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MARKETING AVANÇADO 1 Marketing avançado MARKETING AVANÇADO 2 Marketing Avançado Introdução Esta apostila abordará os princípios do marketing avançado e como esta disciplina auxilia no processo de gestão nas empresas. O termo “marketing avançado” é usado para definir um conjunto de submatérias da grande área de conhecimento que é o marketing e contém os assuntos mais importantes no marketing atual. O primeiro capítulo será dedicado à contextualização da matéria: o que é o marketing avançado, a história do marketing e a evolução dos conceitos em marketing (do marketing 1.0 ao marketing 3.0). Também será tratado sobre as principais teorias de consumo e o consumidor, identificando sua importância para o marketing moderno. O capítulo 2 será dedicado ao conhecimento sobre as técnicas de inteligência de mercado e a importância no meio empresarial, já que empresas, associações e governos usam diversas técnicas, que serão aqui descritas, na gestão das suas organizações. Os capítulos 3, 4, 5 e 6 tratam dos conceitos principais em marketing digital e como esta área tem afetado (para o bem e para o mal) as atividades do marketing moderno. Vários conceitos modernos serão abordados nestas aulas, como os de publicidade digital, novas tecnologias, redes sociais, economia digital, e-commerce, marketing de busca, realidade virtual e gestão nos meios digitais, entre outros. Os capítulos 7 e 8 tratarão da inovação e sua relação com as empresas, governos e organizações, trazendo questões de planejamento, criação, desenvolvimento e marketing de produtos e serviços. Ao final da apostila, teremos as principais referências e livros utilizados durante toda as aulas. Servem como referência para o aprofundamento nos assuntos abordados. MARKETING AVANÇADO 3 Aula 1: Introdução e comportamento do consumidor Apresentação Entender a história do marketing e suas principais características é de extrema importância para enterdermos profundamente o marketing estratégico. E parte importante deste processo é entender o ambiente em que o profissional de marketing se encontra e quais são as suas características fundamentais. Objetivos Sendo assim, esta aula tem como objetivos: Definir marketing; Narrar a história do marketing no pós-guerra; Analisar ambientes internos e externos. Unidade I: Introdução e comportamento do consumidor 1.1. Marketing avançado: o que é? Definições de marketing por Philip Kotler (2000): “Marketing consiste em determinar as necessidades e desejos dos mercados- alvo e oferecer as satisfações desejadas de forma mais eficaz do que os concorrentes”; “Trabalho com mercados na tentativa de realizar trocas de bens/serviços com o objetivo de satisfazer as necessidades e desejos”. Definição de marketing por Mitusuru Yanaze (2012): “Marketing é a concepção e o desenvolvimento de determinado bem ou serviço e a forma como eles são elaboradas, distribuídos, precificados e comunicados. Portanto, MARKETING AVANÇADO 4 marketing nada mais é do que o planejamento adequado para a inserção e a manutenção de um produto no mercado”. A disciplina Marketing Avançado é apresenta nova forma de ver o marketing, atualizando os principais conceitos e trazendo os conceitos e práticas mais modernos, como e-commerce, branding, marketing 3.0, entre outros. Trata o marketing com a devida importância à frente do mundo globalizado e altamente conectado. 1.2. Marketing 1.0 ao 3.0 a) Breve história do marketing pós-guerra “Desde o início da existência do homem no planeta, quando viviam em grupos de caçadores nômades, começaram a aparecer as primeiras trocas entre estes indivíduos ou entre os grupos. O processo de atribuição de um valor à mercadoria, da qual se tinha uma quantidade excedente, objetivando uma troca por outra mercadoria da qual se necessitava dava início à arte que atravessaria os séculos e as civilizações da antiguidade até chegar aos nossos dias como uma disciplina chamada Marketing”. (MENDES, 2017). O marketing se desenvolveu passando pelas diferentes eras e períodos econômicos da história, como a Era das Navegações, Revolução Industrial, Primeira Guerra Mundial e a Grande Depressão de 1929. Após a Segunda Guerra Mundial, que gerou a destruição de diversos países e da infraestrutura, produtos, bens e serviços, houve uma necessidade de reconstrução, sendo apoiada pela industrialização de diversos países, motivados pelo esforço de guerra. Com isto, muitas empresas estavam com produtos excedentes para colocar no mercado e passaram a adotar estratégias de comercialização e de promoção dos seus produtos visando à preferência pelo consumidor. Houve após este período a necessidade de diferenciação de produtos e serviços. A segmentação foi se tornando evidente, e vários modelos foram colocados à disposição do consumidor. A ênfase neste período foi no esforço de colocar o excedente no mercado, e para tal foram usadas táticas de venda agressivas, com promoções, preços e forte propaganda. O marketing passou a ser a principal abordagem a partir deste período e ganhou projeção em todo o mundo. A partir dos anos 60, o marketing aparece como orientação e abordagem gerencial. No início do processo, não foi bem entendido e teve resistência dos demais setores de MARKETING AVANÇADO 5 uma empresa, como produtos, operações, vendas e finanças, entre outros. Mas, em função da superioridade da abordagem, ele acabou suplantando estas resistências e se tornando estratégico para a maioria das organizações. O marketing, quando bem entendido, é fundamental para o funcionamento e a sobrevivência de uma, pois seu principal foco é o consumidor. Ele funciona como área meio ou intermediária, dentro das organizações e é importante, a partir da sua abordagem, para o direcionamento estratégico. Uma das grandes referências neste direcionamento, usado em diversas empresas, é o composto de marketing (ou os 4 Ps), desenvolvido por Jerome McCarthy nos anos 60: produto, preço, praça e promoção. (KOTTLER, 2000) b) Marketing 1.0 ao 3.0 O marketing evolui ao longo dos anos, passando por 3 fases distintas, chamadas por Philip Kotler (2010) de marketing 1.0, marketing 2.0 e marketing 3.0. O marketing 2.0 e o marketing 1.0 ainda são praticados por muitos profissionais de marketing. Ainda segundo Kotler, autor e criador desta teoria, em marketing: “As maiores oportunidades se abrirão aos profissionais que praticam o marketing 3.0”. O marketing 1.0 surgiu na Era Industrial, e se tratava basicamente de vender produtos de fábrica, que eram criados para atender ao mercado de massa. Havia poucas opções, sem segmentação, não feitas para nichos de mercado, e reduzir custos de produção, mesmo em detrimento da qualidade, era a diretriz do momento. Marketing centrado no produto e na produção, e o grande expoente do momento, era o modelo de carro “T”, da Ford Motors. O próprio Henry Ford dizia: “O carro poder ser de qualquer cor, desde que seja preto”. (KOTLER, 2010). Esta foi a grande frase representativa daquele momento histórico. O marketing 2.0 surgiu na era da informação, cujo núcleo principal é a tecnologia da informação. Também é a era do conhecimento, em que os consumidores estão completamente antenados e informados sobre os produtos e serviços. É a era da segmentação, do preço definido pelo cliente, e na qual ele (cliente) é o bem maior para as empresas. A visão do marketing 2.0 é (ou era) orientada para o cliente. O marketing 3.0, por sua vez, é voltado para os valores. Os clientes são tratados como seres humanos plenos: com mente, coração e espírito. (KOTLER, 2010). Os clientes se preocuparam com missão, visão e valores das empresas, e o objetivo do marketing MARKETING AVANÇADO 6 neste momento é oferecer “soluções” para o clientee a sociedade. A era do marketing 3.0 é a era da participação, do paradoxo da globalização e a da sociedade criativa. (KOTLER, 2010). As empresas se diferenciam pelos seus valores. Na tabela abaixo, vamos entender um pouco sobre a diferença entre as eras: 1.3. Tipologia e teorias de consumo: consumidor ou cliente? Para entender o comportamento do consumidor, primeiramente conhecemos os principais fundamentos do mercado. Agora, é preciso compreender os desejos, os sonhos e as necessidades dos clientes. Segundo Maróstica (2015), cinco conceitos básicos deverão ser analisados: 1- Necessidades, desejos e demandas – São as necessidades básicas do cliente, como alimentação, e mais bem personificado na pirâmide criada por Abraham Maslow: MARKETING AVANÇADO 7 Fonte: http://www.mood.com.br/piramide-de-maslow/, em 13/3/2017. 2- Ofertas de mercado – Estes clientes serão satisfeitos pelas ofertas do mercado. O marketing tem importância fundamental ao definir o que o consumidor precisa, não somente o produto em si. 3- Valor e satisfação – Há uma diversidade muito grande de produtos e serviços, e o produto precisa ter valor agregado para atender aos desejos e necessidades do consumidor. 4- Trocas e relacionamentos – Quando compra determinado produto, além de deixar o valor por este, o consumidor também demonstra sua satisfação ou insatisfação. 5- Mercado – O mercado precisa estar atento às necessidades de consumo e desejos do consumidor. Os profissionais de marketing precisam estar atentos para compreender o comportamento de compra dos consumidores, como QUEM compra, O QUE compra, ONDE E POR QUE compram determinados produtos e usam determinados serviços. Isto ajudará a desenvolver um mix de marketing mais adequado. Segundo Malhotra (2013), existem duas teorias principais para o comportamento do consumidor: http://www.mood.com.br/piramide-de-maslow/ MARKETING AVANÇADO 8 1- Vê os clientes como seres racionais que compram produtos que maximizam sua satisfação ou sua utilidade pelo menor gasto financeiro ou pelo menor número de oportunidades renunciadas. 2- Explica o comportamento do comprador descrevendo o cliente como uma pessoa psicossocial, que é influenciada pelo trabalho, pela família, pela cultura, por grupos de referência, percepções, aspirações e estilos de vida. Apesar de serem bem fundamentadas, ainda não explicam completamente o comportamento do consumidor. De toda forma, os clientes compram produtos para obter benefícios diversos. As compras dos consumidores podem ser explicadas por 3 fatores: 1- Fatores pessoais – As decisões de compra são influenciadas por características pessoais, como ciclo de vida, ocupação, idade, nível e renda. 2- Fatores psicológicos – Tem motivos, percepções, crenças e atitudes diferentes em relação ao que e a como compram. 3- Fatores sociais – Os clientes são influenciados por fatores sociais. Quando eles compram, seus gostos são influenciados pela classe social, cultura, grupos, regras de família e outros. FATORES SOCIAIS FATORES PSICOLÓGICOS FATORES PESSOAIS MARKETING AVANÇADO 9 1.4. Papéis do consumidor: iniciadores, shoppers, influenciadores, decisores, usuários e stakeholders. Além de identificar o comportamento do consumidor, temos que identificar o nível de importância da compra para ele, o nível de envolvimento e o nível de risco na compra. O nível de envolvimento depende do tipo e da quantidade do produto comercializado. Produtos de alto envolvimento são mais caros e envolvem um risco maior e o consumidor passará mais tempo analisando. As compras de baixo envolvimento são de produtos como arroz, pasta de dente, feijão etc. Requerem níveis limitados de informação, e o risco percebido é baixo. Fazer compras por impulso é um processo de baixo envolvimento, influenciado pelo marketing de ponto de venda. Nesta fase do consumo, a informação é extremamente importante. Muitas decisões de compras dependem de grupos ou de mais de um consumidor, que são os que participam do processo de compra, e o consumidor, dentro deste critério, desempenha diversos papéis, como: a) Iniciador – É a pessoa que sugere a compra de determinado produto ou serviço. É o que dá a ideia da compra. Por exemplo, as empregadas domésticas que listam os materiais que devem ser comprados em casa. b) Shopper ou comprador – É o que de fato compra o produto e que pode mudar sua decisão inclusive no ponto de venda. O processo precisa ser acompanhado até o final. c) Influenciador – É a pessoa que tem influência no processo de compra, a exemplo de uma esposa ao influenciar a compra da casa, para a família. Os professores também são exemplos, pois direcionam os alunos a comprarem determinados livros. d) “Decisor” ou tomador de decisão – É a pessoa que toma a decisão final da compra. Na compra do carro da família, geralmente a mulher decide. e) Usuário – É o que consome ou usa o produto. f) Stakeholder ou pagador – Muitas vezes não participa do processo de compra, mas é o “patrocinador” da compra, como pais e mães ao comprarem produtos para seus filhos. MARKETING AVANÇADO 10 O comportamento de compra do consumidor precisa ser compreendido, e esta é só a primeira etapa do processo de marketing. Fonte: https://www.slideshare.net/FelipeDuarte7/aula-3-comportamento-consumidor 1.5. Estratégias de marketing para o consumo: cadeia de valor, satisfação do consumidor, marketing de relacionamento e qualidade total O propósito do marketing é satisfazer as necessidades e desejos dos clientes. Diante disto, a análise do comportamento do consumidor visa identificar como pessoas, grupos e organizações selecionam, compram, usam e descartam artigos, serviços, ideias ou experiências para satisfazer suas necessidades e desejos dos clientes. O comportamento do comprador pode ser visto como um processo de estímulo e resposta, e a nossa tarefa é entender o que acontece com o consumidor entre o estímulo externo e a decisão de compra. O papel do marketing no processo de compra é: • Identificar as influências que existem sobre as decisões de compra dos consumidores e identificar quais são os grupos ou pessoas que os ajudam a tomar a decisão de compra; • O marketing deve dirigir campanhas direcionadas a cada tipo de pessoa influenciadora (mercado-alvo). https://www.slideshare.net/FelipeDuarte7/aula-3-comportamento-consumidor MARKETING AVANÇADO 11 Uma verificação importante, neste ponto de vista, é a intensidade de compra dos consumidores, que podem ser divididos da seguinte maneira: 1- Heavy users – Compram ou usam determinado serviço com frequência fora do comum; 2- Medium users – São os que compram dentro de um padrão de normalidade; 3- Light users – São os que compram ocasionalmente e em baixas quantidades. Uma parte importante dentro do processo de conhecimento e reconhecimento do consumidor é o gerenciamento da CADEIA DE VALOR, que “é uma série de atividades que envolvem – direta ou indiretamente – todos os membros de uma empresa para obter materiais, processá-los e distribuir os produtos acabados com o objetivo de atender às necessidades dos clientes”. (MALHOTRA, 2013) Há dois elementos principais com os quais devemos nos preocupar na cadeia de valor e que afetam diretamente ao consumidor: o canal de distribuição e a logística. Uma decisão importante é a determinação do posicionamento competitivo da empresa, que é uma declaração de valor única que a empresa oferecerá aos clientes. O posicionamento define o valor que a empresa oferecerá e aquele que não oferecerá. Dentro desta temática de posicionamento, há os pontos de paridade e os pontos de diferença. Este objetivo estratégico final é levar a satisfação do consumidor, e, do ponto de vista do consumidor, o posicionamento competitivoé uma preposição de valor. Segundo Kotler (2010), os consumidores são os novos donos da marca. No marketing 3.0, a marca deixa de ser da empresa e passa a ser propriedade do consumidor, que pode levantar uma marca ou destruí-la completamente. Não há possibilidade de ter o controle sobre a marca, mas sim ter uma estratégia voltada para o consumidor. “A missão da marca agora passa a ser a missão deles”. (KOTLER, 2010) As empresas precisam alinhar as ações de marketing às ações da marca voltadas para o consumidor. Criar a missão da marca não é fácil, mas, certamente, em tempos de consumidores 3.0, a marca precisa ser ao mesmo tempo inovadora e impactante. MARKETING AVANÇADO 12 AULA 2: Inteligência de mercado Apresentação A inteligência de mercado é um dos principais assuntos no mundo dos negócios, e o conhecimento neste ramo é fundamental para o aluno. É um assunto ainda em estudo e que terá ao longo dos anos diversas modificações e inserção de novos conhecimentos e metodologias. Objetivos Sendo assim, esta aula tem como objetivos: Definir inteligência de mercado e contrainteligência; Analisar inteligência estratégica e suas diversas vertentes; Explicar inteligência de marketing ou mercadológica; Reconhecer o sistema de informação de marketing e pesquisa de mercado. Unidade II: Inteligência de mercado “A inteligência de mercado é uma poderosa ferramenta que vem sendo utilizada pelas organizações como estratégia para a transformação das informações obtidas, por meio do monitoramento externo, voltada para a tomada de decisão”. (MARÓSTICA, 2015). O monitoramento do mercado é de extrema importância dentro das organizações, e este trabalho é feito através do monitoramento do ambiente externo: concorrentes, novos produtos e serviços, fornecedores, clientes, parceiros de negócio, entre outros. O mercado atualmente está em grande transformação e a tomada de decisões precisa ser rápida, assim como o plano de ação para tratar possíveis problemas, como preço, competitividade, falta de qualidade etc. A implantação da inteligência de mercado das empresas não é fácil, pois exige uma mudança na cultura organizacional na empresa, uma vez que a maioria das empresas ainda operam com sistemas de administração antigos e a eficácia do processo requer que as ferramentas de inteligência de mercado sejam utilizadas adequadamente e com MARKETING AVANÇADO 13 toda a liberdade possível. Há muitas empresas que ligam esta área diretamente à presidência das empresas ou ao conselho de administração. Segundo Maróstica (2015), “a inteligência de mercado apoia-se em ferramentas sofisticadas que abrangem a criatividade e inovação (a gestão do conhecimento). O Business Intelligence (a inteligência competitiva). São instrumentos apoiados em um tripé que engloba a inteligência estratégica (visão do futuro), a inteligência tática (detalhamento), e a inteligência operacional (operacionalização ou apoio à inteligência tática e estratégica)”. Informação para a tomada de decisão é fator primordial para o sucesso empresarial, e a inteligência de mercado proporciona isto. 2.1 Definição de inteligência empresarial e contrainteligência Não há uma receita única de inteligência empresarial ou Business Inteligence (BI) para todas as empresas e mercados. “A inteligência empresarial pode ser definida como a capacidade de uma empresa de capturar, selecionar, analisar e gerenciar informações relevantes para a gestão do negócio”. (MARÓSTICA, 2015). Ainda segundo Maróstica (2015), a inteligência empresarial tem como objetivo: a) Criar um processo que contemple a inovação e a criação de conhecimento; b) Promover a redução de riscos na tomada de decisão e neutralizar as ações da concorrência; c) Prover a capacidade de direcionamento assertivo na implantação de ações estratégicas para aumentar a competitividade nas organizações; d) Criar oportunidades para prospecção e geração de novos negócios; e) Alavancar o processo de desenvolvimento de produtos e serviços com base em informações confiáveis, eficientes e ágeis; f) Monitorar, analisar e prever as questões relacionadas ao negócio principal da empresa; g) Gerar valor para os negócios. A inteligência empresarial é o resultado de uma evolução do planejamento estratégico e de atividades da pesquisa de marketing. Outro ponto importante nesta abordagem é a contrainteligência. Eduardo Maróstica diz sobre este tema: MARKETING AVANÇADO 14 “Contrainteligência pode ser definida como toda atividade na empresa que objetiva prevenir, detectar, obstruir e neutralizar a inteligência do concorrente. Deve-se estruturar a empresa por meio de um processo que envolva ações de segurança corporativa de qualquer natureza que possam constituir em ameaças a preservação de dados, informações, ou qualquer produto informacional, bem como aos bens ou ao patrimônio da organização”. (MARÓSTICA, 2015) Para que a inteligência empresarial seja eficaz na empresa, é fundamental que a empresa tenha capacidade de utilizá-la corretamente. Inteligência empresarial pode ser definida como um processo pelo qual se cria um conjunto de atividades estratégicas com o objetivo de articular a coleta, a análise e a disseminação das informações inteligentes ou relevantes a uma organização, de modo a favorecer o processo de tomada de decisões. (MARÓSTICA, 2015) O pensamento estratégico mudou e evoluiu consideravelmente ao longo dos anos, como mostra o quadro a seguir: MARKETING AVANÇADO 15 Fonte: Lobato (2009) 2.2 Inteligência estratégica Entender o mercado e o público-alvo de cada negócio e poder mensurar a satisfação do cliente talvez sejam os fatores mais importantes de continuidade e futuro de cada empresa. Torna-se importante a utilização do conjunto de estratégias organizadas, que podem possibilitar vantagem competitiva e comparativa para as empresas. Abaixo, faremos uma análise das principais ferramentas de inteligência estratégica desenvolvidas nos últimos anos e apresentaremos brevemente cada uma. MARKETING AVANÇADO 16 a) Matriz de Porter A matriz estratégica de Porter traz o conceito de cadeia de valor, formulado em 1990. Segundo Maróstica (2015), é o conjunto de todas as atividades inter-relacionadas que visam adicionar um valor específico ao cliente. A cadeia de valor divide a empresa em atividades primárias (logística, operações, marketing e pós-venda) e atividades secundárias (compras, P&D, recursos humanos e facilities). Fonte: Porter (1986) MARKETING AVANÇADO 17 Porter (1986) desenvolve ainda o conceito das 5 (cinco) forças competitivas: Fonte: Porter (1986). “O valor das empresas é estabelecido pelo mercado e determinado pelo grau de rivalidade entre elas. Esta rivalidade é alta quando se verificam as seguintes condições: crescimento lento, concorrentes numerosos ou bem equilibrados, custos fixos elevados, excesso crônico de capacidade, ausência de custos de mudança, existência de concorrentes divergentes, existência de concorrentes com grandes interesses estratégicos, ausência de diferenciação de produtos e barreiras de saídas elevadas”. (MARÓSTICA, 2015). Além desta análise, temos que observar a ameaça de novos entrantes, especialmente de empresas que tenham capital para sustentar uma guerra de preços e se manter durante muito tempo no mercado, histórico das retaliações na indústria, crescimento da indústria e outros. Os produtos substitutos são uma ameaça constante à concorrência, e a principal característica é substituir um produto existente. O consumidor opta por uma marca desconhecida ou outro tipo de produto, em detrimento do produto principal, como artigos de limpeza, alimentos, entre tantos. Outros dois pontos importantes de análise são o poderde barganha do comprador e poder de barganha dos fornecedores. Conhecer estas questões e analisá-las corretamente leva a empresa ao sucesso ou ao fracasso. b) Balanced Scorecard (BSC) MARKETING AVANÇADO 18 O Balanced Scorecard (BSC) tem por finalidade conhecer o método de medição de desempenho de uma empresa a partir de uma visão financeira. É o método voltado para estudar estratégias competitivas e desenvolver o planejamento estratégico. O método foi desenvolvido por Kaplan e Norton: Fonte: https://pt.slideshare.net/maciel3000/balanced-scorecard-2479404 c) Business Unit Ansoff (1993) desenvolveu o conceito de unidades estratégicas de negócios (UENs) ou Business Unit. Foi na realidade a divisão dos negócios dentro de uma organização e este sistema organizacional facilita a condução de estratégias. Podem existir várias UENs em uma organização e elas são desenvolvidas com menor hierarquia e maior autonomia. d) Matriz de planejamento estratégico de negócios da Mckinsey – GE Mais conhecida como Matriz GE, ela consiste em duas dimensões básicas: a atratividade do setor, que avalia fatores como crescimento, intensidade, sazonalidade, custos, lucratividade histórica, entre outros; e a capacidade da empresa ou https://pt.slideshare.net/maciel3000/balanced-scorecard-2479404 MARKETING AVANÇADO 19 competitiva, que avalia a potencialidade da organização, participação no mercado, lucratividade, custos operacionais, desempenho da pesquisa e desenvolvimento de processos. (MARÓSTICA, 2015) e) Matriz do Boston Consulting Group (BCG) Segundo Maróstica (2015), “a matriz do Boston Consulting Group (BCG) é utilizada para alocar recursos em atividades de gestão de marcas e produtos, planejamento estratégico e análise de portfólio, tomando como base o conceito do ciclo de vida do produto”. As estrelas são produtos em ascensão no mercado e líderes nos seus segmentos. Apresentam uma situação equilibrada, mas ainda assim necessitam de investimento e promoção; Interrogação ou em questionamento são produtos em fase de lançamento ou novos no mercado. Exigem alto investimento e tem baixo retorno; As vacas leiteiras têm uma participação alta no mercado de baixo crescimento. São os produtos de sustentação da empresa e ajudam a financiar os demais produtos e investimentos; Os produtos abacaxi são os que mais consomem, produzem pouco e podem ser retirados do portfólio a qualquer momento. MARKETING AVANÇADO 20 f) Análise SWOT Também conhecida como Matriz SWOT, é uma sigla da língua inglesa, que significa pontos fortes (strenghths), pontos fracos (weaknesses), oportunidades (opportunities) e ameaças (threats). Ela é atribuída a dois autores: Kenneth Andrews e Roland Christensen, professores da Harvard Business School. Há dois eixos, com duas vertentes cada uma: interna (pontos fortes e fracos) e externa (oportunidades e ameaças). O objetivo é analisar a empresa à luz destes eixos. Esta análise colabora no planejamento das empresas e também na construção do plano de negócios e do plano de ação. Segue abaixo exemplo de uma Matriz SWOT: Fonte: http://nossacausa.com/matriz-swotat´pe-em-organizacoes-de-terceiro-setor/ g) Outras ferramentas Além das ferramentas estratégicas já utilizadas, há outras ferramentas usadas na inteligência empresarial, como a teoria do planejamento estratégico, desenvolvida por Ansoff (1993), com sua matriz empresa versus mercado; O conceito do ciclo de vida do produto; O modelo de Porter das estratégicas genéricas de competição; Plano de ação; Plano de negócios vinculado ao modelo Canvas, entre outros. http://nossacausa.com/matriz-swotat´pe-em-organizacoes-de-terceiro-setor/ MARKETING AVANÇADO 21 2.3 Inteligência de marketing ou mercadológica Inteligência de marketing ou mercadológica é o compartilhamento das melhores práticas e tecnologias para tornar acessíveis informação mercadológica substancial e dados para a geração de novos conhecimentos, permitindo a identificação e o mapeamento dos ativos de marketing. Apoia a tomada de decisão mercadológica e permite um mapeamento melhor do mercado e a utilização da estratégia de marketing correta. Para que as decisões sejam corretas, várias ferramentas dentro desta modalidade são utilizadas, como as que serão apresentadas a seguir: a) Mix de marketing – 4 Ps O mix de marketing (4 Ps) foi criado por Jerome McCarthy em 1960, chamado também de composto de marketing. É a união de 4 (quatro) ferramentas que a empresa visa para criar valor para o cliente. Fonte: http://multiad.com.br/marketing/os-4ps-do-marketing/ 1- Produto – É a identificação dos produtos principais e secundários da empresa e a adequação aos gostos e necessidades do consumidor. 2- Preço – É o valor agregado ao produto, o retorno para a empresa. Além disto, também diz respeito a formas de pagamento, condições de financiamento, descontos e preço gancho, entre outros. http://multiad.com.br/marketing/os-4ps-do-marketing/ MARKETING AVANÇADO 22 3- Promoção – É a forma com que empresa vende e promove seus produtos e serviços. Envolve publicidade, marketing, comunicação, mídia, eventos, treinamentos e tudo o que irá persuadir o consumidor. 4- Praça – É também chamada de rede de distribuição. É a localização do produto e de como ele será distribuído no mercado. A escolha e a forma de distribuição são extremamente importantes para a divulgação e a promoção do produto ou serviço. Envolve também logística e transporte. b) 4 As Os 4 As têm relação com a equipe de marketing e giram em torno de 4 (quatro) funções básicas do marketing: análise, adaptação, ativação e avaliação. A análise se refere ao mercado. A adaptação será a aceitação do produto e da empresa pelo mercado. A ativação será a execução do produto analisado e adaptado, e a avaliação, o controle e a possível modificação deste, caso haja necessidade. Tanto na análise quanto na avaliação, os dados serão extremamente importantes. c) 4 Cs Os 4 Cs são os 4 Ps do ponto de vista da empresa com o cliente. O primeiro é o cliente, estrutura fundamental para as empresas, que se preocupam em conhecê-lo mais e saber as suas necessidades e aspirações. O segundo é o custo, que diminui com o aumento das margens e com a melhoria da relação custo-benefício. A conveniência é a percepção de que os clientes estão dispostos a pagar mais desde que os produtos atendam a este requisito. A comunicação é o canal em que as empresas operam e o principal elo entre empresas e clientes. Aula 3: Gestão estratégica nos meios digitais Apresentação O mundo digital é uma realidade para o marketing, e entender todos os processos relativos a esta nova área de conhecimento é de extrema importância para o entendimento do marketing e da sua prioridade, que é a satisfação das necessidades do consumidor. Os próprios consumidores estão muito alinhados com esta área, e todo o planejamento de marketing passa pelo entendimento do marketing digital, na sua plenitude. Este é o objetivo dos módulos a seguir. MARKETING AVANÇADO 23 Objetivos Sendo assim, esta aula tem como objetivos: Definir os principais conceitos de gestão estratégica nos meios digitais; Reconhecer a publicidade digital; Classificar a importação da reputação corporativa: branding, segmentação e posicionamento; Analisar conceitos de planejamento estratégico para marketing digital; Explicar os 8 Ps do marketing digital. 3.1. Publicidade digital A publicidade digital, dentro do cenário de marketing digital, é uma realidade no Brasil e no mundo. Só no Brasil, os maiores anunciantes já investem cerca de 15% do seu budget em marketing digital. Ocorreu uma grande mudança nos últimos 100 anos, passando pela era do rádio, era da TV, e agora a era digital. Além do rádio, da TV e dos meiostradicionais de publicidade, os anunciantes e as empresas contam agora com uma infinidade de meios digitais para divulgação dos produtos e serviços. Segundo Tybout (2013): “A propaganda é uma das ferramentas mais valiosas da marca para criar valor e leva- la ao sucesso no mercado. Quando uma marca se diferencia dos concorrentes em aspectos importantes para os consumidores, a propaganda se configura como instrumento para comunicar esta vantagem”. Esta definição não é diferente no mundo digital, só que com uma rapidez nunca antes vista. A publicidade foi obrigada a ser reorganizar e ganhar uma nova face à luz do desenvolvimento tecnológico, do qual podemos destacar alguns aspectos importantes: 1- Não há mais controle sobre a vontade do consumidor, que muda rapidamente à luz das informações recebidas. O consumidor produz conteúdo e quer respostas rápidas às suas demandas; 2- O tempo agora é real e imediato; MARKETING AVANÇADO 24 3- As mídias são imediatas e imprevisíveis, e a tentativa e o erro nesta nova publicidade são fundamentais; 4- Não há certeza do sucesso de qualquer investimento, e a reputação da marca é de extrema importância para o sucesso da publicidade digital; 5- A comunicação é modular e infinita. As companhias no passado tinham que investir muito para impactar os consumidores com suas marcas para tentar convencê-los de que eram a melhor opção. (TURCHI, 2016) Esta decisão é tomada em tempo real, no momento da compra, através de informações da própria empresa ou de informações de outros consumidores, através da web. A publicidade digital acabou ganhando cada vez mais relevância. Há uma confiança maior na publicidade online. Atualmente, são gastos quase 100 bilhões de dólares em publicidade online. Para muitas empresas, ainda falta o conhecimento maior sobre a publicidade, mas a publicidade digital continuará a crescer mais do que outras mídias nos próximos anos. MARKETING AVANÇADO 25 Fonte: http://www.hytrade.com.br/gasto-publicitario-total-na-america-latina-esta- crescendo-mais-depressa-do-que-no-resto-do-mundo/ O objetivo da publicidade digital não é mais convencer o consumidor da necessidade de comprar determinado produto ou serviço, e sim de que ele tenha uma experiência real com a marca. Os principais formatos de publicidade digital são: 1- Banners diversos; 2- Patrocínio; 3- Link patrocinado (SEM); 4- Pop-ups; 5- Newsletters; 6- E-mail marketing; 7- Streaming; 8- Hotwords; 9- Adwords; 10- Aplicativos (apps); 11- Games; 12- Mídias sociais. Não há limites para o desenvolvimento da tecnologia e, consequentemente, da publicidade digital. Novas formas de publicidade e conteúdo surgirão em pouco tempo. O domínio destas técnicas é extremamente importante para o profissional de marketing e gestor da empresa. http://www.hytrade.com.br/gasto-publicitario-total-na-america-latina-esta-crescendo-mais-depressa-do-que-no-resto-do-mundo/ http://www.hytrade.com.br/gasto-publicitario-total-na-america-latina-esta-crescendo-mais-depressa-do-que-no-resto-do-mundo/ MARKETING AVANÇADO 26 Fonte: https://www.cartacapital.com.br/economia/google-lidera-mercado-de-midia- com-faturamento-166-maior-que-disney 3.2. Reputação corporativa: e-business, e-branding, segmentação, posicionamento e gestão de marcas no meio digital “A conectividade está em toda a parte”, diz Brogan (2012). Esta é uma mudança importante no cenário da economia mundial e é um fator fundamental para o e- business. O consumidor deixou de ser passivo para ser completamente ativo, tanto na criação de produtos quanto na melhoria de produtos e serviços. Quando uma empresa erra no planejamento, na produção ou na venda de algum produto ou serviço, os consumidores sabem em tempo real e podem interferir decisivamente em seu desempenho. O consumidor ou mesmo o funcionário de uma empresa é o protagonista, num cenário em que domina a cultura da participação. A preocupação com a marca, com a sua reputação e com o seu desenvolvimento é uma premissa fundamental para as empresas. Novos conceitos, dentro deste contexto, são o coworking, cocriação, home office e curadoria, entre outros, e as palavras fundamentais neste processo de gestão de marcas são “velocidade”, “flexibilidade” e “economia”. https://www.cartacapital.com.br/economia/google-lidera-mercado-de-midia-com-faturamento-166-maior-que-disney https://www.cartacapital.com.br/economia/google-lidera-mercado-de-midia-com-faturamento-166-maior-que-disney MARKETING AVANÇADO 27 No e-business, o poder do usuário ou consumidor adquire papel central no cenário do marketing digital. Para Martha Gabriel (2010), houve uma inversão do vetor de marketing: “Enquanto no marketing tradicional as ações de promoção e relacionamento acontecem no sentido da empresa para o consumidor, da marca para o consumidor; atualmente, o consumidor busca a empresa, a marca, como, onde e quando desejar. A digitalização é a base estrutural que sustenta essa inversão”. Dentro deste processo, houve também um processo de desenvolvimento do marketing de segmento, facilitado pelo desenvolvimento tecnológico. O marketing precisa entender cada um dos segmentos da sociedade e comandar ações que tenham relevância para determinado público/segmento. A inversão do vetor de marketing precisa ser considerada nas campanhas e estratégias de marketing das companhias. O consumidor é colocado na origem das ações de relacionamento com a empresa- marca. Fonte: https://pt.slideshare.net/antoniocruzjr/varejo-omnichannel Outro termo bastante usado nos dias atuais é o e-branding, que é nada mais do que a gestão de marcas digitais ou marcas virtuais. O único canal de mercado do e- branding são as empresas que oferecem produtos e serviços online. Há uma consolidação crescente das marcas virtuais. No Brasil, empresas como Submarino, MARKETING AVANÇADO 28 Netshoes, Saraiva, e-bay, Amazon, YouTube, Google Play e as redes sociais têm uma reputação muito grande e são dignas de confiança do consumidor. O e-branding no futuro pode suplantar a existência de canais de marketing. O grande desafio do futuro é a construção de imagem e posicionamento das marcas puramente virtuais. (BISPO, 2016) Para Bispo (2016), o verdadeiro sentido do e-branding é transformar tecnologia em nomes e marcas lembradas por consumidores, e reduzir a complexidade sobre o produto ou marca. Dentro do e-branding, a qualidade sempre será fator preponderante, como uma espinha dorsal, seguido pela lealdade do consumidor e o seu valor sentimental. O receptivo da marca é extremamente importante. A seguir, alguns pontos intangíveis na mente do consumidor no e-branding: 1- Performance; 2- Praticidade; 3- Tecnologia; 4- Pontualidade; 5- Qualificação profissional. FONTE: Bispo, 2016 A gestão de marcas virtuais é uma premissa básica e tendência futura do branding, do marketing e daqueles que fazem da marca o espírito e a alma do empreendedorismo. (BISPO, 2016). MARKETING AVANÇADO 29 Fonte: https://www.slideshare.net/ProfPrakashSingh/e-branding-and-online- advertising 3.3 Planejamento estratégico para marketing digital O planejamento estratégico de marketing é o processo no qual a empresa analisa o ambiente de marketing (neste caso, o marketing digital) com foco nos seus objetivos em relação a um determinado público-alvo, traçando estratégias de marketing para alcançar estes objetivos. (GABRIEL, 2010) O planejamento de marketing digital é bem similar ao planejamento de marketing tradicional. A estratégia, neste caso, é composta importantes fatores: 1- Objetivos: quais são suas metas e objetivos e aonde você pode chegar; https://www.slideshare.net/ProfPrakashSingh/e-branding-and-online-advertising https://www.slideshare.net/ProfPrakashSingh/e-branding-and-online-advertisinghttp://www.marketingdeconteudo.com.br/marketing-de-conteudo/por-que-e-tao-importante-fazer-um-planejamento-de-marketing/ MARKETING AVANÇADO 30 2- Ambiente: como seus concorrentes estão se portando e se comunicando no ambiente online? Qual é o cenário do seu nicho na mídia digital? Quais são seus principais desafios à luz do seu ambiente atual. 3- Público-alvo: você conhece o seu público-alvo? Sabe o segmento? Como se comporta? Quais produtos ele quer? 4- Recursos externos e internos disponíveis: quais são os recursos e mídias necessárias para você chegar ao seu objetivo? Estes recursos são fáceis? Estão disponíveis? Haverá a necessidade de contratação de recursos externos, ou apenas os internos dão conta? 5- Pesquisa: ponto de partida para saber aonde você quer chegar no planejamento digital; 6- Objetivos internos: com este planejamento, aonde você pretende chegar na empresa? 7- Pontos de integração com as equipes existentes: o planejamento acaba interagindo com setores como vendas, operações e produtos; 8- Input da equipe: informações e sugestões da equipe. O ideal é que a equipe seja “dona do plano” pois isso gera o compromisso com o sucesso do projeto; 9- Aspecto legal: o planejamento precisa ser apoiado por um ou mais setores da empresa que tem sinergia com o projeto, pois é importante que sejam oficializados internamente. À luz deste contexto, as estratégias de marketing das empresas precisam mudar, levando-se em consideração que as mídias online aumentam e evoluem a cada dia, como vimos na primeira parte desta aula. O planejamento estratégico de uma empresa no digital deve abranger diversas ações, como mobile marketing, flash mob, SMS, Whatsapp, QR Code, realidade aumentada, e-commerce, m-commerce, s-commerce, redes e mídias sociais, buscas, SEO, SEM, buzz, marketing viral, marketing de experiência, advergaming, games sociais, entre outros. (TURCHI, 2016) Atualmente, mais de 70% das empresas já anunciam online e as empresas caminham com um plano de marketing on-off. A estratégia não é o fim em si mesmo, e sim o caminho. O planejamento estratégico não deve abranger somente o plano de marketing, e sim o negócio como um todo. Deve ir além das campanhas de propaganda, comuns nos MARKETING AVANÇADO 31 negócios, e sim de técnicas de gestão e estratégia, como pesquisas de mercado, análises técnicas qualitativas e quantitativas, análise de ambientes macro e microeconômicos e certamente a mensuração de todas as mídias e ações aplicadas. A análise de ambiente, como a análise SWOT, é fundamental também no processo de planejamento de marketing digital. As ações também precisam contemplar ações que mesclem o online com o off-line (internet e fora da internet). As ações precisam abranger especialmente os novos meios e nova tecnologias. A partir da definição destes elementos, são traçados um plano de ação conciso e um plano de marketing. O plano de ação é a parte do planejamento propriamente dito. A seguir, os principais elementos presentes no plano de ação: 1- Canais – Como você sabe tudo e mais um pouco sobre seu público-alvo e até já desenvolveu um perfil, agora é hora de escolher os canais para ativar a campanha: Facebook, YouTube, buscadores, hotword, addword, e-mail etc. Você pode escolher vários ou apenas um ou dois, tudo depende de onde está seu consumidor e qual destes meios terá a melhor entrega de conversão, além de ter estratégias off-line que tenham convergência com os canais online. 2- Conteúdo – É o ponto mais importante de todo o planejamento de marketing digital. É por meio do conteúdo que você chamará a atenção do público, o ajudará a encontrar soluções, criará empatia e conquistará informações importantes para transformá-lo de um simples lead em um cliente. Além disso, vale ressaltar a necessidade de se adequar também às particularidades de cada canal. O Instagram, por exemplo, é uma rede social de imagens em que o uso de hashtags (#) é muito importante. Assim, nada de usá-lo para escrever textos longos, coloque apenas uma legenda, pois lá impera o ditado “uma imagem vale mais que mil palavras”. 3- Cronograma – Muito provavelmente você implantará uma série de planos de ação simultaneamente para elevar o potencial de sua campanha online. Assim, é de extrema importância que seja feito um cronograma de modo a deixar claro a frequência, a distribuição de material e a sinergia entre eles. MARKETING AVANÇADO 32 4- Monitoramento – Defina quais serão os KPIs e métricas trabalhados em cada um dos canais e, posteriormente, acompanhe o desempenho do funil de vendas. Nesta etapa, é importante ter o investimento total a ser aplicado e o embasamento e informações do público-alvo que precisa ser atingido pelo plano. Fonte: http://www.marketingdeconteudo.com.br/marketing-de-conteudo/como- fazer-um-bom-planejamento-de-marketing-digital/ O segundo ponto é o plano de marketing, que é o instrumento para desenvolver as ações estratégicas de marketing. Normalmente, o plano de marketing digital estará inserido no plano de marketing global da empresa, o que não impede que seja feito separadamente. O plano de marketing contempla dois aspectos: o estratégico e o tático-operacional. Não entraremos profundamente no plano de marketing, mas abordaremos alguns aspectos que englobam um plano de marketing, como se segue: 1- Introdução; 2- Análise do macro e microambiente; 3- Análise do ambiente interno (produto); 4- Matriz SWOT; 5- Objetivos e meta de marketing; 6- Estratégias (4 Ps ou 8 Ps) ; 7- Plano de ação (tático-operacionais); 8- Orçamento e cronogramas; 9- Avaliação e controle. Fonte: Gabriel, 2010 http://www.marketingdeconteudo.com.br/infograficos/kpis-o-que-sao-key-performance-indicators-indicadores-chaves-de-performance/ http://www.marketingdeconteudo.com.br/marketing-de-conteudo/como-fazer-um-bom-planejamento-de-marketing-digital/ http://www.marketingdeconteudo.com.br/marketing-de-conteudo/como-fazer-um-bom-planejamento-de-marketing-digital/ MARKETING AVANÇADO 33 Fonte: http://conexorama.com/plano-de-marketing-digital-o-que-e-como-definir-e- exemplo-de-planejamento/ 3.4 Os 8 Ps do marketing digital Se você ainda não sabe o que são os 8Ps do marketing digital, mas já sabe o que são os 4 Ps do marketing, certamente deve estar se questionando agora: o que são e para que criaram os 4 Ps? Em primeiro lugar, não há relação entre eles. O mix de marketing é uma ferramenta ou metodologia em que os 4 Ps (Produto, Preço, Praça e Promoção) existem e ainda existirão com grande importância para o planejamento de marketing. Nos 8 os, temos apenas somente 1P que vem com significado muito semelhante com os do mix, que é o P de Promoção. Com a evolução do marketing digital e a consequente evolução das empresas para esta modalidade, o marketing mix foi aprimorado, nascendo, por Conrado Adolpho Vaz, em 2012, os 8 Ps do marketing digital, que são: PESQUISA, PLANEJAMENTO, PRODUÇÃO, PUBLICAÇÃO, PROJETO, PROPAGAÇÃO, PERSONALIZAÇÃO e PRECISÃO. http://conexorama.com/plano-de-marketing-digital-o-que-e-como-definir-e-exemplo-de-planejamento/ http://conexorama.com/plano-de-marketing-digital-o-que-e-como-definir-e-exemplo-de-planejamento/ MARKETING AVANÇADO 34 Fonte: http://virtualmarketingpro.com/blog/edmarsantos/metodologia-de-marketing- digital-8ps/ AULA 4: Marketing digital I – economia, tecnologia, conceitos, pesquisa e publicidade Apresentação O mundo digital é uma realidade para o marketing e entender todos os processos relativos a esta nova área de conhecimento é de extrema importância para o entendimento do marketing e da sua prioridade que é a satisfação das necessidades do consumidor. Os próprios consumidores estão muito alinhados com esta área, e todo o planejamento de marketing passa pelo entendimento do marketing digitalna sua plenitude. Este é o objetivo dos módulos a seguir. http://virtualmarketingpro.com/blog/edmarsantos/metodologia-de-marketing-digital-8ps/ http://virtualmarketingpro.com/blog/edmarsantos/metodologia-de-marketing-digital-8ps/ MARKETING AVANÇADO 35 Objetivos Sendo assim, esta aula tem como objetivos: Reconhecer o marketing digital e suas diferentes características; Definir os conceitos básicos de economia digital e tecnologia; Explicar a importância da pesquisa em marketing digital e da publicidade digital para o mercado na atualidade. A grande força que movimento o mundo na era do Marketing 3.0 é a globalização, e a globalização é impulsionada pela tecnologia. A tecnologia facilitou áreas como educação, economia, administração, recursos humanos e especialmente o marketing. Não se fala em publicidade e marketing sem se pensar no digital. Não se faz nenhum plano de marketing ou de mídia sem pensar no digital. Pensar no digital é pensar globalmente e é pensar numa economia interligada através da globalização. (KOTLER, 2010) 4.1 Conceitos em marketing digital O marketing digital foi iniciado, segundo muitos autores e especialistas em marketing e administração, a partir da publicação do livro The Cluetrain Manifesto, lançado em 1999, que apresenta na forma de manifesto ou teses o impacto na nova internet nos consumidores. Martha Gabriel (2010) cita algumas destas mudanças: 1- A internet muda tudo; 2- Mercados começaram como conversas; 3- A internet subverte hierarquias; 4- Mercados online são muito diferentes dos mercados de massa; 5- Empresas precisam adquirir senso de humor; 6- As empresas estão com medo, e o medo mantém as empresas distantes de seus consumidores. A sociedade e os consumidores mudaram, e isto também força as empresas a mudarem completamente os seus conceitos. O marketing digital é abrangente e utiliza todas as mídias digitais, como a internet, canais móveis e interativos, com o objetivo de desenvolver a comunicação e a interação com os clientes. É o uso de todos os canais digitais para abranger o cliente. Segundo Pride (2015), um dos benefícios mais importantes do e-marketing é sua capacidade de fazer com que os profissionais de MARKETING AVANÇADO 36 marketing e os clientes compartilhem informações. Por meio dos websites, redes sociais e outras mídias digitais, os consumidores podem descobrir tudo sobre os produtos que consomem e usam em suas vidas. Entre as diferentes modalidades de marketing digital, podemos citar algumas, como: 1- Mobile marketing; 2- Marketing de busca; 3- Marketing em redes sociais; 4- Marketing de conteúdo; 5- Marketing viral; 6- Marketing de relacionamento. As ações de marketing e o marketing digital foram facilitados pela proliferação da tecnologia e das plataformas digitais. O ciclo tecnológico é mais rápido do que o ciclo de vida e o conhecimento das novas plataformas. O marketing digital é essencial para manter a vantagem competitiva da empresa. Dentro do marketing digital, podemos trabalhar com as seguintes plataformas/tecnologias digitais: 1- Páginas digitais; 2- E-mail; 3- Realidades virtual e aumentada; 4- Tecnologias mobile (RFID, mobile tagging, SMS, bluetooth, mobile TV etc.) 5- Plataformas digitais de redes sociais; 6- Buscadores; 7- Games e entretenimento digital; 8- Tecnologias inteligentes de voz; 9- Vídeo, TV digital, vídeo imersivo. As empresas e os profissionais de marketing precisam aprender a utilizar o marketing digital como importante ferramenta de interação com o consumidor, pois o consumidor já utiliza a internet de forma eficaz. MARKETING AVANÇADO 37 Fonte: Sandra Turchi, em www.sandraturchi.com.br 4.2 Tecnologia Um dos efeitos mais importantes das tecnologias digitais no marketing é sua colaboração para a inversão do vetor de marketing. Enquanto no marketing tradicional, as ações de promoção e relacionamento acontecem no sentido da empresa para o consumidor, da marca para o consumidor; atualmente, é o consumidor que busca a empresa, a marca – como, onde e quando desejar. A digitalização é a base estrutural que sustenta essa inversão. (GABRIEL, 2010) O consumidor, com a tecnologia, está na ponta das ações de marketing. Essa inversão do vetor de marketing é um fator importante para ser considerado nas campanhas e estratégias de marketing. O processo mudou completamente e, como vimos anteriormente, passamos da web estática para a web semântica, da interação empresa-consumidor-empresa. A web, associada ao desenvolvimento das novas tecnologias, mudou radicalmente o cenário do marketing. Segundo Martha Gabriel (2010), os principais protagonistas desta era são as redes sociais online, a busca, a http://www.sandraturchi.com.br/ MARKETING AVANÇADO 38 mobilidade, a geolocalização e o tempo real. Ainda segundo a autora, esta mudança trouxe transformações no cenário e no ambiente de marketing, entre as principais: 1- Explosão do conteúdo devido à plataforma da Web 2.0; 2- O fenômeno da cauda longa (The Long Trail); 3- O paradoxo da escolha; 4- A expansão da computação ubíqua online; 5- A explosão da difusão das redes sociais online. Fonte: Gabriel, 2010 A Web 2.0 explodiu em 2005, no termo criado por Tim O´Reilly. A web explodiu como plataforma de consumo de conteúdo, mas também de produção de conteúdo, uma vez que os consumidores passaram a interferir diretamente nas marcas. Ao crescerem na produção de conteúdo, os mecanismos de busca se tornaram completamente relevantes, pela necessidade de filtros e da defesa contra conteúdos ruins. Isto possibilitou a oferta simultânea de todo o tipo de produto, em diferentes plataformas, online e off-line. Apesar de termos uma quantidade infinita de conteúdo e de escolhas, sentimo-nos angustiados em vez de mais livre e felizes para escolher. Há o chamado “paradoxo da escolha”. Com a tecnologia e a explosão das redes sociais, estaremos sempre online e sempre conectados, e isto é uma realidade em todos os continentes do mundo, até nos menos desenvolvidos. Alguns dados expressam perfeitamente este desenvolvimento: 1- 3 bilhões internautas no mundo, onde milhares acessam a web pela primeira vez todos os dias; 2- Mais de 1 bilhão de internautas nas redes sociais; 3- Brasil é o 3º país em número de internautas e 2º maior em acesso ao YouTube; 4- Quase 100 bilhões de buscas todos os dias nos principais buscadores mundiais; 5- YouTube recebe 4 bilhões de visualizações diárias; 6- 700 milhões fotos postadas todos os dias; A tecnologia mudou o cenário do marketing e especialmente abriu as portas para uma nova área de conhecimento dentro do marketing estratégico: o Marketing Digital. MARKETING AVANÇADO 39 4.3 Comportamento do consumidor no ambiente digital O consumidor, a partir do ambiente digital, mudou completamente o seu comportamento, e todo este ambiente é pensado a partir desta perspectiva (gente). O consumidor passou a ser também o especialista, e agora ele não somente compra, mas avalia, produz conteúdo, opina, interage, critica e dá sugestões. Isto tudo em tempo real. Para entendermos o consumidor no ambiente digital, é essencial analisarmos o comportamento humano nos relacionamentos sociais antes de tudo, para entender necessidades e desejos. Nas redes sociais, por exemplo, as estatísticas mostram os seguintes dados: 1- Há mais mulheres que homens, diferente do e-commerce, em que há mais homens do que mulheres; 2- Jovens interagem mais que idosos; 3- 20% dos usuários geram de 80 a 90% do tráfego nas redes sociais; 4- Quase metade do que é falado é bobagem ou conteúdo sem interesse; 5- As redes sociais retêm 40% somente do tráfego e há 60% de abandono. As redes sociais refletem um pouco do comportamento no ambiente off-line. O ambiente digitalamplia tanto as qualidades quanto as características ruins das pessoas. O consumidor no ambiente digital ou o e-consumidor é aquele, segundo estudos do Ibope Mídia (Turchi, 2016), pertencente, em sua maioria, às classes A e B, altamente conectado, possuidor de dois ou mais devices (telefone celular, tablet, e- reader ou outro), possuidor de alto nível de escolaridade (52% com graduação ou pós), tem preferência por adquirir produtos para uso pessoal e gasta mais de R$ 100,00, em média. A classe C vem em segundo lugar, com 35%, e a D e a E em último, com 4%. A maioria deles (49%) tem entre 25 e 44 anos, com mais homens (54%) em comparação com as mulheres (46%). A comparação de preços é o principal motivo (80%), e os itens mais adquiridos são livros (30%), acessórios para telefones celulares (20%), eletrodomésticos (18%) e produtos de tecnologia pessoal (17%). As empresas em geral precisam segmentar os seus consumidores e entender o comportamento para atuarem de forma inteligente dentro das suas necessidades. Uma forma inteligente é desenvolver um gráfico social para entender o comportamento do MARKETING AVANÇADO 40 público-alvo. Martha Gabriel (2010) propõe as seguintes perguntas para desenvolver este gráfico: 1- Onde estão os consumidores online? 2- Quais são os comportamentos destes consumidores online? 3- Em que informações sociais e/ou pessoas esses consumidores confiam? 4- Qual é a influência social dos seus consumidores? Quem confia neles? 5- Como os seus consumidores usam tecnologias sociais no contexto de seus produtos? O comportamento do e-consumidor envolve 5 etapas distintas e públicos- alvo: 1- Assistir – Pessoas que consomem conteúdo para entretenimento, trabalho ou para tomar decisões. Este público gosta de conteúdos relevantes; 2- Compartilhar – Pessoas que utilizam intensamente as redes sociais para compartilhar fotos, vídeos, artigos. São pessoas altamente conectadas e que utilizam o ambiente digital por horas; 3- Comentar – Pessoas que respondem a qualquer conteúdo. Participam ativamente, ajudam, dão ideias, opiniões. Deve-se permitir a integração deste público, que gosta de respostas rápidas; 4- Produzir – Pessoas que criam seu próprio conteúdo, em sites, blogs, podcasts ou em redes sociais. Expressam identidade, opinião própria e querem ser ouvidas e reconhecidas; 5- Curadoria – Pessoas que moderam ou estão envolvidas em comunidades online, como grupos do Facebook e do Whatsapp. Estão interessadas em ter retorno ou serem reconhecidas. Outra forma interessante de abordagem é a escada tecnográfica, desenvolvida pela Forrester Research, publicada no Brasil pelo www.portaldomarketing.com.br: http://www.portaldomarketing.com.br/ MARKETING AVANÇADO 41 Entender o comportamento do consumidor no ambiente digital é extremamente importante para as empresas e marcas atualmente. Ao se saber por que eles curtem, interagem e criticam, as empresas estarão preparadas para as estratégias corretas diante do público-alvo. Martha Gabriel (2010) cita as principais motivações do consumidor em relação as marcas nas redes sociais: 1- Receber descontos e promoções; 2- Mostrar aos outros o seu apoio à empresa; 3- Ganhar um brinde; 4- Manter-se informado sobre as atividades da empresa; 5- Receber atualizações sobre novos produtos; 6- Receber informações sobre vendas futuras; 7- Diversão e entretenimento; 8- Ter acesso a conteúdo exclusivo; 9- Recomendação de alguém; MARKETING AVANÇADO 42 10- Saber mais sobre a empresa; 11- Saber mais sobre um tema específico da empresa; 12- Interagir. 4.4 Curadoria de conteúdo e gestão em mídias digitais Com a ascensão das mídias sociais e a sua importância para o marketing digital moderno, a curadoria de conteúdo de mídia digital passou a ser extremamente importante para as empresas. As mídias sociais são usadas para relacionamento pessoal, relacionamento profissional, consumo, avaliação, sugestão, comentário e SAC. Para Chris Brogan (2012), as ferramentas das mídias sociais não foram construídas especificamente para desencavar, por si só, mais cliente produtivos. Ainda é necessária uma estratégia que inclua o marketing e os produtos para ajudar a converter segmentos da comunidade em potenciais clientes. Para isto, a curadoria se tornou fundamentalmente necessária nos negócios e nas empresas, embora este profissional não seja encontrado com facilidade no mercado, em razão da novidade destas funções. O profissional curador de conteúdo precisa: 1- Ter informações sobre todo o funcionamento da organização para qual presta serviços; 2- Entender de quem forma a comunidade da empresa ou organização; 3- Compreender as mídias sociais adequadas ao perfil que será gerenciado; 4- Ajudar a identificar os potenciais consumidores em meio a uma multidão de seguidores em muitos casos; 5- Ajudar a audiência a compreender os fundamentos da empresa ou organização; 6- Ler muito e se reciclar constantemente para aprender sobre novas tecnologias e conhecer novas ferramentas a serem usadas. As mídias sociais ainda são um novo conjunto de ferramentas de colaboração e comunicação que possibilitam muitos caminhos dentro de uma organização. Praticamente todas as ferramentas possuem sentido comercial, e é importante compreender neste contexto que “as pessoas estão falando de você. Você tem de responder”. (BROGAN, 2012) MARKETING AVANÇADO 43 Atualmente, há uma infinidade de oportunidades de negócios em mídias sociais. Segundo Chris Brogan (2012), há algumas estratégias e ferramentas de gerenciamento e curadoria de conteúdo em marketing digital, sendo principais: 1- Blog; 2- Áudio e vídeo; 3- Mídias sociais: Facebook, Twitter e Linkedin; 4- Buscas: Google e Bing; 5- Fotos: Instagram, Pinterest e Flickr; 6- Colaboração: Wikipedia e Wikileaks; 7- Mensagens instantâneas: Whatsapp e Telegram; 8- Bookmarking; 9- Drive: Dropbox e Google Docs; 10- Análise: Analytics e Alexa. A curadoria de conteúdo se divide em três áreas distintas: 1- Mensuração; 2- Análise; 3- Ação. A mensuração é o primeiro ponto importante dentro da curadoria de conteúdo. É por meio dela que se obtém os dados importantes para a análise situacional da mídia ou da própria empresa. Este é um fator de dificuldade, pois, em função da quantidade de ferramentas e mídias disponíveis, ficou difícil acompanhar a velocidade. Por mais que seja difícil de acompanhar, a necessidade de fazê-lo é grande, em função da necessidade de controle e de descoberta de novas possibilidades no anúncio, propaganda e interação. Em mídias sociais, pode-se mensurar e acompanhar quase tudo, diferentemente da mídia off-line. Tudo precisa ser analisado nesta medição, como a quantidade de cliques nas páginas, taxas de conversão, novos clientes, interações, compartilhamento, entre outros. Os resultados devem ser analisados com base nos diferentes canais. É necessário definir quais itens mensurar, utilizar as ferramentas necessárias de mensuração, gratuitas ou não, e mesclá-las com levantamentos feitos pelas equipes de marketing. (TURCHI, 2016) MARKETING AVANÇADO 44 O segundo é a análise precisa dos pontos coletados. Este processo extrai a inteligência dos dados e nos dá uma visão do todo. Após a análise e o diagnóstico da situação, o próximo passo é atuar para a solução de problemas. Nesta etapa os riscos são maiores, por isto a necessidade de especialistas e gestores altamente treinados. A mensuração pode ser feita por: 1- Volume; 2- Engajamento; 3- Conversão. A formação de equipes especializadas é muito importante para as empresas e tarefa primordial no mundo 3.0, pois, se não estivermos monitorando a marca, certamente outros estarão. http://midiaboom.com.br/artigos-de-colaboradores/monitoramento-e-midias-sociais/http://midiaboom.com.br/artigos-de-colaboradores/monitoramento-e-midias-sociais/ MARKETING AVANÇADO 45 Aula 5: Marketing Digital II - Economia, tecnologia, conceitos, e-commerce e social commerce Apresentação O mundo digital é uma realidade para o marketing, e entender todos os processos relativos a esta nova área de conhecimento é de extrema importância para o entendimento do marketing e da sua prioridade, que é a satisfação das necessidades do consumidor. Os próprios consumidores estão muito alinhados com esta área, e todo o planejamento de marketing passa pelo entendimento do marketing digital na sua plenitude. Este é o objetivo dos módulos a seguir. Objetivos Sendo assim, esta aula tem como objetivos: Analisar um pouco mais o marketing digital; Explicar marketing de busca (SEO e SEM); Definir os principais conceitos de e-commerce e social commerce. Unidade V: Marketing Digital II: economia, tecnologia, conceitos, e- commerce e social commerce 5.1 Economia digital Segundo Maróstica (2015), o marketing tem mudado seus padrões desde que a internet tomou rápido crescimento. As empresas tiveram de se adaptar e aproveitar as facilidades que a internet trouxe, do comércio eletrônico às propagandas. Os clientes estão eternamente insatisfeitos. Ainda segundo o autor, não basta mais ser bom no mercado atual, pois ser bom é ser igual. As empresas precisam ser diferentes, inovadoras. Na internet, os clientes compram: 1- Performance; 2- Rapidez; 3- Eficiência; 4- Conveniência. MARKETING AVANÇADO 46 O consumidor é um forte gerador de conteúdo, e tanto os profissionais quanto empresas têm utilizado este conteúdo para os negócios. De acordo com Pride (2015), duas grandes tendências fizeram com que a informação gerada pelo consumidor ganhasse importância: 1- A forte tendência dos consumidores de publicar seus próprios pensamentos, opiniões, resenhas e discussões sobre produtos em blogs ou outras mídias digitais; 2- A tendência dos consumidores de confiar mais em outros consumidores do que em corporações. Em geral, eles confiam nas recomendações dos amigos, familiares e colegas quando tomam decisões de compra. Ao entender este contexto, os profissionais de marketing podem usar estes recursos para interagir com o consumidor. Os tipos de mídias digitais dos quais os usuários geralmente participam incluem redes sociais, blogs, wikis, sites de compartilhamento, sites de realidade virtual, dispositivos mobile, aplicativos, streaming, e-mails, WhatsApp, entre outros. Veremos estas questões detalhadamente. Philip Kotler, no seu livro Marketing 3.0, relata o início da economia digital e da presença da internet na vida do cidadão: “Vejamos o ano de 1989, que simbolizou a ascensão do paradoxo da globalização. Em 1989, o governo chinês usou seu poderio militar para reprimir um protesto na Praça da Paz Celestial. Uma série de manifestações a favor da democracia, lideradas por estudantes, intelectuais e ativistas, provocou uma reação militar que deixou de 400 a 800 civis mortos e de 7 a 10 mil feridos. Naquele mesmo ano, a Europa foi palco de um acontecimento histórico: a queda do Muro de Berlim. Ambos os acontecimentos de 1989 representam um paradoxo. O massacre da Praça da Paz Celestial marcou a queda do movimento em defesa da democracia na China, enquanto a queda do Muro de Berlim representou o início de um novo mundo de liberdade de democracia. A globalização libera e, ao mesmo tempo, pressiona nações e povos ao redor do mundo”. (KOTLER, 2010). As fronteiras do mundo atual se foram. A economia digital é uma realidade presente nos países e governos. Segundo Martha Gabriel (2010), passamos pela Web 1.0, estática, na qual as pessoas apenas navegam e consomem informações. Passamos pela Web 2.0, web da participação, na qual as pessoas usam a web como plataforma MARKETING AVANÇADO 47 para todo tipo de interação: blogs, vídeos, fotos e redes sociais, era da computação em nuvem e os aplicativos. Agora estamos na era da Web 3.0, ou do Marketing 3.0 (Kotler, 2010), ou Web Semântica, que, além da informação em si, traz uma nova era, pautada pelas redes sociais, mobilidade, geolocalização, real-time, entre outros. Era da globalização, da economia digital e da Web 3.0. Segundo Turchi (2016), nenhuma das facilidades de que dispomos na atualidade, como fazer compras, realizar operações bancárias, ter acesso a notícias, pesquisas diferentes assuntos, participar de jogos interativos e de fóruns de discussões, entre várias outras atividades que podem ser feitas tranquilamente por meio do computador sem sair de casa ou do trabalho, seria possível sem o surgimento e desenvolvimento da Internet. A economia digital é uma realidade que devemos entender e com a qual interagir, sob o risco de ficarmos fora dos processos atuais. Ela afeta toda a administração, finanças, marketing, operações e outras áreas nas empresas. Mais de 2 bilhões de pessoas ou 30% da população mundial acessam a rede, e este número continua em evolução. Há no Brasil quase 100 milhões de usuários contra 33 milhões em 2007 e os usuários brasileiros são os que mais acessam a web, estando entre os 10 países mais conectados do mundo. Atualmente, são vendidos mais computadores do que televisores no Brasil. A economia digital, assim como a inclusão digital, tornou-se uma realidade também. (TURCHI, 2016) História da internet Acesso à internet, provedores, internet no Brasil, avanço da Informática, computadores, história da internet e redes sociais Introdução A rede mundial de computadores, ou internet, surgiu em plena Guerra Fria. Criada com objetivos militares, seria uma das formas das forças armadas norte-americanas de manter as comunicações em caso de ataques inimigos que destruíssem os meios convencionais de telecomunicações. Nas décadas de 1970 e 1980, além de ser utilizada para fins militares, a internet também foi um importante meio de comunicação acadêmico. Estudantes e professores universitários, principalmente dos EUA, trocavam ideias, mensagens e descobertas pelas linhas da rede mundial. MARKETING AVANÇADO 48 Desenvolvimento da internet Foi somente no ano de 1990 que a internet começou a alcançar a população em geral. Neste ano, o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee desenvolveu a World Wide Web, possibilitando a utilização de uma interface gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. A partir deste momento, a internet cresceu em ritmo acelerado. Muitos dizem que foi a maior criação tecnológica depois da televisão, que surgiu na década de 1950. A década de 1990 se tornou a era de expansão da internet. Para facilitar a navegação pela internet, surgiram vários navegadores (browsers), como o Internet Explorer da Microsoft e o Netscape Navigator. O surgimento acelerado de provedores de acesso e portais de serviços online contribuiu para este crescimento. A internet passou a ser utilizada por vários segmentos sociais. Os estudantes passaram a buscar informações para pesquisas escolares, enquanto jovens utilizavam para a pura diversão em sites de games. As salas de chat se tornaram pontos de encontro para um bate-papo virtual a qualquer momento. Desempregados iniciaram a busca de empregos através de sites de agências de empregos ou enviando currículos por e-mail. As empresas descobriram na internet um excelente caminho para melhorar seus lucros e as vendas online dispararam, transformando a internet em verdadeiros shoppings centers virtuais. Nos dias atuais, é impossível pensar no mundo sem a internet. Ela tomou parte dos lares de pessoas do mundo todo. Estar conectado à rede mundial passou a ser uma necessidade de extrema importância. A internet também está presente em escolas, faculdades, empresas e diversos locais, possibilitando acessoàs informações e notícias do mundo em apenas um click. A febre das redes sociais MARKETING AVANÇADO 49 A partir de 2006, começou uma nova era na internet com o avanço das redes sociais. Pioneiro, o Orkut ganhou a preferência dos brasileiros. Nos anos seguintes surgiram outras redes sociais, como Facebook, Twitter, Google Plus e Instagram. Os sites de compras coletivas A partir de 2010, um novo serviço virou febre no mundo da internet. Conhecidos como sites de compras coletivas, eles fazem a intermediação entre consumidores e empresas. Estes sites conseguem negociar descontos para a venda de grande quantidade de produtos e serviços. Os consumidores compram cupons com 50% de desconto ou até mais. Os sites que mais se destacam neste segmento são: Peixe Urbano e Groupon. Marco regulatório da internet no Brasil Em 2014, foi aprovado no Congresso Nacional e no Senado e sancionado pela presidente Dilma Rousseff o Marco Civil da internet, após longo período de debates e tramitação. Um dos principais pontos da lei é a implantação no Brasil do princípio da neutralidade da rede. Esta lei proíbe que as empresas que oferecem acesso à rede (operadoras de telefonia, por exemplo) cobrem pelo tipo de conteúdo que o internauta (assinante) acessa. Principais sistemas e aplicativos de internet dos últimos anos - Segunda metade da década de 1990: ICQ (comunicador online), Messenger (comunicador online), Ebay (espécie de mercado virtual), Google (sistema de busca), Yahoo! (sistema de busca), Napster (troca de músicas), Netflix (sistema de vídeos online). - 2002: lançamento do Xbox Live: plataforma de jogos online da Microsoft que usa a rede de internet. - 2003: lançamento do Skype: para ligações telefônicas pela rede da internet. - 2004: lançamento de duas redes sociais: Orkut e Facebook. MARKETING AVANÇADO 50 - 2005: lançamento do YouTube (sistema de compartilhamento de vídeos pela internet). - 2006: lançamento do Twitter (rede social voltada para a troca de mensagens rápidas). - 2009: lançamento do WhatsApp (aplicativo de troca de mensagens, fotos e vídeos por smartphone). - 2010: lançamento do Instagram (rede social de compartilhamento de fotos). - 2011: lançamento do Snapchat (aplicativo para smartphone de troca de mensagens através de imagens). - 2012: lançamento do Tinder (plataforma voltada para encontrar pessoas que buscam encontros românticos). Acesso à internet no Brasil (dados) - Em 2014, 54,4% da população brasileira (acima de 9 anos) teve acesso à internet (fonte: Pnad 2014 - IBGE). - Em 2014, 77,9% dos brasileiros (acima de 9 anos) acessaram a internet através de um aparelho smartphone. Fonte: http://www.suapesquisa.com/internet 5.2 Marketing de busca: SEO e SEM A pesquisa em marketing digital também é chamada de SM (Search Marketing) e conhecida popularmente como marketing de busca, termo que vamos usar. Os principais protagonistas do marketing de busca são os sites de busca, como Google, Yahoo, Baidu, Bing, entre outros. Há também os indexadores de preços, como Mercado Livre, Buscapé, Trivago, entre vários outros. Os links apresentados nos resultados da busca natural são obtidos por meio da análise em sites em função de sua relevância e da palavra-chave da busca. (GABRIEL, 2010) Esse processo natural é chamado de orgânico, e este resultado não gera custos para os donos das páginas. Os resultados de busca paga aparecem na primeira linha nos resultados de busca ou ao lado da página em links patrocinados. http://www.suapesquisa.com/internet MARKETING AVANÇADO 51 Fonte: pesquisa GOOGLE em 18/3/2017 pelo autor Percebe-se no link acima o resultado ESTACIO tanto na busca paga (primeira linha e box ao lado) quanto na busca orgânica (primeira linha após a busca paga). Quando um consumidor entra na busca paga ou link patrocinado, ele gera um custo ao anunciante. SEM (Search Engine Marketing) é o processo que usa os sites de busca na web para promover um determinado website, aumentar o tráfego e/ou fidelidade e, principalmente, o retorno sobre o investimento. Parte do SEM que se refere às técnicas de otimização internas ao site recebe o nome de SEO (Search Engine Optimization). Uma boa estratégia de marketing de busca aumenta o tráfego no site da empresa, mas não necessariamente conversão, que depende da estratégia das empresas nos seus websites e landing pages. (GABRIEL, 2010) As técnicas de SEO ajudam a melhorar a busca orgânica. O SEO apresenta algumas características importantes citadas por Martha Gabriel (2010), talvez a maior especialista em SEO E SEM no Brasil: 1- São técnicas desenvolvidas baseadas no funcionamento dos buscadores; 2- As técnicas de SEO são baseadas nos robôs, programas presentes nos buscadores e códigos internos destes programas; 3- Requerem tempo e paciência para uma melhor performance; MARKETING AVANÇADO 52 4- Dependem das palavras-chave (keywords) escolhidas para melhorar o posicionamento e o ranking. São o coração do SEO; 5- Outro fator que afeta é o Page Rank ou ranking de relevância do site. O Page Rank (relevância) é um índice que varia de 0 a 10 e mede a importância geral da página na web. Os fatores que determinam a relevância de uma página são: 1- Profundidade da página (outbound links): links de outras páginas associados à página da empresa; 2- Link de popularidade (inbound links): links que apontam para a página, vindos de páginas importantes, redes sociais, blogs, mecanismos de busca, entre outros. Os links patrocinados (SEM) complementam as otimizações orgânicas e vice-versa. São recomendados, segundo Gabriel (2010), nos seguintes casos: 1- Para testar as melhores palavras-chave; 2- Em casos de erros de digitação; 3- Campanhas; 4- Otimizar usando muitas palavras-chave ou produtos; 5- Rapidez; 6- Palavra-chave muito concorrida, entre outras. Para uma boa estratégia de marketing de busca (SEM), torna-se necessário uma ótima integração entre os setores de marketing e TI. O marketing de busca é essencial e cada vez mais importante no relacionamento do consumidor com a marca. Poucas pessoas comprariam um produto, mesmo produtos já estabelecidos no mercado, sem fazer uma busca prévia na internet. Mesmo em casos de produtos que os usuários já tenham experimentado. Por exemplo, no setor de viagens é comum os clientes acessarem a internet para ver relação preço/benefício, bem como qualidade/ conveniência dos hotéis em sites especializados para então comprar o produto pela própria internet ou através de lojas físicas. É possível encontrar quase tudo, de remédios a armas, na internet e o marketing de busca se tornou fundamental para filtrar preço, qualidade e procedência de produtos e serviços. MARKETING AVANÇADO 53 Uma das maiores especialistas em marketing digital do Brasil, Sandra Turchi (2016), comenta o seguinte sobre o marketing de busca: “O marketing de busca se tornou o principal foco das empresas para captar novos clientes. Isso porque o comportamento do consumidor mudou. Atualmente, ele tem mais poder de barganha, pois dispõe de mais fornecedores e de muitas fontes de informação. Ele está mais preparado para o processo de compras. Os buscadores surgiram pela necessidade de se localizar qualquer informação, o que se tornou quase impossível com a proliferação da quantidade de sites – em 1982 havia apenas 315 sites; e esse número superou 180 milhões”. O marketing de busca é a atividade mais popular da web. As empresas precisam aprimorar o conhecimento nos buscadores, pois eles se tornaram fundamentais para as empresas. Turchi (2016) destaca a importância de estar no topo das principais páginas de resultados de busca, pois: 1- 50% dos internautas abandonam a pesquisa após a segunda página; 2- 82% raramente leem a terceira; 3-
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