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Antropologia do direito – Wikipédia a enciclopédia livre

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A Wikipédia possui o portal:
Portal de antropologia
Antropologia do direito
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Antropologia do Direito)
Antropologia do direito é uma área da antropologia social ou cultural (ou etnologia) voltada ao estudo das categorias que perpassam o saber jurídico: seus
mecanismos de produção, reprodução e consumo. Busca identificar, classificar e analisar as formas como se organiza o "campo" jurídico - entendendo-se, aqui,
a noção de "campo", como a apresentada na sociologia de Pierre Bourdieu. A Antropologia do Direito se ocupa do aspecto legal ou normativo das sociedades,
abrangendo também a questão da justiça, como elementos interantes da organização social e cultural.
Define-se em alguns programas de pós-graduação acadêmica, como aquele gênero de "estudos comparativos de processos de resolução de conflitos, das
relações de poder e de processos de formação de opinião política em contextos sócio-culturais específicos." Para Geertz é preciso um esforço para não
impregnar costumes sociais com significados jurídicos, nem para corrigir raciocínios jurídicos através de descobertas antropológicas e sim criar um ir e vir
hermenêutico entre os dois campos, olhando primeiramente para uma direção e depois na outra, a fim de formular as questões morais, políticas e intelectuais que
são importantes para ambos.
A antropologia do direito avançou com a pesquisa de campo proposta pelos cientistas que puseram de lado elocubrações teóricas sem base na observação e
sistematização de dados empíricos. Assim como ocorreu nos demais ramos da antropologia cultural, a técnica de observação participante, utilizada na
Antropologia do Direito de linha funcional, contribuiu para a explicitação do conceito de "transgressão e castigo", independentemente do conteúdo moral do
comportamento desviante (Émile Durkheim), e contribuiu para a desmistificação da imagem do "bom selvagem" (Jean-Jacques Rousseau).
Para uma discussão sobre a Antropologia do Direito, sob uma ótica funcionalista, formulada a partir de pesquisas de campo, ver o trabalho pioneiro de
Bronisław Malinowski em "Crime and Custom in Savage Society" (http://books.google.com.br/books?
id=IEzGVImzSy0C&printsec=frontcover&dq=Bronis%C5%82aw+Malinowski&hl=pt-
br&ei=U9jKTJv5HYL68Aa37dWMAQ&sa=X&oi=book_result&ct=book-thumbnail&resnum=6&ved=0CEUQ6wEwBQ#v=onepage&q&f=false) (1926) e
"Sex and Repression in Savage Society" (http://books.google.com.br/books?
id=xzfCZ0bCFrYC&printsec=frontcover&dq=Bronis%C5%82aw+Malinowski&hl=pt-
br&ei=U9jKTJv5HYL68Aa37dWMAQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4&ved=0CDcQ6AEwAw#v=onepage&q&f=false) . Também
recomendável: "Anthropology of Law", de Leopold Pospisil. (http://books.google.com.br/books?
id=ZE31NmBl8B8C&pg=PA95&dq=Leopold+Pospisil&hl=pt-
br&ei=0NjKTNryGcGC8gbXt6D3AQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CCQQ6AEwAA#v=onepage&q=Leopold%20Pospisil&f=false)
Índice
1 Origens e perspectiva
2 Referências
3 Ver também
4 Ligações externas
Origens e perspectiva
Podemos tomar como origem dessa proposição de interpolação e comparação, que os advogados chamam de "antropologia legal" e os antropólogos chama de
"antropologia do direito", os trabalhos de Immanuel Kant (1724-1804) designados por ele mesmo de filosofia moral em três obras: Fundamentação da metafísica
dos costumes (1785), Crítica da razão prática (1788) e Metafísica dos costumes (1798). Para Mauss em etnologia entende-se por "direito" ou sociologia
jurídica e moral o que os anglo-saxões denominam de social antropolhogy abordando tantos os problemas morais com suas interfaces com os fenômenos
econômicos e políticos, com os relativos à organização social.
Não se pode esquecer que a Antropologia jurídica do século XIX constituiu-se como mais um instrumento de dominação e legitimação de valores etnocêntricos
 e diante da impossibilidade de construir uma teoria geral do direito (Geertz oc. p. 327) e do objetivo hermenêutico, que propõe a antropologia interpretativa
de Geertz, que permeia a abordagem de todas as visões de mundo: "a compreensão de ‘compreensões’ diferentes da nossa".
Referências
1. ↑ Geertz Clifford. O saber local, novos ensaios em antropologia interpretativa. Petrópolis, RJ, Vozes, 2009
2. ↑ Mauss, Marcel. Manual de etnografia. Lisboa,Pt, Ed.Portico, 1972.
3. ↑ Villas Bôas Filho, Orlando. A constituição do campo de análise e pesquisa da antropologia jurídica. Prisma Jurídico, v. 6, p. 333-349, 2007 Disponível em pdf
(http://redalyc.uaemex.mx/pdf/934/93400620.pdf)
4. ↑ Geertz Clifford. O saber local: Fatos e leis em uma perspectiva comparativa, in: O saber local, novos ensaios em antropologia interpretativa. Petrópolis, RJ, Vozes,
2009
Ver também
Hermenêutica
Teoria geral do direito
Direito internacional
Direito comparado
Direito romano
Lei das doze tábuas
Antropologia forense
[1]
[2]
[3] [4]
Fórum romano, Roma.
Antropologia forense
Ensaio sobre a dádiva
Comportamento divergente
Antropologia e psicanálise
Ligações externas
Associação Brasileira de Antropologia (ABA) (http://www.abant.org.br/)
Programa da disciplina: Antropologia Jurídica ou do Direito - UNB
(http://www.unb.br/ics/dan/AntropologiaJuridicaempdf.pdf)
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Antropologia_do_direito&oldid=30626242"
Categorias: Antropologia Doutrina jurídica
Esta página foi modificada pela última vez à(s) 15h35min de 11 de junho de 2012.
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