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Justiça e Paz

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Justiça e Paz 
 
Nunca São Achadas nos 
Governantes, mas Somente em Deus 
 
 
 
 
Por 
Silvio Dutra 
 
 
 
 
Jun/2019 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A474 
 Alves, Silvio Dutra 
 Justiça e Paz 
 Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019. 
 31p.; 14,8 x21cm 
 
 1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Graça 4. Fé 
I. Título. 
 
 CDD 252 
 
 
3 
 
A par de ser lícito e até mesmo ordenado que 
nos empenhemos para melhorar as condições 
de justiça e paz neste mundo, e para isto, 
especialmente, orando pelos governantes e 
magistrados para que Deus os use para que 
tenhamos vida em paz e sossegada, todavia 
sempre seguirá, como sempre foi, que na 
grande maioria dos ocupantes dos cargos de 
governo e magistério público, sempre serão 
achados aqueles que são ímpios, e não 
propriamente os que são justos. 
Esta grande realidade irrefutável deveria ser 
sempre considerada por nós para entendermos, 
entre muitas outras coisas, que: 
a) Nossa esperança de justiça e paz nunca deve 
ser colocada nos governantes mundanos, mas 
sempre em Deus, por meio da fé em Jesus Cristo. 
b) Os poderosos e opressores deste mundo 
sempre estarão por detrás de quaisquer 
governos, ou agindo diretamente neles, de 
modo que não seria provável esperar-se 
qualquer ação de justiça social da parte deles. 
c) Os que são sábios sempre buscarão o Reino de 
Deus e a Sua justiça, sabendo que tal Reino nada 
tem a ver com os reinos deste mundo. 
4 
 
Nenhuma destas afirmações consiste em 
inferências pessoais, mas são expressamente 
ensinadas na Bíblia, para nossa instrução. 
A grande realidade é que a quase totalidade da 
população mundial não busca a justiça e paz que 
são segundo Deus, mas aquela que é segundo o 
mundo, e sabemos que o mundo inteiro jaz no 
maligno, e não há um justo sequer, não há quem 
não peque, e desta forma não seria sábio esperar 
que de uma fonte contaminada fluísse algo puro 
e justo. 
Todavia, somos ordenados a buscar a justiça e a 
paz, e nos empenharmos neste sentido. Se estas 
águas de iniquidade forem deixadas paradas, o 
nível de podridão aumentaria ainda mais. 
“1 Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática 
de súplicas, orações, intercessões, ações de 
graças, em favor de todos os homens, 
2 em favor dos reis e de todos os que se acham 
investidos de autoridade, para que vivamos vida 
tranquila e mansa, com toda piedade e respeito. 
3 Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso 
Salvador, 
4 o qual deseja que todos os homens sejam 
salvos e cheguem ao pleno conhecimento da 
verdade.” (I Timóteo 2.1-4). 
5 
 
Estas palavras do apóstolo relativas ao dever da 
oração tinham em vista principalmente a 
abertura de portas para o progresso da 
evangelização mundial, no que seria muito 
importante, que os reis e magistrados 
cumprissem o dever que é dado a Deus a eles de 
serem protetores da pregação do evangelho, 
facilitando as condições para tal, e não agindo 
como perseguidores, como não é raro de ser 
visto por causa de serem instigados a tal pelo 
diabo. As orações tinham portanto, na exortação 
desta passagem bíblica, o alvo de se pedir a Deus 
que as condições para a pregação fossem 
propícias. 
Os poderosos e opressores são uma realidade 
desde o início da criação do mundo, mas Deus já 
tem determinado a sua sentença sobre eles, e 
esta será executada cabalmente quer no juízo 
final ou quando saem deste mundo pela morte. 
“24 Mas ai de vós, os ricos! Porque tendes a 
vossa consolação. 
25 Ai de vós, os que estais agora fartos! Porque 
vireis a ter fome. Ai de vós, os que agora rides! 
Porque haveis de lamentar e chorar.” (Lucas 
6.24,25). 
“1 Atendei, agora, ricos, chorai lamentando, por 
causa das vossas desventuras, que vos 
sobrevirão. 
6 
 
2 As vossas riquezas estão corruptas, e as vossas 
roupagens, comidas de traça; 
3 o vosso ouro e a vossa prata foram gastos de 
ferrugens, e a sua ferrugem há de ser por 
testemunho contra vós mesmos e há de devorar, 
como fogo, as vossas carnes. Tesouros 
acumulastes nos últimos dias. 
4 Eis que o salário dos trabalhadores que 
ceifaram os vossos campos e que por vós foi 
retido com fraude está clamando; e os clamores 
dos ceifeiros penetraram até aos ouvidos do 
Senhor dos Exércitos. 
5 Tendes vivido regaladamente sobre a terra; 
tendes vivido nos prazeres; tendes engordado o 
vosso coração, em dia de matança; 
6 tendes condenado e matado o justo, sem que 
ele vos faça resistência.” (Tiago 5.1-6). 
Estes e muitos outros textos bíblicos afirmam a 
calamidade que sobrevirá aos ricos que 
deixaram de atender à ordenança que Deus lhes 
dirige, como a que foi feita através do apóstolo 
Paulo: 
“17 Exorta aos ricos do presente século que não 
sejam orgulhosos, nem depositem a sua 
esperança na instabilidade da riqueza, mas em 
7 
 
Deus, que tudo nos proporciona ricamente para 
nosso aprazimento; 
18 que pratiquem o bem, sejam ricos de boas 
obras, generosos em dar e prontos a repartir; 
19 que acumulem para si mesmos tesouros, 
sólido fundamento para o futuro, a fim de se 
apoderarem da verdadeira vida.” (I Timóteo 
6.17-19). 
Mas, em vez de atenderem à ordenança bíblica 
o que é comum de ser visto entre eles é o que o 
apóstolo Tiago diz: 
“Não são os ricos que vos oprimem e não são 
eles que vos arrastam para tribunais? Não são 
eles os que blasfemam o bom nome que sobre 
vós foi invocado?” (Tiago 2.6,7). 
À vista disto, uma mente carnal é inclinada a 
indagar o seguinte: 
“Ora, se Deus sabia de antemão que o mundo 
sempre seria governado por poderosos 
opressores que não o amam e temem, por que 
não interviu para impedir que isto ocorresse, e 
que prevalecesse um governo por parte 
daqueles que o amam e temem e praticam o que 
é justo?” 
8 
 
Há várias razões para que o mundo seja tal como 
é até que Cristo volte, e o plano de Deus segue 
perfeito tanto em suas razões quanto nos efeitos 
que são esperados por ele. 
Não seria possível enumerar todas as coisas que 
Deus planejou em sua providência, mas 
algumas delas são reveladas na Bíblia, e destas 
podemos destacar as seguintes: 
Governantes justos sobre súditos ímpios jamais 
produziu o efeito da justiça que é esperada por 
Deus, e isto foi devidamente comprovado ao 
longo da história da própria nação eleita de 
Israel, que estando debaixo de um governo 
teocrático sempre se desviou da justiça divina, 
ainda quando se encontrava sobre eles, 
governantes como Moisés, Davi, Josafá, 
Ezequias, Josias etc, e profetas como Isaías, 
Jeremias, Ezequiel, Daniel etc. Deus lhes deu 
magistrados para os julgarem que eram homens 
segundo o seu coração, e no entanto, não lhe 
restou alternativa senão a de lhes enviar a 
sucessivos cativeiros e condições de juízos 
extremas em razão da iniquidade deles. 
O fato de terem governantes justos agravava em 
muito o pecado de apostasia deles, pois eram 
indesculpáveis para o modo de vida pecaminoso 
que eles levavam. 
9 
 
Se as nações pagãs e ímpias tivessem 
governantes e magistrados que fossem segundo 
o coração de Deus, isto serviria somente para 
agravar ainda mais a condição deles, e 
consequentemente o rigor dos juízos divinos 
que deveriam vir obre eles. 
Além disso, deve ser considerado que maus 
governantes são permitidos por Deus no mundo 
como uma forma de juízo de castigo para as 
impiedades praticadas pelo povo que eles 
governam. 
O mundo busca geralmente a paz que é 
decorrente de prosperidade econômica, mas a 
paz de Deus considera principalmente a 
prosperidade moral e espiritual, que 
normalmente sempre padece e recua quanto 
mais próspero materialmente um povo se torna. 
Isto é o que tem sido testemunhado em todo o 
mundo chamado civilizado em que o ateísmo 
avançavelozmente, e em que práticas pagãs têm 
retornado com grande força entre aquele que 
têm gozado de maior prosperidade mundana. 
Jesus foi muito claro e incisivo quanto a isto em 
seu ministério terreno, e não deixou qualquer 
dúvida quanto ao fato de que o Seu Reino, ou 
como é chamado também de Reino de Deus, ou 
10 
 
do Céu, não é deste mundo. Que ele nada tem a 
ver com os governos terrenos, pois se funda em 
princípios que o mundo não somente não 
seguirá, como não está capacitado a cumprir. 
“Respondeu Jesus: O meu reino não é deste 
mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os 
meus ministros se empenhariam por mim, para 
que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora 
o meu reino não é daqui.” (João 18.36). 
“35 Então, se aproximaram dele Tiago e João, 
filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: Mestre, 
queremos que nos concedas o que te vamos 
pedir. 
36 E ele lhes perguntou: Que quereis que vos 
faça? 
37 Responderam-lhe: Permite-nos que, na tua 
glória, nos assentemos um à tua direita e o outro 
à tua esquerda. 
38 Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis. 
Podeis vós beber o cálice que eu bebo ou receber 
o batismo com que eu sou batizado? 
39 Disseram-lhe: Podemos. Tornou-lhes Jesus: 
Bebereis o cálice que eu bebo e recebereis o 
batismo com que eu sou batizado; 
11 
 
40 quanto, porém, ao assentar-se à minha 
direita ou à minha esquerda, não me compete 
concedê-lo; porque é para aqueles a quem está 
preparado. 
41 Ouvindo isto, indignaram-se os dez contra 
Tiago e João. 
42 Mas Jesus, chamando-os para junto de si, 
disse-lhes: Sabeis que os que são considerados 
governadores dos povos têm-nos sob seu 
domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem 
autoridade. 
43 Mas entre vós não é assim; pelo contrário, 
quem quiser tornar-se grande entre vós, será 
esse o que vos sirva; 
44 e quem quiser ser o primeiro entre vós será 
servo de todos. 
45 Pois o próprio Filho do Homem não veio para 
ser servido, mas para servir e dar a sua vida em 
resgate por muitos.” (Marcos 10.35-45). 
O caráter essencial no Reino de Cristo é servir e 
não ser servido, conforme ele destacou em seu 
próprio exemplo pessoal em seu ministério 
terreno, chegando ao ponto de lavar os pés dos 
discípulos e enxugá-los, para que o imitassem 
12 
 
nisto no cuidado uns com os outros. E seria de se 
esperar que isto seja visto no mundo de ímpios? 
As características que são próprias dos cidadãos 
do Reino do Céu como Jesus as alinhou no 
Sermão do Monte, podem ser vistas nos que são 
mundanos, e cujas aspirações se relacionam 
apenas às coisas desta vida presente? 
Mateus – 5 
1 Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, 
como se assentasse, aproximaram-se os seus 
discípulos; 
2 e ele passou a ensiná-los, dizendo: 
3 Bem-aventurados os humildes de espírito, 
porque deles é o reino dos céus. 
4 Bem-aventurados os que choram, porque 
serão consolados. 
5 Bem-aventurados os mansos, porque 
herdarão a terra. 
6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de 
justiça, porque serão fartos. 
7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque 
alcançarão misericórdia. 
http://biblia.com.br/joaoferreiraalmeidarevistaatualizada/mateus/mt-capitulo-5/
13 
 
8 Bem-aventurados os limpos de coração, 
porque verão a Deus. 
9 Bem-aventurados os pacificadores, porque 
serão chamados filhos de Deus. 
10 Bem-aventurados os perseguidos por causa 
da justiça, porque deles é o reino dos céus. 
11 Bem-aventurados sois quando, por minha 
causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, 
mentindo, disserem todo mal contra vós. 
12 Regozijai-vos e exultai, porque é grande o 
vosso galardão nos céus; pois assim 
perseguiram aos profetas que viveram antes de 
vós. 
13 Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser 
insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada 
mais presta senão para, lançado fora, ser pisado 
pelos homens. 
14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode 
esconder a cidade edificada sobre um monte; 
15 nem se acende uma candeia para colocá-la 
debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a 
todos os que se encontram na casa. 
14 
 
16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos 
homens, para que vejam as vossas boas obras e 
glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. 
17 Não penseis que vim revogar a Lei ou os 
Profetas; não vim para revogar, vim para 
cumprir. 
18 Porque em verdade vos digo: até que o céu e a 
terra passem, nem um i ou um til jamais passará 
da Lei, até que tudo se cumpra. 
19 Aquele, pois, que violar um destes 
mandamentos, posto que dos menores, e assim 
ensinar aos homens, será considerado mínimo 
no reino dos céus; aquele, porém, que os 
observar e ensinar, esse será considerado 
grande no reino dos céus. 
20 Porque vos digo que, se a vossa justiça não 
exceder em muito a dos escribas e fariseus, 
jamais entrareis no reino dos céus. 
21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; 
e: Quem matar estará sujeito a julgamento. 
22 Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem 
motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a 
julgamento; e quem proferir um insulto a seu 
irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e 
15 
 
quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao 
inferno de fogo. 
23 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te 
lembrares de que teu irmão tem alguma coisa 
contra ti, 
24 deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro 
reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, 
faze a tua oferta. 
25 Entra em acordo sem demora com o teu 
adversário, enquanto estás com ele a caminho, 
para que o adversário não te entregue ao juiz, o 
juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à 
prisão. 
26 Em verdade te digo que não sairás dali, 
enquanto não pagares o último centavo. 
27 Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. 
28 Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para 
uma mulher com intenção impura, no coração, 
já adulterou com ela. 
29 Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-
o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um 
dos teus membros, e não seja todo o teu corpo 
lançado no inferno. 
16 
 
30 E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a 
e lança-a de ti; pois te convém que se perca um 
dos teus membros, e não vá todo o teu corpo 
para o inferno. 
31 Também foi dito: Aquele que repudiar sua 
mulher, dê-lhe carta de divórcio. 
32 Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar 
sua mulher, exceto em caso de relações sexuais 
ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele 
que casar com a repudiada comete adultério. 
33 Também ouvistes que foi dito aos antigos: 
Não jurarás falso, mas cumprirás 
rigorosamente para com o Senhor os teus 
juramentos. 
34 Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; 
nem pelo céu, por ser o trono de Deus; 
35 nem pela terra, por ser estrado de seus pés; 
nem por Jerusalém, por ser cidade do grande 
Rei; 
36 nem jures pela tua cabeça, porque não podes 
tornar um cabelo branco ou preto. 
37 Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. 
O que disto passar vem do maligno. 
17 
 
38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por 
dente. 
39 Eu, porém, vos digo: não resistais ao 
perverso; mas, a qualquer que te ferir na face 
direita, volta-lhe também a outra; 
40 e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a 
túnica, deixa-lhe também a capa. 
41 Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai 
com ele duas. 
42 Dá a quem te pede e não voltes as costas ao 
que deseja que lhe emprestes. 
43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e 
odiarás o teu inimigo. 
44 Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos 
e orai pelos que vos perseguem; 
45 para que vos torneis filhos do vosso Pai 
celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre 
maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. 
46 Porque, se amardes os que vos amam, que 
recompensa tendes? Não fazem os publicanos 
também o mesmo? 
18 
 
47 E, se saudardes somente os vossos irmãos, 
que fazeis de mais? Nãofazem os gentios 
também o mesmo? 
48 Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é 
o vosso Pai celeste. 
Mateus – 6 
1 Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante 
dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; 
doutra sorte, não tereis galardão junto de vosso 
Pai celeste. 
2 Quando, pois, deres esmola, não toques 
trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, 
nas sinagogas e nas ruas, para serem 
glorificados pelos homens. Em verdade vos digo 
que eles já receberam a recompensa. 
3 Tu, porém, ao dares a esmola, ignore a tua mão 
esquerda o que faz a tua mão direita; 
4 para que a tua esmola fique em secreto; e teu 
Pai, que vê em secreto, te recompensará. 
5 E, quando orardes, não sereis como os 
hipócritas; porque gostam de orar em pé nas 
sinagogas e nos cantos das praças, para serem 
vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles 
já receberam a recompensa. 
http://biblia.com.br/joaoferreiraalmeidarevistaatualizada/mateus/mt-capitulo-6/
19 
 
6 Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto 
e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em 
secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te 
recompensará. 
7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os 
gentios; porque presumem que pelo seu muito 
falar serão ouvidos. 
8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, 
o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, 
antes que lho peçais. 
9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que 
estás nos céus, santificado seja o teu nome; 
10 venha o teu reino; faça-se a tua vontade, 
assim na terra como no céu; 
11 o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; 
12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como 
nós temos perdoado aos nossos devedores; 
13 e não nos deixes cair em tentação; mas livra-
nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória 
para sempre. Amém]! 
14 Porque, se perdoardes aos homens as suas 
ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; 
20 
 
15 se, porém, não perdoardes aos homens [as 
suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará 
as vossas ofensas. 
16 Quando jejuardes, não vos mostreis 
contristados como os hipócritas; porque 
desfiguram o rosto com o fim de parecer aos 
homens que jejuam. Em verdade vos digo que 
eles já receberam a recompensa. 
17 Tu, porém, quando jejuares, unge a cabeça e 
lava o rosto, 
18 com o fim de não parecer aos homens que 
jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que 
vê em secreto, te recompensará. 
19 Não acumuleis para vós outros tesouros 
sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem 
e onde ladrões escavam e roubam; 
20 mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, 
onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões 
não escavam, nem roubam; 
21 porque, onde está o teu tesouro, aí estará 
também o teu coração. 
22 São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus 
olhos forem bons, todo o teu corpo será 
luminoso; 
21 
 
23 se, porém, os teus olhos forem maus, todo o 
teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz 
que em ti há sejam trevas, que grandes trevas 
serão! 
24 Ninguém pode servir a dois Senhores; porque 
ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou 
se devotará a um e desprezará ao outro. Não 
podeis servir a Deus e às riquezas. 
25 Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela 
vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou 
beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que 
haveis de vestir. Não é a vida mais do que o 
alimento, e o corpo, mais do que as vestes? 
26 Observai as aves do céu: não semeiam, não 
colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, 
vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não 
valeis vós muito mais do que as aves? 
27 Qual de vós, por ansioso que esteja, pode 
acrescentar um côvado ao curso da sua vida? 
28 E por que andais ansiosos quanto ao 
vestuário? Considerai como crescem os lírios do 
campo: eles não trabalham, nem fiam. 
29 Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, 
em toda a sua glória, se vestiu como qualquer 
deles. 
22 
 
30 Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que 
hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto 
mais a vós outros, homens de pequena fé? 
31 Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que 
comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos 
vestiremos? 
32 Porque os gentios é que procuram todas estas 
coisas; pois vosso Pai celeste sabe que 
necessitais de todas elas; 
33 buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e 
a sua justiça, e todas estas coisas vos serão 
acrescentadas. 
34 Portanto, não vos inquieteis com o dia de 
amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; 
basta ao dia o seu próprio mal. 
Mateus – 7 
1 Não julgueis, para que não sejais julgados. 
2 Pois, com o critério com que julgardes, sereis 
julgados; e, com a medida com que tiverdes 
medido, vos medirão também. 
3 Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, 
porém não reparas na trave que está no teu 
próprio? 
http://biblia.com.br/joaoferreiraalmeidarevistaatualizada/mateus/mt-capitulo-7/
23 
 
4 Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o 
argueiro do teu olho, quando tens a trave no 
teu? 
5 Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, 
então, verás claramente para tirar o argueiro do 
olho de teu irmão. 
6 Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis 
ante os porcos as vossas pérolas, para que não as 
pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem. 
7 Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e 
abrir-se-vos-á. 
8 Pois todo o que pede recebe; o que busca 
encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. 
9 Ou qual dentre vós é o homem que, se 
porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? 
10 Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma 
cobra? 
11 Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas 
dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, 
que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe 
pedirem? 
24 
 
12 Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos 
façam, assim fazei-o vós também a eles; porque 
esta é a Lei e os Profetas. 
13 Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e 
espaçoso, o caminho que conduz para a 
perdição, e são muitos os que entram por ela), 
14 porque estreita é a porta, e apertado, o 
caminho que conduz para a vida, e são poucos os 
que acertam com ela. 
15 Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos 
apresentam disfarçados em ovelhas, mas por 
dentro são lobos roubadores. 
16 Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, 
porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos 
abrolhos? 
17 Assim, toda árvore boa produz bons frutos, 
porém a árvore má produz frutos maus. 
18 Não pode a árvore boa produzir frutos maus, 
nem a árvore má produzir frutos bons. 
19 Toda árvore que não produz bom fruto é 
cortada e lançada ao fogo. 
20 Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis. 
25 
 
21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! 
entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a 
vontade de meu Pai, que está nos céus. 
22 Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: 
Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós 
profetizado em teu nome, e em teu nome não 
expelimos demônios, e em teu nome não 
fizemos muitos milagres? 
23 Então, lhes direi explicitamente: nunca vos 
conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a 
iniquidade. 
24 Todo aquele, pois, que ouve estas minhas 
palavras e as pratica será comparado a um 
homem prudente que edificou a sua casa sobre 
a rocha; 
25 e caiu a chuva, transbordaram os rios, 
sopraram os ventos e deram com ímpeto contra 
aquela casa, que não caiu, porque fora edificada 
sobre a rocha. 
26 E todo aquele que ouve estas minhas palavras 
e não as pratica será comparado a um homem 
insensato que edificou a sua casa sobre a areia; 
27 e caiu a chuva, transbordaram os rios, 
sopraram os ventos e deram com ímpeto contra 
26 
 
aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua 
ruína. 
28 Quando Jesus acabou de proferir estas 
palavras, estavam as multidões maravilhadas da 
sua doutrina; 
29 porque ele as ensinava como quem tem 
autoridade e não como os escribas. 
A promessa deque serão saciados os que têm 
fome e sede de justiça jamais apontou para uma 
satisfação que seria obtida em relação à justiça e 
à paz por meio de se buscar governantes justos 
para as nações, mas em se ingressar no Reino de 
Deus por meio da fé em Jesus, reino este a 
propósito que não se manifesta em aparência 
visível, pois é um reino no interior do coração 
daquele que crê, e que o transforma, e lhe 
concede a justiça de Cristo pela qual é 
reconciliado com Deus, e cujo fruto é a paz de 
mente e coração para sempre, já a partir deste 
mundo. 
De modo que não há injustiça da parte de Deus 
em que haja governantes poderosos e 
opressores no mundo, porque aqueles que se 
encontram oprimidos por eles vão em busca da 
justiça em Deus, e em o fazendo pela fé em 
Cristo, acham-na e o resultado disto é a paz em 
27 
 
suas almas. Acrescente-se que estas opressões 
que eles sofrem cooperam para que sejam 
exercitados no aperfeiçoamento da fé, na 
paciência e na longanimidade, entre outras 
virtudes cristãs, conforme é do propósito de 
Deus que eles sejam transformados à imagem 
de Jesus. E quando manifestam paciência cristã 
em seus sofrimentos, conforme são capacitados 
a isto pelo Espírito Santo e o exercício contínuo 
deles na piedade, nisto Deus é glorificado diante 
dos homens. 
Cristãos devem ser pacificadores, veja bem, 
pacificadores, e não pacifistas, pois há uma 
espada divisória colocada entre eles e os que são 
do mundo, pelo próprio Cristo, pois não é 
possível haver comunhão entre aqueles que 
amam a Deus e a Sua justiça e aqueles que não o 
amam. 
Quando o primeiro homem pecou e o pecado 
entrou no mundo alcançando toda a sua 
descendência, a justiça humana perante Deus 
foi perdida para sempre, e agora só é possível ser 
justo segundo Deus, mediante a fé em Jesus 
Cristo que se tornou da parte de Deus para nós a 
nossa justiça. 
28 
 
“Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos 
tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e 
santificação, e redenção,” (I Coríntios 1.30). 
“5 Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que 
levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, 
reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo 
e a justiça na terra. 
6 Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará 
seguro; será este o seu nome, com que será 
chamado: SENHOR, Justiça Nossa.” (Jeremias 
23.5,6). 
“15 Naqueles dias e naquele tempo, farei brotar 
a Davi um Renovo de justiça; ele executará juízo 
e justiça na terra. 
16 Naqueles dias, Judá será salvo e Jerusalém 
habitará seguramente; ela será chamada 
SENHOR, Justiça Nossa.” (Jeremias 33.15,16). 
Buscar justiça portanto, à parte de Jesus, é um 
ato de insensatez e loucura. 
Não há justiça com que possamos ser 
justificados em nenhum outro nome. Nós 
mesmos precisamos ser justos, e ainda que o 
mundo inteiro ande contrariamente a Deus, 
como nos dia do dilúvio, ainda que haja apenas 
um justo Noé e sua família, lhe irá bem, pois 
29 
 
serão salvos, enquanto que os demais, 
condenados. 
Se não andarmos na justiça que Deus proveu 
para nós, que é Cristo, não podemos ter a paz 
verdadeira que é sobrenatural e eterna. 
“8 Finalmente, sede todos de igual ânimo, 
compadecidos, fraternalmente amigos, 
misericordiosos, humildes, 
9 não pagando mal por mal ou injúria por 
injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois 
para isto mesmo fostes chamados, a fim de 
receberdes bênção por herança. 
10 Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes 
refreie a língua do mal e evite que os seus lábios 
falem dolosamente; 
11 aparte-se do mal, pratique o que é bom, 
busque a paz e empenhe-se por alcançá-la. 
12 Porque os olhos do Senhor repousam sobre os 
justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas 
súplicas, mas o rosto do Senhor está contra 
aqueles que praticam males. 
13 Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes 
zelosos do que é bom? 
30 
 
14 Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da 
justiça, bem-aventurados sois. Não vos 
amedronteis, portanto, com as suas ameaças, 
nem fiqueis alarmados; 
15 antes, santificai a Cristo, como Senhor, em 
vosso coração, estando sempre preparados para 
responder a todo aquele que vos pedir razão da 
esperança que há em vós, 
16 fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, 
com boa consciência, de modo que, naquilo em 
que falam contra vós outros, fiquem 
envergonhados os que difamam o vosso bom 
procedimento em Cristo, 
17 porque, se for da vontade de Deus, é melhor 
que sofrais por praticardes o que é bom do que 
praticando o mal.” (I Pedro 3.8-17). 
Deus permanece justo e justificador mesmo 
quando permite que um piedoso José seja preso 
injustamente e lançado em uma prisão por 
anos, ou quando permite o mesmo ao maior dos 
seu apóstolos – Paulo, que permaneceu 
aprisionado por pelo menos seis anos. E 
também, quando muitos cristãos piedosos 
foram martirizados e escreveram a história do 
cristianismo com o sangue que derramaram, 
testemunhando que buscavam um país melhor, 
31 
 
e uma cidade eterna nos céus, a qual não é 
construída por mãos humanas. 
O Senhor esteve com eles em todos os seus 
sofrimentos e tem dado o devido pago aos seus 
opressores, pelas injustiças que eles praticaram 
contra eles, revelando assim que é o grande Juiz 
de vivos e de mortos, de modo que nenhum 
sofrimento santo deixará de ter a sua 
recompensa, assim como todo ato de maldade, 
o seu devido castigo. 
Vivemos por fé nas promessas que o Senhor nos 
faz em Sua Palavra, as quais têm sido cumpridas, 
cada uma delas, em seu devido tempo. E o justo 
viverá não por vista, mas por fé, andando em 
humildade diante do Senhor. 
É pela fé em Cristo que somos justificados e 
achamos a paz com Deus. (Romanos 5.1). 
Tudo passará, como têm passado todas as 
gerações na Terra, mas a Palavra do Senhor 
permanece para sempre, e assim, a justiça que 
devemos buscar não é aquela que podemos 
achar em um governo temporário terreno, mas 
aquela que somente Deus pode prover mediante 
a nossa união espiritual com Cristo.

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