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Motivos e meios para quem pensa estar em pé veja que não caia

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Motivos e Meios para quem 
Pensa Estar em Pé Veja que 
Não Caia 
 
 
 
Por 
Silvio Dutra 
 
 
 
 
Ago/2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A474 
 Alves, Silvio Dutra 
 Motivos e Meios para quem Pensa Estar em Pé 
 Veja que Não Caia / Silvio Dutra Alves 
 Rio de Janeiro, 2018. 
 67p.; 14,8 x21cm 
 
 1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Alves, Silvio Dutra. 
I. Título. 
 
 CDD 252 
 
 
 
 
3 
 
Trato civilizado e educado pode existir, sem a 
santidade. A santificação não consiste em se 
educar o velho homem, mas em crucificá-lo e se 
despojar dele, de maneira que toda a santidade 
habita somente na nova criatura gerada pelo 
Espírito Santo. 
Tampouco vida sem dor e sofrimento neste 
mundo, não é o alvo da santidade; muito ao 
contrário, por causa de um viver santificado as 
tribulações e perseguições aumentam. 
A santidade não nos garante o recebimento de 
uma reserva em depósito da graça, de tal forma 
que poderemos estar prontos para enfrentar e 
vencer todas as provações, sentindo-nos 
sempre fortes e capacitados para o confronto 
com elas. 
Na verdade, a promessa divina é que a nossa 
força será concedida conforme a necessidade 
do dia, e exatamente proporcional a ela 
devendo, portanto ser buscada a graça, 
conforme somos ensinados na oração do Pai 
nosso: “o pão nosso de cada dia dai-nos hoje”, e 
também nos ensina o Senhor Jesus que basta a 
cada dia o seu próprio mal. 
4 
 
Daí ser afirmado na Escritura: “Conforme os 
teus dias, será a tua força”. 
Como caem por terra diante desta verdade 
bíblica, as expressões que são muito 
comumente ouvidas, como estas: 
“Venha para Jesus para parar de sofrer.” 
“Os santos no céu acumularam méritos 
suficientes para interceder por nós.” 
(pensamento católico romano). 
“Desde que me converti recebi força e graça 
suficiente para ficar sempre de pé.” 
“Já tenho Jesus e não preciso ficar orando e 
vigiando em todo o tempo, porque a vitória já 
está garantida.” 
Há um pensamento errado em razão disso, de 
quem é crente, por pertencer a Jesus, é sempre 
calmo, educado, cortês, cheio de fé, etc. Ainda 
que isto seja um dos alvos a ser buscado, não é 
uma realidade em perfeição na vida de qualquer 
crente, enquanto estiver neste mundo, porque 
estamos rodeados de fraquezas, e nosso 
suprimento de graça vem do Senhor, quando o 
buscamos, e temos por alvo a perfeição em 
santificação. 
5 
 
Toda a plenitude, toda a graça está depositada 
em Jesus, e não em nós, nem sequer na 
totalidade dos crentes. É então, somente nEle 
que devemos buscar a graça que necessitarmos. 
A Palavra de Deus nos ordena a cuidarmos para 
permanecermos de pé e firmes na fé, para que 
não caiamos; que guardemos a nossa coroa para 
que ninguém a furte; a orarmos e vigiarmos em 
todo o tempo, porque a nossa permanência em 
santificação depende disto, porque temos uma 
carne para ser mortificada, e um velho homem 
para nos despojarmos dele, para que sejamos 
revestidos do novo homem. 
Estando assim ordenados por Deus para um 
conflito com as forças do mal, há uma guerra a 
ser travada de muitas batalhas, que somente 
cessarão no final desta vida. 
É o chamado bom combate da fé, no qual 
devemos vestir toda a armadura de Deus, para 
que sejamos bem-sucedidos nas batalhas que 
empreendermos contra os poderes das trevas e 
o mal que habita no nosso próprio coração, para 
que dali o expulsemos. 
“10 Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor 
e na força do seu poder. 
6 
 
11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para 
poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; 
12 porque a nossa luta não é contra o sangue e a 
carne, e sim contra os principados e potestades, 
contra os dominadores deste mundo tenebroso, 
contra as forças espirituais do mal, nas regiões 
celestes. 
13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, 
para que possais resistir no dia mau e, depois de 
terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. 
14 Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a 
verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. 
15 Calçai os pés com a preparação do evangelho 
da paz; 
16 embraçando sempre o escudo da fé, com o 
qual podereis apagar todos os dardos 
inflamados do Maligno. 
17 Tomai também o capacete da salvação e a 
espada do Espírito, que é a palavra de Deus; 
18 com toda oração e súplica, orando em todo 
tempo no Espírito e para isto vigiando com toda 
perseverança e súplica por todos os santos 
7 
 
19 e também por mim; para que me seja dada, no 
abrir da minha boca, a palavra, para, com 
intrepidez, fazer conhecido o mistério do 
evangelho, 
20 pelo qual sou embaixador em cadeias, para 
que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como 
me cumpre fazê-lo.” (Efésios 6.10-20). 
Esta guerra possui várias frentes de batalha, 
porque são muitas as áreas em que somos 
chamados a atuar: 
- Na familiar, no relacionamento entre os 
cônjuges, dos pais em relação aos filhos, e estes 
em relação aos pais. 
- No trabalho, entre empregados e patrões. 
- Na sociedade em geral, pela submissão às 
autoridades constituídas, no trato com o 
próximo, etc. 
Deus tem regras para o comportamento do Seu 
povo em todas as circunstâncias que for 
chamado a viver. É nisto principalmente, que a 
fé é provada, no sentido de ser visto se será 
obediente aos mandamentos do Senhor ou não. 
Além disso, há o combate direto com os 
espíritos das trevas, que procuram afastar o 
8 
 
crente da comunhão com Deus, insuflando-lhe 
dúvidas, desconfiança, e incredulidade nas 
promessas divinas, e com isto levá-lo a ficar 
deprimido, intimidado, e enfim detido em sua 
caminhada feliz com o Senhor. 
Tão grandes e sutis são as artimanhas dos 
demônios, que para confundir o homem fazem 
com que deposite a sua confiança numa fonte 
maligna, pela concessão de bens temporários 
pelo poder que têm, até mesmo para curar 
enfermidades, abrir portas de trabalho, gerar 
influências de encantamento apaixonado entre 
pessoas, e tudo com vistas a afastá-las de Deus, 
pelo compromisso que assumem com estas 
“fontes geradoras de bondade e benefícios” 
espúrios. 
Aqui reside um grande perigo a que ficamos 
expostos, quando buscamos apenas a concessão 
de coisas sem levar em conta qual é a fonte da 
qual elas procedem: se de Deus ou do diabo. 
Jesus nos alertou, que especialmente nos 
últimos dias, falsos pastores e mestres se 
levantariam na terra operando sinais e 
maravilhas; que se fosse possível, até mesmo os 
eleitos seriam enganados. 
9 
 
Eles não estão a serviço de Deus, senão do diabo, 
para conduzir pessoas ao erro e afastá-las assim, 
da verdade - mesmo nas situações em que estes 
espíritos do erro atuarem sob o comando de 
Deus, que lhes restringe as ações, como foi no 
caso citado em I Reis 22.20-23: 
“20 Perguntou o SENHOR: Quem enganará a 
Acabe, para que suba e caia em Ramote-
Gileade? Um dizia desta maneira, e outro, de 
outra. 
21 Então, saiu um espírito, e se apresentou 
diante do SENHOR, e disse: Eu o enganarei. 
Perguntou-lhe o SENHOR: Com quê? 
22 Respondeu ele: Sairei e serei espírito 
mentiroso na boca de todos os seus profetas. 
Disse o SENHOR: Tu o enganarás e ainda 
prevalecerás; sai e faze-o assim. 
23 Eis que o SENHOR pôs o espírito mentiroso na 
boca de todos estes teus profetas e o SENHOR 
falou o que é mau contra ti.” 
A obstinação de Acabe contra o Senhor foi usada 
por Deus contra ele mesmo, por aprofundar-lhe 
a convicção do erro em que insistia, através do 
engano citado anteriormente. 
10 
 
Como o trabalho de enganar e mentir, não 
poderia ser feito por um anjo eleito de Deus, ele 
foi feito por um demônio que se apresentou para 
tal, porque a vocação e o prazer deles é o de 
enganar. 
O mesmo podeser dito de Balaão, que foi 
destruído em sua obstinação, e morreu lutando 
contra Deus, apesar de ter tido a Sua Palavra em 
sua própria boca, para profetizar em 
determinadas ocasiões. 
Judas seguiu pelo mesmo caminho, e em nossos 
dias, os exemplos se multiplicam nas vidas 
daqueles que se apresentam como servos de 
Deus, que falam em nome dEle, mas cujo 
propósito é sempre o de enganar o coração dos 
incautos. 
Quão complexo é o mundo espiritual! Quanto 
cuidado e discernimento devemos ter para não 
sermos enganados! 
Em outra consideração que nos cabe fazer, é que 
Deus jamais nos levará a ficar devendo alguma 
coisa a alguém, seja por empréstimo não 
devolvido, ou dívida contraída não saldada, pois 
Seu mandamento é que sejamos honestos e 
confiáveis em todas as coisas. 
11 
 
“Balanças justas e medidas justas”, é o 
mandamento. 
“A ninguém nada dever, senão somente o 
amor”. 
Então, não pode ser considerado uma bênção, 
acumular bens mal adquiridos, mediante o 
prejuízo de terceiros. 
Se demônios se levantam contra nós e nos 
oprimem, será de pouco ou nenhum efeito 
repreendê-los em nome de Jesus, em um 
suposto exercício da fé, quando nos 
encontramos na condição citada 
anteriormente, com nossa vida pessoal 
comprometida com coisas em que deveríamos 
fazer primeiro a devida reparação, ou 
restituição do mal que praticamos. 
Isto se aplica, sobretudo na área de não 
concessão de perdão, e somos alertados 
diretamente pelo próprio Senhor Jesus, a 
perdoarmos os nossos ofensores, para que não 
sejamos lançados em uma prisão espiritual sob 
a opressão de verdugos (demônios), da qual 
somente poderemos sair depois de pagarmos o 
último centavo do perdão que devemos 
conceder ao ofensor. 
12 
 
Há casos em que a obstinação pela permanência 
em uma deliberada posição, contrária a um 
possível e necessário arrependimento é punida 
por Deus, a ponto de sermos considerados 
estranhos para Ele, e sujeitados a Satanás para a 
destruição da carne, de modo que nosso espírito 
possa ser salvo no dia do Senhor. 
Não é sem razão que somos ordenados 
veementemente, a ter a devida reverência e 
temor a Deus - na verdade, temor e tremor 
diante dEle, porque as consequências de um 
viver desordenado, contrário à Sua vontade são 
terríveis, ainda que não venhamos a perder a 
salvação eterna que obtivemos pela fé em Jesus. 
“12 Assim, pois, amados meus, como sempre 
obedecestes, não só na minha presença, porém, 
muito mais agora, na minha ausência, 
desenvolvei a vossa salvação com temor e 
tremor; 
13 porque Deus é quem efetua em vós tanto o 
querer como o realizar, segundo a sua boa 
vontade. 
14 Fazei tudo sem murmurações nem 
contendas, 
13 
 
15 para que vos torneis irrepreensíveis e 
sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de 
uma geração pervertida e corrupta, na qual 
resplandeceis como luzeiros no mundo,” 
(Filipenses 2.12-15). 
“Ora, se invocais como Pai aquele que, sem 
acepção de pessoas, julga segundo as obras de 
cada um, portai-vos com temor durante o tempo 
da vossa peregrinação,” (I Pedro 1.17). 
Ainda que não alcançássemos o tipo de temor 
filial, que é o ideal que Deus espera de nós, é 
melhor ter o temor servil do tipo de um escravo 
relativo ao seu senhor, do que não possuir 
nenhum tipo de temor dos juízos de Deus que 
não nos leve a nos afastar do pecado, e buscar 
removê-lo de nossas vidas. 
O temor filial - de um filho por um Pai amoroso, 
é baseado no respeito, na reverência, no amor, e 
não no medo, como é o caso do temor servil. É 
este tipo de temor filial que devemos aprender a 
cultivar e nunca nos descuidarmos dele, porque 
quando o fazemos já não andamos conforme nos 
convém diante do Senhor, no cumprimento dos 
Seus mandamentos. 
Este temor filial não é, no entanto entre seres 
separados entre si por um abismo, por um 
14 
 
afastamento entre o que é grande e o que é 
pequeno, pois há uma união vital do crente com 
Cristo, assim como há entre os ramos da videira 
e seu caule, e da cabeça com os membros do 
corpo. 
É nesta união que consiste toda a nossa 
santificação. É nEle que somos aperfeiçoados. É 
nEle que vivemos e somos transformados. 
Essa é a essência mesma da santificação, que 
nos revela claramente, que não está fundada em 
nossas boas obras isoladas, mas em quanto 
temos da própria vida de Jesus se manifestando 
em nós. Onde isto faltar, por melhores que 
sejam as obras, não haverá nenhuma 
santificação aprovada por Deus. 
A consequência dessa nossa união com nosso 
Senhor Jesus Cristo, é que se vivêssemos em 
pecado negaríamos esta verdade, porque se 
somos um com Ele, então devemos estar no 
mundo como Ele estava; e cheios do Seu Espírito 
procurar reproduzir Sua vida perante o mundo. 
Daí o apóstolo comparar a nossa união com 
Cristo, com a que deve existir entre os cônjuges, 
pois além da união vital que há entre a videira e 
os ramos, há no presente caso do casamento, a 
união em amor: 
15 
 
“29 Porque ninguém jamais odiou a própria 
carne; antes, a alimenta e dela cuida, como 
também Cristo o faz com a igreja; 
30 porque somos membros do seu corpo.” 
(Efésios 5.29,30). 
Esta unidade do crente com Cristo é unidade 
espiritual de fé e amor, fundada na verdade da 
Palavra, na doutrina verdadeira, a saber, a do 
Senhor e Seus apóstolos. 
Esta unidade é promovida pelo Espírito Santo e 
é vista principalmente, quando os crentes se 
reúnem para adorar o Senhor em Espírito e em 
verdade. 
Seus corações são unidos num mesmo querer e 
sentir, e o poder e amor de Deus se faz sentir 
entre eles, fazendo-os se sentir um só corpo com 
o Senhor e entre eles mesmos. 
Outros tipos de unidade são promovidas pela 
carne e não pelo Espírito, e assim, não podem 
contar com o reconhecimento de Deus para que 
manifeste a Sua presença entre eles. 
É somente quando se reúnem em nome do 
Senhor para adorá-Lo, segundo as condições 
que Ele estabeleceu em Sua Palavra para ser 
cultuado, que se pode contar com Sua bênção. 
16 
 
Tudo o que passa, ou fica aquém disso terá 
nascido na carne e na carne morrerá, porque 
tudo o que a carne pode gerar é carnal, e jamais, 
verdadeiramente espiritual. 
Toda a unidade verdadeira com Jesus requer 
que haja previamente santificação; por isso 
somos ordenados na Palavra, a purificar o 
coração para nos aproximarmos de Deus. 
“19 Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar 
no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, 
20 pelo novo e vivo caminho que ele nos 
consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, 
21 e tendo grande sacerdote sobre a casa de 
Deus, 
22 aproximemo-nos, com sincero coração, em 
plena certeza de fé, tendo o coração purificado 
de má consciência e lavado o corpo com água 
pura. 
23 Guardemos firme a confissão da esperança, 
sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. 
24 Consideremo-nos também uns aos outros, 
para nos estimularmos ao amor e às boas obras. 
17 
 
25 Não deixemos de congregar-nos, como é 
costume de alguns; antes, façamos 
admoestações e tanto mais quanto vedes que o 
Dia se aproxima.” (Hebreus 10.19-25). 
“5 Ora, a mensagem que, da parte dele, temos 
ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, 
e não há nele treva nenhuma. 
6 Se dissermos que mantemos comunhão com 
ele e andarmos nas trevas, mentimos e não 
praticamos a verdade. 
7 Se, porém, andarmos na luz, como ele está na 
luz, mantemos comunhão uns com os outros, e 
o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo 
pecado. 
8 Se dissermos que não temos pecado nenhum, 
a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não 
está em nós. 
9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e 
justo para nos perdoar os pecados e nos 
purificar de toda injustiça.” (I João 1.5-9). 
Nossas orações devem ser segundo a vontade de 
Deus, em razão de que a nossa união com Cristo 
não é apenas de vida e amor, mas também de 
identidade, pois somos partedo Seu corpo, do 
qual Ele é a cabeça. 
18 
 
Spurgeon se referiu a isto belamente, quando 
disse: 
“Cristo é a Cabeça e nós somos membros do Seu 
corpo. Quão maravilhosa é essa união! Na 
primeira metáfora, a da fundação e a da pedra, 
tivemos a ideia de apoio; na segunda, a da videira 
e dos ramos, a ideia de vida; a união de marido e 
mulher nos deu o pensamento de amor; agora, 
aqui temos a sugestão de identidade. Há duas 
vidas no marido e na esposa, mas há apenas uma 
vida na cabeça e no corpo; e, nesse sentido, essa 
metáfora revela a verdadeira relação de Cristo 
com Seu povo, mais claramente do que 
qualquer outra. 
Existe uma maravilhosa união entre a cabeça e 
os membros do corpo. É uma união da vida e 
uma união do corpo que sempre continua. O 
marido pode ter que viajar para longe de sua 
esposa, mas nunca pode acontecer que a cabeça 
se afaste do corpo. Se eu soubesse de um 
homem cuja cabeça foi separada do corpo por 
trezentos milímetros, ou pelo menos meia 
polegada, eu diria que este homem era um 
homem morto. Deve haver uma união perpétua 
entre a cabeça e os membros, caso contrário a 
morte ocorre; e lembre-se, morte não só do 
corpo, mas também da cabeça. Quando eles 
estão divididos, eles morrem. Quão glorioso é 
19 
 
este pensamento, quando o aplicamos ao 
Senhor e ao Seu povo redimido! Sua união é para 
sempre. 
Eles morreriam se fossem separados dEle, e até 
Ele deixaria de existir se perdesse os 
membros; bem, de um jeito ou de outro, eles são 
tão unidos, que Ele não ficará sem eles - e não 
pode ficar sem eles, porque significaria que a 
Cabeça da igreja estava separada dos membros 
de Seu corpo místico. Por essa razão, podemos 
cantar: 
"E isso eu descobri, 
nós dois somos tão unidos, 
que Ele não estaria na glória, 
deixando-me para trás." 
Tudo a que temos nos referido deve ser vivido 
pela fé, e tomado somente pela mão da fé, de 
maneira que teremos mais da experiência 
destas realidades, quanto maior for a nossa fé no 
Senhor e nas Suas promessas. 
Se ainda não aprendemos a dar total crédito à 
Palavra de Deus, quando nossa fé for colocada à 
prova, é bem certo que ela falhará. 
20 
 
Aqueles que continuam crendo e agindo de 
acordo com a Palavra revelada, ou mesmo 
obedecendo a direções particulares que tenha 
recebido da parte de Deus pelo Espírito Santo, 
hão de saber que o Senhor é sempre fiel, e nunca 
falhará em cumprir tudo o que tem prometido 
fazer. 
Ele quer que aprendamos isto, porque é dando-
Lhe toda a nossa confiança, que podemos 
melhor experimentar de forma alegre e 
sossegada, a comunhão com Ele em todas as 
circunstâncias, por mais adversas que possam 
se apresentar a nós. 
Nisto Deus é glorificado, pois damos-lhe ocasião 
para revelar em nossas vidas toda a Sua 
bondade, amor e fidelidade. 
Nada mais lhe agrada do que manifestar Seu 
amor, longanimidade, graça e misericórdia. 
Os juízos e correções dolorosas são a Sua obra 
estranha, pois recorre aos mesmos por 
exigência do atributo da Sua justiça, mas não 
que se agrade na morte de ímpios, ou mesmo 
em açoitar Seus filhos por conta dos males que 
praticam, mas para conduzi-los à verdade, para 
o próprio bem deles. 
21 
 
Se somos desobedientes voluntariamente, e nos 
tornamos endurecidos ao arrependimento, 
ficamos imediatamente sujeitos à ação do 
Inimigo de nossas almas. Esta é uma lei 
espiritual que não pode deixar de ser cumprida, 
e explica a razão de ser tão deplorável a condição 
daqueles filhos de Deus, que andam de maneira 
desordenada, não consentindo abandonarem a 
posição de desviados em que se encontram. 
Afinal, a Sua eleição foi feita em amor, antes 
mesmo da fundação do mundo, para que fossem 
santos e piedosos no Espírito Santo. 
Sua conversão não foi uma questão de sorte, que 
dependeu de terem decidido por si mesmos 
crerem em Cristo para serem salvos. 
Se assim fosse, haveria o risco de não crerem, 
caso cogitassem ser algo não necessário, e por 
se encontrarem satisfeitos com o que vinham 
sendo em suas vidas. 
Mas, como a salvação de nossas almas não é algo 
que foi deixado por Deus à incerteza e 
instabilidade de nossas decisões, Ele enviou o 
Espírito Santo para fazer o trabalho de 
convencimento, de que somos pecadores 
necessitados da justiça de Cristo, para sermos 
aceitos como Seus filhos amados. 
22 
 
Não existe, portanto esta hipótese de que 
alguém venha a ficar fora do céu, por motivo de 
não ter tido a sorte e a ventura de fazer a escolha 
certa e necessária. 
O tempo, a hora da nossa conversão encontram-
se no poder e decisão de Deus. Ele conhece o 
propósito, as circunstâncias, e tudo o que 
cooperará de modo adequado para que sejamos 
atraídos por Ele a Cristo, para sermos salvos. 
Ele conheceu em Sua onisciência todos aqueles 
que resistiriam à Sua pessoa e vontade, antes 
mesmo de serem concebidos nos ventres de 
suas mães, e assim o Senhor os rejeitou antes de 
ter sido rejeitado por eles, como foi o caso de 
Esaú, faraó nos dias de Moisés, Judas e tantos 
outros. 
Destes que têm sido rejeitados, muitos se 
aproximam dEle e dos Seus assuntos, mas pelos 
mais diversos motivos errados e egoístas, como 
foi o caso de Judas, e assim permanecem 
rejeitados para a salvação. 
Crer em Cristo é algo substancial, real e 
consciente. Ninguém ao chegar no céu 
suspirará aliviado e surpreso, com o fato de lá 
estar, e concluir: 
23 
 
“Que sorte que eu tive de ter acreditado em 
Jesus. Imagine se eu não tivesse crido? Eu não 
estaria aqui agora.” 
Quando o assunto é assim com alguém, que 
considera se terá a sorte ou não de estar no céu, 
é melhor que tal pessoa examine-se à luz da 
Palavra e diante de Deus, para ver que tipo de 
conversão foi a sua, pois por esta forma de 
duvidar, tudo indica que não houve uma 
experiência real com a fé verdadeira, que é a 
única que salva. 
Há evidências indicativas da nossa eleição e 
conversão. Há uma transformação real de nossa 
mente e inclinação, que antes de uma 
conversão real, não era para Deus e Sua Palavra 
como verdade revelada, e também para o mover 
do Espírito Santo. 
Toda conversão real vence o pendor da carne, e 
estabelece no crente um pendor para o Espírito 
Santo. 
O que é puro e santo é o que ele ama agora, e não 
mais o pecado. A inclinação remanescente na 
carne é algo que o desagrada, e fica na 
expectativa de vencer pelo poder da graça de 
Jesus. 
24 
 
Sua sede pela verdade é genuína, e nada além da 
verdadeira Palavra de Deus, tal como se acha 
revelada na Bíblia, é o que lhe satisfaz, de modo 
que preferirá perder amizades, conveniências e 
tudo o mais que possuía antes, por causa do seu 
amor a Cristo e à verdade. 
Todavia, não significa que se sinta livre do 
pecado e de tentações, pois sua experiência real 
é a relatada pelo apóstolo Paulo no sétimo 
capítulo de Romanos. 
Ele quer sempre o bem, ele ama o Senhor de 
todo o seu coração, e rejeita o mal, todavia está 
sujeito a não fazer o bem que prefere, e a fazer o 
mal que rejeita, pois nele ainda habita o que se 
chama de pecado residente, ou resquícios do 
pecado. 
Isto decorre que, apesar de ser uma nova 
criatura (nova criação) com uma nova natureza 
divina, o crente possui enquanto estiver neste 
mundo, também uma natureza terrena no qual 
habita o pecado. Esta natureza terrena, que é 
chamada de velho homem recebeu a sentença 
de morte na cruz, mas o livramento completo 
dela somente ocorrerá no dia da nossa morte, 
quando deixarmos este corpo que possui uma 
mente corrompida pelo pecado, sujeita a errar e 
25 
 
a pecar ao lado de todo o trabalho da nova 
natureza para contê-la. 
Quando Jesus disse, que não se coloca vinho 
novo em odres velhos, significando que é 
necessário nascer de novo, receber uma nova 
natureza divina, para que nela seja colocado o 
vinho novo do Espírito Santo que dá ao crente o 
pendor que hánele para o que é divino, celestial 
e espiritual, é comum se pensar, que o crente 
ficou livre completamente na conversão, da 
velha natureza, do odre velho, que mantém nela 
o vinho velho do pecado. 
Se não houvesse essa realidade dual, não 
haveria necessidade de se ordenar na Bíblia que 
mortifiquemos, mesmo como crentes, o pecado 
- que nos despojemos progressivamente do 
velho homem. 
Este é o trabalho da santificação do Espírito 
Santo, ao qual devemos nos entregar com toda a 
diligência, para contarmos com o agrado de 
Deus. 
Já fomos aceitos por Ele na justificação e 
santificação, mas para contar com Seu agrado 
dependemos de andar em santidade de vida, 
ainda que não signifique que alcançaremos um 
26 
 
dia, o estado de total não pecaminosidade neste 
mundo. 
Isto está reservado para o porvir, para o dia em 
que formos para o céu, pois somente então 
receberemos a perfeição total, todavia ainda 
sem o corpo ressuscitado glorificado que 
teremos somente no dia do arrebatamento da 
igreja. 
Quando nosso Senhor restaurar todas as coisas 
ao estado de perfeição absoluta, depois da Sua 
segunda vinda, então e somente então, 
estaremos para sempre livres de qualquer ação 
do pecado, seja em nosso próprio interior, seja 
por tentação externa. 
Até lá, devemos andar na fé exercitando-nos na 
piedade, aprendendo nas provações a nossa 
inteira dependência de Jesus; tanto que a 
perfeição total será atingida somente na Sua 
volta, para que saibamos que toda a nossa 
santificação depende inteiramente dEle, de 
modo que toda a glória Lhe pertence, e será 
muito glorificado na Sua volta, sobretudo por 
esta vitória completa sobre o pecado. 
“19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para 
serem cancelados os vossos pecados, 
27 
 
20 a fim de que, da presença do Senhor, venham 
tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, 
que já vos foi designado, Jesus, 
21 ao qual é necessário que o céu receba até aos 
tempos da restauração de todas as coisas, de que 
Deus falou por boca dos seus santos profetas 
desde a antiguidade.” (Atos 3.19-21). 
“18 Porque para mim tenho por certo que os 
sofrimentos do tempo presente não podem ser 
comparados com a glória a ser revelada em nós. 
19 A ardente expectativa da criação aguarda a 
revelação dos filhos de Deus. 
20 Pois a criação está sujeita à vaidade, não 
voluntariamente, mas por causa daquele que a 
sujeitou, 
21 na esperança de que a própria criação será 
redimida do cativeiro da corrupção, para a 
liberdade da glória dos filhos de Deus. 
22 Porque sabemos que toda a criação, a um só 
tempo, geme e suporta angústias até agora. 
23 E não somente ela, mas também nós, que 
temos as primícias do Espírito, igualmente 
gememos em nosso íntimo, aguardando a 
adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. 
28 
 
24 Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, 
esperança que se vê não é esperança; pois o que 
alguém vê, como o espera? 
25 Mas, se esperamos o que não vemos, com 
paciência o aguardamos.” (Romanos 8.18-25). 
“49 E, assim como trouxemos a imagem do que 
é terreno, devemos trazer também a imagem do 
celestial. 
50 Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue 
não podem herdar o reino de Deus, nem a 
corrupção herdar a incorrupção. 
51 Eis que vos digo um mistério: nem todos 
dormiremos, mas transformados seremos 
todos, 
52 num momento, num abrir e fechar de olhos, 
ao ressoar da última trombeta. A trombeta 
soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e 
nós seremos transformados. 
53 Porqueé necessário que este corpo 
corruptível se revista da incorruptibilidade, e 
que o corpo mortal se revista da imortalidade. 
54 E, quando este corpo corruptível se revestir 
de incorruptibilidade, e o que é mortal se 
revestir de imortalidade, então, se cumprirá a 
29 
 
palavra que está escrita: Tragada foi a morte 
pela vitória. 
55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó 
morte, o teu aguilhão? 
56 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do 
pecado é a lei. 
57 Graças a Deus, que nos dá a vitória por 
intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.” (I 
Coríntios 15.49-57) 
“2 Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda 
não se manifestou o que haveremos de ser. 
Sabemos que, quando ele se manifestar, 
seremos semelhantes a ele, porque haveremos 
de vê-lo como ele é. 
3 E a si mesmo se purifica todo o que nele tem 
esta esperança, assim como ele épuro.” (I João 
3.2,3). 
Recomendável a todos é a leitura do livro de 
John Owen, intitulado “Resquícios de Pecado 
em Crentes”, que temos publicado na Web, 
numa tradução pioneira para a língua 
portuguesa, no qual há argumentos suficientes 
para comprovar, que de fato, a experiência do 
apóstolo Paulo em Romanos 7, não é aplicável 
apenas ao tempo anterior à sua conversão, mas 
30 
 
retrata a condição de todo crente enquanto 
estiver neste mundo, inclusive do próprio 
apóstolo. 
Ele clama dizendo ser um homem miserável, 
que buscava o livramento do corpo de morte que 
carregava, ou seja, o velho homem, que apesar 
de morto na cruz, ainda se fazia presente nos 
resquícios do pecado que permanecem na 
carne, a par de termos recebido uma nova 
natureza. 
Ele dá graças a Deus por nosso Senhor Jesus 
Cristo, que pela lei do Espírito da vida, em Cristo 
Jesus, nos livrou da lei do pecado e da morte. 
Há uma lei maior operando no crente, que é a lei 
do Espírito; a graça que agora reina, e é muito 
maior que o pecado. 
Esta liberdade já opera na medida em que 
caminhamos no Espírito, mas vemos aqui e 
acolá, o pecado ainda operando em nossos 
membros, num conflito de vida e morte em que 
todo crente está empenhado. 
A libertação completa e definitiva já foi 
conquistada, porque se diz que fomos livrados 
da lei do pecado e da morte, mas isto será visto 
de forma completa, somente depois da nossa 
31 
 
partida deste mundo, porque Deus determinou 
que assim fosse, para uma maior glória de Jesus, 
e para vermos o quanto dependemos dEle para 
ter vida. 
Suas palavras, de que Ele é o caminho, a verdade 
e a vida, que veio para nos dar vida em 
abundância, que sem Ele estamos mortos em 
delitos e pecados, não possuem qualquer 
exagero nelas, pois Ele e somente Ele é a fonte 
da vida celestial, espiritual e divina; e na 
verdade, até mesmo de toda vida natural. 
Tudo foi entregue a Ele pelo Pai. Nele habita 
toda a plenitude, e sem Ele nada existiria. Um 
nada absoluto e completo é o que haveria sem 
Cristo. De modo que Ele é tudo em todos. 
Felizes aqueles que têm tal reconhecimento e se 
entregam a Ele para serem justificados do 
pecado, regenerados e santificados, de modo 
que possam coparticipar da natureza divina. 
“Porque dele, e por meio dele, e para ele são 
todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. 
Amém!” (Romanos 11.36) 
“5 Porque, ainda que há também alguns que se 
chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, 
como há muitos deuses e muitos Senhores, 
32 
 
6 todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de 
quem são todas as coisas e para quem existimos; 
e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas 
as coisas, e nós também, por ele.” (I Coríntios 
8.5,6). 
“27 Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos 
pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão 
sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe 
subordinou. 
28 Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem 
sujeitas, então, o próprio Filho também se 
sujeitaráàquele que todas as coisas lhe sujeitou, 
para que Deus seja tudo em todos.” (I Coríntios 
15.27,28). 
“9 desvendando-nos o mistério da sua vontade, 
segundo o seu beneplácito que propusera em 
Cristo, 
10 de fazer convergir nele, na dispensação da 
plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as 
do céu como as da terra; 
11 nele, digo, no qual fomos também feitos 
herança, predestinados segundo o propósito 
daquele que faz todas as coisas conforme o 
conselho da sua vontade,33 
 
12 a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, 
os que de antemão esperamos em Cristo;” 
(Efésios 1.9-12). 
“13 Ele nos libertou do império das trevas e nos 
transportou para o reino do Filho do seu amor, 
14 no qual temos a redenção, a remissão dos 
pecados. 
15 Este é a imagem do Deus invisível, o 
primogênito de toda a criação; 
16 pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos 
céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, 
sejam tronos, sejam soberanias, quer 
principados, quer potestades. Tudo foi criado 
por meio dele e para ele. 
17 Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo 
subsiste. 
18 Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o 
princípio, o primogênito de entre os mortos, 
para em todas as coisas ter a primazia, 
19 porque aprouve a Deus que, nele, residisse 
toda a plenitude 
20 e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua 
cruz, por meio dele, reconciliasse consigo 
34 
 
mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer 
nos céus.” (Colossenses 1.13-20). 
“1 Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes 
e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, 
2 nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a 
quem constituiu herdeiro de todas as coisas, 
pelo qual também fez o universo. 
3 Ele, que é o resplendor da glória e a expressão 
exata do seu Ser, sustentando todas as coisas 
pela palavra do seu poder, depois de ter feito a 
purificação dos pecados, assentou-se à direita 
da Majestade, nas alturas, 
4 tendo-se tornado tão superior aos anjos 
quanto herdou mais excelente nome do que 
eles.” (Hebreus 1.1-4). 
“8 Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus 
pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as coisas, 
nada deixou fora do seu domínio. Agora, porém, 
ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas; 
9 vemos, todavia, aquele que, por um pouco, 
tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por 
causa do sofrimento da morte, foi coroado de 
glória e de honra, para que, pela graça de Deus, 
provasse a morte por todo homem. 
35 
 
10 Porque convinha que aquele, por cuja causa e 
por quem todas as coisas existem, conduzindo 
muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio 
de sofrimentos, o Autor da salvação deles.” 
(Hebreus 2.8-‘0). 
“Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a 
glória, a honra e o poder, porque todas as coisas 
tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram 
a existir e foram criadas.” (Apocalipse 4.11). 
Qual crente, em sã consciência, à luz de toda 
esta verdade revelada, teria a ousadia de afirmar 
estar agradando da vontade de Deus, à parte de 
uma real comunhão com Jesus Cristo? 
Muita carnalidade e mundanismo terá que 
amargar todo aquele que pensa de modo 
diferente. 
É a própria pessoa de Jesus, a nossa santificação. 
Nele e somente nEle que podemos estar 
santificados, pois nos foi dado pelo Pai para que 
vivêssemos por Ele (I Cor 1.30). 
Bem-aventurados são aqueles que sabem e 
reconhecem que têm uma natureza 
pecaminosa contra a qual lutar, sujeitando-a à 
graça de Jesus, para que seja mortificada. 
36 
 
São de grande benefício para ajudarem a outros, 
a acharem descanso e paz em Jesus, por 
removerem o grande fardo de acusação que a 
carne e o diabo lançam sobre eles, por 
pensarem, que por terem ainda em si estes 
resquícios do pecado, não podem de modo 
algum agradar a Deus. Devem confiar em Cristo, 
no poder de Seu sangue para purificar, e 
confessarem seus pecados para serem 
perdoados e retornarem à comunhão com o 
Senhor. 
O que passa ou que fica aquém desta doutrina, 
não é o genuíno evangelho de Jesus, que veio ao 
mundo para curar os doentes e injustos. Ele veio 
para curar pecadores, para recebê-los por meio 
da fé nEle, e garantir-lhes a herança de uma vida 
perfeita no céu. 
Muito desta perfeição será experimentada 
como primícias, enquanto aqui vivermos, mas a 
colheita completa da festa de Tabernáculos, 
ainda aguarda pela vinda do Senhor. 
Somente então, cumprir-se-á a Palavra de 
Apocalipse 11.15-18: 
“15 O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no 
céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo 
37 
 
se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele 
reinará pelos séculos dos séculos. 
16 E os vinte e quatro anciãos que se encontram 
sentados no seu trono, diante de Deus, 
prostraram-se sobre o seu rosto e adoraram a 
Deus, 
17 dizendo: Graças te damos, Senhor Deus, 
Todo-Poderoso, que és e que eras, porque 
assumiste o teu grande poder e passaste a 
reinar. 
18 Na verdade, as nações se enfureceram; 
chegou, porém, a tua ira, e o tempo 
determinado para serem julgados os mortos, 
para se dar o galardão aos teus servos, os 
profetas, aos santos e aos que temem o teu 
nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e 
para destruíres os que destroem a terra.” 
Estamos apresentando a seguir, o décimo 
quarto capítulo do livro “Resquícios de Pecado 
em Crentes”, no qual John Owen discorre sobre 
a realidade do pecado atuando na vida de 
homens santos, conforme o próprio relato das 
Escrituras, e o modo pelo qual eles o venceram. 
 
 
38 
 
CAPÍTULO 14. 
O poder do pecado mais demonstrado pelos 
efeitos que teve na vida dos professantes - 
primeiro, nos pecados reais; em segundo lugar, 
em declínios habituais. 
Agora vamos proceder a outras evidências, 
daquela triste verdade que estamos 
demonstrando, mas o principal de nosso 
trabalho sendo passado, eu vou ser mais breve 
na gestão dos argumentos que permanecem. 
Por isso, então no próximo lugar, o que pode ser 
citado é a demonstração que esta lei do pecado 
tem em todas as épocas, dado o seu poder e 
eficácia, pelos frutos que ela produziu, mesmo 
nos próprios crentes. Agora, estes são de dois 
tipos: 
1. As grandes erupções reais do pecado em suas 
vidas; 
2. Suas declinações habituais do estado e 
condição de obediência e comunhão com Deus, 
que obtiveram; que segundo a regra de Tiago, 
antes de se desdobrarem, devem ser colocados 
à conta desta lei do pecado, e ambas são 
evidências convincentes de Seu poder e 
eficácia. 
39 
 
1. Considere as terríveis erupções do pecado real 
que estiveram na vida dos crentes, e devemos 
encontrar nossa posição evidenciada. Devo 
abordar em grande parte essa consideração, 
devo contar todas as falhas tristes e 
escandalosas dos santos que foram registradas 
na Sagrada Escritura, mas seus detalhes são 
conhecidos de todos, de modo que eu não 
precisarei mencioná-las, nem os muitos 
agravamentos que, em suas circunstâncias são 
atendidos. Somente algumas coisas úteis que 
tendem à nossa presente consideração podem 
ser observadas; como, 
(1.) Elas são encontradas em sua maioria, na vida 
dos homens que não eram da forma mais baixa 
ou do tipo comum de crentes, mas dos homens 
que tinham uma eminência peculiar neles, por 
conta de sua caminhada com Deus em sua 
geração. Tais foram Noé, Ló, Davi, Ezequias e 
outros - não eram homens de estatura comum, 
mas superiores aos seus irmãos, em sua 
profissão, sim, na santidade real. E certamente, 
isso deve ser de uma poderosa eficácia que 
possa apressar tais gigantes nos caminhos de 
Deus para pecados tão abomináveis como 
aqueles em que eles caíram. Um motivo comum 
nunca poderia tirá-los do curso de sua 
obediência; foi um veneno que nenhuma 
40 
 
constituição atlética de saúde espiritual, sem 
antídoto poderia suportar. 
(2.) Esses homens não caíram em seus grandes 
pecados no início de sua profissão, quando 
tinham pouca experiência da bondade de Deus, 
da doçura e prazer da obediência, do poder e do 
oficio do pecado, de seus impulsos, solicitações 
e surpresas, mas depois de uma longa 
caminhada com Deus, e conhecimento de todas 
essas coisas, juntamente com inúmeros 
motivos para a vigilância. 
Noé, de acordo com a vida dos homens naqueles 
dias, andou retamente com Deus algumas 
centenas de anos, antes de ser tão surpreendido 
como foi. (Gênesis 9). 
O justo Ló parece ter sidocontaminado no final 
de seus dias, com as abominações que havia 
condenado antes. 
Davi, em uma vida curta, teve tanta experiência 
de graça e pecado, e tão íntima comunhão 
espiritual com Deus, como jamais teve algum 
dos filhos dos homens, antes de ser levado para 
o chão por esta lei do pecado. 
Assim foi com Ezequias em seu grau, que não 
era pior. 
41 
 
Agora, para se estabelecer sobre tais pessoas, 
tão bem familiarizadas com seu próprio poder e 
engano, tão armadas e proporcionadas contra o 
pecado residente, que tinham sido vencedores 
por tantos anos, e ainda assim prevaleceu 
contra eles, argumenta um poder e eficácia 
muito poderosos. 
Quem pode vigiar para ter um maior estoque de 
graça inerente, do que aqueles homens tiveram; 
para ter mais experiência de Deus e da 
excelência de Seus caminhos, da doçura de Seu 
amor e da comunhão com Ele, do que eles? 
Quem tem melhor mobiliário para se opor ao 
pecado, ou mais obrigação para agir, do que 
eles? 
E, no entanto, vemos com quanto temor foram 
atacados. 
(3.) Como se Deus tivesse permitido suas quedas 
em propósito fixo, para que possamos aprender 
a desconfiar desse poderoso inimigo - todos eles 
caíram quando receberam novas e 
maravilhosas misericórdias da mão de Deus, 
que deveriam ter produzido uma forte 
obrigação de diligência e vigilância em estreita 
obediência. 
42 
 
Noé, porém surgiu recentemente daquele 
mundo de águas, onde viu o mundo ímpio 
perecer pelos seus pecados, e ele mesmo foi 
preservado por aquele milagre surpreendente 
que todas as épocas devem admirar. Enquanto a 
desolação do mundo era uma lembrança para 
ele, de sua estranha preservação pelo cuidado 
imediato da mão de Deus, ele caiu na 
embriaguez. 
Ló tinha visto recentemente o que todo aquele 
que pensa estar de pé não pode deixar de 
tremer, viu, como se fala "o inferno que cai do 
céu" sobre os pecadores impuros; a maior prova, 
exceto a cruz de Cristo, que Deus jamais deu em 
Sua providência do julgamento por vir. Ele viu a 
si mesmo e suas filhas livrados pelo cuidado 
especial e mão milagrosa de Deus; e ainda 
assim, enquanto estas estranhas misericórdias 
estavam frescas sobre ele, caiu em embriaguez 
e incesto. 
Davi foi libertado de todos os seus problemas, e 
teve seus inimigos ao redor entregues em sua 
mão, e ele faz uso de sua paz em um mundo de 
provações e problemas para praticar homicídio 
e adultério. 
43 
 
Imediatamente após houve a grande e 
milagrosa libertação de Ezequias, e ele caiu em 
orgulho carnal. 
Eu digo que suas quedas, em tais ocasiões 
parecem ser permitidas com o objetivo de 
instruir todos nós, na verdade que temos à mão; 
de modo que nenhuma pessoa, em nenhuma 
época, com que mobiliário de graça que tenha 
possa prometer-se a segurança, desde a sua 
prevalência de outras maneiras, além de 
guardar-se constantemente para Aquele que 
tem provisões para distribuir, que estão acima 
de seu alcance e eficácia. Parece que isso deve 
nos fazer vigiar sobre nós. 
Somos melhores do que Noé, que teve esse 
testemunho de Deus, de que era "um homem 
perfeito em suas gerações", e "andou com 
Deus?" 
Somos melhores do que Ló, cuja "alma justa 
estava vexada com as más ações dos homens 
ímpios", e, portanto é recomendado pelo 
Espírito Santo? 
Somos mais santos, sábios e atentos que Davi, 
que obteve esse testemunho, de que era "um 
homem segundo o próprio coração de Deus?" 
Ou melhor do que Ezequias, que apelou para o 
44 
 
próprio Deus, que ele o tinha servido retamente, 
com um coração perfeito? 
E, no entanto qual a prevalência que esta lei do 
pecado causou sobre eles, nós vemos. E não há 
fim de exemplos semelhantes. Todos eles são 
configurados como boias para nos revelar os 
bancos de areia, as rochas, com os quais eles 
fizeram naufrágio - o perigo, a perda, sim, e 
teriam feito sua ruína, se Deus não tivesse ficado 
satisfeito graciosamente em Sua fidelidade, 
para evitar isso. Esta é a primeira parte dessa 
evidência do poder do pecado em seus efeitos. 
2. Ele manifesta seu poder nas declinações 
habituais do zelo e da santidade, do estado e da 
condição de obediência e comunhão com Deus 
que alcançaram, e é encontrado em muitos 
crentes. Promessas de crescimento e melhoria 
são muitas e preciosas o meio excelente e eficaz, 
os benefícios são excelentes e indescritíveis; e 
embora muitas vezes sejam derramados, em vez 
disso, muitos dos santos de Deus desmoronam. 
Agora, enquanto isso deve ser causado 
principalmente pela força e eficácia do pecado 
residente, e é uma boa evidência disso, devo 
demonstrar primeiro, que a própria observação 
é verdadeira, ou seja, que alguns dos próprios 
santos o fazem muitas vezes, recusando esse 
45 
 
crescimento e melhoria na fé, graça e santidade 
que poderia se esperar justamente deles, e 
então mostrar que a causa desse mal está no que 
estamos tratando. 
E qual é a causa da apostasia total em 
professantes infundados, que deve ser depois 
declarada? 
Mas, este é um trabalho maior que temos em 
mãos. 
O prevalecer sobre os verdadeiros crentes em 
uma declinação pecaminosa e apostasia 
gradual, exige uma colocação de mais força e 
eficácia do que sobre os professantes 
infundados, que prevalecem para a total 
apostasia; como o vento que derrubará uma 
árvore morta que não tem raiz no chão, 
dificilmente agitará ou derrubará uma árvore 
viva e bem enraizada - mas isso vai acontecer. 
Há menção feita na Escritura dos "primeiros 
caminhos de Davi", que são elogiados acima de 
seu último, 2 Crônicas 17: 3. Os últimos 
caminhos, mesmo de Davi foram manchados 
com o poder do pecado residente. Embora 
mencionemos apenas a erupção real do pecado, 
ainda que a impureza e o orgulho que estava 
trabalhando nele, em seu censo do povo, 
46 
 
certamente foram enraizados em uma 
declinação de seu primeiro quadro. Aqueles 
brotos não cresceram sem lodo. Davi não teria 
paralelo em seus primeiros anos, quando 
seguiu a Deus no deserto sob tentações e 
provações, cheio de fé, amor, humildade, 
quebrantamento de coração, zelo e carinho para 
todas as ordenanças de Deus; todos os quais 
eram eminentes nele. Mas, sua força é 
prejudicada pela eficácia e engano do pecado, 
suas fechaduras cortadas, e ele se torna uma 
presa de velhos desejos e tentações. Nós temos 
um exemplo notável, na maioria das igrejas que 
nosso Salvador desperta para a consideração de 
sua condição em Apocalipse. Podemos citar 
uma delas. 
Muitas coisas boas estavam ali na igreja de 
Éfeso, Apocalipse 2: 2, 3, pelas quais é 
grandemente elogiada, mas ainda é carregada 
com uma decadência, uma declinação, uma 
queda gradual e uma apostasia, versículos 4, 5: 
"Abandonaste o teu primeiro amor. Lembra, 
pois, de onde caístes, arrepender-te e faz as 
primeiras obras". 
Houve uma decadência, tanto interna no 
coração quanto à fé, ao amor; e no exterior, 
quanto à obediência e às obras, em comparação 
47 
 
com o que antes tinham vivido, pelo 
testemunho do próprio Cristo. 
O mesmo pode ser mostrado sobre o resto 
dessas igrejas, exceto uma ou duas delas. Cinco 
são acusadas de decadências e declínios. 
Por isso, é mencionado na Escritura da "bondade 
da juventude", e do "amor”, de acordo com o 
grande elogio, Jeremias 2: 2, 3, 
De nossa "primeira fé", 1 Timóteo 5:12, 
Do "princípio da nossa confiança", Hebreus 3:14. 
E somos advertidos que "não percamos as coisas 
que alcançamos", 1 João 8. 
Mas, por que precisamos que olhemos para trás, 
ou procuremos instâncias para confirmar a 
verdade dessa observação? 
Uma declinação habitual dos primeiros 
compromissos com Deus, desde as primeiras 
conquistas de comunhão com Ele; de primeiro 
rigor nos deveres de obediência, é comum entre 
os professantes. Para isso, procuremos uma 
visão geral dos professantes nessas condições, 
entre os quais o melhor dosmelhores de nós 
será encontrado, em parte ou no todo, em um 
tanto ou em tudo, pronto para cair - podemos 
48 
 
convencer-nos abundantemente da verdade 
desta observação: 
(1.) Seu zelo por Deus é caloroso, vivo, vigoroso, 
eficaz, solícito, como foi em sua primeira 
entrega a Deus? Ou melhor, não existe um 
quadro de espírito comum, superficial e egoísta 
na maioria dos professantes? 
A iniquidade abundou, e seu amor esfriou. Não 
era um fardo para seu espírito ouvir o nome, 
maneiras, e adoração de Deus blasfemado e 
profanado? 
Não poderiam ter dito com o salmista, no 
Salmos 119: 136: " Os meus olhos derramam rios 
de lágrimas, porque os homens não guardam a 
tua lei.?" 
Não eram suas almas preocupadas com o 
interesse de Cristo no mundo, como Eli era 
sobre a arca? 
Eles não lutavam fervorosamente pela fé, uma 
vez entregue aos santos, e todas as suas partes, 
especialmente em que a graça de Deus e a glória 
do evangelho eram consideradas? 
Eles não trabalharam para julgar e condenar o 
mundo, por um comportamento santo e 
separado? 
49 
 
E agora é observado, que a generalidade dos 
professantes segue nesse quadro? 
Eles cresceram e fizeram melhorias; ou não há 
uma frieza e indiferença crescidas sobre os 
espíritos de muitos nessa coisa? 
Sim, muitos não desprezam todas essas coisas, e 
consideram seu próprio zelo como loucura? 
Não podemos ver muitos, que anteriormente 
foram estimados em formas de profissão, 
tornarem-se diariamente um desprezo e uma 
censura por seus abortos espontâneos 
semelhantemente aos homens do mundo? 
Não é com eles como antigamente, com as filhas 
de Sião, Isaías 3:24, quando Deus julgou-as por 
seus pecados e desejos? 
O mundo e o ego não destruíram sua profissão? 
Eles não são independentes das coisas em que 
anteriormente declararam um acordo singular? 
Sim, não são alguns os que vêm, em parte em 
uma pretensão, em parte sobre outra, para uma 
inimizade aberta, e odiar os caminhos de Deus? 
Não lhes agradam mais, porém são maus aos 
seus olhos, mas para não mencionar esses 
apóstatas abertos mais adiante, cuja hipocrisia o 
Senhor Jesus Cristo julgará em breve? 
50 
 
Não são quase todos os homens crescidos e 
frouxos quanto a essas coisas? 
Eles não estão menos preocupados com elas do 
que antigamente? 
Eles não estão cansados, egoístas em sua 
religião, e assim as coisas são indiferentes tanto 
em casa, quanto no mundo exterior? 
Pelo menos, eles não preferem sua facilidade, 
crédito, segurança, vantagens seculares antes 
dessas coisas? 
Um quadro que Cristo abomina, e declara que 
aqueles em quem prevalece não são dEle. 
Alguns, de fato parecem manter um bom zelo 
pela verdade, mas no que fazem a aparência 
mais justa, neles serão considerados mais 
abomináveis. Eles gritam contra erros; não pela 
verdade, mas por causa do partido e dos 
interesses. Deixe um homem estar em seu 
partido e promova seu interesse, e seja nunca 
tão corrupto em seu julgamento, então ele é 
abraçado e pode ser admirado. Isso não é zelo 
para Deus, mas para o próprio homem. 
Não é "O zelo da tua casa me consumiu", mas 
"Mestre, proíbe-os, porque não seguem 
conosco". 
51 
 
Era melhor, sem dúvida, que os homens nunca 
pretendessem nenhum zelo em tudo, além de 
substituir esse egoísmo furioso. 
(2). O prazer dos homens nas ordenanças e 
adoração de Deus é o mesmo que antigamente? 
Eles acham a mesma doçura e se deleitam nelas 
como fizeram no passado? 
Quão preciosa tem sido a palavra deles antes! 
Que alegria e prazer eles tiveram em vigilância! 
Como correram, para terem sido feitos 
participantes disso, onde foi dispensado em seu 
poder e pureza, na evidência e demonstração do 
Espírito! 
Eles não chamaram o domingo de dia deleitoso, 
e não foi sua abordagem uma alegria real para 
suas almas? E esse quadro ainda permanece 
sobre eles? Não há decadências e declínios 
encontrados entre eles? 
Pode não ser dito: "Os cabelos grisalhos estão 
aqui e ali sobre eles, e não o percebem?" 
Sim, não são homens prontos para dizer com 
aqueles do passado: "Eis aqui, que canseira!" 
Malaquias 1:13. 
É mesmo um fardo e um cansaço ter que ser 
atado à observação de todas essas ordenanças. O 
52 
 
que precisamos que seja tão estrito na 
observação do domingo? 
O que precisamos ouvir com tanta frequência? 
O que precisamos dessa distinção em audição da 
Palavra? 
Insensivelmente um grande desrespeito; sim, 
até mesmo um desprezo sobre os caminhos 
agradáveis e excelentes de Cristo e Seu 
evangelho caiu sobre muitos professantes. 
(3) Não pode ser feita a mesma convicção por 
meio de uma indagação sobre o curso universal 
de obediência e o desempenho de deveres em 
que os homens estão envolvidos? 
Existe a mesma ternura consciente para não 
pecar, que permanece em muitos, como era 
antigamente a mesma execução exata de 
deveres privados, o mesmo amor aos irmãos, a 
mesma disposição para a cruz, a mesma 
humildade de espírito, a mesma abnegação? 
O vapor das luxúrias dos homens, com o que o ar 
está contaminado, não nos sofrerá para dizer. 
Precisamos, então não avançar mais do que esta 
geração miserável em que vivemos, para 
evidenciar a verdade da observação 
estabelecida como o fundamento da instância 
53 
 
insistida. Que o Senhor se arrependa de 
executar o juízo, antes que seja tarde demais! 
Agora, todas essas declinações, todas estas 
decadências, que são encontradas em alguns 
professantes; todas elas procedem dessa raiz e 
causa - são todas produtos do pecado residente, 
e todas demonstram o excesso de poder e 
eficácia dele, para provar que não precisarei ir 
mais longe do que a regra geral que, de Tiago já 
consideramos, a saber, essa luxúria ou pecado 
residente é a causa de todo pecado real, e todas 
as declinações habituais nos crentes. Isto é o 
que o apóstolo pretende ensinar e declarar 
nesse lugar. Devo, portanto lidar com essas duas 
coisas, e mostrar, 
(1.) Que isso demonstra uma grande eficácia e 
poder no pecado; 
(2.) Declara os meios através dos quais traz ou 
provoca esse efeito amaldiçoado; tudo em 
desígnio do nosso fim geral, ao invocar e 
advertir os crentes para evitá-lo, e se opor a ele. 
1. Parece ser um trabalho de grande poder e 
eficácia, a partir da disposição que é feita contra 
ele, que prevalece. Existe na aliança da graça 
uma abundante provisão feita, não só para a 
prevenção de declínios e decadências nos 
54 
 
crentes, mas também pelo contínuo progresso 
para a perfeição, como; 
(1.) A palavra em si, e todas as ordenanças do 
evangelho são nomeadas e dadas a nós para este 
fim, Efésios 4: 11-15. 
O que é o fim de dar aos oficiais do evangelho à 
igreja, é o fim também, de dar todas as 
ordenanças a serem administradas por eles, 
pois são dadas "para o trabalho do ministério", 
isto é, para a administração das ordenanças do 
evangelho. 
Agora, o que é ou o que isso aperfeiçoa? 
Eles são todos para a prevenção de decadências 
e declínios nos santos, tudo para levá-los à 
perfeição, como é dito, no versículo 12. Em geral, 
é para o "aperfeiçoamento dos santos", 
concluindo a obra da graça neles, e a obra de 
santidade e obediência por eles, ou para a 
edificação do corpo de Cristo; sua construção 
em aumento de fé e amor mesmo de todo 
verdadeiro membro do corpo místico. 
Mas, até onde eles são designados para carregá-
los assim, para edificá-los? 
Isso tem um limite fixado ao seu trabalho? Isso 
os leva até agora, e depois os deixa? 
55 
 
"Não", diz o apóstolo, versículo 13. A dispensação 
da palavra do evangelho e suas ordenanças é 
projetada para nossa ajuda, assistência e 
adiantamento, até que toda a obra de fé e 
obediência seja consumada. É nomeado para 
aperfeiçoar e completar essa fé, conhecimento 
e crescimento em graça e santidade, que nos é 
atribuído neste mundo. Mas, como isto é feito seas oposições e tentações estão no caminho, com 
Satanás e seus instrumentos trabalhando com 
grande sutileza e engano? 
Porque, versículo 14, essas ordenanças são 
projetadas para nossa salvaguarda e libertação 
de todas as suas tentações e assaltos; que assim 
sendo preservados em seu uso, ou que "falando 
a verdade em amor, possamos crescer em todas 
as coisas nAquele que é a cabeça, o próprio 
Cristo Jesus". 
Isto é em geral, o uso de todas as ordenanças do 
evangelho, o principal fim para o qual foram 
dadas e nomeadas por Deus, isto é, para 
preservar os crentes de todas as decadências de 
fé e obediência, e conduzi-los para a perfeição. 
Estes são meios que Deus, o bom Agricultor usa 
para fazer prosperar a videira e produzir frutos. 
E eu também poderia manifestar o mesmo, com 
o fim especial deles distintamente. 
56 
 
Resumidamente, a Palavra é leite e alimento 
forte, para nutrir e fortalecer todos os tipos e os 
graus dos crentes. Ela tem semente e água, para 
torná-los frutíferos. 
A ordenança da ceia é nomeada de propósito, 
para fortalecer nossa fé, na lembrança da morte 
do Senhor e no exercício do amor. A comunhão 
dos santos é para edificar a fé, o amor e a 
obediência. 
(2). Há o que acrescenta peso a essa 
consideração. Deus não nos deixa 
despreocupados com essa assistência que nos 
concedeu, mas está continuamente nos 
chamando a fazer uso dos meios designados, 
para alcançar o fim proposto. Ele nos mostra, 
como o anjo mostrou a fonte de água para Agar. 
Comandos, exortações, promessas, e ameaças 
são multiplicados para este propósito; veja-os 
resumidos, em Hebreus 2: 1. Ele nos diz 
continuamente: 
"Por que você deixará de se alimentar, por que se 
amaldiçoará e decairá? 
Venha para as pastagens previstas para você, e 
sua alma viverá". 
57 
 
Se vemos um cordeiro correr do redil para a 
região selvagem, não nos perguntamos se ele 
corre o risco de ser devorado pelos animais 
selvagens. Se vemos uma ovelha deixando suas 
verdes pastagens e cursos de água, para 
permanecer em regiões secas e áridas, não 
consideramos nenhuma maravilha, nem nos 
perguntamos mais se a encontraremos pronta 
para perecer, mas se encontrarmos cordeiros 
feridos no redil, nos perguntamos sobre a 
ousadia e a raiva dos animais selvagens que os 
atormentavam ali. Este é o pecado residente. 
Tão surpreendentemente poderoso, tão 
eficazmente venenoso, que pode trazer 
levedura às almas dos homens em meio a todos 
os preciosos meios de crescimento e 
florescimento. Pode muito bem nos fazer 
tremer, ver os homens que vivem sob o uso dos 
meios do evangelho; a pregação, a oração, e a 
administração dos sacramentos, e ainda se 
tornarem mais frios todos os dias do que outros 
em zelo por Deus, mais egoístas e mundanos, 
mesmo habitualmente declinando quanto aos 
graus de santidade que alcançaram. 
(3.) Juntamente com a dispensação dos meios 
externos de crescimento ou melhoria espiritual, 
também há provisões de graça que os santos 
têm de forma contínua, Cristo. 
58 
 
Ele é o chefe de todos os santos; é uma cabeça 
viva, e assim, uma cabeça viva como Ele nos diz 
que, "porque ele vive, também viveremos", João 
14:19. 
Ele comunica a vida espiritual a todos os que são 
dEle. NEle está a fonte da nossa vida; que dela é 
dito, estar "escondida com ele em Deus", 
Colossenses 3: 3. 
Esta vida Ele dá aos Seus santos, vivificando-os 
pelo seu Espírito, Romanos 8:11; e continua com 
os recursos da graça viva que lhes comunica. 
É dito que Ele habita em nós; Gálatas 2:20: "vivo; 
não mais eu, mas Cristo vive em mim"; 
"A vida espiritual que eu tenho não é minha, pois 
não foi instruída nem é mantida por mim 
mesmo, mas é meramente e unicamente a obra 
de Cristo; de modo que não sou eu a vida, mas 
Ele vive em mim, toda a minha vida sendo só 
dEle." 
Nem esta cabeça viva comunica apenas uma 
vida aos crentes, para que apenas vivam não 
mais uma vida pobre, fraca e moribunda, por 
assim dizer; mas Ele dá o suficiente para dar-
lhes uma vida forte, vigorosa, próspera e 
florescente, João 10:10. 
59 
 
Ele não vem, apenas para que Suas ovelhas 
"possam ter vida", mas que "elas possam tê-la 
com mais abundância"; isto é, de forma 
abundante, para que possam florescer, ser 
saudáveis e frutíferas. 
Assim é com todo o corpo de Cristo; com todos 
os membros. 
Efésios 4:15, 16, "antes, seguindo a verdade em 
amor, cresçamos em tudo naquele que é a 
cabeça, Cristo, do qual o corpo inteiro bem 
ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, 
segundo a justa operação de cada parte, efetua o 
seu crescimento para edificação de si mesmo 
em amor." 
O fim de todas as comunicações de graça e 
suprimentos da vida, a partir desta cabeça viva e 
abençoada é o aumento de todo o corpo, de cada 
membro dele, e a edificação de si mesmo no 
amor. Seus tesouros de graça são insondáveis; 
Seus depósitos são inesgotáveis; Sua vida, a 
nossa fonte, cheia e eterna; Seu coração 
generoso e grande; Sua mão aberta e liberal, de 
modo que não há dúvida, senão que Ele 
comunica suprimentos de graça para o 
aumento de santidade em abundância para 
todos os Seus santos. 
60 
 
De onde então, é que nem todos eles prosperam 
de acordo com isso? 
Como você pode vê-lo muitas vezes em um 
corpo natural, então o mesmo sucede aqui. 
Embora o assento e a elevação do sangue e do 
espírito, na cabeça e no coração sejam 
excelentes e sadios, ainda pode haver um 
membro murchando no corpo; um pouco 
intercepta as influências da vida para isso, de 
modo que, embora o coração e a cabeça 
executem o seu ofício em dar não menos 
recursos do que a qualquer outro membro, 
contudo todo o efeito produzido é apenas para 
mantê-lo em perdição absoluta, tornar-se fraco 
e decair todos os dias. 
A queda e decadência de qualquer membro no 
corpo místico de Cristo, não é pela falta de Sua 
comunicação de graça para uma vida 
abundante, mas da intercepção poderosa que é 
feita da sua eficácia, pela interposição e 
oposição do pecado residente. Por isso, é aí que 
a luxúria cresce forte. Muitas vezes, Cristo dá 
muita graça, onde muitos dos seus efeitos não 
aparecem. Ele gasta sua força e poder para 
resistir aos contínuos assaltos de violentas 
corrupções e desejos, de modo que não pode 
apresentar suas virtudes adequadas para uma 
maior fecundidade. 
61 
 
Como um remédio virtuoso, isso é adequado, 
tanto para verificar os humores viciosos e 
nocivos, quanto para confortar, refrescar e 
fortalecer a natureza, se o temperamento for 
forte e prevalecente, gasta toda a sua força e 
virtude na subjugação e correção, contribuindo 
muito menos para o abrandamento da natureza 
do que de outra forma, se não se encontrar com 
essa oposição; assim é com a graça de cura que 
abundamos nas asas do Sol da Justiça. 
É forçada, muitas vezes, a apresentar sua virtude 
para se opor e contrariar, e em qualquer medida 
subjugar desejos e corrupções prevalecentes. 
Quão saudável, e florescente, quão frutífera e 
exemplar em santidade, pode haver uma alma 
com essa graça que é continuamente 
comunicada a ela por Cristo, que agora, por 
causa do poder do pecado interior, não está 
apenas morta, mas fraca, murchando e inútil! 
E isso, se é alguma coisa, é uma evidência 
notável da eficácia do pecado residente, que é 
capaz de dar tal parada ao poderoso e eficaz 
poder da graça, de modo que, não obstante os 
suprimentos abençoados e contínuos que 
recebemos de nossa Cabeça, contudo muitos 
crentes diminuem e se deterioram, e isso 
habitualmente, quanto ao que alcançaram - 
62 
 
seus últimos modos não respondendo aos 
primeiros deles. Isso torna a vinha na "colina 
muito frutífera", para produzir tantas uvas 
selvagens, e faz com que muitas árvores sejam 
estéreis em campos férteis. 
(4.) Além dos suprimentos contínuos de graça 
que constantemente, de acordo como mandato 
da aliança são comunicados aos crentes, o que 
os impede de não terem sede de indigência 
total, há, além disso, uma disposição no Senhor 
Jesus Cristo para dar um socorro peculiar às 
suas almas, conforme suas ocasiões exigirão. 
O apóstolo nos diz que ele é "um Sumo Sacerdote 
misericordioso" e "capaz" (isto é, pronto, 
preparado e disposto)" para socorrer os que são 
tentados", Hebreus 2:18; e somos nessa conta 
convidados a "vir com ousadia ao trono da graça, 
para que possamos obter misericórdia e 
encontrar a graça para ajudar em caso de 
necessidade", isto é, graça suficiente, adequada 
a qualquer provação especial, ou tentação que 
possamos estar sofrendo. 
O nosso Sumo Sacerdote misericordioso está 
pronto para distribuir essa graça especial, além 
das constantes comunicações dos suprimentos 
do Espírito que mencionamos antes. Além das 
fontes que jamais falham da graça comum da 
63 
 
aliança, Ele também tem dúzias refrescantes, 
peculiares para períodos de seca; e isso é 
extremamente vantajoso para os santos, para 
sua preservação e crescimento na graça, 
podendo ser adicionado muito mais. 
Agora, eu digo, apesar de tudo isso, e o resíduo 
da mesma importância; tal é o poder e a eficácia 
do pecado residente, tão grande é o engano e a 
inquietação, tantas são suas artimanhas e 
tentações, que muitas vezes muitos deles caem. 
Pelo crescimento e melhoria, toda essa provisão 
é feita, mas ainda como foi mostrado recuam e 
se recusam a permanecer na caminhada com 
Deus. 
A força de Sansão se evidenciou 
completamente, quando ele partiu sete cordas 
novas com as mãos, com as quais estava preso. O 
humor nocivo no corpo, que é tão teimoso como 
o fato de que nenhum recurso dos remédios 
mais soberanos pode prevalecer contra ele, 
deve ser considerado. Tal é o pecado que existe, 
se não for vigiado. Quebra todas as cordas feitas 
para amarrá-lo; isso desencadeia os 
instrumentos designados para arrancá-lo, e 
resiste a todos os medicamentos de cura, 
embora nunca tão soberanos; e está, portanto 
seguro de superar a eficácia. 
64 
 
Além disso, os crentes têm inúmeras 
obrigações sobre eles, desde o amor, o 
mandamento de Deus, crescer em graça, e 
avançar para a perfeição, pois eles têm meios 
abundantes para que o façam. O fato de ser 
assim, é uma questão de grande vantagem, 
lucro, doçura e satisfação para eles no mundo. É 
o fardo, o problema das suas almas, que não o 
fazem, que não são mais santos, mais zelosos, 
úteis e frutíferos; eles o desejam acima da 
própria vida. 
Eles sabem que é seu dever vigiar contra esse 
inimigo, lutar e orar contra ele; e assim eles 
fazem. Eles desejam mais sua destruição, do que 
o gozo de todo esse mundo e tudo o que o 
dinheiro possa pagar. E, no entanto, apesar de 
tudo isso, tal é a sutileza, a fraude, a violência, a 
fúria, a urgência e a importunidade desse 
adversário, que frequentemente prevalece para 
trazê-los para a condição triste mencionada. 
Os crentes têm um bom vendaval de 
suprimentos do Espírito; eles atendem com 
diligência, oram constantemente, ouvem 
atentamente e não omitem nada que possa levá-
los à sua viagem para a eternidade, mas depois 
de um tempo, levando a considerar seriamente 
pelo exame de seus corações e maneiras sobre o 
progresso que fizeram, eles acham que toda a 
65 
 
sua assistência e deveres não conseguiram 
sustentá-los contra uma forte maré, ou corrente 
de pecado residente. 
Deus os guardou de fato, para que eles não 
fossem conduzidos e divididos em rochas e 
bancos de areia, os preservou de pecados 
grosseiros e escandalosos, no entanto, eles 
perderam sua boa condição espiritual, ou 
voltaram atrás e estão enredados em muitas 
decadências vorazes; que é uma evidência 
notável da vida do pecado residente sobre o qual 
estamos tratando. 
Agora, porque o fim de nossa descoberta desse 
poder do pecado é para que possamos ter 
cuidado para evitá-lo em sua operação, e por 
causa de todos os efeitos que produz, pois não há 
situação mais perigosa ou perniciosa do que a 
última insistida, ou seja, que prevalece sobre 
muitos professantes para uma declinação 
habitual de seus modos e conquistas anteriores, 
apesar de toda a doçura e excelência que suas 
almas encontraram. Devo, como foi dito, no 
próximo lugar considerar de que jeito e meio, e 
para fins de ajuda geralmente prevalece nesse 
tipo, para que possamos instruir-nos melhor a 
encarar isso. 
Até aqui as sábias palavras de John Owen. 
66 
 
Quão real e oportuna é esta palavra para que, 
principalmente possamos entender qual é a 
causa de tantos decaimentos na Igreja; por que 
apesar de serem tantas as boas ministrações da 
Palavra verdadeira, e as instruções ministeriais 
para um viver santo, há todavia esta tendência 
para não permanecer de pé, senão cair. 
Muitos crentes estão caídos, pensando estarem 
de pé, porque têm sido enganados por Satanás e 
pelo pecado residente, que lhes impede de 
fazerem progresso espiritual em uma 
verdadeira santificação de suas vidas. 
Somente uma verdadeira fidelidade, humildade 
e diligência em se submeter a Cristo, à Palavra, 
aos deveres ordenados, à congregação com os 
santos no dia do Senhor, à vigilância, ao 
arrependimento, à confissão podem garantir 
uma permanência de pé, naqueles que nisto se 
exercitam diariamente, carregando sua cruz e 
negando o ego, para seguirem a Jesus. 
Votos e compromissos temporários, não 
garantirão a vitória sobre o pecado residente, e 
muito menos contra Satanás. Somente um 
exercício contínuo na piedade, na fidelidade aos 
deveres ordenados, principalmente no que diz 
respeito ao crescimento na comunhão da Igreja, 
67 
 
podem levar a um viver verdadeiramente 
piedoso e santo.

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