o ativo intangível, pois esta é a classificação contábil adotada para o registro dos direitos sobre jogadores de futebol. Para Rezende, Dalmácio e Salgado (2010, p. 41, grifo do autor), os jogadores “são considerados os workforce” dessas entidades, isto é, a sua principal matriz operacional, consumando que os direitos relacionados à exploração desses jogadores representem o principal ativo dos clubes de futebol. Para a ITG (2003), por sua vez, o registro dos direitos sobre jogadores de futebol compõe especificamente o ativo intangível dos clubes de futebol, conforme depreende-se do excerto a seguir, ipsis litteris: (a) os valores gastos diretamente relacionados com a formação, aquisição e renovação de contratos com atletas, inclusive luvas, valor da cláusula compensatória e comissões, desde que sejam esperados benefícios econômicos atribuíveis a este ativo e os custos correspondentes possam ser mensurados com confiabilidade; (b) os valores relativos aos direitos de imagem (ITG, 2003). A norma, portanto, classifica como intangível os direitos profissionais e de imagem dos jogadores de futebol, cuja mensuração dos direitos profissionais é realizada por intermédio do custo.
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