propor ampliações e reforços para o sistema de transmissão; garantir o livre acesso; e administrar os serviços de transmissão 47 ONS (cont.) As atribuições do ONS se estendem sobre uma rede denominada Rede de Operação - a Rede Básica. Integram a Rede Básica as linhas de transmissão, os barramentos, os transformadores de potência e os equipamentos com tensão igual ou superior a 230 kV, e demais instalações inerentes à prestação dos serviços de transmissão de energia, tais como os sistemas de medição, operação, proteção, comando, controle e telecomunicações. 48 ONS (cont.) 49 Exemplo ação do ONS 50 Agentes do setor - CCEE A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) foi autorizada pela Lei nº 10.848, de 15/03/2004 e instituída pelo Decreto nº 5177 de 12/08/2004, como pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da ANEEL A CCEE sucedeu ao Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE) e tem por finalidade viabilizar a comercialização de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional – SIN A operação e organização da CCEE foram regulamentadas pela Resolução ANEEL nº 109/2004, que instituiu a Convenção de Comercialização de Energia Elétrica 51 Responsabilidades da CCEE Implantação e divulgação das Regras de Comercialização e dos Procedimentos de Comercialização Administração do Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e Ambiente de Contratação Livre (ACL) Medição e registro da energia verificada através do Sistema de Coleta de Dados de Energia (SCDE), responsável pela coleta automática dos valores produzidos e consumidos no sistema elétrico interligado Registro dos contratos firmados entre os Agentes da CCEE Realização de Leilões Compra e Venda de Energia Elétrica Apuração das infrações e cálculo de penalidades por variações de contratação de energia Apuração do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), utilizado para liquidação da energia comercializada no curto prazo Contabilização e liquidação das transações realizadas no mercado de curto prazo Monitoramento das condutas e ações empreendidas pelos Agentes da CCEE 52 Agentes do setor Agentes da Categoria Geração Classe de Geradores Concessionários de Serviço Público 50 MW instalados Classe de Produtores Independentes (PIE) 50 MW instalados Classe de Autoprodutores 50 MW instalados e despachados pelo ONS Agentes da Categoria Distribuição Classe de Distribuidores 500 GWh/ano e aqueles com < 500 GWh/ano, mas que não adquirirem a totalidade da energia de supridor com tarifa regulada Agentes da Categoria Comercialização Classe de Agentes Importadores e Exportadores 50 MW intercambiados Classe de Comercializadores 500 GWh/ano Classe de Consumidores Livres 53 Agentes do setor - PIE e Autoprodutor PIE: Produtor independente – considera-se produtor independente a pessoa jurídica ou empresas em consórcio que recebem concessão ou autorização do poder concedente para produzir energia elétrica destinada ao comércio de toda ou parte de toda a energia produzida, por sua conta e risco; Autoprodutor – é a pessoa física ou pessoa jurídica ou empresas reunidas em consórcio que recebam concessão ou autorização para produzir EE destinada ao seu uso exclusivo. 54 Autocontratação (self-dealing) Autocontração (self-dealing): para incentivar investimentos em geração foi permitido às distribuidoras o direito de contratação de até 30% da sua necessidade de energia de geradoras do mesmo grupo empresarial. 55 Mercado de Energia Ambiente onde ocorre o processamento da contabilização da energia elétrica produzida e consumida no Brasil (mercado de cerca de 500 milhões de MWh anuais). As empresas geradoras, distribuidoras e comercializadoras de energia elétrica registram na CCEE os montantes de energia contratada, assim como os dados de medição, para que desta forma se possa determinar quais as diferenças entre o que foi produzido ou consumido e o que foi contratado. Essa diferença é liquidada na CCEE, ao Preço PLD (Preço de Liquidações de Diferenças), para cada submercado (Norte, Sul, Sudeste e Nordeste) e para cada patamar (Leve, Médio e Pesado), mensalmente. É o chamado mercado de curto prazo ou "spot". 56 Mercado de Curto Prazo - Spot A formação do preço da energia negociada no CCEE (PLD) se faz pela inter-relação dos dados utilizados pelo ONS para otimização da operação do Sistema e os dados informados pelos Agentes. Os referidos dados são então processados através de modelos de otimização para obtenção do custo marginal de operação (CMO). São utilizados praticamente os mesmos modelos adotados pelo ONS para determinação da programação e despacho de geração do sistema, com as adaptações necessárias para refletir as condições de formação de preços no CCEE. A responsabilidade pelo cálculo dos preços é da CCEE 57 Mercado de Curto Prazo - Spot A contabilização da CCEE leva em consideração toda a energia contratada por parte dos Agentes e toda a energia efetivamente verificada (consumida ou gerada) Energia Verificada Energia Contratada Mercado Spot NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO Contabilização de Diferenças (Preço de Liquidação de Diferenças - PLD) mercado spot ITAIPU ELETROBRÁS Contratos pré-existentes Mecanismo de Realocação de Energia - MRE (hidroelétricas) Contratos bilaterais Geração Distribuída PROINFA Ambiente de Contratação Regulada (ACR) Ambiente de Contratação Livre (ACL) Geradoras Distribuidoras Comerciali- zadores Tarifa regulada Consumidores cativos Consumidores livres Agentes sob controle federal, estadual ou municipal: leilão/oferta pública Preços resultantes de licitação Preços negociados 59 Mecanismo de Realocação de Energia MRE – mecanismo de realocação de energia: mecanismo financeiro de compartilhamento dos riscos hidrológicos que afetam seus participantes, decorrentes particularmente dos efeitos da otimização centralizada do sistema sobre os níveis de geração de cada usina; Gerenciado pelo ONS segundo regras pré-fixadas. O objetivo do MRE é a otimização centralizada do uso da água afluente nos reservatórios das centrais. Essa otimização é obtida com a ajuda de modelos que, com base em previsões de demanda e de vazões afluentes aos reservatórios, estimam as energias garantida e secundária total do sistema. 60 Geração Distribuída Geração Distribuída (GD) é uma expressão usada para designar a geração elétrica realizada junto ou próxima do(s) consumidor(es)independente da potência, tecnologia e fonte de energia. As tecnologias de GD têm evoluído para incluir potências cada vez menores. A GD inclui: Co-geradores Geradores que usam como fonte de energia resíduos combustíveis de processo; Geradores de emergência; Geradores para operação no horário de ponta; Painéis foto-voltáicos; Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCH's. 61 Geração Distribuída A GD tem vantagem sobre a geração central pois economiza investimentos em transmissão e reduz as perdas nestes sistemas, melhorando a estabilidade do serviço de energia elétrica. A geração elétrica perto do consumidor chegou a ser a regra na primeira metade do século, quando a energia industrial era praticamente toda gerada localmente. A partir da década de 40, no entanto, a geração em centrais de grande porte ficou mais barata, reduzindo o interesse dos consumidores pela GD e, como consequência, o desenvolvimento tecnológico para incentivar esse tipo de geração também parou. 62 Geração Distribuída As crises do petróleo introduziram fatores perturbadores que mudaram irreversivelmente este panorama, revelando a importância, por