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Anatomia Macroscópica da Medula Espinhal e seus Envoltórios Esse resumo é baseado no livro de Neuroanatomia Funcional de Angelo Machado. Generalidades: A medula espinhal situa-se dentro do canal vertebral, mas não o ocupa totalmente. O seu limite cranial limita-se com o bulbo a nível do forame magno do osso occipital e o limite caudal no adulto está entre L1 e L2. Ela termina afilando-se formando o cone medular que se continua com delgado filamento meníngeo, o filamento terminal. Forma e estrutura geral: A medula é aproximadamente cilíndrica, mas apresenta duas dilatações chamadas intumescência cervical e intumescência lombar. Apresenta essas dilatações devido maior quantidade de neurônios nessa área que são as regiões onde os plexos braquial e lombo-sacral, respectivamente, fazem conexão com a medula. Na superfície da medula temos os seguintes sulcos longitudinais: sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral anterior e sulco lateral posterior Na medula ainda temos o sulco intermédio posterior (localiza-se entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior) e se continua em um septo intermédio posterior. Para entender a localização, analisar a seguinte imagem (dê um zoom): Na medula (lembrar que faz parte do sistema nervoso segmentar) a substância cinzenta fica por dentro da branca e tem formato de borboleta ou H. Nela temos 3 colunas, a anterior, a posterior e a lateral, mas a lateral só é presente na medula torácica e parte da lombar. No centro temos o canal central da medula (resquício do tubo neural). A substância branca é formada por fibras e que podem ser agrupadas em funículos. Funículo anterior: fica entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior Funículo Lateral: Entre o sulco lateral anterior e o sulco lateral posterior Funículo posterior: Entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior. (Lembrar que na cervical temos o sulco intermédio posterior, dividindo o funículo posterior em fascículo grácil (mais medial) e cuneiforme (mais lateral). Conexão com nervos espinhais: São nos sulcos laterais que ocorrem a conexão das raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. Nesses sulcos fazem conexão pequenos filamentos nervosos, chamados filamentos que se unem e formam as raízes ventral e dorsal. Sulco lateral anterior: raízes ventrais Sulco lateral posterior: raízes dorsais Essas duas raízes se fusionam e formam os nervos espinhais. Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos medulares, distribuídos da seguinte forma: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e geralmente 1 coccígeo. Temos 8 pares cervicais, mas somente 7 vértebras cervicais. Como ocorre essa distribuição? C1 emerge acima da 1ª vértebra cervical, já C8 abaixo da 7ª vértebra, então abaixo de C8, todas os nervos espinhais emergem abaixo de sua vértebra correspondente e acima de C8 por cima. Veja: A medula no adulto geralmente termina a nível de L2 e abaixo desse nível contém as meninges e raízes nervosas em torno do cone medular e filamento terminal, sendo chamado de cauda equina. Pela imagem podemos notar também que o crescimento da medula não acompanha o crescimento vertebral, então por exemplo lesão em T12 pode gerar lesão na medula lombar. Para decorar isso: Entre vértebras C2 e T10 adiciona-se dois (Ex: C6está sobre o segmento medular C8). T11 e T12 estão sobre os 5 segmentos lombares e L1 corresponde aos segmentos sacrais. Envoltórios da Medula: É envolvida pelas meninges dura-máter (paquimeninge), pia-máter (leptomeninge) e aracnoide (leptomeninge). Em relação às meninges existem 3 cavidades (espaços) chamados: epidural (entre dura-máter e canal vertebral), subdural (entre dura-mater e aracnoide) e subaracnóideo (entre aracnoide e pia- mater – contem grande quantidade de líquor). Com isso, qual localização ideal para inserir agulha para analisar o líquor? ENTRE AS VÉRTEBRAS L2 e S2 Espero que tenha gostado! Não esqueça de curtir e salvar, por favor :D
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