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COVID-19: o mecanismo das complicações imuno-hematológicas

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COVID-19: O MECANISMO DAS COMPLICAÇÕES
IMUNO-HEMATOLÓGICAS
VALE, Nathalia dos Santos¹
RESUMO
Introdução: A COVID-19 é uma doença infecciosa caracterizada por uma síndrome
respiratória aguda grave com considerável taxa de mortalidade, responsável pelo atual
cenário pandêmico. Dessa forma, o novo coronavírus (SARS-CoV-2) tem como
destaque o comprometimento das vias respiratórias, assemelhando-se a quadros de
pneumonia. Entretanto, seu mecanismo fisiopatológico vai além de apenas implicações
respiratórias. Cabe salientar as complicações imuno-hematológicas causadas pelo vírus,
tendo em vista o desenvolvimento tido por alguns pacientes de reações imunológicas
exacerbadas juntamente com um quadro de coagulação intravascular disseminada
(CID), sendo responsáveis por parte dos dados de óbitos. Objetivo: Esta revisão tem
como objetivo o entendimento dos mecanismos fisiopatológicos do coronavírus sob a
perspectiva da imuno-hematologia. Material e métodos: Trata-se de uma revisão de
literatura, utilizando artigos do período de 2017 a 2020 nas bases de dados: Google
Scholar, Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e National Library of Medicine
(PubMed). Foram utilizados os descritores: COVID-19, hipercoagulabilidade,
tromboembolia pulmonar, Síndrome Hemofagocítica. Resultados: Uma vez ocorrido o
processo infeccioso, é desencadeado uma reação imunológica que quando exacerbada,
se denomina síndrome Hematofagocítica (SHF), observada na forma mais grave da
infecção por cononavírus. Com isso, há a elevação das interleucinas 1 e 6, mediadoras
pró-inflamatórias, além da elevação da ferritina. O processo inflamatório leva a lesão do
endotélio vascular, consequentemente aumentando o processo de ativação da cascata da
coagulação e causando a hiperprodução de fibrina, provada pelo Dímero D positivo, ao
mesmo tempo em que a disfunção vascular também causa a redução da fibrinólise. O
depósito de fibrina na circulação leva a um quadro de coagulação intravascular
disseminada, podendo ser arterial ou venosa, com predisposição ao surgimento de uma
tromboembolia. Assim, obstrução alveolar observada nos pacientes é compatível com o
quadro de insuficiência respiratória dos casos graves e posterior falência tecidual.
Conclusão: Evidencia-se, portanto, o papel das complicações imuno-hematógicas no
agravamento do quadro clínico do paciente com COVID-19, principalmente em
pacientes predispostos à trombose. Assim, o entendimento desse mecanismo
fisiopatológico sob essa perspectiva é indispensável, pois tem impacto direto na conduta
terapêutica do paciente hipercoagulado. Entretanto, é passível de novos estudos, devido
à recência da doença. 
Palavras-chave: coagulação, COVID-19, fisiopatologia, imuno-hematológicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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Luis. Recomendaciones de diagnóstico y tratamiento de la respuesta inmune trombótica
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2020.
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https://acta-ape.org/article/a-luta-dos-profissionais-de-saude-no-enfrentamento-da-covid
-19/ > Acesso em 29/05/2020.
MOURA, Teresa Souto et al. Síndrome Hemofagocítica: Um Suspeito a Considerar.
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https://mariadosremedios.com.br/coronavirus-covid19/protocolo-covid-19-manejo-das-
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https://preprints.scielo.org/index.php/scielo/preprint/view/411/version/421> Acesso em
23/05/2020.
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