Buscar

INTELIGÊNCIA DE NEGÓCIOS EM COMUNICAÇÃO DIGITAL

Prévia do material em texto

Inteligência de negócios como poderoso aliado no desenvolvimento de empresas
Por: Milena Nepomuceno
Matrícula: 2021303401
Atualmente, cada vez mais as empresas precisam se inovar para conseguirem sobreviver ao contexto em que estamos inseridos e essas mudanças exigem delas saber como utilizar Inteligência de Negócios (Business Intelligence) e a Comunicação Digital. 
A Inteligência de Negócios compreende a coleta, a organização, a análise e o gerenciamento de dados por meio de softwares que processam informações importantes para a gestão empresarial. 
Business Intelligence é a ferramenta que compõe a inteligência empresarial e vai além da administração do processo de coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoramento de informações, que oferecem suporte à gestão de negócios (MARÓSTICA, E.; MARÓSTICA, N.; CASTELO BRANCO, 2014, p. 4).
Já a Comunicação Digital envolve a utilização de redes sociais e vai além dos canais tradicionais de comunicação; é multidirecional e atinge formadores de opinião, consumidores e indivíduos. Como explicam Saad e Raposo (2017), com uma cultura cada vez mais participativa, as empresas devem saber utilizar as mídias digitais para se aproximar do público, considerando que hoje muitos são prosumers: produtores (producers) e consumidores (consumers) de conteúdo. Empresas passaram a desenvolver produtos menos estáticos para seus consumidores, recrutando-os para co-criar e participar como verdadeiros embaixadores de suas marcas através da opinião e da liberdade criativa. (SAAD; RAPOSO, 2017, p. 123).
Hoje, é fundamental que uma empresa reúna essas características para a tomada de decisões em um mundo cada vez mais complexo, de modo a ir além dos modelos tradicionais de administração e comunicação. Há uma alternância de papéis favorecida pela ampliação dos formatos de comunicação, pelo aperfeiçoamento e aumento na oferta de bens e serviços, que crescem à medida que os desafios estruturais e sociais surgem em todo o mundo por questões contingenciais — o caso de pandemias, como também oportunidades de investimento e crescimento econômico. Conforme explica Forni (2019) na obra Gestão de crises e comunicação, no contexto atual da sociedade em que crises de diversos tipos podem afetar uma organização externa (sociais, políticas, econômicas) ou internamente (de reputação, sucessão etc.), é preciso ter conhecimento para enfrentar períodos turbulentos.
Por isso, ao case apresentado, como profissional de comunicação iria sugerir, inicialmente, 3 ferramentas da Inteligência de Mercado para que os proprietários do restaurante possam conhecer os consumidores, entender as deficiências que possuem e como criar oportunidades. São elas: 
1. “4 Ps”
Trata-se de uma das mais populares análises a respeito da organização referentes ao Marketing Mix e contempla os itens: Produto (ou Serviço), Preço, Praça (Local) e Promoção (Divulgação).
2. Análise SWOT
É o método de análise mais usado pelas empresas por sua simplicidade. Significa Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). As duas primeiras correspondem ao ambiente interno e as últimas ao externo.
3. Canvas
Segundo os próprios organizadores Alexander Osterwalder e Yves Pigneur, foi co-criado com a participação de 470 participantes em 45 países (MARÓSTICA; MARÓSTICA; CASTELO BRANCO, 2014). É composto por nove componentes:
· segmento de clientes;
· proposta de valor (satisfazer as necessidades do cliente);
· canais (de comunicação, distribuição e vendas);
· relacionamento com clientes (estabelecimento e manutenção);
· fontes de receita;
· recursos principais da organização;
· atividades-chave;
· parcerias principais;
· estrutura de custo.
A partir do uso dessa primeira ferramenta, podemos passar ao próximo passo em que cada dia a informação aumenta de forma exponencial em todo mundo. As ferramentas de Inteligência de Negócios (Business Intelligence) exigem investimento e tecnologia, porém o retorno é garantido, pois seu uso permite a tomada mais eficiente de decisões. E é um diferencial, pois a maioria das empresas ainda não tem uma cultura de gestão do conhecimento. Para o case apresentado, sugeriria 2 tecnologias para planejar e gerenciar o relacionamento com os consumidores: 
· ERP (Enterprise Resource Planning - Planejamento de Recursos Empresariais): utilizada para o planejamento de recursos empresariais, como funções voltadas a clientes e gerenciamento de pedidos e vendas.
· CRM (Customer Relationship Management - Gerenciamento de Relacionamento do Consumidor): trata-se do conjunto de processos e tecnologias para gerenciar relacionamentos com clientes atuais e potenciais.
Para dar uma conclusão ao planejamento de marketing e negócios do restaurante, devemos pensar na importância da comunicação digital. É sabido que a internet modificou a forma como as pessoas obtêm informação. Na última década, com a introdução da Web 2.0, os usuários deixam de ser espectadores para se tornarem produtores de conteúdo: prosumers. Eles influenciam quem os rodeia, por isso é fundamental que as empresas se relacionem de forma proativa com esse público. 
A utilização da internet, mais especificamente das redes sociais, por parte das empresas, pode gerar uma ligação inteligente de relacionamento e visibilidade perante os consumidores e que é possível, estrategicamente, retirar a informação e utilizá-la de forma a obter vantagens (MARQUES; VIDIGAL, 2018, p. 8).
Investimento em Informação de Negócios, de Mercado e em Comunicação Digital são palavras-chave para as organizações que pretendem se manter competitivas. Investir em comunicação digital e monitorar as redes sociais de forma eficiente também é decisivo para o sucesso de uma empresa. 
Referências bibliográficas
FORNI, J. J. Gestão de crises e comunicação: o que gestores e profissionais de comunicação precisam saber para enfrentar crises corporativas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
MARQUES, L. K. da S.; VIDIGAL, F. Prosumers e redes sociais como fontes de informação mercadológica: uma análise sob a perspectiva da inteligência competitiva em empresas brasileiras. Transinformação, Campinas, v. 30, n. 1, p. 1-14, jan./abr. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/2318-08892018000100001. Acesso em: 6 maio 2020.
MARÓSTICA, E. (org.); MARÓSTICA, N. A. C.; CASTELO BRANCO, V. R. Inteligência de mercado. São Paulo: Cengage Learning, 2014.
SAAD, E.; RAPOSO, J. F. Prosumers: colaboradores, cocriadores e influenciadores. Revista Communicare, São Paulo, v. 17, 2017. Disponível em: https://casperlibero.edu.br/wp-content/uploads/2017/09/Artigo-6-Communicare-17-Edi%C3%A7%C3%A3o-Especial.pdf. Acesso em: 6 maio 2020.

Continue navegando