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Farmacologia aplicada PDF P1

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Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
1 
 
Fármacos Anti-inflamatórios 
BREVE REVISÃO SOBRE INFLAMAÇÃO 
A inflamação e o sistema imune estão muito relacionados. A inflamação consiste em uma complexa 
rede de resposta a lesão tecidual e a infecção, isso pode ser demonstrado com cinco sinais clínicos: rubor, 
calor, edema, perda de função e dor. 
Visão geral do sistema imune: 
O organismo tem o objetivo de compreender o que é “seu” e o que não é. Quando um determinado 
agente agressor penetra nessas barreiras, o sistema imune desencadeia uma resposta. As respostas podem 
ser classificadas como inatas e adaptativas. As repostas inatas são muito estereotipadas a determinado 
estimulo, exemplificando isso, a liberação de histamina e a fagocitose de bactérias. Já na adaptativa, são 
reações especificas para o antígeno agressor. 
Farmacologia dos Eicosanoides 
Os Eicosanoides representam uma família distinta dos autacoides (substâncias sintetizadas a 
estímulos específicos) e essa deriva principalmente do ácido araquidônico. Esses fármacos desempenham 
funções distintas nos processos de inflamação e sinalização celular. A maioria dessas vias dependes de 
reações ligadas ao ácido araquidônico. 
 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
2 
 
Via da ciclo-oxigenase: 
A via da ciclo-oxigenase leva a formação de 
prostaglandinas, prostaciclina e 
tromboxanos; as vias da lipo-oxigenase 
produzem leucotrienos e lipoxinas. 
São conhecidas como COX-1 e COX-2. 
 
 
Prostaglandinas: são dividas em três, PG1, PG2, PG3. A PG2 É a que mais prevalece biologicamente. As 
prostaglandinas são importantes me muitos processos fisiológicos, inclusive nos que não se relacionam 
diretamente com a inflamação. 
PGE2: mantém a vasodilatação compensatória na arteríola aferente em resposta á norepinefrina ou 
angiotensina II. 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
3 
 
 
Tromboxano e prostaciclina: As plaquetas expressam altos níveis da enzima tromboxano sintase. 
TXA2: Indutor da coagulação – pró-coagulante. 
PGI2: Inibidor da coagulação – anti-coagulante. 
Via da lipo-oxigenase: 
 Essa via acarreta na formação de leucotrienos e lipoxinas. 
 Leucotrienos: são potentes para constrição da musculatura lisa. Participam nos processos de 
inflamação aguda, aumentando a permeabilidade vascular e favorecem, o edema da zona afetada. Além 
disso favorecem os leucócitos. 
 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
4 
 
 
Lembrar que: AINES atuam na COX e Lipoxigenase e AIES nas fosfolipases. 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS 
Fármacos que apresentam propriedades analgésicas, antipiréticas e anti-inflamatórios usados no 
tratamento dos sintomas da inflamação. O objetivo da maioria das terapias com AINE consiste na inibição 
da produção de eicosanoides pró-inflamatórias mediada pela COX, bem como na limitação da extensão da 
inflamação, febre e dor. São geralmente inibidores competitivos reversíveis rápidos de COX-1. A inibição da 
COX-2 é dependente do tempo e costuma ser irreversível. Removem espécies reativas de oxigênio (ROS) 
produzidos por neutrófilos e macrófagos. 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
5 
 
EFEITO ANALGÉSICO 
 Menor sensibilização dos nociceptores aos mediadores inflamatórios. Menor vasodilatação. O efeito 
analgésico leve a moderado de condições originadas de inflamação e lesão tecidual. Isoladamente ou em 
combinação com opioides diminuem a dor do pós-operatorio e em alguns casos podem reduzir a 
necessidade de opioides em até 1/3. 
Efeito antipirético: diminuí PGE2 no hipotálamo, retorno ao ponto de ajuste hipotalâmico para o 
controle da temperatura. 
Efeito anti-inflamatorio: menor prostaglandinas vasodilatadoras e menor edema. 
Algumas indicações: alívio da febre, dor, edema nas atropatias crônicas, inflamações agudas; dores pós-
inflamatórios, odontológicas e menstruais; alívio de cefaleia e enxaqueca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salicilatos 
(atípico) 
Incluem o Acetilsalicílico e seus 
derivados. 
Comercialmente conhecido como 
AAS. 
 
 
 
 
 
 
Utilizado amplamente no 
tratamento de dor moderada, 
cefaleia,mialgia e artralgia. 
 
Diferentemente de outros AINE 
atua irreversivelmente 
acetilando o resíduo de serina 
do sitio ativo de COX-1 e COX-2. 
Essa acetilação inibe a produção 
de prostaglandinas, 
tromboxanos e prostaciclinas. 
 
Esse fármaco em baixas doses 
(30mg-100mg) diárias é utilizado 
como agente antitrombogênico. 
Inibe a COX-1 plaquetária de 
forma irreversível – efeito mais 
duradouro. 
Não pode utilizar em casos de 
Dengue. 
Causas de muitas intoxicações – 
alcalinizar a urina. 
 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
6 
 
Em doses tóxicas: pode ocorrer 
acidose respiratória e 
metabólica, particularmente em 
crianças. 
 
A aspirina também é veiculada a 
uma encefalite pós viral, rara 
mas grave – Síndrome de Reye. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Derivados do ácido propiônico 
(típico) 
Os AINE derivado de ácido 
propiônico. 
Comercialmente incluem o 
ibuprofeno, naproxeno, 
cetoprofeno e fluriprofeno. 
 
 
 
O Ibuprofeno é relativamente 
potente e é utilizado no 
tratamento da artrite 
reumatoide, osteoartrite, 
espondilite anquilosante, gota e 
dismenorreia primária. 
 
Naproxeno que apresenta meia 
vida longa, é 20x mais potente 
que o AAS e inibe diretamente a 
função dos leucócitos e provoca 
efeitos adversos 
gastrointestinais menos graves. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paracetamol 
(atípico) 
Um dos analgésicos-antipiréticos 
mais comuns. 
 
A hepatotoxicidade constitui o 
efeito mais adverso importante 
do paracetamol. A modificação 
deste por enzimas hepáticas do 
citocromo P450 produz um 
metabolito reativo, que 
normalmente é detoxificado por 
conjugação com glutationa. Uma 
superdosagem de paracetamol 
pode se sobrepor as reservas de 
glutationa resultando em lesão 
celular e oxidativa, e em casos 
muito graves pode gerar necrose 
hepática aguda. 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
7 
 
 
 
Não compartilha os efeitos 
gástricos ou plaquetários 
adversos de outros AINEs 
 
Administrado via oral – 4 g/dia 
 
 
 
 
 
 
Derivado de ácido acético 
(típico) 
Indometacina, sulindaco, 
etodolaco, diclofenaco e 
cetrolaco. 
Inibem a COX e promovem a 
incorporação de ácido 
araquidônico não esterificado, 
reduzindo a disponibilidade do 
substrato da COX. 
 
Utilizados principalmente para 
aliviar sintomas no tratamento 
de artrite reumatoide, 
espondilite anquilosante e 
outros distúrbios músculos-
esqueléticos. O uso desse tipo 
de AINE provoca ulceração 
gastrointestinal, como também 
hepatite e icterícia. 
 
 
 
 
Dipirona 
(atípico) 
 
Chance remota de saudar: 
agranulocitose (redução de 
neutrófilos, basófilos e 
eosinófilos); aplasia medular 
 
Semelhante ao paracetamol, 
mas tem baixo risco de lesão 
hepática grave 
 
Pode ocorrer hipotermina 
É mais bem aceito em pacientes 
pediátricos. 
 
 
Coxibes 
Celecoxibe, etoricoxibe, 
parecoxibe. 
 
Indicações: osteoartrite, artrite 
reumatoide, lombalgia, dor pós 
operatória, disminorreia. 
 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
8 
 
(típicos) 
 
Não utilizar em pacientes com 
ICC grave, cardiopatias 
isquêmicas, propensão a 
trombos. 
EFEITOS ADVERSOS 
Em idosos e uso por tempo prolongado aumenta a probabilidade. Efeitos no TGI, rins, fígado, baço, 
sangue e medula óssea. 
Efeitos no TGI: incidência: 15 a 46% dos usuários. Desconforto gástrico, constipação, náuseas e 
vômitos e em alguns casos, hemorragia e ulcerações gástricas. Pode ocorrer também lesão no intestino 
delgado. Não é claro se um mecanismo dependente da COX está envolvido. Risco maior nos infectados por 
H. pylori , consumo excessivo de álcool ou presença de outros fatores de risco para a lesão mucosa gástrica. 
Inibidores seletivos da COX-2: menor possibilidade. 
Efeitos renais: o risco de insuficiência renal é maior emrecém-nascidos e idosos, assim como em 
pacientes com doenças cardíacas, hepáticas ou renais ou com redução do volume do sangue circulante. 
Aumento da retenção de sódio e água= efeito hipertensivo – interage com anti-hipertensos e diuréticos. 
Efeitos cardiovasculares: Com a exceção da aspirina em baixa dose, os efeitos cardiovasculares 
adversos são comuns a todos os AINEs, especialmente no seguimento de uso prolongado (meses-anos), ou 
em pacientes com risco cardiovascular pré-existente. Naproxeno parece promover cardioproteção em 
alguns indivíduosInibidores seletivos da COX-2 aumentam o risco de trombose, AVC e infarto do miocárdio: 
Inibem PGI2, mas não inibem TXA2 
Distúrbios hepáticos 
Broncoespasmo 
Hipersensibilidade: asma, urticaria, angioedema 
Superdosagem de paracetamol: insuficiência hepática 
Rashes cutâneos: desde lesões eritematosas leves, urticaria e fotosensibilidade até doenças graves como 
Stevens-Johnson (rash bolhoso que se estende para o intestino). 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
9 
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS 
Glicocorticoides, como são conhecidos os AIE. Os glicocorticoides não são armazenados na 
suprarrenal, mas são sintetizados sob influência do ACTH circulante secretado na adeno-hipófise e liberados 
de forma pulsátil para corrente sanguínea. O precursor dos glicocorticoides é o colesterol. 
MECANISMO DE AÇÃO DOS GLICOCORTICOIDES 
Os efeitos relevantes dos glicocorticoides se iniciam pela interação dos fármacos com receptores 
intracelulares específicos de glicocorticoides, pertencentes à superfamília dos receptores nucleares (essa 
família também incluí receptores de mineralocorticoides, esteroides sexuais, de hormônios tireoidianos, de 
vitamina D3 e de ácido retinóico. 
 
 
 
 
 
 
Hidrocortisona 
 
 
 
 
Mecanismo de ação está ligado a 
inibição da enzima fosfolipase 
A2, impedindo a formação de 
ácido aracdônico e, 
consequentemente, das 
prostaglandinas, tromboxanos e 
leucotrienos. Como agonista do 
receptor de glicocorticóide, a 
hidrocortisona promove o 
catabolismo protéico, a 
gliconeogênese, a estabilidade 
da parede capilar, a excreção 
renal de cálcio e suprime as 
respostas imunológicas e 
inflamatórias. 
 
 
 
 
 
Prednisolona 
 
A prednisolona é um 
glicocorticoide sintético com as 
propriedades gerais dos 
corticosteroides. Comparado à 
hidrocortisona, a prednisolona 
possui uma atividade 
glicocorticoide e anti-
inflamatória três vezes mais 
potente, porém é 
consideravelmente menos ativa 
no que diz respeito à sua 
atividade mineralocorticoide. A 
prednisolona, assim como a 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
10 
 
hidrocortisona, é um potente 
agente terapêutico que 
influencia a atividade bioquímica 
na maioria dos tecidos 
corpóreos. O mecanismo de ação 
dos corticosteroides parece ser 
por controle da síntese das 
proteínas. Os corticosteroides 
reagem com os receptores de 
proteínas no citoplasma das 
células sensíveis na maioria dos 
tecidos para formar um 
complexo receptor esteroide 
 
AÇÕES METABÓLICAS 
• Carboidratos: redução da captação e utilização da glicose, e aumento da glicogênese → 
HIPOGLICEMIA 
• Proteínas: aumento do catabolismo (processo metabólico que decompõe moléculas complexas, 
transformando-as em moléculas menores) e redução do anabolismo (síntese de moléculas 
complexas por meio de subs. Simples) 
• Lipídeos: efeito permissivo sobre os hormônios lipolíticos e redistribuição da gordura como na 
síndrome de Cushing. 
• Efeitos metabólicos gerais: 
• Glicocorticoides → reduzem a captura e utilização da glicose → aumento da gliconeogênese → 
hiperglicemia (portanto, aumento concomitante do armazenamento do glicogênio) 
• Síntese reduzida de proteínas e aumento da quebras de proteínas → atrofia do tecido 
• Os glicocorticoides também exercem efeito permissivo na resposta lipolítica → dependente de AMPc 
às catecolaminas e outros hormônios → ativação da lipase → quinase dependente de AMPc → síntese 
requer a presença de glicocorticoides → causa redistribuição da gordura corporal característica da 
síndrome de Cushing. 
• Os glicocorticoides tendem a produzir um balanço negativo de cálcio → redução de absorção no TGI 
→ aumento na eliminação pelos rins. 
EFEITOS ADVERSOS 
A terapia de reposição com glicocorticoides em doses baixas normalmente não causam problemas, 
contudo, quando administrados em doses elevadas ou administração prolongada ocorrem efeitos adversos 
graves. 
PRINCIPAIS EFEITOS: 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
11 
 
• Infecções oportunistas podem tornar-se muito graves se não forem tratadas de modo rápido com 
agentes antimicrobianos e com aumento na dose de esteroide. Sapinho, por exemplo, acontece com 
frequência quando os glicocorticoides são administrados por inalação. 
• A cicatrização de lesões é prejudicada e também pode ocorrer uma ulcera péptica. 
• Diabetes e fraqueza muscular 
• Insuficiência aguda da suprarrenal 
• Densidade óssea 
Farmacologia do Sistema Digestório 
CONTROLE NEURONAL 
Há dois plexos intramurais principais no trato: o primeiro é o plexo mioentérico e o plexo submucoso 
(plexo de Meissner), esses plexos são interconectados e suas células ganglionares recebem fibras 
parassimpáticas pré-ganglionares do vago, que são principalmente colinérgicas e excitatórias, embora 
algumas sejam inibitórias. As fibras simpáticas que chegam são na maioria pós-ganglionares. Além de inervar 
vasos sanguíneos, músculo liso e algumas células, algumas fibras terminam nesses plexos, onde inibem a 
secreção da acetilcolina. Os neurônios no interior dos plexos constituem o sistema nervoso entérico e 
secretam: acetilcolina, 5-HT, norepinefrina, purinas, óxido nítrico e vários peptídeos. 
CONTROLE HORMONAL 
Os hormônios do TGI incluem secreções endócrinas e parácrinas. As secreções endócrinas incluem 
gastrina e colecistoquinina. As secreções parácrinas incluem muitos peptídeos, esses hormônios atuam 
sobre células próximas, e o mais importante desses é a histamina. Alguns fatores parácrinos funcionam como 
neurotransmissores. 
Os fármacos administrados por via oral são obviamente absorvidos durante a sua passagem pelo TGI, 
mas há outras intervenções: secreção gástrica, vômitos e náuseas, motilidade intestinal e eliminação e de 
fezes, formação e eliminação da bile. 
SECREÇÃO GÁSTRICA 
O estômago secreta suco gástrico. Os principais componentes exócrinos são pró-enzimas, como a 
pró-renina e o pepsinogênio, elaborados pelas células principais ou pépticas e o ácido clorídrico e o fator 
intrínseco secretados pelas células parientais ou oxínticas. A produção da secreção é importante para 
promoção da digestão de proteínas, absorção do ferro e eliminação de patógenos. Desiquilíbrios desses 
mecanismos secretores e protetores envolvidos na patogênese da ulcera péptica e DRGE e lesões causadas 
por AINEs. 
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE ÁCIDO PELAS CÉLULAS PARIETAIS 
Histamina As células enterocromafinssímeles são células 
contendo histamina semelhante aos mastócitos 
que se localizam próximo às células parietais. 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
12 
 
Essas células fazem uma liberação basal constante 
que é aumentada pela gastrina e acetilcolina. A 
histamina atua de forma parácrina nos receptores 
H1. Essas células respondem a concentração de 
histamina que estejam abaixo do limiar para 
ativação dos receptores H2 vasculares. 
Gastrina É sintetizada pelas células G no antro gástrico e é 
secretado no sangue da porta. A principal ação é a 
estimulação das células enterocromagins através 
da sua ação nos receptores CCK que aumentam o 
cálcio intracelular. Receptores de gastrina são 
encontrados em células parietais. 
Acetilcolina É liberada pelos neurônios colinérgicos pós-
ganglionares, estimula receptores M3 elevando a 
decorrência, o cálcio e estimulando a liberação de 
prótons. 
Prostaglandinas A maioria das células doTGI produz 
prostaglandinas. As prostaglandinas exercem 
efeitos citoprotetores. 
Somatostatina É liberado pelas células D, exerce efeito inibitórios 
sobre a liberação da gastrina pelas células G, 
sobre a liberação pelas células ECS, assim como 
produção de ácido pelas células parietais. 
 
FÁRMACOS USADOS PARA INIBIR OU NEUTRALIZAR A SECREÇÃO DE ÁCIDO GÁSTRICO 
 
 
 
 
 
Antiácidos 
 
 
 
 
 
 
 
São bases fracas, que realizam 
uma neutralização. Não 
interferem na produção. Alívio 
imediato. 
 
Efeito adverso: não deve ser 
usado em grandes quantidades 
visto que pode mascarar o 
verdadeiro problema. Pode 
causar efeito rebote (corpo 
produz mais ácido) e interações 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
13 
 
(tetraciclina, flourquinolonas, 
itraconazol) 
 
Bicarbonato de sódio: reação 
rápida, mas o NaCl pode causar 
retenção de líquido. O CO2 
formado na reação pode dar 
distensão gástrica e 
eructações. O Bicarbonato em 
grande quantidade, fica em 
porção livre, muitas vezes 
causando uma alcalose 
metabólica. 
 
Hidróxido de magnésio ou 
alumínio: reagem mais 
lentamente, sais de magnésio 
pode causar diarreia osmótica 
e constipação. Em conjunto, 
pode causar um impacto na 
função intestinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antagonistas H2 
Comercialmente conhecidos como 
Cimetidina, Ranitidina, Nizatidina 
(não comercializado no Brasil) e 
Famotidina 
 
 
 
 
Inibição competitiva dos 
receptores de H2 das células 
parietais. Suprimem a secreção 
ácida basal e a produzida após 
refeição. 
A mais potente é a Famotidina. 
Cimetidina: fármaco de 
primeira geração, a 
biodisponibilidade é cerca de 
70%. Inibe o metabolismo do 
estradiol, aumenta a secreção 
da prolactina → ginecomastia e 
galactorreia. Inibe várias 
enzimas CYP (diminuí o efeito 
de vários fámarcos) 
 
Ranitidina: (retirada do 
mercado) 
 
Famotidina: é o mais potente, 
indicado para prevenção de 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
14 
 
reincidivas de ulceração 
duodenal e condições de 
hipersecreção (gastrite e 
síndrome de Zollinger-Ellison) 
 
O uso é comum na DRGE, como 
profilático para inibir a pirose, 
ulceras gástricas e duodenais e 
prevenção de sangramento. 
 
Efeitos colaterais: seguros, 
diarreia, constipação, mialgia, 
confusão mental – comum em 
idosos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inibidores da bomba de 
prótons 
 Comercialmente conhecidos como: 
Omeprazol, Esomeprazol, Rabeprazol, 
Lansoprazol e Pantoprazol 
 
 
 
 
 
Usos: DRGE → são os 
tratamentos mais eficazes 
sejam eles erosivos ou não 
erosivos. Doença ulcerosa 
péptica → cicatrização de mais 
de 90%. Ulceras associadas ao 
H. pylori → Associação IBP + 
atb. Ulceras associadas ao uso 
de AINES. Condições 
patológicas hipersecretoras 
como síndrome de Zollinger-
Ellison e hipersecreção 
idiopática. 
 
Esses fármacos são bases 
lipofílicas fracas – ou seja, é 
melhor absorvido no intestino. 
Formulações de via oral 
possuem revestimento 
entérico – protegem esse 
fármaco do ambiente ácido. 
Todos são pró-fármacos, 
ativando esses medicamentos 
nos canalículos. Esses fármacos 
também possuem interação 
com as CYP. 
 
Mecanismo de ação: absorção 
→ difusão para os canalículos 
das células parietais → 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
15 
 
protonação e conversão na 
forma ativa: sulfonamida → 
ligação dissulfeto com a bomba 
de prótons. 
 
A biodisponibilidade de todos 
os fármacos é reduzida em 
aproximadamente 50% pelo 
alimento. 
 
Os IBP devem ser 
administrados cerca de uma 
hora antes da refeição de modo 
que a concentração sérica 
máxima coincida com a 
atividade máxima de secreção 
de bomba de prótons. 
 
Os fármacos apresentam meia-
vida sérica curta de 1,5 hora; 
todavia, a duração da inibição 
da secreção de ácido alcança 
24h, em virtude da inativação 
irreversível (ligação dissulfeto- 
covalente) da bomba de 
prótons. 
 
Em estudos, o perfil do pH 
intragástrico varia, sendo 
assim, a diferença entre esses 
fármacos. 
 
Efeitos colaterais: dor 
abdominal, diarreia e cefaleia. 
Advertências: redução na 
absorção da vitamina B12 e sais 
de cálcio, aumento do risco de 
infecções entéricas, 
hipersecreção rebote 
transitório. 
 
Interações: altera a absorção 
de outros fármacos, como 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
16 
 
itraconazol e atazanavir, 
inibição CYPs, redução da 
atividade antiplaquetárioa do 
clopidogel 
 
 
 
 
 
 
 
 
Citoprotetores 
Sucralfato e compostos de bismuto Aumentam mecanismos 
endógenos de proteção 
mucosa e formam barreira 
física sobre as úlceras ou 
erosões. 
 
Sucralfato: sal de sacarose 
sultada com hidróxido de 
alumínio. Soluções ácidas 
forma um gel viscoso de 
consistência firme → adere nas 
úlceras e erosões por até 6h. 
Ações: barreira física, reduz 
atividade da pepsina, estimula 
secreção de PG e bicarbonato. 
Efeitos colaterais: desprovidos 
de efeitos sistêmicos e 
constipação. Interações: 
 
 
 
Misoprostol 
 É administrado via oral e usado 
para promover a cicatrização 
de úlceras ou para prevenir 
lesão gástrica. Não é utilizado 
mais como citoprotetor. Faz 
com que haja o aumento do 
fluxo sanguíneo. Efeitos 
adversos: diarreia, cólicas 
abdominais, esse fármaco não 
dever ser utilizado durante a 
gravidez. 
 
FÁRMACOS ANTIEMÉTICOS 
As náuseas e vômitos são efeitos colaterais indesejáveis de muitos fármacos. Vomitar é uma resposta 
defensiva com objetivo do corpo “se livrar” do elemento tóxico. O ato físico de vomitar é controlado pelo 
centro do vômito na medula. As localizações não são únicas, mas sim uma rede de vias neurais que integra 
sinais vindos de outras localizações. Uma das áreas mais conhecidas é a área postrema, é conhecida como a 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
17 
 
zona do Gatilho quimiorreceptora (ZGQ). A ZGQ recebe estímulos do labirinto através do núcleo vestibular 
e de aferentes vagais vindos do TGI. Substâncias tóxicas são detectadas pela ZGQ por que a barreira 
hematoencefálica é relativamente permeável. 
 
Os principais neurotransmissores envolvidos nesse circuito são a acetilcolina, histamina, 5-HT, dopamina e 
a substância P, e os receptores. 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
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Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
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Antagonistas dos receptores de 
H1 
Os mais comumente empregados 
desse grupo são dimenidrinato 
(Dramin B6), prometazina 
(fenergan), Meziclina (Meclin), 
Cinarazina. 
 
 
Eficazes na Cinetose (enjoo de 
movimento) e contra a êmese 
causada por substâncias que 
atuam localmente no estômago. 
 
Dimenidrinato (Dramin): 
profilaxia e tratamento da 
cinetose e vertigem, náuseas e 
vômitos durante a gravidez e no 
pré e pós-operatório. Sedação, 
efeitos anticolinérgicos. 
 
Prometazina (Fenergan): enjoo 
grave matinal da gravidez, 
cinetose, distúrbios 
vestibulares. 
 
Meziclina: profilaxia e 
tratamento da cinetose e 
vertigem, tratamento de 
náuseas e vômitos durante a 
gravidez. Propriedades 
anticolinérgicas mínimas, 
menos sedação. 
 
Cinarazina: Cinetose, distúrbios 
de equilíbrio (Ex. doença de 
Ménière, irritabilidade do 
labirinto) 
 
 
 
Antagonistas D2 
 Conhecidos como 
Metoclopramida (Plasil) e 
Domperidona (Motilium). 
Usos clínicos: DRGE, normalmente 
em associação com antissecretores 
para pacientes com regurgitação 
ou pirose refratária. Náuseas e 
vômitos e gastroparesia. 
Efeitos no TGI: pró-cinético: 
maior motilidade, acelerando 
esvaziamento gástrico. Maior 
contração esofágicas e 
gástricas. 
Efeitos no SNC: ações 
antináusea e antiemética. 
 
Metoclopramida (ORAL e IV): 
síndrome extrapiramidal aguda 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
20 
 
 
(mais comuns em crianças e 
adultos jovens). Tratamento 
não deve exceder 3 meses → 
discinesia tardia. Tontura, 
diminuição do nível de 
consciência. Idosos: 
inquietação, 
sonolência/insônia. Estimulaliberação de prolactina a partir 
da hipófise – galactorreia e 
ginecomastia. 
 
Domperidona: efeitos colaterais 
mais comuns: diarreia e 
cefaleia. Reações 
extrapiramidais mais raras, 
estimula liberação de prolactina 
a partir da hipófise – 
galactorreia e ginecomastia. 
 
 
 
 
Antagonistas 5-HT3 
 Antieméticos potentes: 
bloqueio dos receptores 
centrais e sobretudo, 
periféricos. Prevenção de 
náuseas e vômitos atribuídos a 
estimulação vagal (pós-
operatório, radioterapia, 
quimioterapia). Efeitos 
adversos: cefaleia, tontura, 
desconforto no TGI. 
 
 
Antagonista muscarínico 
Conhecido como Hioscina 
(escopolamina). 
Antiemético e antiespasmódico 
é empregado principalmente 
para profilaxia e tratamento de 
cinetose. Os efeitos adversos 
mais comuns são xerostomia, 
visão embaçada, retenção 
urinária. 
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21 
 
 
 
LAXATIVOS → formadores de massa: coloides hidrofílicos → distensão do cólon. 
A base de produtos naturais (psílio, metilcelulose) ou fibras sintéticas (policarbolifa). Usos: constipação 
intestinal crônica ou associada a diverticulose, secundária a mudança de hábitos, doenças perianais. 
Farmacologia do Sistema Respiratório 
RINITE 
Rinite é uma inflamação da mucosa de revestimento nasal, caracterizada pela presença de um ou 
mais dos seguintes sintomas: obstrução nasal, rinorreia, espirros, prurido e hiposmia. A fisiopatologia da 
doença envolve a reação de hipersensibilidade tipo 1 mediada por IgE e mastócitos. A resposta imediata 
resulta em histamina → rinorreia, prurido e espirro. Já a resposta tardia envolve citocinas e leucotrienos. 
HISTAMINA 
Histamina é uma amina encontrada em muitos tecidos, localizada em mastócitos, basófilos, 
linfócitos, neurônios e células gástricas semelhantes à enterocromafínicas. Trata-se de um autacoide. A 
histamina é importante para processos alérgicos e inflamatórios e desempenha funções significativas em 
regulação da secreção de ácido gástrico, neurotransmissão e imunomodulação. 
Os receptores de histamina são: 
• H1 – células endoteliais e musculares lisas (inflamação e alergias) 
• H2 – células parietais da mucosa gástrica 
• H3 – neurônios histaminérgicos pré-sinapticos no SNC e células ECL no estomago 
• H4 – mastócitos, eosinófilos e basófilos 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
22 
 
 
Anti-histaminicos → mecanismo de ação: anti-histamínicos são agonistas inversos, mais do que antagonistas 
dos receptores H1. Favorecem o estado inativo do receptor H1. 
 
 
 
 
 
Anti-histamínicos H1 
(Primeira geração) 
• Difenidramina 
• Hidroxizina 
• Clorfeniramina 
• Prometazina 
 
São anti-histamínicos 
utilizados com maior 
frequência. São neutros em 
pH fisiológico e atravessam 
prontamente a barreira 
hematencefálica, onde 
bloqueiam a ação dos 
neurônios histaminérgicos no 
SNC. 
 
 
 
Corticoesteroides 
• Beclometasona 
• Budesonida 
• Fluticasona 
• Ciclesonida 
• Mometasona 
• Triancinolona 
São medicamentos eficazes 
para o tratamento da rinite 
alérgica. Eles melhoram o 
sintoma e absorção sistêmica 
é mínima. Os efeitos adversos 
são localizados. Não se deve 
inalar. Para pacientes com 
rinite crônica, a melhora pode 
não ser percebida antes de 1 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
23 
 
 
a 2 semanas após iniciar o 
tratamento. 
 
Anti-histamínicos H1 
(Segunda geração) 
• Loratadina 
• Cetirizina 
• Fexofenadina 
• Levocetirizina 
• Desloratadina 
 
 
 
São ionizados em pH 
fisiológico e não atravessam 
com precisão a barreira 
hematencefálica. Os efeitos 
adversos são diferentes, 
tendem a causar depressão 
no SNC – sonolência, e boca 
seca. 
Os anti-histamínicos H1 são de grande utilidade no tratamento dos distúrbios alérgicos para aliviar 
sintomas de rinite, conjuntivite, urticária e prurido. Eles bloqueiam fortemente o aumento da 
permeabilidade capilar necessário para a formação de edema, portanto são mais efetivos quando usados de 
modo profilático do que após a ocorrência de uma reação alérgica. 
Tanto de primeira geração, quanto de segunda, são eficazes no tratamento de urticaria crônica e 
rinite alérgica. Os de segunda geração são preferíveis para uso clinico prolongado. Enquanto isso, a maioria 
dos anti-histamínicos H1 administrados via oral não produz alivio significativo dos sintomas e congestão 
nasal. 
Os anti-histamínicos são usados para diminuir a permeabilidade, ou seja, edema, espirros, rinorreia 
e prurido. São ineficazes sozinhos para anafilaxia ou edema de glote e asma. Para cinetose, náusea e vômito, 
é usado Dimenidrinato, difenidramina e prometazina. Para efeito de ansiolítico fraco, insônia ou hipnóticos 
são usados o Dimenidrinato, difenidramina, hidroxizina e prometazina. Os efeitos colaterais são: sedação, 
diminuição de neurotransmissão e rendimento cognitivo; visão turva, xerostomia, constipação e retenção 
urinária. 
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24 
 
 
 
 
Anti-histamínico H1 intranasal 
• Azelastina 
 
Inibe a liberação de histamina, 
leucotrienos e serotonina. Eficaz 
para rinorreia, congestão e 
prurido. Tem duração de 12h, 
podem causar sedação e 
tonturas. 
 
 
Vasoconstritores 
• Oximetazolina 
• Nafazolina 
• Fenilefrina 
 
Eles promovem a vasoconstrição 
diminuindo a permeabilidade 
celular e o extravasando 
plasmático. Melhora a passagem 
de ar. O uso prolongado pode 
causar necrose tecidual, devido a 
baixa oxigenação. 
 
 
Estabilizadores de mastócitos 
• Cromoglicato 
• Nedocromila 
Eles impedem a liberação de 
histamina dos mastócitos. 
Inibem a liberação de citocinas 
dos linfócitos e suprime a 
ativação de outros leucócitos. É 
administrado pela via nasal e é 
excretado pelos rins e bile. Seus 
efeitos adversos são: sibilos, 
cefaleia e náuseas. 
TOSSE 
A tosse é um mecanismo de 
defesa importante do sistema 
respiratório contra irritantes 
e é uma causa comum para 
procura de cuidados médicos. 
A tosse tem diversas 
etiologias: resfriado, sinusite 
ou doença respiratória 
crônica. 
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25 
 
 
 
 
 
 
 
Antitussígenos 
• Clobutinol 
• Dropropizina 
• Dextrometorfano 
• Codeína 
 
Inibem a tosse somente em caso de tosse 
não produtiva e de curta duração. 
Doentes sem patologia crônica de base. 
Clobutinol é um não opioide com ação 
seletiva no centro da tosse. 
Dropropizina: tem ação periférica no 
reflexo da tosse e age como anti-
histamico em casos de alergia. 
Dextrometorfano: eleva o limiar da tosse 
no centro da tosse. 
Codeína: opioide supressor moderado, 
diminui a secreção e atividade ciliar – age 
no centro da tosse. 
 
 
Mucolíticos 
• Acebrofilina 
• Ambroxol 
• N-acetilcisteína 
• Carbocisteína 
Diminuem a viscosidade das secreções. 
 
Fludificantes • Iodeto de potássio 
• Guaifenasina (xarope 
Vick) 
Aumentam o fluxo das secreções 
Emolientes • Mel 
• Glicerol 
Uteis para tosse causada por irritação da 
laringe. 
ASMA 
Asma é doença crônica das vias respiratórias, caracterizada por acentuada inflamação e variabilidade 
exagerada no calibre dessas vias, em decorrência da hiper-responsividade do músculo liso brônquico. Os 
sintomas da asma consistem em dispneia e sibilância, bem como na produção de muco e tosse, 
principalmente à noite. 
A asma é uma doença pulmonar obstrutiva e inflamatória. O componente obstrutivo caracteriza-se 
por broncoconstrição, enquanto o componente inflamatório, por edema das vias respiratórias, hiperplasia 
das células caliciformes, secreção de muco e infiltração por células imunes e inflamatórias que liberam 
citocinas. Embora a obstrução das vias respiratórias seja, em geral, reversível, a asma, com o passar do 
tempo, pode causar remodelagem das vias respiratórias e deterioração permanente da função pulmonar. 
Os medicamentos utilizados no tratamento da asma atuam de duas maneiras → relaxamentodo m. liso 
brônquico ou prevenção e tratamento da inflamação. 
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26 
 
Tipos de asma: 
• Alérgica 
• Não alérgica 
• Obesidade 
• Tardia 
• AAS 
BRONCODILATADORES 
Os broncodilatadores afetam o tônus do musculo liso das vias aéreas por meio de sua ação sobre receptores 
do SNA e vias de sinalização. A ativação simpática via receptores Beta-adrenérgicos resulta em 
broncodilatação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brometro de ipratrópio 
(SAMA) 
 O brometo de ipratrópio é um sal 
de amônio quaternário derivado 
da atropina. Como a atropina 
inalada é altamente absorvida 
pelo epitélio respiratório, produz 
muitos efeitos anticolinérgicos 
sistêmicos, incluindo 
taquicardia, náuseas, boca seca, 
constipação intestinal e retenção 
urinária. Diferentemente da 
atropina, o ipratrópio não é 
absorvido significativamente, e 
esses efeitos adversos sistêmicos 
são minimizados. Entretanto, o 
ipratrópio inalado pode causar 
boca seca e desconforto 
gastrintestinal decorrente de sua 
deposição na boca e absorção 
oral inadvertida; se o ipratrópio 
nebulizado entrar 
inadvertidamente em contato 
com olho, pode produzir 
midríase (dilatação da pupila) e 
elevação da pressão intraocular, 
resultando em glaucoma de 
ângulo fechado 
 
Atropina, Ipratrópio e tiotrópio 
 antagonistas competitivos nos 
receptores muscarínicos de 
acetilcolina. Nos quatro subtipos 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
27 
 
(LAMA) de receptores muscarínicos 
expressos nos pulmões (M1 , M2 
, M3 e M4), o receptor M3 
excitatório é o mais importante 
no processo de mediar contração 
do músculo liso e secreção 
glandular de muco nas vias 
respiratórias. Ipratrópio e 
tiotrópio antagonizam o efeito 
da acetilcolina endógena nos 
receptores M3, com 
consequente 
broncorrelaxamento e 
diminuição da secreção de muco. 
Tiotrópio apresenta duração de 
ação longa, com meia-vida de 5 a 
6 dias, decorrente, em grande 
parte, de sua dissociação lenta 
dos receptores M1 e M3. Na 
asma crônica, a estimulação 
colinérgica desempenha apenas 
papel secundário na produção de 
broncoconstrição, embora o 
aumento da estimulação vagal à 
noite possa representar 
importante fator contribuinte 
para os sintomas noturnos. 
–
 
 
 
Epinefrina 
 Epinefrina é agonista 
adrenérgico não seletivo que se 
liga a receptores α, β1 e β2-
adrenérgicos. A epinefrina 
produz estimulação cardíaca por 
meio dos receptores β1, 
resultando em taquicardia, 
palpitações e, potencialmente, 
arritmias, bem como em 
vasoconstrição periférica por 
meio dos receptores α, levando 
ao desenvolvimento de 
hipertensão. 
Isoproterenol O isoproterenol estimula os 
receptores β1 e β2, e, por 
conseguinte, provoca 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
28 
 
broncodilatação e estimulação 
cardíaca; todavia, como não 
estimula receptores α, não causa 
vasoconstrição periférica. 
Isoproterenol não é usado com 
frequência na prática atual, dada 
a disponibilidade de agentes 
mais seletivos para receptores 
β2. 
 
 
 
 
 
Salbutamol 
 
 
 
Salbutamol foi o primeiro desses 
agentes fortemente β2- seletivos 
a tornar-se disponível na forma 
inalada, reduzindo ainda mais os 
efeitos sistêmicos. Os modernos 
agonistas β2-seletivos inalados 
foram os primeiros fármacos a 
proporcionar tratamento regular 
da asma, com perfil aceitável de 
efeitos adversos. Todavia, 
quando administrados em altas 
doses, particularmente se 
tomados por via oral, até mesmo 
esses fármacos podem causar 
estimulação cardíaca. Além 
disso, como os receptores β2-
adrenérgicos são expressos no 
músculo esquelético periférico, a 
ativação desses receptores por 
agentes β2-seletivos pode 
resultar em tremor. 
Vale ressaltar: remédios de ação curta (SABA) → salbutamol e fenoterol e ação longa (LABA) → formoterol 
e sameterol são fármacos da mesma natureza e os efeitos adversos são os mesmos. 
AGONISTAS DOS RECETORES CIS-LTS 
CisLT: mucosa respiratória e células inflamatórias infiltrativas. 
 Montelucaste e o zafirlucaste inibem a ligação de LTC4, LTD4 e 
LTE4 aos receptores de cistenil 
leucotrienos (CisLT). Os 
inibidores da via dos 
leucotrienos exercem efeitos 
como: reduzem as frequências 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
29 
 
das exacerbações, inibem a asma 
induzida pelo exercício, relaxam 
as vias aéreas, ação aditiva B2, 
reduzem a eosinofilia do escarro. 
É uma alternativa ao uso de 
corticoides para tratamento de 
asma. Os efeitos indesejáveis 
são: cefaleia e distúrbios 
gastrointestinais. 
GLICOCORTICOIDES 
Principal tratamento para os pacientes com asma. Corticosteroides alteram a transcrição de muitos genes. 
Em geral, aumentam a transcrição de genes que codificam o receptor β2-adrenérgico e diversas proteínas 
anti-inflamatórias como IL-10, IL-12 e antagonista do receptor de IL-1 (IL-1Ra). Corticosteroides diminuem a 
transcrição de genes que codificam numerosas proteínas pró-inflamatórias (e outras proteínas); os exemplos 
incluem IL-2, IL-3, IL-4, IL-5, IL-6, IL-11, IL-13, IL-15, TNF-α, GM-CSF, SCF, moléculas de adesão endoteliais, 
quimiocinas, sintase de óxido nítrico induzível (iNOS), ciclo-oxigenase (COX), fosfolipase A2 , endotelina-1 e 
receptor de NK1-2. 
 
 
 
 
 
Beclometasona, budesonida, 
fluticasona, mometasona 
 Os corticoides induzem a 
apoptose em diversas células 
inflamatórias, principalmente 
eosinófilos e linfócitos Th2; não 
afetam os mastócitos, mas com o 
passar do tempo são inibidos 
indiretamente; diminuem as 
células inflamatórias, reduzindo 
as lesões do epitélio das vias 
respiratórias; reduzem a 
permeabilidade vascular, ou 
seja, reduzem o edema; com o 
passar do tempo diminui a hiper-
responsividade das vias 
respiratórias; reduzem a 
ativação de linfócitos B e a 
produção de IgE, reduzindo a 
sensibilização e desgranulação 
dos mastócitos 
 
 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
30 
 
ANTI-IGE 
inativação ou remoção dos anticorpos anti- IgE da circulação pode atenuar a resposta aguda a um alérgeno 
inalado. O Omalizumabe é um anticorpo monoclonal murinho humanizado, que se liga ao domínio de ligação 
de alta afinidade do receptor IgE na IgE humana. Ele diminui a quantidade de IgE circulante e também 
impede a remoção da IgE remanescente, Ele afeta as respostas asmáticas tanto na fase inicial quanto na fase 
tardia, além da redução esperada com a simples remoção da IgE circulante. Em resposta a níveis circulantes 
mais baixos de IgE, ocorre infrarregulação do receptor em mastócitos, basófilos e células dendríticas. Essa 
infrarregulação dos receptores diminui a estimulação dos linfócitos TH2 e a resposta asmática de fase tardia. 
Isso diminui as exacerbações da asma em pacientes tratados com omalizumabe. Ele precisa ser administrado 
por via subcutânea, a cada 2 a 4 semanas. 
DPOC 
É causada por resposta inflamatória anormal a uma agressão ambiental inalada (poluentes, tabaco). Do 
ponto de vista clínico ela é dividida em: enfisema e bronquite crônica. O enfisema pulmonar refere-se a 
aumento dos alvéolos causado por destruição das paredes alveolares e perda da retração elásticas, 
enquanto a bronquite crônica é diagnóstico clínico estabelecido com base na ocorrência de tosse crônica 
durante 3 meses ou mais, por 2 anos consecutivos. A DPOC é uma obstrução persistente das vias aéreas. Ela 
faz uma limitação crônica do fluxo de ar e, portanto, um dos sintomas é a dispneia, além de tosse e aumento 
na produção de muco. A DPOC não é reversível. Ao contrário da asma, em que os linfócitos CD4, linfócito B, 
mastócitos e eosinófilos, representam as principais células inflamatórias, a resposta inflamatória à fumaça 
do tabaco é primariamente neutrofílica e monocítica. A fumaça do tabaco estimula os macrófagos alveolares 
residentes a produzir quimiocinas que atraem os neutrófilos. Esses neutrófilos e macrófagos liberam 
proteinase, que degradam a elastina, responsável pela retração elástica dos alvéolos. Como consequência,ocorre morte celular decorrente da fixação prejudicada das células alveolares à matriz e com isso há 
degradação dos alvéolos que coalescem, formando o aumento característico dos espaços aéreos típicos do 
enfisema. Ocorre também aumentos na produção de muco e fibrose. 
 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
31 
 
Beta2-agonista LABA E SABA 
Anticolinérgicos SAMA E LAMA 
Corticoides inalatórios Beclometasona, budesonida, 
fluticasona, mometasona 
 
 
 
Roflumilaste 
 Inibidor de fosfodiesterase – 
dose única. Aumento de 
ampciclico intracelular – reduz 
liberação de mediadores 
inflamatórios, expressão de 
marcadores e apoptose. Usado 
também para exacerbações na 
bronquite crônica grave. Efeitos 
adversos: náusea, emese, 
diarreia, cefaleia, perda de peso, 
dor abdominal e distúrbios do 
sonos. 
 
Antibióticos 
CONCEITOS GERAIS 
Célula procarionte, com DNA 
circular, material genético disperso no 
citoplasma. Tem pili – “comunicação”. 
Os alvos terapêuticos estão no: 
material genético, ribossomos, 
membrana e parede. 
Em relação à parede bacteriana: 
BACTÉRIAS GRAM POSITIVAS: é 
mais espessa e rígida, tem até 40 
camadas de peptídeoglicano, ausência 
de membrana externa, presença de 
proteínas, lipídeos e ácido teicoico – 
importante para adesão; 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
32 
 
BACTÉRIAS GRAM NEGATIVA: menos espesso e mais complexo, camada única de peptídeoglicano, 
membrana externa previne a entrada de agentes antibacterianos, presença de fosfolípideos, lipoproteínas 
e lipopolissacarídeos (LPS); 
BACTÉRIAS DE IMPORTÂNCIA CLÍNICA 
 
 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
33 
 
 
 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
34 
 
 
INIBIDORES DA SÍNTESE DA PAREDE 
ESTRUTURA DA PAREDE BACTERIANA 
O peptídeoglicano (mureina) é um açúcar que compõe a parede bacteriana. Essa substância tem uma 
importância muito grande para sobrevida das bacterinas, que são submetidas a grandes flutuações da 
pressão osmótica, dependendo do seu meio ambiente. As camadas que envolvem a célula proporcionam a 
força de tensão necessária para suportar altas pressões de turgor, de outro modo, causariam a ruptura da 
membrana plasmática. Como esse açúcar é muito importante para sobrevida das bactérias, torna-se um 
importante alvo para antibióticos. 
A biossíntese desse açúcar tem 
três estágios. Resumidamente, o 
primeiro estágio é intracelular e 
consiste na síntese dos monômeros a 
partir dos aminoácidos e unidades de 
açúcar. O segundo e terceiro estágio é a 
ligação cruzada em redes 
bidimensionais e tridimensionais. Essas 
ligações cruzadas dos polímeros são 
catalisadas pelas proteínas de ligação 
da penicilina, que são transpeptidases. 
Os antibióticos mais conhecidos dessa 
classe são os Betalactâmicos. 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
35 
 
Consideração química sobre 
betalactâmicos: esses fármacos 
constituem a classe maior e mais 
amplamente prescritas. Inibem a 
síntese da parede celular das 
bactérias. Os diferentes agentes 
pertencentes a essa classe variam 
em sua estrutura química e, 
portanto, no espectro de ação. 
Todavia, todos esses fármacos compartilham o mesmo mecanismo de ação → a inibição da ligação cruzada 
dos polímeros de peptídeoglicano. O mecanismo de resistência é a betalactamase, mudança no sítio da 
PBP, baixa incidência sobre o sítio da PBP e o efluxo de antibiótico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Penicilina G 
(Benzilpenicilina) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instável em meio ácido → uso parental. 
Rápida excreção renal; 
(S. aureus meticilina ou oxacilina 
resistentes) 
Resistência: gene mecA que codifica o 
desenvolvimento de uma nova PBP, a 
PBP2a. Esse novo receptor não tem 
afinidade pelos antibióticos 
betalactâmicos. 
Frequentemente, os MRSA adquiridos em 
hospital se mostram resistentes a vários 
outros antimicrobianos. Os glicopeptideos, 
a linezolida e tigeciclina são a opção 
terapêutico. 
Efeitos adversos: hipersensibilidade – 1 a 
10% dos pacientes. 
• Agudas (rara): choque anafilático 
• Imediatas (mais graves): 
angioedema, broncoconstrição, 
distúrbios TGI e choque. 
• Tardias: erupções bolhosas, lesões 
da mucosa oral 
TGI: alteração da microbiota normal → 
risco de infecções secundárias – 
candidíase, colite pseudomembranosa. 
 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
36 
 
As penicilinas são administradas via oral, 
ou no caso de infecções graves, por via 
intravenosa. Muito comum administrar 
esses fármacos com outros antibióticos. 
• Meningite bacteriana ➔ 
Benzilpenicilina doses altas por via 
intravenosa. 
• Infecções osseas e articulares → 
flucloxacilina 
• Infecções de pele e tecidos moles → 
Benzilpenicilina, fluxloxacilina – 
mordidas de animas: amoxicilina + 
ácido clavulânico 
• Faringite: fenoximetilpenicilina 
• Otite média: amoxicilina 
• Bronquite: amoxicilina 
• Pneumonia: amoxicilina 
• Infecções no itu: amoxicilina 
• Gonorreia: amoxicilina – 
combinada com probenecida 
• Sífilis: Benzilpenicilina procaína 
• Endocardite: doses altas por via 
intravenosa de Benzilpenicilina 
combinada. Benzilpenicilina+ 
aminoglicosídio 
Regra geral 
Penicilinas naturais e resistentes à 
penicilinases – mais usadas em organismos 
gram-positivos. 
Aminopenicilinas e penicilinas de amplo 
espectro – para cobrir gram-negativo. 
 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cefalosporina 
Mecanismo de ação: semelhante ao de 
todos os betalactâmicos, inibem a 
formação da parede bacteriana. 
Alta toxicidade seletiva: usado na gravidez, 
lactação e pediatria. 
Resistência: tem aumento devido a 
betalactamases codificadas por plasmidios. 
Alterações nas proteínas da membrana 
externa ou nas proteínas de ligação. 
Cefalosporinas são empregadas no 
tratamento de infecções causadas por 
microorganismos sensíveis a elas. 
 
• Septicemia → cefuroxima, 
cefotaxima 
• Pneumonia 
• Meningite → cetriaxona, 
cefotaxima 
• Infecções das vias biliares 
• Infecções urinárias – especialmente 
em gravidez 
• Sinusite → cefadroxila. 
Efeitos adversos: hipersensibilidade, 
diarreia, nefrite. 
Regra geral 
Primeira e segunda geração – via oral 
Demais gerações: via parental, 
intramuscular ou intravenosa 
 
Carbapenêmicos 
Fármacos: imipeném, meropeném 
e ertapeném. 
Mecanismo de ação: inibem a formação da 
parede bacteriana. 
São mais resistentes aos micro-organismos 
produtores de betalactamases. 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
38 
 
São atb de grande espectro: gram positivo 
e gram negativo, aeróbicos e anaeróbicos. 
Reservados para infecções hospitalares 
graves causadas por bactérias altamente 
resistentes. 
Imipeném: A associação imipeném + 
cilastatina sódica (função: inibir a 
inativação do imipeném pelas enzimas 
renais) demonstra eficácia contra muitas 
infecções causadas por bactérias gram-
positivas e gram-negativas, aeróbias e 
anaeróbias, resistentes às cefalosporinas, 
aminoglicosídeos e/ou penicilinas. Não é 
indicado para o tratamento de meningite. 
Meropeném: Infusão prolongada está 
indicado para o tratamento de infecções 
graves, ocasionadas por bactérias 
multirresistentes, sendo intrinsicamente 
mais potente contra Acinetobacter 
baumannii e Pseudomonas aeruginosa, tais 
como: pneumonia associada ao uso de 
ventiladores mecânicos, meningite 
bacteriana, septicemia. 
Ertapeném: meia-via longa, mas atividade 
mais baixa contra Acinetobacter e 
Pseudomonas. 
 
 
 
Monobactâmicos 
 Resistente à maioria das betalactamases 
(mas EBSL hidrolisam). 
Efetivo apenas contra bacilos gram 
negativos aeróbicos, como as espécies de 
Pseudomonas, neisseria meningitidis e 
Haemophilus influenzae. 
NÃO TEM AÇÃO CONTRA microrganismos 
gram positivos ou anaeróbicos. 
Nos pacientes alérgicos à penicilinas pode 
ser usado em infecções graves, como 
pneumonia, meningite e sepse por 
patógenosgram-negativos sensíveis. 
Vias de administração: intramuscular e 
intravenosa – meia-vida plasmática de 2h. 
Na terapia empírica, pode ser associado 
com aminoglicosídeos. 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
39 
 
Efeitos adversos: semelhantes aos de 
outros antibióticos betalactâmicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vancomicina 
 Antibiótico produzido pelo 
Streptococcus orientalis e 
Amycolatopsis orientalis. 
Ativa apenas contra bactérias 
Gram-positivas: estreptococo, 
pneumococo, estafilococo. 
Mecanismo de ação: impedir o 
alongamento do 
peptídeoglicano → célula torna-
se suscetível à lise. Também 
altera a permeabilidade da 
membrana citoplasmática e a 
síntese do RNA. 
Usos: tratamento da MRSA – 
intravenosa e em outras 
infecções graves. 
Infecções por Staphylococcus em 
alérgicos à penicilina ou 
cefalosporina – intravenosa ou 
para pacientes que não 
responderam ao tratamento 
com fármacos destas classes. 
Colite pseudomembranosa por 
C. difficile – via oral 
Para endocardite Enterococcus 
faecalis, só é eficaz com um 
aminoglicosídeo. 
 
Teicoplanina 
 Semelhante à vancomicina. 
Meia-vida longa, administrado 
em intravenosa e intramuscular. 
Mecanismo de ação: impedir o 
alongamento do 
peptídeoglicano → célula torna-
se suscetível à lise. Também 
altera a permeabilidade da 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
40 
 
membrana citoplasmática e a 
síntese do RNA. 
 
–
 
 
 
 
 
Bacitracina 
 Mecanismo de ação: impedir o 
alongamento do 
peptideoglicano. Reservada 
para uso tópico – muito 
nefrotóxica, normalmente 
associada com neomicina. 
Indicações: infecções de pele e 
mucosas causadas por micro-
organismos gram-positivos 
sensíveis (ex:. pioderme, acne 
infectada, furúnculos) 
Profilaxia de infecções 
decorrentes de ferimentos 
cortantes, queimaduras pouco 
extensas. 
 
 
 
 
Fosfomicina 
 
Mecanismo de ação: inibe o 
estagio inicial de síntese do 
peptídeoglicano. Amplo 
espectro, baixa toxicidade e 
meia vida longa, posologia usual 
de 1 a 2 envelopes. 
Indicações: tratamento de curta 
duração de infecções não 
complicadas das vias urinarias 
baixas, como cistite aguda e 
recidivante, uretrite não 
especifica, bacteriúria na 
gravidez. 
 
 
 
Nitrofurantoína 
 Além de inibirem a síntese de 
parede: geram intermediários 
reativos que inativam proteínas 
ribossomais e outras 
macromoléculas, inibindo a 
síntese proteica e de outros 
ácidos nucleicos. 
Especifico para infecções agudas 
e crônicas do trato urinário 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
41 
 
principalmente por E. coli, 
Enterococcus faecalis e S. aureus 
 
INIBIDORES DE MEMBRANA 
 
 
Daptomicina 
 Ativo contra MRSA com duração 
de ação maior que a 
vancomicina. Ativo contra VRSA. 
Usos: infecções complicadas de 
pele e tecidos moles, 
bacteremia. 
Efeito colateral: miopatia e dosar 
CPK. 
 
 
 
 
 
 
Polimixinas 
 Mecanismo de ação: são 
detergentes catiônicos que 
rompem a membrana externa. 
Também inativam endotoxina. 
Espectro de ação: atividade 
bactericida seletiva e rápida em 
bacilos gram-negativos, 
principalmente Pseudomonas e 
enterobactérias – uso 
intravenoso, intramuscular. 
Uso clínico: limitado pela 
toxicidade, restrito a 
esterilização intestinal e ao 
tratamento tópico em ouvidos, 
olhos ou pele. 
Efeitos adversos: 
nefrotoxicidade, 
neurotoxicidade. 
RESUMO 
 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
42 
 
 
 
 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
43 
 
SULFONAMIDAS 
MECANISMO DE AÇÃO 
 Competição reversível com o PABA → inibição da di-hidropterotato sintase → 
inibição da produção de folato → efeito bacteriostático. 
Sulfonamida + inibidor da di-hidrofolato redutase = sinergismo. 
CARACTERÍSTICAS 
Amplo espectro: alguns gram-positivo e gram-negativo e alguns protozoários. A 
atividade é insuficiente contra anaeróbios. P. aeruginosa apresenta resistência 
intrínseca. Resistência em muitas cepas originalmente sensíveis → aumento da produção de PABA, produção 
de enzimas com baixa afinidade, redução da permeabilidade à sulfonamida. 
Presença de pus → antagoniza efeito bacteriostático. 
Alguns anestésicos locais são biotransformados em PABA também podem reduzir o efeito bacteriostático. 
 
 
 
 
 
 
Sulfametoxazol-
trimetoprima (Cotrimoxazol) 
 
 
 
 
 
É preferencial para infecções como 
pneumonia por Pneumocystis 
jiroveci, toxoplasmose e nocardiose. 
Pode ser utilizado em outras 
infecções bacterianas: 
• Infecções do trato urinário, 
uretrites e prostatites. 
• Otite médio, sinusite e 
exacerbação aguda da 
bronquite crônica, como 
alternativa para pacientes 
alérgicos aos betalactâmicos. 
• Infecções gastrintestinais – 
diarreia do viajante, 
shigelose, febre tifoide e 
paratifoide. 
Efeitos adversos: anormalidades 
hematológicas – leucopenia, 
trombocitopenia, agranulocitose, 
anemia hemolítica e supressão de 
medula óssea. Reações cutâneas 
– dermatite esfoliativa, síndrome 
de Steven-Johnson e a necrólise 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
44 
 
epidérmica tóxica. Cristalúria – 
insuficiência renal pode ocorrer 
em pacientes hiperalbumênicos. 
Outras – febre, cefaleia, tumores, 
nefrotoxicidade, flebite, 
vasculite, hipercalemia e 
anafilaxia. 
 
Sulfadiazina de prata Tratamento de feridas infectadas. 
FLORQUINOLONAS 
As quinolonas importantes são análogos flourados sintéticos do acido nalidíxico. São ativas contra 
diversas bactérias gram-negativas e gram-positivas. Acumulam-se em vários tecidos principalmente nos 
rins, próstata e pulmões. São bactericidas. 
MECANISMO DE AÇÃO 
Se ligam na topoisomerase II 
ou na topoisomerase IV → 
inibe replicação do DNA. 
 
 
 
 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
45 
 
1ª GERAÇÃO 
Ácido Nalidíxico Utilização via Oral – infecções 
urinárias e intestinais causadas 
por gram-negativos sensíveis. 
 
2ª GERAÇÃO 
 
 
Ciprofloxacino 
 Utilização Via Oral – a mais ativa 
contra do grupo contra gram-
negativos, sobretudo 
Pseudomonas. Não é ativo em S. 
pneumoniae. Preferido para 
profilaxia e tratamento do 
Antraz. 
Norfloxacino Utilização Via Oral, intravenosa e 
ocular – menor atividade em 
gram-negativo e gram positivo. 
Ofloxacino Utilização Via ocular – Blefarite, 
conjuntivite, úlcera de córnea, 
profilaxia de infecção no pós-
operatório. 
3ª GERAÇÃO 
 
 
 
 
Levofloxacino e Moxifloxacino 
 Utilização Via Oral – atividade 
melhorada contra gram-
positivos principalmente S. 
pneumoniae e alguns 
estafilococos. 
As quinolonas de 3ª geração são 
conhecidas como quinolonas 
respiratórias; boas opções de tto 
para infecções de tratamento 
para infecções respiratórias e 
pneumonias adquiridas na 
comunidade. 
Gatifloxacino Uso ocular. 
 
 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
46 
 
4ª GERAÇÃO 
 
 
 
Gemifloxacino 
 Cerca de 32x mais potente que 
levofloxacino contra 
pneumococos. Utilizado em: 
exacerbação de bronquite 
crônica, sinusite aguda, 
pneumonia adquirida na 
comunidade por S. pneumoniae 
multirresistente. 
 
Obs: antiácidos contendo alumino ou magnésio reduzem a absorção da flouroquinolonas quando 
administrados em via oral. 
EFEITOS COLATERAIS 
No geral, são bem toleradas 
• Gastrintestinais: anorexia, náuseas, vômitos e desconforto abdominal. 
• SNC: Cefaleia, tontura, insônia e alterações do humor. Alucinações, delírios e convulsões são raras 
(idosos). Convulsões: associação com teofilina ou AINEs 
• Alergias e reações cutâneas 
• Reações fototóxicas → Podem comprometer a cartilagem em crescimento e provocar Artropatia 
(reversível) → contra-indicado em pacientes menores de 18 anos. 
• Prolongamento de QT (gatifloxacino, moxifloxaxino, gemifloxacino) → deve- se evitar uso em 
pacientes tratados com antiarrítmicos ou outros fármacos que possam prolongar o intervalo QT (ex: 
tricíclicos) 
• Contra-indicações: gravidez, lactação, insuficiência renal e hepática eem pacientes menores de 17 
anos 
 
 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
47 
 
Zerbaxa: ceftolozana (cefalosporina) + tazobactam (inibidor de betalactamase). Aprovado pela 
ANVISA no começo de 2018 para o tratamento de infecções intra-abdominais e infecções do trato urinário 
mais complicadas. O novo medicamento mostrou 87% de eficiência no combate a Pseudomonas aeruginosa. 
INIBIDORES DA SÍNTESE PROTEÍCA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tetraciclinas 
 
• Tetraciclina 
• Oxitetraciclina 
• Democlociclina 
• Limeciclina 
• Doxiciclina 
• Minociclina 
• Tigeciclina 
 
 
São bacteriostáticos de amplo 
espectro – ativas contra 
bactérias gram-positivas e 
gram-negativas, micoplasmas, 
clamídias e riquétsias. 
Geralmente são administrados 
via oral – com exceção da 
tigeciclina. 
O mecanismo de ação: se ligam 
de maneira reversível à 
subunidade 30S do ribossomo 
bacteriano → impedindo a 
adição de aminoácidos ao 
peptídeo em crescimento. 
É comum resistência se há um 
uso excessivo – influxo 
comprometido, proteção do 
sitio do ribossomo, efluxo 
aumentado por meio de uma 
bomba proteica transportadora 
ativa; 
Farmacocinética: atravessam a 
placenta e também são 
excretadas no leite. 
A doxiciclina e tigeciclina são 
eliminadas por mecanismos 
renais → não precisam de 
ajuste de dose na insuficiência 
renal. 
A Tigeciclina tem meia vida de 
36h e não são senviveis a vários 
tipos de bomba de efluxo. 
Doxiciclina: infecções 
respiratórias e de tecidos moles 
causadas por MRSA 
(Staphylococcus aureus 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
48 
 
resistente à meticilina), DST por 
C.trachomatis 
Tigeciclina: opção terapêutica 
para MRSA ou ORSA 
(Staphylococcus aureus 
meticilina ou oxacilina 
resistentes), infecções 
complicadas de tecidos moles, 
intra-abdominais e pneumonia 
adquirida na comunidade. 
Efeitos colaterais: náuseas, 
vômitos e diarreia são os 
motivos mais comuns. Também 
se depositam nos dentes 
provocando manchas, 
hipoplasia dentaria e 
deformidades ósseas. Alteram 
a microbiota normal. Contra-
indicado em mulheres 
gestantes, lactantes e crianças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macrolídeos 
• Eritromicina 
• Claritromicina 
• Azitromicina 
 
São bactericidas ou 
bacteriostáticos. 
Mecanismo de ação: ligam-se à 
subunidade 50 S, próximo ao 
centro da peptidiltransferase → 
bloqueiam a formação 
peptídica. Diminuição da 
permeabilidade da célula ao 
antimicrobiano, alteração no 
sítio receptor da porção 50S do 
ribossomo e inativação 
enzimática. 
 
Eritromicina: amplo espectro: 
gram-positiva (pneumococos, 
estreptococos, estafilococos), 
clamídias, treponema, 
micoplasma. Amplamente 
utilizada nas infecções por 
corinebactérias. Inativa contra 
enterobactérias e 
Pseudomonas spp. 
Claritromicina: ativa contra 
gram-positivas (estreptococos 
e estafilococos). Útil na 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
49 
 
erradicação da H. pylori. Menor 
incidência de intolerância 
gastrintestinal e administração 
menos frequente, em relação a 
eritromicina. 
Azitromicina: maior atividade 
contra gram negativas, 
sobretudo H. influenzae. 
Bastante ativa contra espécies 
de Chlamydia. O fármaco é 
liberado lentamente dos 
tecidos – permitem 
administração de dose única. 
A pneumonia adquirida na 
comunidade pode ser tratada 
com azitromicina administrada 
por uma dose única diária de 
250 mg nos quatros dias 
seguintes. Não inibe CYP 
hepáticas. 
Efeitos colaterais: cólicas 
abdominais, náuseas, vômitos e 
diarreia. Hepatite colestática. 
Prolongamento do intervalo 
QT, em razão do efeito sobre os 
canais de potássio. o 
prolongamento do intervalo QT 
pode causar arritmia. 
 
 
 
 
 
 
Aminoglicosídeos 
• Estreptomicina 
• Neomicina 
• Tobramicina 
• Gentamicina 
• Amicacina 
 
São bactericidas. São usados 
mais em cominação com 
antibiótico betalactamico em 
infecções graves por bactérias 
gram negativas aeróbicas e 
também com vancomicina para 
endocardite por gram-positivos 
e tratamento de tuberculose. 
Mecanismo de ação:se ligam a 
proteínas ribossomais 
especificas da subunidade 30S, 
inibindo síntese proteica e/ou 
produzindo proteínas 
defeituosas. Efeito 
concentração-dependente, 
efeito pós-antibiótico 
significativo. 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
50 
 
Mecanismo de resistência: 
ocorre através de vários 
mecanismos diferentes e o mais 
importante é a inativação por 
enzimas microbianas. 
A amicacina foi considerada um 
substrato fraco para maioria 
dessas enzimas. 
Usos clínicos: a amicacina tem 
maior espectro de ação, 
associados comumente a 
betalactamicos ou 
glicopeptideos. Efeito limitado 
em anaeróbicos e gram 
positivos. Utilizados 
principalmente contra gram-
negativos aeróbicos e em cepas 
de Pseudomonas aeruginosa. 
Devido a toxicidade o uso deve 
ser moderado e para indicações 
especificas. A duração deve ser 
mínima possível e as 
concentrações séricas devem 
ser monitoradas. 
Efeitos colaterais: todos 
aminoglicosídeos são 
ototóxicos e nefrotóxicos. É 
mais provável ocorrer quando a 
terapia continua a mais de 5 
dias em doses mais elevas, nos 
idosos e no quadro de 
insuficiência renal. O uso 
concomitante com diuréticos 
de alça ou outros agentes 
antimicrobianos nefrotóxicos 
pode potencializar a 
nefrotoxicidade. Reação rara: 
bloqueio neuromuscular e 
apneia. 
 
 
Lincosaminas 
 Mecanismo de ação: atuam da 
mesma forma que os 
microlídeos. – Bacteriostáticos 
ou bactericidas. 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
51 
 
Uso clínico: ativa em cocos 
gram-positivos, incluindo 
muitos estafilococos 
resistentes à penicilina. 
Efeitos colaterais: diarreia, 
náusea e exantema cutâneo. 
Por vezes, ocorre 
comprometimento da função 
hepática e neutropenia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cloranfenicol 
 O uso sistêmico deve ser 
reservado a infecções graves e 
fatais, em que o benefício do 
fármaco se sobrepõe à sua 
toxicidade hematológica. 
Mecanismo de ação: 
semelhante os macrolídeos. 
Amplo espectro: ativo contra 
organismos gram-positivos e 
gram-negativos aeróbicos e 
anaeróbios. 
Usos: infecções causadas por 
H.influenzae resistente a 
outros fármacos. 
Meningites em 
pacientes que não 
podem fazer uso de 
penicilinas. Febre tifoide 
e salmoneloses 
invasivas. 
Efeitos adversos: alterações 
hematológicas: depressão 
medula óssea e anemia 
aplásica. Síndrome do bebê 
cinzento → progressiva palidez 
cianótica, colapso vasomotor 
frequentemente acompanhado 
de respiração irregular e morte. 
 
 
Oxazolidinonas 
 Bacteriostática, mas com ação 
bactericida contra 
estreptococos. Alto custo. 
Espectro: grande variedade de 
bactérias gram-positivas, 
incluindo MRSA. Não tem 
Farmacologia Aplicada – Sabrina Gomes 
 
52 
 
atividade contra gram-
negativos. 
• Efeitos adversos: 
principal toxicidade é 
hematológica; os efeitos 
são reversíveis e 
geralmente leves. A 
trombocitopenia é a 
manifestação mais 
comum.

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