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Tema_1_2012

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 Tema 1 -Introdução
Heloisa Teixeira Firmo
hfirmo@poli.ufrj.br
2562-7991
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Bibliografia
 
Águas Doces no Brasil Org e coord Aldo Rebouças (vários autores), 2006
Usinas Hidrelétricas, Gerhard P. Schreiber
http://www.fcth.br/public/material.html
Manuais ELB (Inventário, PCH, Viabilidade)
Site da Eletrobras, do MME, do NOS, site ABRH.
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 Tema 1 -Introdução/Histórico
Heloisa Teixeira Firmo
hfirmo@poli.ufrj.br
2562-7991
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Bibliografia
 
Águas Doces no Brasil Org e coord Aldo Rebouças (vários autores), 2006
Usinas Hidrelétricas, Gerhard P. Schreiber
http://www.fcth.br/public/material.html
Manuais ELB (Inventário, PCH, Viabilidade)
Site da Eletrobras, do MME, do ONS (site ABRH)
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No século XVIII o uso das rodas d´água atingiu o seu ápice quando, só na Inglaterra, havia mais de 10 mil unidades.
A potência de uma roda d´água era de 0,1 MW, cerca de mil vezes menor do que uma típica turbina de hidrelétrica nos dias de hoje.
A roda d´água foi o primeiro engenho capaz de realizar trabalho a partir da queda d´água, transformando energia hidráulica em energia mecânica.
Introdução/Histórico
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No final do século XIX a roda d´água passou a ser substituída pelo conjunto turbina-gerador, que transforma energia hidráulica em energia elétrica.
Como a eletricidade pode ser transportada por fios condutores, passou a ser possível desfrutar dos benefícios produzidos por uma queda d´água em outros locais, afastados da queda d´água.
Introdução/Histórico
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No destino final, a eletricidade pode ser transformada em outras formas de energia, inclusive mecânica.
A transmissão de energia elétrica por grandes distâncias tornou-se viável técnica e economicamente no início do século XX, trazendo grande desenvolvimento de UHE´s , inclusive no Brasil.
Introdução/Histórico
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As UHE´s aproveitam a diferença de energia potencial existente entre o nível d´água de montante e o de jusante.
Quando a água cai do nível mais elevado para o menos elevado, dentro de um tubo, essa energia potencial é transformada em energia cinética e de pressão que, por sua vez, faz girar a turbina e, junto dela, o gerador.
O giro do gerador produz energia elétrica, que é proporcional ao produto da vazão turbinada pela altura de queda d´água.
Introdução/Histórico
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Por essa razão, rios caudalosos, como o Amazonas, mas sem queda d´água, ou rios com grande queda, mas com vazão intermitente, não são vocacionados para aproveitamento hidrelétrico.
Rios de montanha são caracterizados por pequena vazão e grande declividade. Em condições naturais, a energia potencial vai sendo dissipada em calor, pelo atrito, à medida que a água escoa.
Introdução/Histórico
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Para evitar esse desperdício, empreendem-se obras de engenharia para concentrar a diferença de nível de diversas cachoeiras e corredeiras em uma única queda.
No Brasil, a maior parte dos rios é de planalto ou de planície, quando os rios são caracterizados por grande vazão e baixa declividade. 
Nesses casos, a queda é criada pela construção de uma barragem.
Introdução/Histórico
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A vazão à jusante da barragem passa a variar menos depois da construção da barragem do que variava antes, porque o reservatório tende a encher na época das cheias, às vezes evitando inundações, e esvaziar em época de estiagem, às vezes evitando racionamentos. 
Por isso, é chamado reservatório de regularização.
Introdução/Histórico
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Como a flutuação de vazão em condições naturais raramente coincide com a flutuação da necessidade do uso da água, inclusive para a produção de energia elétrica, a regularização do rio, em geral, é extremamente benéfica.
Se o reservatório de regularização estiver cheio e a vazão afluente for maior do que a máxima vazão capaz de ser conduzida pelas turbinas, configura-se uma sobra de água, que deve ser escoada pelos vertedores.
Introdução/Histórico
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Existem, no Brasil, 31 reservatórios construídos pelo setor elétrico, com volume útil superior a 1 bilhão de m3.
O parque hidrelétrico brasileiro é um dos maiores do mundo.
Introdução/Histórico
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Energia produzidas nas UHE´s é renovável graças ao ciclo hidrológico.
As UHE´s não necessitam de combustível, pois são “movidas à água”. 
UHE: 
		Custo de O&M muito baixo. 
		Custo de investimento muito alto. 
UTE: 
	 Custo de O&M muito alto. 
		Custo de investimento muito baixo. 
Introdução/Histórico
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Usinas hidrelétricas: conjunto de dispositivos (obras, reservatório, equipamentos) que permitem transformar
energia hidráulica → energia mecânica → energia 								 elétrica
 circuito hidráulico de geração, principais estruturas : vertedouro , tomada d´água, barragens, canais de adução, condutos forçados, casa de força. 
Introdução/Histórico
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Brasil:
Com a criação do Ministério das Minas e Energia, em 1960, avança a estruturação do setor elétrico brasileiro.
Em 1962 é criada a ELETROBRAS.
Em 1968 é criado o Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE), sucessor, respectivamente, do DNPM/Serviço de Águas do Departamento Nacional de Produção Mineral e do Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica. 
Introdução/Histórico
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Brasil:
O DNAEE fica encarregado da gestão dos usos das águas e dos serviços de energia elétrica em âmbito federal até sua extinção, em 1997, com a estruturação da agência reguladora ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e da ANA (Agência Nacional de Águas).
Introdução/Histórico
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Brasil:
As primeiras preocupações com o meio ambiente surgem com a promulgação do Código Florestal – Lei nº 4.771, de 1965 – que cria as áreas de preservação permanente e, indiretamente, protege a vazão e a qualidade das águas ao determinar a preservação das florestas e das matas ciliares situadas ao longo dos cursos de água, nascentes, lagos, lagoas ou reservatórios. 
Introdução/Histórico
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Brasil:
Ambas visões, a ambiental e a econômica, passam a conviver de maneira mais próxima e a enfrentar o desafio da busca do equilíbrio entre os respectivos enfoques.
A Constituição de 1967 atribui ao governo federal duplo papel: de um lado, o de poder concedente e regulador; e de outro, o de investidor - empreendedor, portanto sujeito à própria regulação.
Introdução/Histórico
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Brasil:
O setor elétrico continuou em expansão com perfil estatizante até meados dos anos 90; o símbolo desse período é a Usina Hidrelétrica de Itaipu, projeto binacional que envolveu Brasil e Paraguai e se tornou a principal unidade geradora do sistema. 
Em pouco tempo, o Brasil viria a desenvolver um complexo sistema de produção, transmissão e distribuição de energia elétrica de fonte hídrica, que ocupa posição central na matriz energética do País.
Introdução/Histórico
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Brasil:
Apesar da predominância do uso das águas para a geração de eletricidade, tal opção gera benefícios inclusive para outros setores usuários, como a formação de recursos humanos capacitados, produção de conhecimentos científicos e tecnológicos (especialmente a sistematização de dados e informações hidrológicas sobre as principais bacias brasileiras) e a regulação de caudais e níveis de grandes rios, decorrente da instalação dos reservatórios das hidrelétricas.
Introdução/Histórico
http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/capacidadebrasil.asp
Atualizado em 22/03/2012 (CGH Centrais Geradoras Hidrelétricas – até 1 MW)
Os valores de porcentagem são referentes a Potência Fiscalizada. A Potência Outorgada é igual a considerada no Ato de Outorga. A Potência Fiscalizada é igual a considerada a partir da operação comercial da primeira unidade geradora.
Empreendimentos em Operação
Tipo
Quantidade
Potência Outorgada (kW)
Potência Fiscalizada (kW)
%
CGH
372
218.126
215.305
0,18
EOL
73
1.575.738
1.471.192
1,26
PCH
423
3.933.709
3.889.007
3,32
UFV
8
5.494
1.494
0
UHE
180
78.715.663
78.277.779
66,83
UTE
1.529
32.861.698
31.276.224
26,70
UTN
2
1.990.000
2.007.000
1,71
Total
2.587
119.300.428
117.138.001
100
Legenda
CGH
Central Geradora Hidrelétrica
CGU
Central Geradora Undi-Elétrica
EOL
Central GeradoraEolielétrica
PCH
Pequena Central Hidrelétrica
SOL
Central Geradora Solar Fotovotaica
UFV
Usina Fotovoltaica
UHE
Usina Hidrelétrica de Energia
UTE
Usina Termelétrica de Energia
UTN
Usina Termonuclear
23
Brasil:
A energia elétrica é o serviço público de mais amplo alcance social no país, atendendo cerca de 92% dos domicílios.
Introdução/Histórico
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Potência e energia
Heloisa Teixeira Firmo
hfirmo@poli.ufrj.br
2562-7991
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Usinas hidrelétricas: conjunto de dispositivos (obras, reservatório, equipamentos) que permitem transformar
energia hidráulica → energia mecânica → energia 								 elétrica
 circuito hidráulico de geração, principais estruturas : barragem, vertedouro , tomada d´água, barragens, canais de adução, condutos forçados, casa de força. 
Potência e energia
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A barragem cria diferença de nível entre o espelho de água do reservatório (montante) e o canal de fuga (jusante). Ela forma um reservatório onde a água, constantemente renovada, é captada para a produção de energia elétrica.
Potência e energia
27
Um determinado volume de água caindo de uma certa altura produz o trabalho teórico de:
		Tt = ƳV H (em tm) 
Onde Ƴ é o peso específico da água (t/m3); V é o volume em m3 e H é a queda bruta em m.
A potência teórica é de 
		Pt = Q H (em tm/s) 
onde Q é igual à descarga, em m3/s.
A unidade de potência é :
	1 tm/s = 9,81 kw = 13,33 cv 
Potência e energia
27
28
Sendo η o fator de rendimento da turbina e do gerador, Hl a queda líquida (bruta menos perdas) nos órgãos de adução , então a potência efetiva é:
		Pe = 9,81 . η . Q . Hl (em kw)
Para cálculos preliminares, pode-se adotar:
		 ηt = 0,90
		 ηg = 0,95
		 ηtotal = 0,855
Potência e energia
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29
	Se em cada conjunto turbina-gerador passa a vazão q, “caindo” de uma altura h, produz-se a potência efetiva igual a :
Pe = 9,81 . η . Q . Hl (em kw)
Potência e energia
30
Então:
Pe = 8,3 . Q . Hl (em kw)
Energia = ∫ Pe dt
Potência e energia
30
31
http://www.fcth.br/Cursos/cursos/phd5706/capacidade_de_reservatorios.pdf
Potência e energia
http://www.facens.br/alunos/material/Pedrazzi0038/pedrazzi_cap12.pdf
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O intervalo de tempo compreendido entre os instantes correspondentes aos pontos C e E chama-se período crítico.
As ordenadas DG representam os máximos déficits de água durante os períodos críticos.
O maior valor da ordenada GD no diagrama de Rippl corresponde ao volume útil do reservatório para atender ao abastecimento de água.
Potência e energia
http://www.ons.org.br/ons/sin/index.htm
www.ana.gov.br/AcoesAdministrativas/CDOC/ doc_Palestras/Usos%20Multiplos%20de%20Reservatorios.pdf 
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UHE Machadinho (1.140 MW)
www.machadinho.com.br
A Usina Hidrelétrica Machadinho está localizada no Rio Pelotas a 1,2 km a jusante da foz do Rio Inhandava, entre os municípios de Piratuba/SC e Maximiliano de Almeida/RS.
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Marcos contratuais principais
Etapas
Licitação
Mar/97
Contrato
Nov/97
Programa
Super Meta
Jan/00
Mobilização/Canteiro/Acampamento
set/97
mar/98
mar/98
Desvio do Rio
out/00
out/99
out/99
Início enchimento do reservatório
fev/03
mar/02
set/01
Geração comercial da unidade 1
set/03
ago/02
jan/02
Geração comercial da unidade 2
dez/03
dez/02
abr/02
Geração comercial da unidade 3
mar/04
abr/03
jul/02
UHE Machadinho (1.140 MW)
www.machadinho.com.br
                                                                                                                                
         
        
         
         
         
         
         
        
         
Clique nas legendas para ver as fotos do local indicado
41
 
Vista geral por jusante 
42
 
Vista geral da estrada sobre a Barragem Principal 
43
 
Vista geral do Canteiro de obras 
 
45
 
Vista geral da estrada interestadual sobre a Barragem Principal 
46
 
Vista geral da Casa de Força e Edifício de Comando 
47
 
Torres da saída de linha 
48
 
Vista geral das Unidades Geradoras 1 a 3 
49
 
Vista por montante da Tomada d'água e Vertedouro 
 
Primeira abertura das comportas do Vertedouro - 02/10/01 
 
Primeira abertura das comportas do Vertedouro - 02/10/01 
 
Primeira abertura das comportas do Vertedouro - 02/10/01 
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Fases de estudo de um 
Aproveitamento Hidrelétrico
Diversas fases: desde inventário até projeto executivo;
Estudos energéticos na fase de Inventário.
Objetivo: avaliação das possibilidades de geração de cada aproveitamento inventariado e dos seus benefícios energéticos para o sistema de referência considerado, visando o pré-dimensionamento das principais características dos conjuntos turbinas-geradores e avaliações de competitividade econômica de aproveitamentos ou de alternativas de divisão de queda como um todo;
Após essa estimativa inicial, detalhar e rever de acordo com cálculos mais precisos de perdas de carga.
Fonte: Manual Inventário ELB
⇐
Fonte: Manual Inventário ELB
⇐
Fonte: Manual Inventário ELB
⇐
57
Então:
Pe = 8,3 . Q . Hl (em kw)
Energia = ∫ Pe dt
Período Crítico – período em que os reservatórios do sistema partindo cheios e sem reenchimentos totais intermediários sejam deplecionados ao máximo (de uma usina/ do sistema). Atualmente, corresponde ao intervalo entre junho de 1949 a novembro de 1956. 
Energia Firme – A energia média gerada por cada usina hidrelétrica durante o período crítico é chamada de energia firme ou carga crítica do sistema. 
Estudos energéticos de 
aproveitamentos hidrelétricos
57
58
Efi -  nos estudos preliminares, energia firme do aproveitamento i, em MW médios ;
Hlmi-  queda líquida média do aproveitamento i, em m;
Qlmi-  descarga líquida média do período crítico do aproveitamento i, em m3/s; e
0,0088-  coeficiente correspondente ao produto da massa específica da água (1000 kg/m3), pelos rendimentos da turbina (0,93) e do gerador (0,97), pela aceleração da gravidade (9,81 m/s2) e pelo fator 10-6 que permite expressar a energia em MW médios.
Estudos energéticos de 
aproveitamentos hidrelétricos
58
59
Para a determinação dos valores de Hlmi e Qlmi é necessário conhecer, para cada aproveitamento, os parâmetros:
NAmax Normal, NA Normal jus, Hb máx, Hb mín, Depleção máx, Vol útil, MA médio, Hl máx. méd, mín.
 
Estudos energéticos de 
aproveitamentos hidrelétricos
60
A regularização da vazão média é inviável, pois sempre há perdas por evaporação ou extravasamentos.
Além disso, há restrições não técnicas à altura da barragem ( financeiras, econômicas, sociais, legais, políticas e ambientais).
Chama-se grau de regularização a relação entre a vazão regularizada e a vazão média da bacia.
		GR = Qregularizada/ Qmédia
Estudos energéticos de 
aproveitamentos hidrelétricos
61
http://www.fcth.br/Cursos/cursos/phd5706/capacidade_de_reservatorios.pdf
Estudos energéticos de 
aproveitamentos hidrelétricos
62
Descarga líquida média do período crítico (Qlmi): corresponde a soma das às vazões naturais afluentes no local do aproveitamento durante o período crítico do sistema de referência + volumes úteis dos reservatórios no local e a montante – evaporações - volumes de espera para controle de cheias correspondentes ao início do período crítico - vazões retiradas para outros usos de água no local e a montante 
Estudos energéticos de 
aproveitamentos hidrelétricos
Qlmi
descarga líquida média do período crítico do sistema de referência no local do aproveitamento i, em m3/s;
Qni
média durante o período crítico do sistema de referência das vazões naturais no local do aproveitamento i, em m3/s;
Qri
média durante o período crítico do sistema de referência da soma das retiradas para outros usos no local e à montante do aproveitamento i, em m3/s;
T
número de segundos do período crítico do sistema de referência do sistema;
Vuk
volume útil do aproveitamento k, em m3;
Vespk
volume de espera no início do período crítico no aproveitamento k, em m3;
Evapk
Evaporação líquida do aproveitamento k durante o período crítico, em m;
Amedk
área do reservatório no aproveitamento
k correspondente a Namk, em m2.
64
Energia Firme de uma alternativa:
 
Estudos energéticos de 
aproveitamentos hidrelétricos
65
1
2
3
4
3
1
2
Importância Estratégica da Etapa de Inventário Hidrelétrico
avaliação das múltiplas implicações dos aproveitamentos, visando o melhor aproveitamento do potencial hidroenergético existente na bacia. 
articulação com o planejamento de outros setores atuantes na bacia.
avaliação dos impactos causados pelo conjunto de aproveitamentos sobre a bacia hidrográfica (efeitos cumulativos e sinérgicos) .
http://www.ana.gov.br/semanadaagua/Palestra_docs/24/silvia.pps
66
O conceito de energia firme, estendido para um conjunto de usinas, permite definir a “divisão de quedas” de cada rio.
Posteriormente, o critério de dimensionamento passou a ser probabilístico: Ao invés de garantir o atendimento no caso de ocorrência da pior seca registrada no histórico, passou-se a calcular a energia assegurada, definida como a máxima produção que pode ser mantida em uma determinada porcentagem –por exemplo, 95%- dos anos hidrológicos simulados. 
Estudos energéticos de 
aproveitamentos hidrelétricos
67
queda líquida disponível em uma usina hidrelétrica depende dos níveis d'água a montante e a jusante da usina, ou seja, do nível do reservatório e do nível do canal de fuga. 
Essa queda varia com a operação da usina. Para o projeto das turbinas de uma usina hidrelétrica, quatro parâmetros básicos são determinados: queda de referência, de projeto, máxima e mínima.
Estudos energéticos de 
aproveitamentos hidrelétricos
68
Entende-se por queda de referência, Href., a queda líquida para a qual a turbina, com abertura total do distribuidor, fornece a potência nominal do gerador. A queda de referência é dimensionada para a permanência de 95% do tempo na curva de distribuição de quedas da usina, em simulação para todo o histórico de vazões. Este critério considera que, em 95% do tempo, a turbina deve ser capaz de fornecer a potência nominal do gerador 
Estudos energéticos de 
aproveitamentos hidrelétricos
69
Permanência de Queda no Tempo 
Fonte: Manual PCH Eletrobras
Estudos energéticos de 
aproveitamentos hidrelétricos
70
Curva de carga
Fator de Carga (demanda) - A proporção de carga média para a carga de ponta durante um período específico, expressa em porcentagem. O fator de carga indica com que grau a energia tem sido consumida comparada com a demanda máxima ou a utilização de unidades com relação à capacidade total do sistema. O fator de carga de um sistema elétrico mostra a variabilidade das demandas de todos os consumidores. 
Fator de Capacidade (oferta)- Relação entre a carga própria de energia e a capacidade instalada de uma instalação ou conjunto de instalações. 
Estudos energéticos de 
aproveitamentos hidrelétricos
71
3. Exemplo.
usinas a fio d´água sem reservatório ou com pequeno reservatório aproveita apenas a água que aflui no regime natural do rio
Nesse caso é interessante saber em que percentagem quanto tempo durante o ano certa descarga estará provavelmente disponível ou ultrapassada e concomitantemente a queda correspondente e a potência resultante dos dois fatores
Com essa finalidade, usam-se curvas de duração da queda e do fator de rendimento das máquinas
72
3. Exemplo.
Exemplo: pequena usina a fio d´água (procura-se manter o nível d´água na barragem na altura da crista das comportas do vertedouro, obtendo-se assim a queda mais alta sem o desperdício de água)
com canal adutor
tubulação forçada
duas turbinas do tipo Francis cada uma dimensionada para fornecer 2100 KW
queda líquida de 16 m 
 engolimento unitário de 16 m3 /s
Fonte: Usinas Hidrelétricas, Schreiber
74
3. Exemplo.
Em 31% do tempo, a descarga afluente ultrapassa o engolimento das turbinas, de 32 m3/s;
Vazão > 32 m3/s ⇒ excesso sai pelo vertedouro;
Curva de rendimentos é obtida para turbinas de mesma velocidade específica;
Deve-se ter por objetivo o aproveitamento máximo possível de toda a água afluente;
Para determinar quanto de queda e de vazão estará provavelmente disponível ou ultrapassada ⇒ curvas de duração
75
3. Exemplo.
Em 80% do tempo, o gerador da primeira turbina já alcançou sua potência máxima (h=19,7m) e, para se aproveitarem as descargas maiores, a segunda unidade deve ser posta em operação
As duas turbinas nesse momento trabalharão com carga parcial e consequentemente com rendimento menor
Por esse motivo, aparece, nesse ponto, uma mudança brusca na curva de rendimentos.
76
3. Exemplo.
Com base nas curvas da queda, da descarga e do fator de rendimento, pode ser traçada a curva da potência segundo a fórmula:
A área limitada pela curva de duração da potência representa a produção média anual em KWh
77
Extras (duke energy)
Energia Firme (Firm Energy)   energia firme de uma usina isolada é definida como a máxima demanda energética que a usina poderia atender sem falhas. (livro Águas Doces no Brasil)
Energia Firme (Firm Energy) Vendas de energia que, embora não sujeitas à interrupção por motivos econômicos, podem ser interrompidas em condições de força maior. (EUA)
Energia Assegurada
(Assured Power)   A energia assegurada de cada usina hidrelétrica constitui o seu limite de contratação. Considera-se energia assegurada de cada usina hidrelétrica a fração a ela alocada da energia assegurada global do sistema. Esta alocação da energia assegurada e suas revisões são propostas em conjunto pelo ONS e o planejamento setorial, sendo homologadas pela ANEEL. Decreto no 2.655, de 2 de julho de 1998. 
78
Extras (http://ppe.ufrj.br/ppe/production/tesis/mapdelgado.pdf)
Assim, a "energia firme" da unidade geradora era definida pela sua
contribuição de energia ao sistema, quando da ocorrência do período crítico do mesmo. Ou seja, período de vazões históricas em que o armazenamento de energia do sistema parte de seu nível máximo ao seu nível mínimo, sem a ocorrência de déficits de suprimento. Sob este conceito, a complementação térmica acrescenta à “energia firme” do sistema um montante equivalente à potência máxima contínua disponível em suas respectivas plantas.
79
Extras (http://ppe.ufrj.br/ppe/production/tesis/mapdelgado.pdf)
Atualmente, o critério de “energia firme” foi subjugado pelo de “energia garantida” ou probabilística. Parte do pressuposto de que o histórico de vazões naturais é, em termos estatísticos, uma amostra do processo estocástico de gerações de vazões da natureza. Logo, é possível, por algoritmos adequados, gerar séries sintéticas de vazões prováveis vinculadas às características reais das vazões verificadas na natureza. Neste caso, o sistema é dimensionado para atender o mercado sob um dado nível de risco de déficit aceitável. O risco anual é obtido pela relação entre a quantidade de séries sintéticas que ocasionam déficit e o número de séries - em média 2000 – sintetizadas (Eletrobras, plano 2015)
����������������������Quadro 1.5.01 - Fluxograma do Estudo de Inventário Hidrelétrico de Bacias Hidrográficas �
HIDROMETEORO
LOGIA
SEDIMENTOLOGIA
RELATÓRIO
GERENCIAL
PROGRAMA DE TRABALHOS A EXECUTAR
IDENTIFICAÇÃO PRELIMINAR DE ALTERNATIVAS E ESTIMATIVA DO POTENCIAL ENERGÉTICO
RECONHECIMENTO�DE CAMPO
IDENTIFICAÇÃO DE LOCAIS BARRÁVEIS
OUTROS USOS DA ÁGUA
MEIO
AMBIENTE
GEOLOGIA�GEOTECNIA
CARTOGRAFIA
COLETA E ANALISE DE DADOS DISPONÍVEIS
PLANEJAMENTO DOS ESTUDOS
���������Quadro 1.5.01 - Fluxograma do Estudo de Inventário Hidrelétrico de Bacias Hidrográficas ������������������������
OUTROS USOS DA ÁGUA
MEIO 
AMBIENTE
GEOLOGIA E
GEOTECNIA
CARTOGRAFIA
HIDROMETEO-ROLOGIA
SEDIMENTOLOGIA
AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS POR APROVEITAMENTO
ESTUDOS ENERGÉTICOS
FICHA TÉCNICA DOS APROVEITAMENTOS
IDENTIFICAÇÃO DE ALTERNATIVAS DE DIVISÃO
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
SELEÇÃO DAS ALTERNATIVAS
ÍNDICE CUSTO BENEFICIO
ÍNDICE AMBIENTAL
CONCEPÇÃO DOS ARRANJOS
DIMENSIONAMENTO 
E ESTIMATIVA DE CUSTOS
LEVANTAMENTO
DE DADOS E ESTUDOS DIVERSOS
COMPARAÇÃO E SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS
ESTUDOS PRELIMINARES
���������������������������������Quadro 1.5.01 - Fluxograma do Estudo de Inventário Hidrelétrico de Bacias Hhidrográficas�
CONCEPÇÃO DOS ARRANJOS
RELATÓRIO FINAL
ÍNDICE CUSTO BENEFÍCIO
ÍNDICES AMBIENTAIS
COMPARAÇÃO E DEFINIÇÃO DA ALTERNATIVA SELECIONADA
DIMENSIONAMENTO E ESTIMATIVA DOS CUSTOS
AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS ALTERNATIVAS
COMPARAÇÃO E SELEÇÃO DAS ALTERNATIVAS
CONSOLIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
ESTUDOS ENERGÉTICOS
OUTROS USOS DA ÁGUA
EFETIVO POTENCIAL INSTALADO
SIMULAÇÃO DA OPERAÇÃO
ESTUDOS FINAIS
INVESTIGAÇÕES COMPLEMENTARES E CONSOLIDAÇÃO DOS DADOS
ORDENAÇÃO DOS APROVEITAMENTOS

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