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DORR 
Localização dos receptores:
1. Pele.
2. Tecidos profundos: periósteo + artérias + superfície articular + 
pleuras. 
Estímulo → mecânico + térmico + químico → detectam lesão ou 
dano tecidual. 
Estimulo mecânico ou térmico → FIBRAS A DELTA (fibra 
pequena/ vel. 6 a 30 m/s) → via pontual dor rápida /aguda. 
Estimulo químico ou mecânico /térmico persistente → FIBRAS 
C (vel. 0,5 a 2 m/s) : via para dor lenta /crônica. 
Fibras aferentes mielinizadas finas → A DELTA. Termo e 
mecanonociceptor. 
Fibras amielinizadas → C. 
Xilocaína: bloqueia terminações nervosas → não tem 
despolarização → não tem sensibilidade dolorosa local. 
Dor: situação fisiológica → resposta protetora a uma lesão 
tecidual → desencadeia despolarização. 
As vias sensitivas entram pela raiz dorsal. As terminações 
nervosas são estimuladas por deformação mecânica + alterações 
térmicas e alterações químicas que levam a um dano tecidual. 
Informação passa pelo gânglio e entra na medula espinal. 
Nas terminações nervosas sensitivas tem canais iônicos. A 
despolarização percorre a via sensitiva, entra pela raiz dorsal da 
medula e se projeta pra região do encéfalo → onde é 
processado. 
VIAS DE TRANSMISSÃO 
No SNP → nervos são feixes de fibras nervosas no sistema 
nervoso periférico.
No SNC → feixes de fibras nervosas são chamadas de tratos → 
esses tratos formam colunas. Os tratos funcionam como os 
nervos, então tem via ascendente (sensitiva) e descendente (via 
motora). 
Córtex cerebral → substância cinzenta → local de 
processamento. 
Núcleos: acúmulo de substância cinzenta no meio da substância 
branca. Também é local de processamento. 
Receptor: terminação nervosa livre que projeta a despolarização 
para 2 conjuntos de fibras → A DELTA e C → forma nervos 
sensitivos. 
O trato paleoespino-talâmico e o 
neoespinotalâmico mandam 
informações para o tálamo. 
A partir do tálamo → projeta 
informações pro córtex 
somatossensorial primário e pro 
córtex de associação do sistema 
límbico. 
No meio do caminho, pode 
encontrar desvios para o trato 
espinoreticular → vai pra 
formação reticular do tronco 
encefálico. 
Desvio pro trato espinomesencefálico → para na região do lado 
do ducto mesencefálico → substância cinzenta periaquedutal e 
colículo superior. 
SISTEMA ANTEROLATERAL → conjunto de fibras nervosas que 
vão formar uma coluna. Essa coluna é dividida em 2 pacotes:
1. Divisão lateral. 
2. Divisão anterior. 
Entra → passa pela substância cinzenta da medula → informação 
sobre para o tálamo. Quando esta subindo, esta no sistema 
anterolateral. Quando chega na região ponto e bulbo, surge 2 
tratos: 
1. Trato neospinotalâmico medeia a dor rápida e termina no 
córtex cerebral via tálamo. 
2. Trato paleospinotalâmico medeia a dor lenta, projetando-se 
para o hipotálamo e o tálamo. 
Quando tem alterações teciduais que provocam dor (variação de 
temperatura acentuada) → usa tato pra ter localização. 
Na medula espinal - encéfalo → a informação caminha pelo 
sistema anterolateral por 2 vias:
1. Trato neoespinotalâmico para dor rápida/ aguda → áreas 
reticulares e do troco cerebral + tálamo / grupo nuclear do 
tálamo. 
2. Trato paleoespinotalâmico para dor lenta / crônica → 
encéfalo. 
Projeção da via paleoespinotalâmica para o tronco cerebral e o 
tálamo. 
(1) Nos núcleos reticulares do bulbo, da ponte e do mesencéfalo. 
(2) Na área tectal do mesencéfalo profundamente até os 
colículos superior e inferior. 
(3) Na região cinzenta periaquedutal, que circunda o aqueduto 
mesencefálico. 
 
O núcleo ventral posterior projeta-se ao córtex 
somatossensorial primário. 
O núcleo ventral posteromedial projeta-se ao lobo insular de 
dor. 
O núcleo medial dorsal, o qual tem diversas projeções ao lobo 
frontal, transmite informação de dor ao córtex cingulado 
anterior. 
A estimulação nociva ativa diversas regiões subcorticais que, 
por sua vez, ativam diversas áreas corticais, as quais são 
chamadas de matriz da dor. 
Dor visceral → causas: isquemia vascular (resulta da formação 
de resíduos do processo de lesão tecidual) + estímulo químico + 
espasmo e/ou distensão de víscera oca. 
Mecanismo da dor referida: fibras para a dor visceral fazem 
sinapse na medula espinal, nos mesmos neurônios de segunda 
ordem (1 e 2) que recebem os sinais dolorosos da pele. 
Quando as fibras viscerais para a dor são estimuladas, os sinais 
dolorosos das vísceras são conduzidos pelo menos por alguns 
dos mesmos neurônios que conduzem os sinais dolorosos da 
pele, e a pessoa tem a impressão de que as sensações se 
originam na pele. 
Dor: “uma experiência sensitiva e emocional desagradável 
associada a uma lesão tecidual real ou potencial, ou descrita nos 
termos de tal lesão”. 
A definição é complementada por 6 notas explicativas que 
passam a ser uma lista com itens que incluem a etimologia: 
1. A dor é sempre uma experiência pessoal que é influenciada, 
em graus variáveis, por fatores biológicos, psicológicos e 
sociais.
2. Dor e nocicepção são fenômenos diferentes. A dor não pode 
ser determinada exclusivamente pela atividade dos neurônios 
sensitivos. 
3. Através das suas experiências de vida, as pessoas aprendem 
o conceito de dor.
4. O relato de uma pessoa sobre uma experiência de dor deve 
ser respeitado.
5. Embora a dor geralmente cumpra um papel adaptativo, ela 
pode ter efeitos adversos na função e no bem-estar social e 
psicológico.
6. A descrição verbal é apenas um dos vários comportamentos 
para expressar a dor; a incapacidade de comunicação não 
invalida a possibilidade de um ser humano ou um animal 
sentir dor. 
CONCEITOS 
Nocicepção-nocivu (nocivo → que causa dano): Mecanismo 
pelo qual os estímulos periféricos são transmitidos ao SNC 
(percepção dos estímulos nocivos). 
Dor: envolve a nocicepção e inclui componentes discriminativos 
da sensibilidade dolorosa (envolve aspectos afetivo e 
motivacionais). 
NOCICEPÇÃO 
Tem 5 fases: 
1. Transdução: O estímulo nocivo é convertido em impulso 
elétrico. A dor nociceptiva começa com o estímulo dos 
nociceptores. Nociceptores= Receptores Sensitivos Primários 
(pele, articulações, órgãos). 
2. Condução: O impulso elétrico é conduzido pelos axônios 
aferentes até a raiz dorsal da medula. Até então, SEM DOR. 
Somente nocicepção → conjunto de eventos neurais através 
do qual os estímulos nocivos são detectados, convertidos em 
impulsos nervosos e transmitidos da periferia para o SNC 
3. Transmissão: impulso elétrico libera neurotransmissores. 
Neurotransmissores se ligam a neurônios da raiz dorsal. 
Estímulos fortes liberam neuropeptídios (substância P). 
Substância P (bia neurokinina) gera forte resposta pós 
sináptica. Sinal progride para centro mais alto (Tálamo). 
4. Percepção: dor a partir do tálamo. 
5. Modulação: pode ser tanto facilitada quando inibida. 
Depende se a dor é perigosa (facilita condução). Na inibição, 
a dor não é tão perigosa → cérebro inibe. 
DOR 
Componente sensorial-discriminativo → detecção da 
intensidade, localização, duração, padrão temporal e qualidade 
do estímulo nocivo. 
Componente emocional-afetivo-cognitivo- reação emocional: 
decorrente da percepção, ou seja, a integração do estímulo 
nocivo com áreas corticais e sistema límbico. 
A dor é uma experiência sensorial e emocional associada a uma 
lesão real ou potencial, que não ocorre no momento da 
percepção. 
Isso significa que o que faz doer não é apenas o estímulo ou a 
lesão, mas sim as informações que são codificadas e levadas 
pelas fibras nervosas a diferentes áreas do cérebro. 
Logo, a percepção da dor é muito mais próxima da memória do 
que do tato. 
EMOÇÃO E DOR: 
Existem algumas evidências de que as condições psiquiátricas 
podem levar a condições crônicas de saúde, como dor crônica. 
Um estudo longitudinal de indivíduos que sofreram abuso ou 
negligência na infância descobriu que, embora o trauma infantil 
sozinho não pudesse prever os sintomas de dor, o pós-trauma na 
idade adultajovem e o trauma na infância juntos produziram uma 
previsão robusta de dor na idade adulta média. 
Esses achados sugerem que a dor pode ser exacerbada por 
trauma psicológico não resolvido. 
Portanto, parece claro que existe uma relação estreita entre o 
processamento emocional e a experiência da dor. 
Uma explicação é que os aspectos físicos e emocionais da dor 
envolvem vias neurais sobrepostas e estruturas comuns no 
cérebro → Teoria de sistemas duplos da dor. 
Um único estímulo doloroso é processado 
por meio de vias neurais paralelas. 
O sistema medial dá origem aos aspectos 
emocionais da dor, enquanto o sistema 
lateral dá origem à nocicepção. 
Esses sistemas convergem nos córtices 
cingulado anterior e insular, que interagem 
com o córtex pré-frontal (PFC) para planejar 
respostas e produzir comportamento.
TEORIA DE SISTEMAS DUPLOS DA DOR 
• Emoção e dor estão claramente interligadas no cérebro 
humano. 
• Um único estímulo doloroso ativa vias paralelas: um resulta 
principalmente em uma consciência da natureza e localização 
do estímulo e outro provoca sensações de emoção e excitação.
• Os dois convergem no ACC (córtex cingulado anterior) e nos 
córtices insulares, que dão origem à nossa interpretação 
subjetiva e, em última instância, aos planos comportamentais 
para enfrentar (ou não) o estímulo doloroso. 
• Mudanças nessas áreas, por sua vez, podem alterar as 
informações que chegam e nossa experiência afetiva delas. 

Portanto, torna-se crítico considerar os fatores emocionais no 
tratamento da dor. Deixar de fazer isso ignora uma parte 
substancial do sistema neural que dá origem à dor e à dinâmica 
que ocorre nesse sistema. 
Aspectos sociais e culturais: 
• A dor é parte de todos os relacionamentos humanos. 
• Desde a infância, em quase todas as sociedades, a dor provoca 
respostas de ajuda na mãe ou cuidadores. 
• Essa relação de dor resultando em cuidados persiste na vida 
adulta, estando relacionada ao ganho de atenção e suporte. 
• Por outro lado, a punição física com atitudes que geram dor, 
leva à ideia de sofrimento como castigo induzindo a 
sentimentos de culpa e arrependimento. 
• Não é raro que algumas sociedades justifiquem sua dor como 
punição ou castigo divino. 
Gênero: 
• A dor é uma experiência sensorial e emocional, sempre de 
aspecto individual. Ela é influenciada pela estrutura de 
personalidade, pelo estado de humor e pelo nível de ansiedade 
de cada um. E isso independe do gênero. 
• Pela forma como as mulheres são criadas, existe uma 
tendência de aceitar mais que a mulher demonstre seus 
sentimentos, entre eles a dor. E isso tem um lado positivo, que 
é o fato de elas se sentirem mais à vontade para buscar 
tratamentos. Já o homem reluta mais em admitir que precisa de 
auxílio, e isso pode prejudicar a saúde. 
Espiritualidade: 
• A espiritualidade, vista como uma relação entre forças 
superiores e às capacidades humanas, para além das religiões 
e de seus específicos credos, é uma variável que vem 
demonstrando, tanto com dados objetivos como 
subjetivos, que visões positivas e de esperança têm 
impacto significativo em melhorar sintomas, favorecer 
adesão aos tratamentos convencionais e em 
desenvolver estratégias efetivas para controle de crises 
álgicas e de outras manifestações clínicas. 
• Do mesmo modo que ideias negativas e deterministas 
agravam sintomas. Fortes correlações e associações 
vêm evidenciando que pessoas mais espiritualizadas 
percebem a dor crônica como uma oportunidade de 
desenvolvimento humano e espiritual. Também, de 
modo indireto, a espiritualidade pode melhorar a 
condição dolorosa por meio do impacto em quadros 
depressivos e ansiosos. 
No cérebro, diferentes áreas são responsáveis pelas respostas 
diversas quanto à dor. 
O córtex pré-frontal define o que a pessoa vai fazer para conter o 
estímulo: se vai tomar remédio, procurar ajuda médica, entre outros; 
O córtex sensitivo identifica local e intensidade da dor; 
A amígdala ativa a memória da dor e, 
A ínsula promove a reação emocional, como raiva ou tristeza, por 
exemplo.
Psicológicos: 
Estudos iniciados em 1980 sobre aspectos psicossociais da dor 
apontaram que, independentemente do diagnóstico médico ou 
do grau de dano físico envolvido, fatores cognitivos como o 
medo do movimento (cinesiofobia), medo de se machucar mais e 
crenças negativas ou catastrofização influenciam o controle da 
dor e contribuem para a percepção e manutenção da 
incapacidade do indivíduo.
• Medo.
• Catastrofização.
• Cinesiofobia.

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