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Glicóliseㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ A glicólise é uma via metabólica de obtenção de energia a partir da molécula de glicose, podendo seguir em dois caminhos: anaeróbico e aeróbico. Vai depender dos tecidos onde ocorrem essa via glicolítica, porque existem tecidos que podem consumi-la anaerobicamente (tecido muscular). O nosso alimento contem moléculas glicídicas que contem glicose. Moléculas como por exemplo: maltose, sacarose, lactose, amido. Esse alimento passa pelo processo digestório, pelo processo absortivo, chega no intestino delgado, é absorvido, vai para o sangue e do sangue começa a ser distribuído para os tecidos. Existem dois tecidos que acumulam essa glicose como glicogênio: muscular e hepático. Eles sintetizam moléculas grandes de glicogênio (que são acúmulos de glicose no organismo). Existem tecidos que utilizam apenas, ou preferencialmente, glicose como fonte de energia. Por exemplo: cérebro (tecido nervoso central) e hemácias. O metabolismo da hemácia é Vias Metabólicas demasiadamente dependente da molécula de glicose. A aeróbica produz muito mais ATP. O tecido muscular possui grande reserva de glicogênio e esse glicogênio é rapidamente degradado produz milhões de moléculas de glicose necessárias para via glicolítica. A primeira reação da glicolíse é a glicose se transformando em glicose-6-fosfato. A diferença entre elas se dá pelo fosfato no carbono seis. A hexocinase retira um fosfato do ATP e adiciona no carbono 6. Nessa primeira fase se gasta ATP. No final da via glicolítica há mais produção do que consumo, por isso dizemos que é uma via catabólica. Na segunda reação glicose-6-fosfato por uma isomerização se transforma em frutose-6-fosfato. É a mesma frutose da sacarose. Então a frutose pode entrar na via glicolítica partir daqui. A frutose também uma hexose, então além de glicose outras hexoses podem sofrer ação da hexocinase e também podem ser fosforiladas. Que além de glicose pode entrar nessa reação frutose, galactose, manose, moléculas que são hexoses. Os caminhos vão ser um pouco tortuosos, mas ao final há produção de ATP também. O que vai mover a realização dessas reações é a necessidade de ATP da célula. Na próxima reação frutose se transforma em frutose-1,6-difosfato o nome da enzima que faz isso é a fosfofrutocinase-1. Essa é a enzima de maior importância da via glicolítica por ser a etapa reguladora da via, que responde aos níveis de energia da célula. Se a célula estiver com bastante ATP essa enzima vai ser inibida pelo próprio ATP. Ela é uma enzima do tipo alostérica elas regulam vias metabólicas respondendo a efetores alostéricos que são moléculas que ou estimulam uma enzima ou inibem a enzima. Podem ser positivos então será um ativador alostérico ou negativo inibidor alostérico. Essa enzima regula quase toda via glicolítica. Economia celular: nunca ter que produzir nada em excesso. Manter em equilíbrio a produção e a concentração. Para isso precisam existir mecanismos de controle, como as enzimas alostéricas. Numa situação de hipoglicemia a ideia é jogar a glicose armazenada no sangue. Tem que inibir a hexocinase e ativar a enzima que quebra a glicose-6-fostato para jogar a glicose para o sangue. A via da gliconeogênese seria isso. Efetor alostérico é a molécula que estimula ou inibe a via metabólica. Ao final da fase preparatória, a frutose-1,6-difosfato é quebrada em duas moléculas de 3 carbonos pela aldose e se torna di-hidroxiacetona-fosfato e gliceraldeído-3-fosfato. Cinco reações enzimáticas fecham essa fase, consumindo duas moléculas de ATP são consumidas e a glicose é quebrada em duas moléculas de três carbonos. Essa molécula de di-hidroxiacetona-fosfato se transforma em uma molécula de gliceraldeído-3-fosfato, tendo afinal, duas moléculas de gliceraldeído. Essa reação é uma reação de desidrogenação (perder, retirar hidrogênios). Essas desidrogenações são muito importantes no metabolismo celular, porque é a partir delas que esses hidrogênios transportarão elétrons que serão necessários para produção de ATP. É transporte de elétrons que é gerador de energia nas células. É uma reação oxidativa na qual elétrons são liberados. O gliceraldeído-3-fosfato perde elétrons, doa esses elétrons para o NAD oxidado que se transforma em NAD reduzido e 1,3-difosfoglicerato. É uma reação de oxirredução, oxidação é liberação de elétrons e redução é ganho de elétrons. O gliceraldeído é oxidado e o NAD é reduzido. O gliceraldeído libera elétrons para o NAD que vai ser então reduzido. Esse NAD reduzido vai fazer parte do estoque de moléculas reduzidas necessárias para transportar elétrons no metabolismo celular e é com esse transporte de elétrons que se produz ATP. A energia mobilizada nesse transporte de elétrons é conservada sob forma de ATP. Reações liberadoras de energia são reações exergônicas. Numa célula fechada medimos através da variação de energia de Gibbs em condições padrões (num sistema fechado, pH 7 e nas condições padrão de molaridade de reagentes e produtos). Quando esse numero está negativo está ocorrendo liberação de energia, se for muito negativo eu tenho um substrato de alta energia. E nesse momento que ocorre liberação de uma grande quantidade de energia nós temos um acoplamento de um ADP para formar um ATP. Essa reação é importante porque está ocorrendo a síntese de uma molécula de ATP ao nível do substrato de alta energia. É um fenômeno chamado fosforilação ao nível do substrato: síntese de ATP acoplada a liberação de energia a partir do substrato de alta energia. Reações exergônicas (catabolismo) → que liberam energia para o trabalho celular a partir do potencial de degradação dos nutrientes orgânicos; Reações endergônicas (anabolismo) → que absorvem energia aplicada ao funcionamento da célula, produzindo novos componentes. Depois, a glicolíse segue: uma reação simples de mudança de posição de um fosfato, 3- fosfoglicerato vira 2-fosfoglicerato. Na próxima reação a enzima enolase forma o fosfoenolpiruvato, um composto de alta energia, que se transforma em piruvato e libera 31,4 quilojoules por mol. Novamente, temos a síntese de ATP já que temos a energia necessária para fazer essa terceira ligação no fosfato para transformar ADP em ATP. Por isso que ATP é reconhecido, evolutivamente, como um transportador de energia entre as reações exergônicas e endergônicas. Chegamos no final da glicolíse com duas moléculas de piruvato, porque tudo a partir da quinta reação acontecem em dobro (são duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato). E possui um saldo de 2 ATPS, sendo produzidos 4 e consumidos 2. A glicolíse é um conjunto de dez reações nas quais a molécula de glicose é transformada em dois piruvatos que podem seguir dois caminhos: um anaeróbico (fermentação) e outra aeróbica. O nosso tecido muscular em anaerobiose produz ácido lático quando em movimentação rápida de estoques de energia em pouquíssimo tempo. Essa produção de energia rapidamente em anaerobiose é um mecanismo evolucional de defesa. Muito ácido lático chegando no fígado para transformar em glicose, hiperacidose, produz enjoo e vomito. Na presença do oxigênio vão acontecer reações importantíssimas na mitocôndria que chamamos de respiração celular. O piruvato sai do citosol, entra na mitocôndria das células, sofre ação de um complexo chamado piruvato desidrogenase (cinco coenzima e três enzimas), na presença de oxigênio, que transforma piruvato em acetil CoA e produz NAD reduzido. Nosso tecido muscular possui dois tipos de fibras: uma fibra mais anaeróbica (branca, porque não chega sanguenem oxigênio) e mais aeróbica (vermelhas). Ciclo de Krebs = são várias enzimas nas quais vão ocorrer ações de desidratação, hidratação, descarboxilação oxidativa. Em alguns momentos ocorrerão liberações de hidrogênio, são desidrogenações e nessa liberação terá formação associada de NAD ou FAD. Alguma produção de GTP. São produzidos 3 NADs e 1 FAD. Esses NADs e FADs serão transportadores de elétrons para cadeia respiratória.
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