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Gabarito do livro Adolescência e Juventude no Século XXI

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Unidade 1
Apêndice
2 - U1 / A adolescência
Apêndice
Gabaritos comentados com resposta-padrão
Unidade 1
A adolescência
Gabarito 1. Faça valer a pena - Seção 1.1
1. Alternativa C.
Resposta Comentada:
segundo Barbosa, Franceschini e Priore (2006, p. 375) “a puberdade é definida como 
um processo fisiológico de maturação hormonal e crescimento somático que torna 
o organismo apto a se reproduzir”. A menarca é o termo utilizado para se referir ao 
primeiro fluxo menstrual. Por sua vez, a adolescência “não inclui só as mudanças 
pubertais no corpo mas também o desenvolvimento das capacidades intelectuais, 
interesses, atitudes e ajustamentos. Os limites convencionais para a adolescência são 
as idades de 12-21 anos para meninas e 13-22 anos para os rapazes” (LUELLA; IRMA, 
1970 apud CABRAL; NICK, 2001, p. 15). A juventude é um conceito que abarca as 
faixas etárias entre 15 e 29 anos, e o raciocínio moral está contido em todo o desen-
volvimento humano, desde a infância até a vida adulta.
 
2. Alternativa D.
Resposta Comentada:
a primeira afirmativa é falsa, pois, “ao mesmo tempo em que é proposta a univer-
salidade do estágio da adolescência, observa-se que ela depende de uma inserção 
histórica e cultural, que determina, portanto, variadas formas de viver a adolescência, 
de acordo com o gênero, o grupo social e a geração” (MARTINS et al., 2003 apud 
SCHOEN-FERREIRA; AZNAR-FARIAS; SILVARES, 2010, p. 228). A segunda alter-
nativa é verdadeira, pois, ainda segundo Schoen-Ferreira, Aznar-Farias e Silvares 
(2010), os pais ou tutores, no Império Romano, eram aqueles que declaravam que 
os jovens tinham se tornado capazes de assumir compromissos relacionados à vida 
adulta. A terceira afirmativa está correta e pode ser observada a partir de estudos 
realizados por Berni e Roso (2014, p. 130-131), os quais afirmam que “Stanley Hall 
[...] foi identificado como o primeiro psicólogo a descrever a adolescência como um 
estágio especial do desenvolvimento humano, marcado por tormentos e conturbações 
vinculadas à emergência da sexualidade, o que antes era ignorado”. Essa identificação 
acontece na obra intitulada Adolescence, publicada em dois volumes no ano de 1904. 
A quarta afirmativa é falsa, pois, apesar de ser construída socialmente, a juventude 
marca um período relativamente diferente da adolescência. Logo, enquanto o recorte 
etário da adolescência pode ser realizado entre 12 e 18 anos incompletos, como afirma 
U1 / A adolescência - 3
o Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990), a Juventude se concentra 
entre 15 e 29 anos, conforme o Estatuto da Juventude (BRASIL, 2013).
3. Alternativa A.
Resposta Comentada:
o desenvolvimento de uma moral adolescente, segundo o autor, não tem início nessa 
fase. É um processo de aperfeiçoamento que ocorre ao longo do desenvolvimento 
infantil. Ela se inicia com a obediência que as crianças mais novas têm em relação 
aos pais ou figuras mais velhas de autoridade e, aos poucos, transforma-se em sentido 
de justiça – ou seja, não mais em uma obediência pura. Esse sentido de justiça está 
relacionado ao mútuo respeito.
Gabarito 2. Faça valer a pena - Seção 1.2
1. Alternativa B.
Resposta Comentada:
as habilidades socioemocionais estudadas por você nesta seção foram autoconhe-
cimento, autocontrole, empatia, decisões responsáveis e comportamentos prosso-
ciais. Dentre as possibilidades de resposta, o autoconhecimento não se aplica, pois 
envolve “a capacidade de reconhecer suas próprias emoções, objetivos de vida, 
valores pessoais, bem como suas potencialidades e limitações” (CASEL, 2015 apud 
DAMASIO, 2017, p. 2045). Assim, logo que enfrentou a colega Jéssica, Carol não 
estava ciente de tais emoções – elas poderão ser desenvolvidas depois da empatia que 
sentiu pela condição da colega e que envolve “a capacidade de se colocar no lugar do 
outro, reconhecendo seus sentimentos e emoções” (CASEL, 2015; WEISSBERG et al., 
2015 apud DAMASIO, 2017, p. 2045).
 
2. Alternativa A.
Resposta Comentada:
a única afirmativa falsa é a segunda, pois, segundo o movimento Todos pela Educação, 
a questão da tecnologia em sala de aula está ao lado da preocupação com a questão 
da segurança, da atenção às pessoas com deficiência, da assiduidade dos professores, 
da cordialidade dos funcionários da escola e da criação de projetos interdisciplinares, 
entre outros.
3. Alternativa A.
Resposta Comentada:
o suicídio é um ato consciente que intenciona o findar da própria vida. A automuti-
lação é um ato que não objetiva conscientemente o suicídio, mas sim ferir-se grave-
mente. Além de serem atos conscientes, tanto o suicídio quanto a automutilação 
podem indicar um estado de sofrimento psíquico extremamente importante e que 
merece ser acolhido e cuidado no contexto escolar e no âmbito da saúde mental.
4 - U1 / A adolescência
Gabarito 3. Faça valer a pena - Seção 1.3
1. Alternativa C.
Resposta Comentada:
o momento da moratória psicossocial, segundo a teoria de Erik Erikson (1902–1994), 
ocorre entre 13 e 21 anos de idade e é marcada pelo conflito identidade versus 
confusão de papéis, identidade difusa.
 
2. Alternativa E.
Resposta Comentada:
o homem é um ser social, ou seja, ele também se constitui a partir de um complexo 
sistema de relações que lhe possibilita desenvolver a linguagem , os hábitos, costumes 
e valores que compõem a cultura na qual está inserido. Logo, os grupos são parte da 
identidade cultural de uma sociedade. Por sua vez, a aculturação não desencadeia 
um movimento de contracultura, porque o primeiro trata-se de uma acomodação 
aos valores vigentes, enquanto o segundo se manifesta para questionar esses valores. 
Nesse delicado campo das interações humanas encontramos diversos processos 
e mecanismos: a assimilação e a acomodação da cultura e as relações de poder e 
dominação, por exemplo.
3. Alternativa B.
Resposta Comentada:
a alternativa ‘a’ está incorreta, pois no primeiro momento de sua ascensão, como 
indica a narrativa da BBC Brasil, Hitler não utilizou a violência para conquistar 
seguidores e adeptos. Ele utilizou-se da identificação que a sociedade alemã construiu 
em relação a ele por conta do momento odioso que viviam, tanto pela derrota da 
Alemanha, na Primeira Guerra Mundial, como pelo Tratado de Versalhes, conforme 
descrito na reportagem. Dessa forma, Hitler fez uso de uma dominação sutil, que 
não passa pelo crivo do pensamento e se conecta às emoções mais primitivas das 
pessoas. A letra ‘c’ está incorreta porque, apesar de instalar um movimento de 
enfrentamento à situação política e social vigente, Hitler não fez um enfrentamento 
à cultura dominante. Segundo Dias (2011, p. 70) “o movimento de contracultura é 
uma manifestação cultural de grupos que rejeitam as normas e valores da sociedade, 
buscando estilos de vida alternativos”. A letra ‘d’ está incorreta porque o mecanismo 
de assimilação, em um processo grupal, faz com que as pessoas “alterem profunda-
mente suas maneiras de pensar, sentir e agir. É um processo longo e complexo, que 
garante uma solução permanente de conflitos” (DIAS, 2011, p. 95). Sendo assim, a 
população não assimilou ou acomodou os eventos sociais que ocorriam na Alemanha 
naquele momento. Da mesma forma, a letra ‘e’ está incorreta, pois, no processo de 
aculturação, a pessoa (ou um grupo) vivencia a acomodação de uma nova realidade 
sociocultural. Essa aculturação pode acontecer de forma processual, na medida em 
que o sujeito passa a viver o cotidiano dessa nova cultura, ou por meio do poder e 
U1 / A adolescência - 5
da força, a partir da dominação, ou seja, da imposição de uma forma de pensar sobre 
outra. Assim, embora a cultura esteja intimamente relacionada aos campos político 
e social, a proposta de Hitler, segundo a reportagem, não era alterá-la, mas sim 
produzir um efeito de vingança desencadeado pelo sentimento de ódio da população 
em decorrência dos fatos históricos anteriores. 
Unidade 2
Apêndice
2 - U2 / Dilemas da adolescência
Apêndice
Gabaritoscomentados com resposta-padrão
Unidade 2
Dilemas da adolescência
Gabarito 1. Faça valer a pena - Seção 2.1
1. Alternativa A.
Resposta Comentada:
Segundo Sayão (1997, p.112 apud SPITZNER, 2005 p. 125), “a educação sexual ocor-
re, na verdade, desde o nascimento. É predominantemente no território familiar, da 
intimidade, que são transmitidas à criança, as primeiras noções e valores associados 
à sexualidade, em geral não explicitamente”. Deste modo, prossegue a autora, no âm-
bito escolar a Educação Sexual passa a ser compreendida como Orientação Sexual, a 
partir de um modelo estratégico de planejamento. 
 
2. Alternativa D.
Resposta Comentada:
A alternativa ‘II’ está incorreta, pois a filósofa norte-americana, Judith Butler não de-
fende o modelo binário sexual, dividido em ‘masculino e feminino’. Ao contrário, sua 
teoria caminha no sentido de desconstruir estes padrões normativos sociais, apontan-
do que a diversidade sexual é muito mais ampla do que estes polos. A alternativa ‘III’ 
está incorreta porque a identidade de gênero é como o sujeito sente em relação a si 
mesmo, enquanto que a direção do desejo é determinada pela orientação afetivo-se-
xual, ou seja, o que o sujeito sente em relação ao outro.
3. Alternativa C.
Resposta Comentada:
As relações homoafetivas, especialmente as masculinas, foram consideradas naturais 
por muitas civilizações: na Babilônia, na Grécia e na Roma Antigas, por exemplo. 
Com o surgimento da Igreja Católica “costumes e comportamentos tidos no início 
da civilização cristã como aceitáveis, como a nudez, as carícias, a prostituição, os fi-
lhos ilegítimos, a fornicação, o aborto e o divórcio são considerados pecado na Idade 
Média” (SOLOVIJOVAS et al., 2002, p. 7), logo, a expressão da homossexualidade 
também, uma vez que o sexo deveria acontecer entre um homem e uma mulher e, 
somente, na condição de procriação. Mas, apesar disso, a luta dos movimentos femi-
nistas não foi pelo resgate da liberdade sexual perdida ou interditada pela Igreja, pois, 
para as mulheres o cenário de submissão ao homem sempre esteve presente. A luta 
U2 / Dilemas da adolescência - 3
deste movimento se baseou (e se baseia) na busca por igualdade de direitos entre os 
gêneros masculino e feminino.
Gabarito 2. Faça valer a pena - Seção 2.2
1. Alternativa A.
Resposta Comentada:
A violência institucional se configura enquanto um ato perpetrado por agentes pú-
blicos que deveriam garantir a preservação dos direitos da população. No caso da 
Fundação CASA, o fato dos adolescentes terem transgredido contra a sociedade não 
justifica o ato de violência praticado pelos funcionários do Estado. A omissão nos 
cuidados médicos também se caracteriza enquanto violência institucional.
 
2. Alternativa D.
Resposta Comentada:
O suicídio é considerado um ato de violência uma vez que, segundo Dahlberg e Krug 
(2007), a violência envolve o uso de força física ou poder sobre si, sobre o outro ou so-
bre grupos. Em relação à prática restaurativa, o discurso a ser adotado é o que produz 
uma mensagem-eu, ou seja, quando o mediador auxilia a parte violentada a produzir 
um discurso a partir dela (como exemplo: eu me senti ofendido) e não a partir do que 
o autor da violência fez (exemplo: você me ofendeu), pois as mensagens-eu possibili-
tam o restabelecimento do diálogo sem adotar tom de acusação.
3. Alternativa D.
Resposta Comentada:
Tanto o bullying quanto o suicídio se configuram como atos de violência. O bullying diz 
de uma violência que, apesar de não envolver contato físico, provocou danos psicológicos e 
intenso sofrimento. O suicídio envolve o uso de força empregada contra si. Acrescenta-se a 
isso o fato de que as ameaças e intimidações também são incluídas como atos de violência.
Gabarito 3. Faça valer a pena - Seção 2.3
1. Alternativa D.
Resposta Comentada:
Quando crianças e adolescentes estão em conflito com a lei o ECA prevê inúmeras 
intervenções, de acordo com o ato praticado e com a idade do sujeito. Desta forma, 
quando uma criança, como Pedro, comete um ato infracional a lei determina que 
lhe seja aplicada medida de proteção – pois considera-se que este está em situação 
de violação de direitos. Contudo, aos adolescentes as medidas de proteção poderão 
ser aplicadas, mas, no caso de Jaqueline, o Juiz poderá determinar também medida 
socioeducativa – que poderá ser desde a advertência até a privação de liberdade, de-
pendendo da situação no momento da denúncia (se flagrante ou não, se configura 
grave ameaça ou não, etc.).
4 - U2 / Dilemas da adolescência
2. Alternativa E.
Resposta Comentada:
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, “é dever da família, da comu-
nidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, 
a efetivação de direitos referentes à vida [...], à educação, [...]” (BRASIL, 1990, art. 4º). 
Portanto, quer seja na aplicação de medidas de proteção ou medidas socioeducativas, 
o adolescente tem o direito de ser inserido em educação formal, mesmo cumprindo 
medida de privação de liberdade.
3. Alternativa C.
Resposta Comentada:
O objetivo do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não é romper com a lógica 
de intervenção do Estado sobre crianças e adolescentes, mas sim, considerá-los como 
sujeitos de direitos (e não objetos de intervenção), garantindo que o cuidado a esta 
população seja integral e através da rede protetiva, rompendo com a lógica excludente 
e marginalizante do Código de Menores. A Fundação CASA, por exemplo, é uma 
forma de intervenção do Estado sobre adolescentes em conflito com a lei. Igualmente 
os são as medidas de proteção e demais medidas socioeducativas.
Unidade 3
Apêndice
2 - U3 / Os meios de comunicação, o protagonismo juvenil e a cidadania
Apêndice
Gabaritos comentados com resposta-padrão
Unidade 3
Os meios de comunicação, o protagonismo juvenil e a cidadania
Gabarito 1. Faça valer a pena - Seção 3.1
1. Alternativa A.
Resposta Comentada:
A crise das massas, que surgiu na Europa a partir do Século XVII, fez com que a 
construção de uma “alma coletiva” diluísse a consciência individual, produzindo ati-
tudes grupais não relacionadas às ações singulares. Por essa razão, a massa de pessoas 
produzia um movimento indiferenciado, que buscava acesso aos produtos e estilos 
de vida adquiridos pela pequena elite burguesa (COSTA, 2010, p. 60). Foi um termo 
cunhado por pesquisadores das ciências sociais, como o sociólogo e psicólogo social 
francês Gustave Le Bon (1841-1931).
 
2. Alternativa C.
Resposta Comentada:
No consumo, o produto é essencial à nossa existência (água, alimento, vestimenta), 
mas, quando esse consumo extrapola a necessidade de sobrevivência, regulando o 
mercado de capital, passamos a comprar cada vez mais o que não é necessário e nos 
tornamos, assim, consumistas. A cultura de imagem compreende os aspectos simbó-
licos, envolvidos em determinados produtos, relacionados ao poder e ao status social, 
de acordo com Costa (2010). A ditadura da imagem corporal diz de um padrão esta-
belecido de corpo humano a ser aceito e desejado socialmente.
3. Alternativa B.
Resposta Comentada:
O ‘ter para ser’ – não mais o ‘ter para sobreviver’ – regula o mercado de capital e pro-
duz altíssimos investimentos em marcas que associam seus produtos aos conceitos 
de beleza, felicidade, bem-estar, poder e ascensão na escala social. Obviamente, os 
milhares de adolescentes brasileiros não estão descolados desse contexto. De acordo 
com o Fundo das Nações Unidas para a Infância/UNICEF (2011), 11% da população 
brasileira se configura por pessoas entre 12 e 17 anos. Esse número representa mais 
de 21 milhões de meninos e meninas, em sua maioria vivendo situação socioeco-
nômica desfavorável, que são diuturnamente atacados pela força das representações 
vinculadas aos objetos comercializados. Apesar das duas sentenças estarem corretas, 
a segunda não justifica a primeira – embora estejam correlacionadas.
U3 / Os meios de comunicação, o protagonismojuvenil e a cidadania - 3
Gabarito 2. Faça valer a pena - Seção 3.2
1. Alternativa B.
Resposta Comentada:
Segundo Lippitt e White (1943 apud PEREIRA; RIZZON; BRAGHIROLLI, 
2011, p. 151), o líder autocrático é aquele que centra as decisões em si, sem en-
volver o grupo de trabalhadores, não havendo possibilidades de diálogo diante 
de discordâncias. Por sua vez, o líder democrático constrói suas decisões cole-
tivamente. Já o líder laissez-faire possibilita que o grupo seja livre para tomar 
atitudes e se organizar, sem interferir nas decisões.
 
2. Alternativa A.
Resposta Comentada:
O protagonismo juvenil significa a participação imprescindível de adolescentes 
e jovens na construção de ações relacionadas a temas sociais, tanto no nível 
local como no nível global (RABÊLLO, [s.d.]). Assim o jovem, ao protagonizar 
uma ação, torna-se o principal agente mobilizador na luta por garantia de seus 
direitos. Esse conceito inclui transformar uma política desenvolvida de adultos 
para os jovens, para uma política construída com os jovens, através de espaços 
políticos reconhecidos como os conselhos e as coordenadorias da juventude. 
Contudo, a participação da juventude em coletivos de luta não é um fenômeno 
recente, mas a legitimidade dessas ações e a compreensão de sua importância 
é mais atual, por conta das publicações legais decorridas na década de 1990. 
Historicamente, podemos relatar diversas ações políticas mobilizadas pela po-
pulação jovem anteriores a este período, como a luta contra o Golpe de 1964. 
3. Alternativa C.
Resposta Comentada:
Considerando que a alienação é um processo que atribuiu naturalidade a fatos 
sociais, conforme nos explica Lane (2004), somente a construção de diálogos 
não impede que a escola reproduza discursos alienantes, pois, no próprio diálo-
go pode existir impressões que não sofreram um processo de análise crítica, tor-
nando-se uma reprodução naturalizada de falas. Por exemplo: dois professores 
podem concordar, dialogando, que a redução da maioridade penal é importante 
porque os adolescentes já sabem o que é certo ou errado ao cometerem um ato 
infracional. Nesse caso, o diálogo se estabeleceu, mas houve uma naturalização 
de um fato social que não foi analisado. A naturalização se deu em torno da 
afirmativa: o adolescente sabe o que é certo e errado. Contudo, onde está con-
tida a análise histórica sobre este fenômeno? Isso é o que torna um processo 
alienante: a reprodução de discursos que não passaram por uma compreensão 
analítica e crítica. 
4 - U3 / Os meios de comunicação, o protagonismo juvenil e a cidadania
Gabarito 3. Faça valer a pena - Seção 3.3
1. Alternativa C.
Resposta Comentada:
A sextorsão é a prática de extorquir pessoas a partir da ameaça de divulgação de imagens 
íntimas. O sexting é a prática de enviar nude – fotos de partes íntimas do corpo – ou imagens 
sensuais e/ou sexuais, mas não é considerado crime se não envolver a relação de um adulto 
com pessoas menores de idade, ou se não envolver ameaça ou divulgação sem consentimen-
to. Texting é a palavra em inglês que representa o envio de mensagens.
 
2. Alternativa A.
Resposta Comentada:
A promulgação da Constituição federal brasileira possibilitou a reestruturação do sistema 
democrático composto pelos poderes executivo, legislativo e judiciário. As Conferências se 
constituem enquanto “instância de participação social, geralmente convocada pelo poder 
público federal, que tem por objetivo institucionalizar a participação da sociedade nas ati-
vidades de planejamento, controle e gestão” de um grupo de políticas públicas (CONAN-
DA, [s.d.], [s.p.]). A pornografia por vingança está vinculada à sextorsão, uma prática de 
extorsão a partir da ameaça de divulgação de fotos íntimas, que compõe a prática de sexting. 
O sexismo é um fenômeno que se caracteriza pela divisão binária entre homem e mulher, 
atribuindo ao homem uma posição de superioridade e prestígio, e à mulher características 
desvalorizadas, tomando como base as questões de gênero.
3. Alternativa C.
Resposta Comentada:
De acordo com o ECA, “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer 
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, 
punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos 
fundamentais” (BRASIL, 1990, art. 5º). Acrescenta-se ainda que “casos de suspeita 
ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus tra-
tos contra criança e adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho 
Tutelar [...], sem prejuízo de outras providências legais” (art. 13). As instituições que 
negligenciarem esta notificação estarão sujeitas à infrações administrativas, conforme 
prevê o art. 245 da mesma legislação: “deixar o médico, professor ou responsável por 
estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de 
comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo 
suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente” incorre como 
pena a multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso 
de reincidência (BRASIL, 1990, art. 245). Soma-se, ainda, a atitude da orientadora 
pedagógica: se alguém “impedir o responsável ou funcionário de entidade de aten-
dimento” que exercite o respeito aos direitos declarados nesta legislação, a infração 
administrativa envolverá “multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o 
dobro em caso de reincidência” (BRASIL, 1990, art. 246). 
Unidade 4
Apêndice
2 - U4 / Diversidade, trabalho e as garantias legais de proteção à adolescência
Apêndice
Gabaritos comentados com resposta-padrão
Unidade 4
Diversidade, trabalho e as garantias legais de proteção à adolescência
Gabarito 1. Faça valer a pena - Seção 4.1
1. Alternativa D.
Resposta Comentada:
Os assentamentos rurais podem ser definidos como “a criação de novas unidades de 
produção agrícola, por meio de políticas governamentais visando o reordenamento 
do uso da terra, em benefício de trabalhadores rurais sem-terra ou com pouca terra” 
(BERGAMASCO; NORDER, 1996, p. 7-8 apud CONSELHO FEDERAL DE PSICO-
LOGIA, 2013, p. 34). A Lei da Terra foi uma legislação aprovada em 1850 e que vetou 
qualquer outra forma de aquisição de propriedade que não fosse pelo viés da compra 
– decorrência do início do capitalismo, a partir da Revolução Industrial.
 
2. Alternativa A.
Resposta Comentada:
As alternativas ‘I’ e ‘II’ são verdadeiras, pois a crença de uma supremacia branca – 
ideia importada da Europa – e o incentivo à imigração com o viés de embranquecer 
a população, a médio e longo prazos, constituem-se o alicerce do racismo em nosso 
país. Por sua vez a alternativa ‘III’ é falsa porque raça e etnia não são sinônimos. Raça 
é um conceito relacionado ao fenótipo humano e etnia é uma construção simbólica 
e cultural de elementos que ligam os sujeitos em um mesmo grupo (CONSELHO 
FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2017). A alternativa IV também é falsa, pois é preciso 
compreender o suicídio na população indígena a partir do recorte cultural destas co-
munidades e não através do viés do mundo ocidental.
3. Alternativa E.
Resposta Comentada:
Segundo o Conselho Federal de Psicologia (2017, p. 33), “é erro conceitual falar de 
racismo às avessas ou de racismo de negro contra branco. Se, para que haja racismo 
há de haver hierarquia histórica entre as raças, sabemos que, historicamente, o grupo 
racial negro não ocupou status de superioridade em relação ao branco [...]”.
Gabarito 2. Faça valer a pena - Seção 4.2
1. Alternativa A.
Resposta Comentada:
U4 / Diversidade, trabalho e as garantias legais de proteção à adolescência - 3
De acordo com Souza ([s. d.), no período da Baixa Idade Média, a relação de servidão 
dos trabalhadores em relação aos senhores feudais começou a ser modificada. Dentre 
estas mudanças, constatou-se o surgimento de uma classe composta por comerciantes 
e artesãos, que não estava inserida emtais propriedades e que habitavam uma região 
externa, denominada burgo – de onde deriva o termo ‘burguesia’. 
 
2. Alternativa C.
Resposta Comentada:
O trabalho está relacionado a uma atividade que atribui sentido de vida ou sentido de 
existência e que pode ser, como nos primórdios, a existência real – do corpo biológico 
– ou nos tempos atuais, a obra enquanto sentido simbólico. O conceito de ‘emprego’ 
está vinculado a uma ação produtiva e remunerada, a um cargo ou papel social. O 
ofício, por sua vez, é o domínio dos processos para realizar determinada atividade, 
um saber fazer que compõe um conjunto de conhecimentos e habilidades que são 
reproduzidos por quem os exerce, a partir dos mesmos rituais (SOUZA NETO, 2005).
3. Alternativa E.
Resposta Comentada:
A legislação trabalhista brasileira proíbe o trabalho ao menor de 16 anos de idade, 
exceto na condição de aprendiz a partir dos 14 anos (CLT, Art. 7º, Incisivo XXXIII). 
Além disso, a carga horária de trabalho não poderá exceder 6h diárias. A jornada de 
até oito horas só poderá ser aplicada, garantindo a divisão entre atividades práticas e 
teóricas, ao jovem que tiver concluído o ensino fundamental (CLT, 2017, Art. 432).
Gabarito 3. Faça valer a pena - Seção 4.3
1. Alternativa C.
Resposta Comentada:
Segundo o ECA, algumas medidas de proteção aplicadas pelo Conselho Tutelar são 
“inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e pro-
moção da família, da criança e do adolescente e a requisição de tratamento médico, 
psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial” (BRASIL, 1990, 
art. 101). O Paif é o serviço prestado pelos profissionais do CRAS. O Paefi é prestado 
pelos profissionais do CREAS. A ESCCA é a sigla para uma das violências sexuais 
perpetradas contra crianças e adolescentes: a exploração sexual comercial.
 
2. Alternativa E.
Resposta Comentada:
A família natural é descrita pela lei como “a comunidade formada pelos pais ou qual-
quer deles e seus descendentes” (BRASIL, 1990, art. 25) e a família extensa – podendo 
ser nomeada como família ampliada – é “aquela que se estende para além da uni-
dade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os 
quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade” 
4 - U4 / Diversidade, trabalho e as garantias legais de proteção à adolescência
(BRASIL, 1990; BRASIL, 2009a, art. 25, parágrafo único). A colocação em família 
substituta ocorre pela via da adoção – nacional ou internacional – após esgotadas as 
possibilidades de reinserção em família natural ou extensa.
3. Alternativa C.
Resposta Comentada:
A ausência de recursos financeiros pode provocar sofrimento psíquico a Ana e a to-
dos os membros de sua família, contudo, o que ela vivencia não é negligência familiar, 
pois este conceito “representa a omissão em termos de prover as necessidades físicas e 
emocionais de uma criança ou adolescentes” – desde que estas falhas não estejam vin-
culadas à condição socioeconômica da família, de acordo com Guerra (2008, p. 33).

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