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Diabetes Miellitos

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Diabetes mellitus
Ocorre devido a um metabolismo anormal onde o indivíduo pode:
- Não secretar insulina adequadamente ou não secreta nada (hormônio
produzido pelas células betas do pâncreas)
- A insulina não faz sua ação adequada
- Pode também ocorrer os dois
A insulina tem como função facilitar a entrada e metabolizar a glicose formando
energia
Em um indivíduo normal:
O indivíduo comerá um Mc (por ex), sua taxa de glicose aumentará. As células betas
produzem insulina que vão colocar a glicose para dentro da célula, além disso ocorre o
glicogênio, que é o armazenamento de glicose no fígado. Ocorrerá também a inibição
de células alfa que produzem o glucagon.
Após muito tempo em jejum, ele vai inibir a célula beta e estimular a alfa, liberando
glucagon que vai pegar o glicogênio do fígado e o quebra o que vai mandar a glicose
para o cérebro.
01. Classificação do diabetes
Diabetes tipo 1: geralmente são pacientes pobres e não tem muita ligação
genética
Diabetes 1A -> deficiência de insulina por destruição autoimune das células
betas comprovada por exames laboratoriais
Diabetes 1B -> Deficiência de insulina de natureza idiopática (tem ligação
genética)
Diabetes tipo 2 -> perda progressiva de secreção insulínica combinada com
resistência à insulina
Diabetes gestacional -> Hiperglicemia de graus variados diagnosticada durante a
gestação, na ausência de critérios de DM prévio
a) Diabetes tipo 1
Doença auto-imune, poligênica, decorrente da destruição das células beta
pancreáticas, causando um comprometimento completo da produção de insulina.
Este tipo de diabetes é mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens,
afetando igualmente mulheres e homens.
Ela será classificada em A ou B de acordo com a presença ou ausência de
auto-anticorpos circulantes
- Tipo 1 A
Uma doença autoimune mediada por células T. Sendo assim, as células T irão
estranhar suas células beta pancreáticas, as destruindo progressivamente.
No exame, tem a presença de um ou mais anticorpos, além da forte associação com
antígeno leucocitário humano, sendo HLA, DQR3 e DQR4 (maior incidência)
Além da predisposição genética, fatores ambientais podem desencadear a resposta
imune, como infecções virais, componentes dietéticos e composição da microbiota
intestinal.
Fatores ambientais:
Alimentares (teorias): Acredita-se que talvez as mães que amamentam por mais tempo
acabam passando uma proteção para a criança. Já as maes que trocam pelo leite da
vaca, pode ser que desencadeia a DM1A decorrente a albumina Sérica bovina (BSA)
presente
Outra associação é os alimentos com presença de nitritos/nitratos presentes em
alimentos como leguminosas.
Infecciosos:
Virais (estudo): cocksikie A e B, influenza, Enterovírus, Rubéola congênita,
citomegalovírus e caxumba
obs.: no covid aparentemente causa também diabetes mas um tipo diferente (ainda
estudado)
Vitamina D (teoria): maior incidência de DM1 nos meses de inverno em ambos
hemisférios (falta de vit D)
Autoanticorpos que podem ser dosados na DM1A:
- ICA anticorpos anti-ilhotas pancreáticas
- AAI auto anticorpos anti-insulina
- IA-2 proteína relacionada a tirosina-fosfatase
- Anti-GAD descarboxilase do ác. glutâmico
- Anti-ZnT8 anticorpos anti transportador de Zinco
Sendo assim, quanto maior a quantidade de anticorpos presentes e mais elevados,
maior a chance de desenvolver a doença.
Os pacientes com DM1A também são predispostos a outras doenças autoimunes,
como por ex: vitiligo, doença de graves, tireoidite de hashimoto, doença celíaca...
- LADA (latent autoimmune diabetes in adults) = um diabetes em pacientes mais
velhos (30-40 anos), tem uma destruição mais amena/progressiva das células
beta, e começam a tomar medicamentos, mas com o tempo precisam começar a
tomar insulina
- Tipos 1B
Também chamado de idiopático, não conseguem detectar anticorpos na circulação.
As recomendações terapêuticas são iguais do DM1A
b) Diabetes tipo 2
Ocorre geralmente após a quarta década e tem herança poligênica e forte herança
familiar
OS fatores ambientais geralmente são sedentarismo junto a hábitos alimentares não
saudáveis (forte associação com obesidade e síndrome metabólica)
A sindrome metabólica está relacionada com a mortalidade geral duas vezes maior
que na população normal e mortalidade cardiovascular três vezes maior.
Caracterização:
O número de pessoas portadoras de DM2 está aumentando progressivamente no
mundo, decorrente a:
- Envelhecimento populacional
- Aumento da obesidade
- Sedentarismo
- Maior expectativa de vida do DM2
Um indivíduo que tem DM2 terá:
- Falha da secreção do hormônio incretinico
- Aumento da absorção de glicose no rim
- Disfunção de neurotransmissores
Na grande parte das vezes a doença é assintomática ou oligossintomática por longos
períodos, sendo o diagnóstico feito por meio de exames de rotina ou então por
manifestação de complicações crônicas.
Na DM2 apresentam com menor frequência os sintomas clássicos da doença, como
poliúria, polidipsia, polifagia e emagrecimento.
O sinal de Acantose Nigricans é uma alteração na pele decorrente de DM2 (de baixo
do braço e mamas também tem a alteração - região de dobras)
Obs.: Peptídeo C está presente junto à insulina, sendo assim, se tiver ele positivo, a
célula beta ainda está funcionando.
- O diagnóstico é realizado através de exames laboratoriais
DM2 você tem uma resistência à insulina e 50% da célula beta está morta
Em algumas situações com a cirurgia bariátrica o paciente pode ter uma remissão da
doença, isso porque as células betas passam a conseguir suprir o organismo.
O tipo 2 começa com a resistência à insulina, o hormônio que ajuda a colocar a
glicose (nutriente vindo dos alimentos) para dentro das células.
Em outras palavras, esse hormônio é produzido, mas não consegue atuar direito. Para
compensar a situação, o pâncreas acelera a produção de insulina.

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