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MARKTING PESSOAL - FACESITA

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PROFESSOR 
TÉRCIO SACCOL 
2020 
MARKETING PESSOAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Marketing Pessoal 
 
Professor: Tercio Saccol 
 
Data da atualização: 08/02/2020 
 
UNIDADE MARKETING PESSOAL 
Revisão Ortográfica: Fabiana Miraz de Freitas Grecco – Março/2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esta unidade analisará alguns conceitos e práticas do marketing, entendendo 
os elementos que constituem essa área profissional, as estratégias e os itens 
que devem ser levados em conta em um planejamento empresarial. Também 
será discutida a necessidade de revisitar práticas de marketing no ambiente 
digital e entender como se configura o portfólio de produtos. As discussões 
culminam, nesta unidade, com a construção do marketing pessoal, o 
planejamento de carreira e como elementos da área de marketing podem ser 
revertidos para a lógica pessoal-profissional. Por fim, pretende-se elencar 
alguns aspectos importantes para construção da marca pessoal, como a 
comunicação verbal e não-verbal, a postura profissional em diferentes 
ocasiões, a construção de redes de relacionamento de trabalho e a gestão do 
tempo em ambientes e tarefas profissionais. 
 
Palavras-chave: Marketing. Carreira. Marketing pessoal. Promoção pessoal. 
Marca Pessoal. Desenvolvimento pessoal. 
 
 
 
 
RESUMO DA UNIDADE 
 
 
 
 6 
 
 
 
 
 
RESUMO DA UNIDADE ....................................................................................................... 5 
ÍNDICE ................................................................................................................................. 6 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ......................................................................................... 7 
CAPÍTULO 1 ......................................................................................................................... 9 
MARKETING E PORTFÓLIO DO PRODUTO ...................................................................... 9 
CAPÍTULO 1 - MARKETING E PORTFÓLIO DO PRODUTO .............................................. 9 
CAPÍTULO 1 – RECAPITULANDO (APENAS PARA ESTUDO) .........................................28 
CAPÍTULO 2 ........................................................................................................................35 
MARKETING PESSOAL ......................................................................................................35 
CAPÍTULO 2 - MARKETING PESSOAL ..............................................................................36 
CAPÍTULO 2 – RECAPITULANDO (APENAS PARA ESTUDO) .........................................52 
CAPÍTULO 3 ........................................................................................................................59 
COMUNICAÇÃO, MARCA PESSOAL E POSTURA PROFISSIONAL ................................59 
CAPÍTULO 3 – COMUNICAÇÃO, MARCA PESSOAL E POSTURA PROFISSIONAL .......60 
CAPÍTULO 3 – RECAPITULANDO (APENAS APARA ESTUDO) ......................................73 
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................80 
FECHANDO A UNIDADE ....................................................................................................81 
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................85 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE 
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file://prominassrv1003/prominas$/Material_Didatico/FACESITA/APOSTILAS%20ATUALIZADAS%20MÓDULO%20BÁSICO/Marketing%20Pessoal%20-%20Facesita/Marketing%20Pessoal.docx%23_Toc73534600
file://prominassrv1003/prominas$/Material_Didatico/FACESITA/APOSTILAS%20ATUALIZADAS%20MÓDULO%20BÁSICO/Marketing%20Pessoal%20-%20Facesita/Marketing%20Pessoal.docx%23_Toc73534601
file://prominassrv1003/prominas$/Material_Didatico/FACESITA/APOSTILAS%20ATUALIZADAS%20MÓDULO%20BÁSICO/Marketing%20Pessoal%20-%20Facesita/Marketing%20Pessoal.docx%23_Toc73534616
 
 
 7 
 
O marketing é um conjunto de atividades para entender, analisar e dar 
atendimento às necessidades dos clientes. Isso ocorre em diferentes etapas, desde a 
concepção de produto, serviço ou ideia até o atendimento pós-venda. A partir do 
desenvolvimento das organizações, da transformação da cultura, das relações de consumo 
e das lógicas de trabalho, o marketing passou a ser presença obrigatória em diferentes 
tipos de organizações, fundações, empresas e até no setor público. 
A compreensão da área e do campo de estudos é fundamental não apenas para 
quem deseja trabalhar com criação de valor ou estratégia, mas para todos os profissionais 
que estão inseridos em uma realidade que sofre cada vez mais transformações ágeis, 
onde negócios ascendem e desaparecem todos os dias. As escolhas que fazemos 
diariamente como consumidores estão permeadas, mesmo quando não pensamos nisso, 
em estratégias e ações de marketing. 
Por isso, o estudo desta área se afirma como necessário para diferentes áreas, 
mesmo aquelas em que, aparentemente, não há conexão direta. Assim, entender o 
composto de marketing, estratégia, lógicas de comunicação para produtos, serviços e 
ideias é algo que permeia não apenas unidades como empresas, mas a sociedade como 
um todo. 
Atualmente, diante de um cenário cada vez mais complexo, onde algoritmos têm 
determinado a forma como conduzimos nossa vida pessoal e profissional na internet, 
também se faz estratégico compreender como empresas se posicionam nesse meio e 
como diferentes ferramentas têm sido usadas para alcançar os clientes. 
Da mesma forma, faz-se necessário para quem está no mundo dos negócios saber 
como se compõe um portfólio de produtos e serviços diante das possibilidades que surgem 
e como se customizam processos e sistemas de comunicação. Analisar oportunidades, 
neste sentido, permite, além da própria capacitação, entender de forma sistêmica porque 
alguns itens ganham terreno e outros não, em um mercado extremamente competitivo. 
E se todas essas análises se aplicarem a serviços, produtos e até ideias, como fica 
o profissional envolvido? A mera capacitação sabe-se, não é capaz de alavancar uma 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 
 
 
 8 
carreira ou estimular o desenvolvimento pessoal. Para tanto, é necessário pensar em um 
planejamento, entendendo as evidências oferecidas pelo mercado e trabalhando dentro 
das possibilidades e demandas existentes. 
O mundo do trabalho, aliás, conta com diversas inovações que rompem ciclos de 
forma cada vez mais dinâmica, oferecendo uma margem cada vez mais exígua de tempo 
para análise, compreensão e posicionamento. O planejamento visa justamente minimizar 
incertezas, assegurar o mapeamento de competências e permitir a atuação dentro das 
lacunas existentes. 
A partir disso, tem-se o marketing aplicado ao profissional. Trata-se de um espaço 
rico para apresentar ferramentas, estratégias e possibilidades na leitura de realidade, 
visando exaltar características e incrementar relacionamentos, pensando sempre na 
conquista de espaços, evolução de capacidades e avanço profissional. 
Para tanto, é necessário, como em uma empresa ou produto, constituir uma marca 
pessoal. É como um profissional poderá ser conhecido, identificado e sua reputação será 
estruturada no mercado. Entender e pensar em formas de atingir essa marca pessoal, seja 
se relacionando com outros profissionais, promovendo capacitações pessoais ou atacando 
limitações e restrições nas habilidades, é pensar não apenas na empregabilidade, mas na 
capacidade de ser um agente protagonista em um mercado de múltiplas disrupções. 
Essa construção de marca
pode ser feita através de diferentes contextos, 
realidades e etapas, mas não pode desprezar a comunicação, em todas as suas formas, 
verbal e não-verbal, a edificação de uma rede de contatos e relacionamentos no mercado 
de trabalho bem como a administração do tempo e das tarefas, visando não apenas ser 
um profissional mais completo, mas realizado, pertinente e relevante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 
MARKETING E PORTFÓLIO DO PRODUTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 - MARKETING E PORTFÓLIO DO PRODUTO 
 
 
 
 10 
1.1 Avaliação de mercado e marketing 
 
Falar sobre marketing é adentrar em um campo bastante conhecido na rotina de 
quem vive em um país como o Brasil. Quando você vai ao mercado, paga por uma 
capacitação, quando almoça, quando escolhe uma viagem, o marketing está em tudo. Não 
se trata de uma atividade aleatória, demanda planejamento e cuidados éticos, técnicos e 
sociais. Falar em marketing é compreender um conjunto de atividades para atender 
necessidades de diferentes clientes. Isso não é apenas na venda ou na sedução de uma 
propaganda. O marketing está em todas as etapas desse relacionamento, e para atender 
seus públicos, é importante conhecer bem hábitos, vontades, anseios etc. 
Segundo a AMA (Associação Americana de Marketing), 
Marketing é a atividade, o conjunto de instituições e os processos para criar, 
comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para consumidores, clientes, 
parceiros e sociedade em geral. Pesquisa de marketing é a função que liga o 
consumidor, o cliente e o público ao profissional de marketing por meio de 
informações - informações usadas para identificar e definir oportunidades e 
problemas de marketing; gerar, refinar e avaliar ações de marketing; monitorar o 
desempenho de marketing; e melhorar a compreensão do marketing como um 
processo. A pesquisa de marketing especifica as informações necessárias para 
resolver esses problemas, projeta o método de coleta de informações, gerencia e 
implementa o processo de coleta de dados, analisa os resultados e comunica os 
resultados e suas implicações. (AMA, 2017). 
 
Normalmente, o marketing está dividido entre quatro decisões e ações que formam 
uma espécie de composto de marketing, que seriam produto, preço, praça (distribuição) e 
promoção (comunicação). Esses 4 Ps são decisões ou ações que uma empresa ou 
organização usa para atender necessidades de um mercado. Antes de falar sobre como 
isso ocorre, é importante revisar essas atividades do composto de marketing. 
O Produto - É o item, ideia ou serviço negociado ou vendido pela empresa. Bens 
são aqueles que podem ser tocados, como um alimento, um celular, um carro ou uma 
garrafa de cerveja. São bens tangíveis, mensuráveis, que o consumidor é capaz de sentir. 
Já os serviços são intangíveis, e não podem ser separados do fabricante. Muito do que se 
oferece é uma combinação de bens e serviços. Quando você vai a um hotel, paga por 
serviços, ou quando investe em uma formação. As ideias, por sua vez incluem conceitos 
que também podem ser comercializados de alguma forma. 
 
 
 11 
Dentro do P produto é necessário entender quais características do que se está 
oferecendo, respondendo questões como: quando e como um cliente vai usar esse item, 
serviço ou ideia? Como é? Qual o nome? Como ele é diferente do que já é oferecido em 
outros lugares? Quais necessidades esse produto, serviço ou ideia satisfaz? 
O P de preço, ao contrário do que pode parecer, nem sempre é monetário. É tudo 
aquilo que o cliente renuncia - por exemplo, dinheiro, tempo, energia, disposição em troca 
de determinado item ou serviço. Há uma série de fatores que determina o preço de algo, 
entre eles o valor do que se oferecem para o consumidor, as faixas de preço para produtos 
e serviços em cada área de distribuição, o comportamento do cliente e disposição para 
desembolsar algo (tempo, dinheiro), a possibilidade de segmentação de acordo com 
públicos e ofertas e a concorrência, só para citar alguns. O preço está conectado 
diretamente, portanto, à percepção da marca pelo público consumidor. 
O terceiro P, de praça, ou distribuição, está ligado a toda cadeia necessária para 
levar um produto a um cliente no momento em que o cliente deseja. Trata-se, de certa 
forma, da colocação no mercado de um produto ou serviço, ou como algo chega ao 
consumidor. Está associado a como o público busca por produtos e serviços, se há 
estabelecimentos como pontos de venda, quais são, se há presença virtual, como ela é, e 
quais os canais de distribuição ou acesso disponíveis atualmente. Como podemos pensar, 
não adianta um item, por exemplo, um pacote de macarrão, ser saboroso, nutritivo, bem 
embalado, acessível para a maioria e não estar disponível em supermercados ou lojas. 
O último P é o da promoção ou comunicação, é como a empresa informa, comunica 
ou lembra os clientes em relação a um bem ou serviço para influenciar pessoas e 
demandar uma resposta. A comunicação é capaz de incrementar o valor de um bem ou 
serviço. Não confundir com a promoção como as liquidações, às quais estamos habituados 
em determinadas épocas do ano, aqui, está se falando de mensagens para o público, 
escolha de canais e ações para apresentar soluções, escolhas de estratégias e análise de 
concorrência. 
Esse mix contribui para nortear qualquer negócio, não apenas para incrementar 
vendas, mas no sentido de fidelizar públicos e mantê-los. 
 
 
 
 12 
SAIBA MAIS 
Valaria Zeithamil e Mary Jo Bitner (2003) adicionaram 3 ps ao mix de marketing 
tradicional, pensando no cliente como foco. O P de pessoas está ligado ao 
atendimento de hábitos e desejos dos consumidores, da visão sobre os 
colaboradores que fazem o atendimento. O P de processos está ligado a ações para 
deixar os clientes satisfeitos, desde o início até depois da venda. Já o P de 
percepção tem a ver com a expectativa ou ideia do cliente sobre a empresa, 
permitindo entender aspectos sobre produto ou serviço. 
 
Estratégia 
Quando falamos em estratégia de marketing, nos referimos à ideia de planejamento, 
de organização antes de qualquer medida prática por parte da empresa. Uma estratégia de 
marketing envolve o mercado alvo de uma empresa, os 4 Ps que mencionamos 
anteriormente é a base sobre a qual a empresa quer ter uma vantagem competitiva 
sustentável: 
 
Vantagem competitiva sus 
 
 
empresa em torno de sua posição no merca- do. C 
 
 – - 
 -lo. 
Com o tempo, as vantagens se desgastarão em virtude dessas forças competitivas. 
Contudo, ao construir muros altos e espessos, as empresas podem manter essa 
vantagem, minimizar a pressão do concorrente e impulsionar os lucros por mais 
tempo. D 
 
25) 
 
Para tanto, há quatro estratégias dominantes no composto de marketing para que 
essa vantagem competitiva se estabeleça, sendo a excelência com clientes, a operacional, 
a de produto e a de localização (física ou virtual). 
 
Figura 1 - Macroestratégias para agregar valor ao cliente 
 
 
 13 
 
Fonte: GREWAL, 2016 
 
A estratégia com clientes ocorre quando uma empresa pensa no valor para reter 
consumidores e oferece um atendimento acima da média. Entre as possibilidades para 
reter um
cliente fiel, estão uma marca sólida, produtos diferenciados e atendimento para 
solidificar uma base. O atendimento ao cliente também é fundamental para se adquirir uma 
vantagem competitiva sustentável. Embora isso não seja fácil, já que deve acontecer de 
forma prolongada, entranhando-se na cultura da empresa, a construção de reputação pode 
se manter por um longo período. 
A excelência operacional ocorre através da eficiência com relação a suprimentos e 
relacionamento com fornecedores, o que pode baratear custos e tornar processos mais 
eficientes. A excelência de produto ocorre quando a empresa oferece produtos com valor 
percebido alto, por exemplo, investindo em sua própria marca e na qualidade do que é 
oferecido. Por fim, a excelência de localização que pressupõe o acesso fácil por parte do 
consumidor aos itens. Isso não significa, necessariamente, investir em sedes físicas, mas 
disponibilizar canais para que seu produto ou serviço chegue ao consumidor final, por 
exemplo, por telefone, internet etc. 
Grewal (2016) lembra que eficiência, no entanto, não é algo que se alcança do dia 
para noite, muito menos um aspecto que se alcance e se permita relaxar posteriormente. 
 
 
 14 
Para tanto, é necessário pensar e tornar estratégico um plano de marketing. É um 
documento com a análise da situação de marketing, com oportunidades e ameaças à 
empresa, com objetivos e estratégias levando em conta os 4 Ps mencionados 
anteriormente. 
As três fases do planejamento de marketing são planejamento, implementação e 
controle. Essas fases se desdobram em cinco etapas. Como perceberemos mais adiante, 
isso não é apenas importante para quem pensa em vender mais, criar reputação para um 
serviço ou ampliar a divulgação de uma ideia, mas inclusive para quem pensa em ganhar 
mais projeção pessoal e profissionais. O plano de marketing conta com: 1) definição da 
missão e visão da empresa; 2) análise de diversas partes envolvidas que afetam o 
negócio; 3) segmentação, seleção e posicionamento; 4) os 4 Ps, já mencionados aqui e 5) 
avaliação do desempenho da estratégia através de métricas e correções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
Figura 2 - O plano de marketing 
 
Fonte: Grewal, 2016 
 
Normalmente, o plano de marketing compõe-se dessas etapas, mas é possível ler 
de diferentes formas, estratificando mais ou conectando uma a outra. De qualquer forma, é 
importante saber que o planejamento é responsável por sistematizar informações para 
desenvolver as metas. É ali que a empresa vai revisitar sua missão e entender como pode 
se projetar sem desrespeitar suas lógicas, processos e dinâmicas. É também ali que surge 
a matriz SWOT, uma ferramenta usada por muitas áreas, inclusive pelo marketing pes 
 
 
 
Uma vez que a situação está definida, é necessário identificar chances para 
aumentar vendas e lucros com o STP, que é a tríade: segmentation, targeting and 
 
 
 16 
positioning, ou em livre tradução, segmentação, seleção e posicionamento. A partir do 
STP, é possível dividir o mercado em segmentos, entender quais quer conquistar e pensar 
em como posicionar produtos e serviços. 
A etapa 4 compreende os 4 Ps já mencionados aqui e inerentes a qualquer debate sobre 
marketing. Por fim, é necessário avaliar, através de métricas construídas e padronizadas 
pela empresa, os resultados. 
 
Comunicação 
Embora a discussão sobre criação e desenvolvimento de valor seja por si só um 
tópico importante, é indispensável pensar que a comunicação ganha, ainda mais no 
cenário atual, uma dimensão estratégica absoluta em qualquer planejamento de marketing. 
E à medida que os estímulos que recebemos não param de aumentar, seja por número de 
canais, dentro da internet ou presencialmente, como eles chegam ao consumidor e são 
lembrados por ele é algo ainda mais complexo. Embora não seja o nosso objetivo aqui, é 
importante lembrar que qualquer dinâmica de comunicação está submetida a uma lógica 
de um emissor, que manda a mensagem, a própria mensagem, que é o que se quer dizer, 
através de um canal, que é por onde a mensagem vai circular, através de um código 
(palavras, som, estímulos visuais, etc.), para um receptor. 
 
Figura 3 - Exemplo do processo de promoção/Comunicação em unidades de informação 
 
Fonte: Portal do Grupo de Pesquisa em marketing da informação, 2005. 
 
 
 
 17 
Assim, é importante entendermos que cada receptor decodifica uma mensagem de 
uma forma, e nem sempre isso se dá de acordo com as intenções iniciais do emissor. E a 
maneira como ocorre essa decodificação tem a ver com o contexto e a realidade do 
público-alvo. É claro que cada etapa analisada aqui está ligada a uma série de fatores. Um 
dos modelos comuns para traduzir esse processo ligando ao consumo no marketing é o 
chamado funil de vendas. Chamada por alguns autores de AIDA (atenção, interesse, 
desejo, ação), envolve a busca por atenção, traduzi-la em interesse, transformar o 
interesse em desejo, e, por fim, o desejo virando ação de compra ou contratação. 
 
Figura 4 - Como usar CTA para melhorar resultados 
 
Fonte: PANAYOTOU, Guilherme Martins. 2018 
 
A Comunicação Integrada de Marketing, por sua vez, não pressupõe apenas a 
propaganda, como se convenciona, mas envolve relações públicas, marketing direto, 
promoção etc. Falar em Comunicação Integrada de Marketing, ou a chamada sigla CIM, é 
mencionar o apoio ao elemento promoção dos 4 Os. Ogden e Crescitelli (2008) lembram 
que há três pilares importantes para aplicar a CIM: a) o tema central, que permite agregar 
e integrar mensagens para diferentes formas de comunicação; b) as formas de fazer a 
comunicação e a CIM sempre pressupõe duas ou mais: c) público-alvo, os diferentes 
públicos no horizonte do produto ou serviço. O composto de marketing integrado envolve 
propaganda, vendas pessoais, promoção de vendas e publicidade, por exemplo. 
 
 
 18 
No entanto, ao mencionarmos produtos e estratégias digitais, temos um universo 
próprio, que conta com análises específicas. 
 
FIQUE ATENTO 
 P “ ” 
serviços, aspectos e técnicas para melhorar a imagem, alavancar vendas e aumentar 
alcance. Entre eles estão a propaganda, que pode ser feita de forma paga em mídias 
off e online para divulgar produtos e serviços; vendas diretas, que consistem no 
contato direto para realização das próprias vendas; promoção de vendas, que 
envolvem ferramentas como amostras, concursos, cupons, etc.; relações públicas, 
que consiste no gerenciamento de comunicação com diferentes públicos externos e 
internos; marketing direto, que envolve esforços direcionados para públicos que já 
contam com algum interesse no produto e marketing digital, como mencionado nesta 
unidade. 
 
1.2 Marketing digital 
 
É provável que este texto esteja sendo lido através da internet. É através da internet 
que fazemos muitas coisas atualmente, como pedir comida, carro, assistir filmes, fazer 
pesquisas ou agregar interesses em comum. Com a internet emerge uma mudança de 
paradigma, com a pulverização da informação, a fragmentação dos emissores (antes 
apenas alguns grupos de comunicação produziam e circulavam, enquanto agora com 
mídias sociais há milhões fazendo isso), a mudança na atenção e a segmentação de 
públicos em nichos cada vez menores. 
Isso, é claro, mudou o marketing, que passa a obrigar-se a olhar para esse 
movimento, onde há uma notória descentralização nos sistemas de comunicação: 
 
Quando você ouve falar de marketing digital, publicidade online, web marketing, 
mobile marketing, inbound marketing, ou quaisquer
outras composições criativas 
que se possa fazer dessas palavras, estamos falando em utilizar efetivamente as 
tecnologias digitais como uma ferramenta de marketing, envolvendo comunicação, 
 
 
 19 
publicidade, propaganda e todo o arsenal de estratégias e conceitos já conhecidos 
na teoria do marketing (TORRES, 2018, p. 65). 
 
 Torres (2018) acrescenta que é necessário entender os componentes da internet, 
visando criar uma estratégia de marketing. São eles o ecossistema digital, que é o conjunto 
dos agentes digitais, e dos recursos, dispositivos, etc.; os agentes digitais, que são sites, 
redes sociais, empresas e serviços; DNA digital, que são as características que envolvem 
um agente; identidade digital, nosso perfil, interações e como afetam nossa identidade; 
cultural digital, que são os papeis que a identidade digital representa nas interações e 
estratégias digitais, que envolvem o próprio marketing e a gestão do conhecimento. 
Mas, como isso afeta as definições e estratégias de marketing digital? É importante 
observar a mobilidade desse ecossistema, as oportunidades e limitações que emergem, e 
como isso pode afetar a estrutura de um negócio, serviço ou empresa. No caso dos 
agentes digitais, é importante entender suas funções, como eles podem ajudar a 
desenvolver ou dar algum tipo de suporte às ações de uma organização. 
Também é importante atentar aos componentes do chamado DNA digital. Essas 
informações podem balizar estratégias de marketing ou aplicação de recursos. A 
identidade digital, por sua vez, é a base do marketing digital e das estratégias. Torres 
(2018, p. 83) considera inclusive o marketing digital como uma consequência direta da 
identidade digital. Além disso, cada um dos papeis da cultura digital é determinante para se 
criar estratégias na empresa. 
Como vimos, com o crescente avanço da tecnologia e infraestrutura, há uma 
multiplicidade de informações disponíveis, de graça. Como destaca Anderson: 
 
Por um lado, a informação quer ser cara, por ser tão valiosa. A informação certa no 
lugar certo, muda sua vida. Por outro lado, a informação quer ser grátis, porque o 
custo para acessá-la está sempre caindo. Então você tem essas duas forças 
lutando uma contra a outra (ANDERSON, 2017, p.97). 
 
A partir disso, há muitos serviços que apostaram no acesso restrito da informação 
ou conteúdo e agora precisam revisitar suas práticas. Para alcançar os objetivos, é 
necessário achar meios de se chegar lá. Algumas estratégias são: 
 
 
 
 20 
 Inboud marketing - marketing de atração, que facilita ser encontrado pelo público na 
internet. No Inbound Marketing, busca-se entender de forma detalhada o 
comportamento e percepção do consumidor para, depois, estabelecer um canal de 
comunicação com as pessoas, buscando ter um canal de comunicação com elas. 
Atualmente, inbound tem sido recorrentemente traduzido como marketing de 
conteúdo, que é uma estratégia, outras são blogs, podcasts, vídeos, newsletters etc. 
 
 Marketing de conteúdo - Consumidores procuram cada vez mais soluções na 
internet e o marketing de conteúdo busca ajudar a posicionar uma marca no lugar e 
momento certo para compra de um consumidor. Lembra-se do funil de vendas que 
mostramos antes? A ideia do marketing de conteúdo é que através de informações 
importantes, atraia, converta e depois transforme-se a audiência em consumo. 
Diferentes formas podem ajudar a diversificar a maneira como alcançar os clientes 
como: 
a) Blog - um canal de comunicação diretamente da organização ou do profissional, 
de fácil administração e edição, com fácil otimização para mecanismos de busca. 
b) Site institucional - Aumenta a confiança e credibilidade, se torna um canal com 
conexão direta entre o conteúdo e os serviços e produtos oferecidos 
c) Redes Sociais - Canal para comunicação, influência e diálogo, que são um 
espaço nobre para estimular debates, análises coletivas e conversas. Para tanto, 
sugere-se que, desde o início, haja uma identificação de objetivos, análise das 
redes (e seus algoritmos), criação de um perfil, análise da concorrência, definição 
de um plano e calendário de publicações e aprendizado com resultados. 
 
 E-mail marketing - É o envio de mensagens com finalidades comerciais para um 
grupo de contatos, visando aumentar vendas, comunicar-se com clientes, propor 
conteúdos e até atrações especiais. Permite conhecer dados e mensurá-los através 
de número de aberturas, respostas etc. Eles podem ser: 
a) De informação - passando notícias ou ações sobre a organização (normalmente 
curtos e com informação de forma direta). 
b) De nutrição - influenciam o leitor para que tome uma ação, oferecendo conteúdos 
que conduzam o usuário ao clique ou à compra. 
 
 
 21 
c) De educação - materiais selecionados, conteúdo exclusivo que foca em solução 
de problemas. 
d) De transação - Focados na conversão do usuário, com uma oferta, sem 
exageros. 
e) Newsletters - tipo de e-mail recorrente, com materiais, mensagens e informações. 
 
 SEO - O Search Engine Optimization permite que um conteúdo, informação ou dado 
seja encontrado nos buscadores com mais facilidade, melhorando os rankings. 
Existem os fatores on page, que são aspectos que podem ser otimizados dentro de 
páginas, como tags, títulos etc., e os off page, como tempo de carregamento, links 
etc. 
 
 SEM - Também há o Search Engine Marketing, que envolve mídia paga, além da 
orgânica. Mídias pagas podem oferecer mais facilmente o acesso por parte do 
consumidor. 
 
Na publicidade, pode haver mídias adquiridas, que são aquelas vindas de interação 
com o público, possuídas, pertencente a alguém, e pagas, promoção por meio de 
anúncios. Já o PCC é a compra de mídia mediante número de cliques. Há também display 
que normalmente aparecem em páginas. O retargeting é aquele banner que aparece 
depois que se visita algum site ou pratica determinada ação. Importante também é o 
anúncio em redes sociais e a promoção de conteúdo em mídias sociais, por exemplo. 
 Tudo isso é importante porque determina como uma empresa ou produto pode ficar 
mais ou menos visível na internet, seja quando se faz uma busca ou entra em uma rede 
como o Facebook, por exemplo. É importante, uma vez que se gera o lead, oferecer o 
conteúdo e analisar as métricas de engajamento e aderência por parte do cliente. Tudo 
isso faz parte da presença digital da marca, quando se ganham atribuições e 
especificações. 
 
PORTFÓLIO DE PRODUTOS 
 
 
 22 
Nos negócios, é muito improvável que você tome uma decisão de compra sem 
saber uma lista do que a empresa oferece. Imagine pedir uma pizza sem ter em mãos os 
sabores ou comprar um carro sem conhecer os modelos de uma concessionária. Pode-se 
dizer que, quanto mais organizada e com maior nível de detalhes for a lista, maiores são 
as chances de gerar interesse, e, posteriormente, de concretizar um negócio. 
O que é portfólio? É possível que você já tenha ouvido essa palavra inúmeras 
vezes, em diferentes áreas. Um designer que mostra suas realizações, um arquiteto que 
apresenta suas obras, um jornalista que une uma série de reportagens. Todos eles estão 
apresentando uma espécie de lista de trabalhos, de itens ou realizações. Os portfólios de 
produtos se referem ao grupo de produtos desenvolvidos por determinada empresa. É nele 
que está o leque de itens, serviços ou ideias, e esse portfólio é capaz de mostrar a 
produção, a qualidade e possíveis diferenciais. 
Existem muitas formas de se montar e apresentar um portfólio de produtos. É 
possível selecionar desde a plataforma até a quantidade de artigos disponibilizados ou se 
a oferta será segmentada por tipo de produto. No caso da plataforma, ela pode ser, por 
exemplo, uma estante de livros, um site. A plataforma pode ser analógica ou digital, com 
uma infinidade de características, possibilidades
e contextos. 
Em relação à segmentação, empresas podem dividir produtos por matéria-prima ou 
público-alvo. Falar de portfólio de produto está diretamente associado ao que se vende ou 
desenvolve, já que toda a estratégia de marketing será feita em torno disso. 
Para definir a estratégia, é necessário entender que ela é imprescindível para o sucesso 
dos negócios, e assim deve ser planejada e desenvolvida para mostrar capacidade criativa 
e produtiva de um empreendimento. 
Pensando no marketing digital, que discutimos anteriormente, é possível elaborar o 
marketing de conteúdo para mostrar uma coleção de livros lançados, com vídeos no 
youtube e ebooks sobre os autores envolvidos. A partir disso, se faz textos para blogs e 
abre-se um formulário para fazer o download da obra, onde o consumidor pode entrar no 
funil de vendas. Uma vez que o cliente chega ao site, se não houver um portfólio com os 
livros bem estruturado, organizado e atrativo, como pensará o comprador? Quanto mais 
ele irá procurar? 
Algumas etapas são fundamentais na definição do gerenciamento eficaz do portfólio 
de produtos e serviços. A primeira delas é a identificação do mercado, do que há 
 
 
 23 
disponível em oportunidades e da concorrência. Estudar o mercado é fundamental para o 
planejamento estratégico de qualquer área, e ela deve, antes de olhar para o mercado 
disponível, entender o todo, que é tudo que está sendo feito em determinada área em 
produtos e serviços. Somente depois dessa análise, é que a empresa pode buscar uma 
participação de mercado estimada. 
Posteriormente, é importante gerenciar o que chamamos de ciclo de maturação do 
portfólio ou ciclo de vida de um produto. Qualquer produto ou serviço está conectado a 
ciclos de maturação que passam pelo lançamento, compreensão, adoção até sua 
substituição ou completo desaparecimento. Essas fases são importantes porque afetam o 
volume de vendas, e, consequentemente, a rentabilidade geral da empresa e da 
organização. Em cada fase, é necessário olhar para a participação no mercado, o potencial 
de crescimento sempre lembrando a faixa de preço, público-alvo e canais de distribuição 
do produto ou serviço em questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
 
Figura 5 - Gráfico ciclo de maturação produto e serviço 
 
TAVARES, Fernanda Marina, 2012 
 
Pensar em portfolio de produto é, certamente, entender quais e quantos têm 
participação no mercado e quais os potenciais de crescimento. Para planejar, é necessário 
olhar de forma sistêmica o conjunto de negócios que a empresa tem, com aspectos 
envolvendo vendas, marketing, financeiro e serviços de operação. 
Uma vez reconhecidos os aspectos de mercado, é necessário criar categorias por 
faixa de preço, público-alvo e canal de distribuição. Uma categoria pode ser formada por 
produtos ou serviços que oferecem uma experiência específica mais ou menos 
semelhante, por exemplo, computadores desktop e notebooks. A partir disso, entender as 
diferentes faixas de preço ofertadas, pensando nas distintas possibilidades de acordo com 
o público-alvo. Posteriormente, se deve identificar produtos e serviços correlatos. Os 
produtos correlatos são aqueles que agregam valor ao produto base da empresa, que 
normalmente ajudam a incrementar a receito de produtos base. 
Uma vez feitas, todas as análises são importantes para monetizar esse portfólio, 
monitorando sua corrosão e o seu crescimento. Para tanto, é necessário criar e executar 
estratégias de precificação, levando em conta a coerência dentro de uma série de 
 
 
 25 
aspectos do mercado, e pensando na rentabilidade. É a precificação que permitirá pagar 
custos e despesas, dentro de um ponto de equilíbrio. Para fazê-la, há uma série de 
aspectos internos e externos de mercado. 
Para saber como precificar, não basta olhar projeções com bases em vendas 
antigas, é necessário entender tendências de mercado, volume de vendas em diferentes 
canais, custos do produto (e suas variações), margem esperada e potenciais problemas 
que o mercado pode oferecer. Também é importante atentar para o desenvolvimento de 
tecnologias, sem adotá-las sem o devido conhecimento dos impactos, mas também, sem 
deixar o desenvolvimento técnico ameaçar os negócios da empresa. 
Uma forma bastante consagrada de fazer a análise de portfólio de produtos ou 
serviços é a matriz BCG (Boston Consulting Group), que permite pensar no melhor 
equilíbrio de lucro com menos recursos. Na prática, ela ajuda a entender o que pode gerar 
mais receita a partir de menos tempo e dinheiro investido. A matriz conta com uma visão 
em três áreas, de acordo com Ambrosio e Ambrosio (2005): situação estratégica, 
necessidades financeiras de cada unidade de negócio e abordagem para atender 
estratégias. Para Stern e Deimler (2007) as empresas necessitam de produtos para 
fortalecer o caixa, com: 1) estrelas que devem garantir o futuro; 2) vacas leiteiras que vão 
fornecer capital para esse crescimento futuro e; 3) pontos de interrogação que têm por 
objetivo virar estrela utilizando capital adicional. 
A matriz conta com dois eixos, sendo um a taxa de crescimento do mercado e o 
outro a participação do produto no mercado. Cada eixo tem dois setores, onde podem ser 
alocados os produtos e serviços. As vacas leiteiras são aqueles que geram grandes lucros 
sem necessidade de investimento de muito tempo ou dinheiro. As estrelas são produtos e 
serviços que geram lucro, mas demandam investimentos para alcançar bom nível de 
vendas. Do outro lado, os pontos de interrogação ainda não geram receita alta, mas 
podem ser apostas ou possibilidades. Já os abacaxis, trazidos em algumas matrizes como 
animais de estimação, são produtos com margem ruim ou baixo nível de vendas e devem 
ser analisados de forma pontual pela empresa. 
 
 
 
 
 
 26 
 
Tabela 1 - Participação na geração de lucros da empresa 
 
Fonte: NAKAGAWA, Marcelo. Ferramenta: Matriz BCG. 
 
 Muitas empresas usam matrizes como essa ou semelhantes, por permitirem a 
visualização gráfica de um cenário complexo de multiplicidade de marcas e permitindo a 
definição de estratégias, além de dar equilíbrio a carteira de produtos. 
 
IMPORTANTE 
Ao utilizar a matriz BCG (Boston Consulting Group) é necessário evitar o risco de 
tomar decisões apenas olhando para a empresa, sempre tome o cuidado de olhar 
para fatores externos. A participação de mercado é importante, mas não pode ser o 
único fato para determinar se um produto está tendo sucesso ou não. Além disso, o 
crescimento de mercado não é a única coisa relevante para se atuar ou não em um 
segmento. Além disso, se recomenda, para uso da BCG (Boston Consulting Group), 
 
 
 27 
algum tempo de empresa, porque é mais possível entender como está se dando a 
história no mercado de cada produto ou serviço. A matriz é uma ferramenta, mas é 
incapaz, diante da complexidade das empresas, de dar todas respostas possíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
 
 
 CAPÍTULO 1 – RECAPITULANDO (APENAS PARA ESTUDO) 
 
QUESTÕES DE CONCURSOS 
 
Questão 1 
Ano: 2018 – Banca FGV Órgão: Prefeitura de Niterói Cargo: Analista de políticas públicas e 
gestão governamental Nível: Superior 
A Matriz BCG foi utilizada por uma empresa do ramo de alimentos e bebidas para análise 
de seu portfólio de produtos. Sobre as análises permitidas pela BCG, analise as afirmativas 
a seguir. 
I. Uma marca de biscoito já consolidada no mercado, que gera uma alta receita sem 
necessidade de alto investimento em marketing, é um exemplo de vaca leiteira. 
II. Um refrigerante com baixo desempenho em um mercado em declínio é um exemplo de 
ponto de interrogação. 
III. Um doce alocado no grupo das estrelas gera pouco custo para a manutenção da sua 
fatia de mercado. 
Assinale
a opção que indica as afirmativas corretas. 
a) I, apenas 
b) II, apenas 
c) III, apenas 
d) I e II apenas 
e) I, II e III 
 
Questão 2 
Ano: 2018 – Banca FGV Órgão: TJ-SC Cargo: Analista Administrativo Nível Superior 
A figura abaixo apresenta uma matriz BCG aplicada ao portfólio de produtos de uma 
empresa. 
 
 
 29 
 
A partir do exposto na matriz, é correto concluir que: 
 “ ” ; 
 C “ ” ; 
 B “ ” 
 “ ” “ ”; 
 B “ ” 
ser usados para financiar os outros produtos; 
 D “ ” 
investir para desenvolver novos mercados. 
 
Questão 3 
Ano: 2014 – Banca CESGRANRIO Órgão: PETROBRAS Cargo: TÉCNICO(A) DE 
COMERCIALIZAÇÃO E LOGÍSTICA JÚNIOR Nível: Médio 
O gerente de um grande fabricante de computadores decide que a empresa deve focar-se 
na fabricação de computadores de alto desempenho, utilizando para tal os componentes 
mais avançados, e oferecer atualizações e melhorias dos aparelhos a cada três meses. 
Por essa decisão, depreende-se que essa empresa é orientada para. 
a) Produção 
b) Produto 
c) Marketing 
d) Relacionamento 
https://questoes.olhonavaga.com.br/questoes?tc=1&ano=2014&ma=9591&as=9863
https://questoes.olhonavaga.com.br/questoes?tc=1&ano=2014&ma=9591&as=9863
https://questoes.olhonavaga.com.br/questoes?tc=1&ano=2014&ma=9591&as=9863
https://questoes.olhonavaga.com.br/questoes?tc=1&ano=2014&ma=9591&as=9863
 
 
 30 
e) Vendas 
 
Questão 4 
Ano: 2014 – Banca: IFsul Órgão: IFsul Cargo: Administrador Nível Superior 
Considerando o conceito de Marketing, é correto afirmar que sua premissa central é 
a) Definir mercados para as organizações, com base no mix de marketing. 
b) Comunicar as proposições de valor da organização para as partes interessadas 
c) Compatibilizar as capacidades de uma organização e desejos de seus clientes, a 
fim de atingir objetivos de ambos. 
d) Identificar os desejos dos clientes. 
 
Questão 5 
Ano: 2015 – Banca NC-UFPR Órgão: COPEL Cargo: Administrador Junior Nível: Superior 
Em relação ao mix de marketing (mais conhecido como 4ps), e considerando a 
aplicação prática dessa ferramenta, assinale a alternativa correta. 
a) É formado por um conjunto de ferramentas que auxilia uma empresa a desenvolver o 
composto de preço de um produto ou serviço. 
b) É uma ferramenta fundamental para que a empresa possa atingir um determinado 
público-alvo, utilizando análises mercadológicas. 
c) A propaganda é utilizada para informar e motivar o consumo de um produto/serviço, 
visando atender às necessidades do mercado. 
d) É um conjunto de ferramentas de marketing, táticas e controláveis, que a empresa 
utiliza para produzir a resposta que deseja no segmento-alvo. 
e) Tem como principal foco o desenvolvimento de pesquisas em relação ao 
comportamento do mercado. 
 
 
 
 31 
 
Questão 6 
Ano: 2015 Banca: UFPR Órgão: Companhia Paranaense de Energia Prova: Analista 
comercial júnior Nível: Superior 
 O funil de vendas é uma importante ferramenta para gerir, otimizar e compreender o perfil 
de seus clientes. Sobre essa ferramenta, é correto afirmar: 
a) Na entrada do funil, é necessário identificar os clientes em potencialidade para os 
negócios da empresa. 
b) Maturação é a etapa de conhecimento do cliente, para poder apresentar o produto ou 
serviço que atenda suas necessidades. 
c) Apresentação é a etapa em que os diferenciais do produto ou serviço são destacados 
para o cliente, juntamente com o valor, para que seja realizada a negociação. 
d) A etapa de qualificação é aquela em que o cliente recebe informações sobre o produto, 
sejam ofertas, conteúdo, newsletters. 
e) É na etapa de prospecção que são analisados quantos contatos com negócios fechados 
são necessários para cumprir e superar as metas. 
 
Questão 7 
Ano: 2017 – Banca: FAU UNICENTRO Órgão: E-Paraná Cargo: Analista Mídias Sociais 
Nível: Superior 
No Marketing digital, a palavra marketing vem antes da palavra digital, ao menos aqui no 
Brasil. O que quero dizer é que os conceitos fundamentais de marketing, publicidade e 
design são mais importantes do que todas as ferramentas digitais vistas aqui. São as 
estratégias, o planejamento e o pensamento humano que vão fazer as táticas utilizadas 
nas ferramentas atuais ou futuras darem resultados. (TELLES, André. A revolução das 
mídias sociais. 2.ed. São Paulo: M. Books do Brasil, 2011. p.176) 
 Das afirmações abaixo, qual delas não é verdadeira? 
a) Os gestores da Marca tem total controle sobre ela no ambiente digital. 
 
 
 32 
b) O comportamento do consumidor atual com a internet deixou de ser um simples 
receptor da comunicação para se tornar retransmissor e formador de conteúdo. 
c) Cada pessoa com um computador e um pouco de habilidade tem as ferramentas para 
fazer suas opiniões sobre sua marca ser ouvidas por outras pessoas. 
d) O controle da mensagem é uma ilusão. 
e) Os consumidores enviam e-mails, usam twitter e o facebook para falar das suas 
experiências com as marcas. 
 
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE 
O marketing passou por várias mudanças durante décadas, catalisadas por 
transformações em produtos, tecnologias e hábitos de consumo. Dessa forma, o marketing 
também evoluiu, passando gradualmente a aplicar abordagens diferenciadas em suas 
estratégias para alcançar a satisfação dos consumidores e, consequentemente, as vendas. 
Nesse sentido, o marketing digital vem ganhando notoriedade e importância estratégica. 
Disserte sobre o marketing digital, apresentando sua importância para os negócios na 
atualidade. 
 
TREINO INÉDITO 
São fases do planejamento de marketing das empresas 
a) Planejamento, segmentação e estratégia. 
b) Avaliação, controle e promoção. 
c) Produto, preço e praça. 
d) Planejamento, implementação e controle. 
e) Análise do contexto, criação de estratégia e pós-venda. 
 
NA MÍDIA 
Redes sociais devem crescer mais de 20% no Brasil até 2023 
 
 
 
 33 
Um estudo divulgado pelo Cuponation indica que o número de usuários de redes sociais 
no Brasil deve crescer mais de 20% até o final de 2023, chegando a aproximadamente 
114,5 milhões de pessoas acessando ativamente serviços como o Instagram e outros. 
 
Fonte: Tecmundo 
Data: 20 fev. 2020. 
Leia a notícia na íntegra: https://www.tecmundo.com.br/redes-sociais/150579-redes-
sociais-devem-crescer-20-brasil-2023.htm 
 
NA PRÁTICA 
A empresa Alpargatas, que produz as sandálias Havaianas, é um dos grandes cases do 
Brasil de reposicionamento de marca e utilização adequada dos 4 Ps. Quando surgiram as 
sandálias o público era predominantemente das classes C e D. Os produtos tinham design 
confortável, simples, preços baixos e locais de vendas acessíveis. Embora não fosse um 
problema, a empresa buscava reposicionar sua marca e mudar o posicionamento. A partir 
disso, criaram a campanha "Todo Mundo Usa". 
Com o lançamento da marca Havaianas Top, vieram modelos mais sofisticados e 
gradualmente passaram a alcançar diferentes públicos. Atualmente, a marca atinge 
dezenas de países, com modelos distintos e franquias especializadas. Pensando nos 4 Ps, 
podemos pensar que em PRODUTO, houve uma mudança nas cortes, estilos, embalagens 
e design. É possível encontrar de modelos mais simples até alguns pensados para 
ocasiões especiais. A variedade, aliás, foi um atributo para mudar a percepção de marca. 
A abertura de franquias reconfigurou o P Praça, criando um ambiente para os potenciais 
públicos. Atualmente há produtos disponíveis desde
mercados até franquias em ruas ou 
shopping centers. Com o reposicionamento, houve aumento dos Preços, o terceiro P. Isso 
ocorreu por conta de um reposicionamento, entregando valor adicionado e design, além da 
análise de concorrência, que impactou. Já no P promoção, houve um encaminhamento 
para uma busca pela personalização, com comerciais descontraídos, com apelo para 
artistas e pessoas que pudessem incorporar a diferença da marca. 
https://www.cuponation.com.br/insights/redes-sociais-2020
https://www.tecmundo.com.br/instagram
https://www.tecmundo.com.br/redes-sociais/150579-redes-sociais-devem-crescer-20-brasil-2023.htm
https://www.tecmundo.com.br/redes-sociais/150579-redes-sociais-devem-crescer-20-brasil-2023.htm
 
 
 34 
 
Fonte: Araújo; Rosas (2011) A estratégia do marketing da sandália Havaianas. 
 
PARA SABER MAIS 
Filme sobre o assunto: O homem que mudou o jogo (Columbia Pictures, 2011) 
Jerry Maguire, a grande virada (Sony Pictures, 1996) . 
 
 Indicações bibliográficas 
KOTLER, Philip. Administração de Marketing, 10ª Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000 
Torres, C. (2018). A Bíblia do marketing digital: tudo o que você queria saber sobre 
marketing e publicidade na internet e não tinha a quem perguntar. São Paulo: Novatec. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2 
MARKETING PESSOAL 
 
 
 
 36 
CAPÍTULO 2 - MARKETING PESSOAL 
 
2.1 Mundo do trabalho e transformações 
 
Vivemos hoje em um mundo de aceleradas transformações tecnológicas e diversos 
fenômenos sociais, políticos, econômicos e culturais, ligados à globalização. Isso nos afeta 
de forma direta, e também influencia o mercado de trabalho. Diante da multiplicidade de 
mudanças, é comum se deparar com diversas dúvidas que vão desde a escolha de um 
curso, seja ele técnico, de capacitação, graduação ou pós-graduação, até a decisão sobre 
deixar um emprego ou investir as economias em abrir um empreendimento. Multiplicaram-
se as ofertas de formação, as demandas mercadológicas e a própria complexidade do 
comércio e dos serviços diante de uma veloz reconfiguração. 
Essa reconfiguração acontece por distintas razões, que podem ser analisadas por 
diferentes óticas. Com a ascensão de um sistema mais liberal economicamente a partir 
dos anos 90, no mundo, cresceu a competitividade, o sistema ficou mais mecanizado e 
notadamente menos intensivo em pessoal. Cresceu então a demanda por um trabalhador 
com visão mais ampla dos processos (GOMES, 2003). 
Os próprios ciclos de transformação acontecem cada vez mais rápido, obrigando a 
uma constante revisão para evitar a obsolescência. Com isso, é crescente a importância 
do capital humano. Segundo De Botton (2009), a partir desse cenário complexo, é 
importante tomar o protagonismo da carreira profissional, desenvolvendo instrumentos, 
criando visão estratégica e buscando se capacitar em novas competências. Competência, 
aliás, é uma palavra determinante nesse novo mundo do trabalho que gera expectativas e 
incertezas. Para Perrenoud, 
Nas - 
 
situação, mobilizando e combinando, em tempo real e de modo pertinente os 
recursos intelectuais e emocionais (2013, p.45). 
 
O autor acrescenta que no mundo do trabalho, conseguir desenvolver as 
competências não é uma escolha, apenas uma condição essencial. É necessário saber 
aprender, evoluir, transformar-se. Mas competências para que e para quem? Há muitas 
perguntas diante de um cenário onde profissões deixam de existir a cada momento, e 
 
 
 37 
outras demandas emergem a partir de necessidades, dispositivos tecnológicos e 
possibilidades digitais. Ciampa et al, destaca sobre o mercado: 
tornou-se mais tecnológico e intelectualizado, ficou menos dependente de 
hierarquias, passou a exigir um alto e contínuo grau de preparação e educação, 
competências como flexibilidade, adaptabilidade, compartilhamento e cooperação, 
passando a valorizar também a criatividade, a inovação e as atitudes 
empreendedoras (2014, p. 14). 
 
As transformações passam por desenvolvimento da inteligência artificial, big data, 
business intelligence e vários outros termos ganhando dimensões novas nas rotinas 
corporativas. Com isso, a ideia de ter uma formação fixa, uma trajetória estável em uma 
mesma organização e funções imutáveis, como ocorreu até outrora, ficam em xeque. 
Diferentes consultorias de carreira apontam, inclusive, que profissionais que estão se 
formando agora terão até cinco carreiras diferentes ao longo da vida, uma prova da 
flexibilidade e dimensão mutável em que vivemos. 
Com isso, um cenário de maior mobilidade, liquidez e agilidade, verificamos, por 
vezes, um descompasso entre instituições de ensino, organizações, governos e dinâmica 
de desenvolvimento técnico e social, gerando tensões e dificuldades. Preconiza-se que o 
profissional que está inserido nessa realidade consiga ter um olhar sistêmico, amplo e 
complexo, compreendendo a partir da aprendizagem contínua, leitura, atualização e 
networking, como pode se propor enquanto protagonista. 
Com uma lógica empresarial desafiada pela tecnologia, algumas lógicas de 
regramentos, legislações e códigos se tornaram mais flexíveis. Algumas provas disso são 
a crescente terceirização de serviços, a economia compartilhada, como Uber, Airbnb e 
Netflix, onde a aposta no serviço não está na produção, mas no capital social tecnológico 
capaz de unir esforços existentes e oferecer ao usuário. Outra demonstração dessa 
transformação é a crescente ascensão da ideia de empreendedorismo, seja pela 
defasagem de áreas formais, seja por intenção, vontade ou ambição pessoal. 
Uma pesquisa apresentada em 2017, pela Federação das Indústrias do Rio de 
Janeiro, mostra que dois em três jovens no Brasil pensa em empreender. Um dos dados 
encontrados no levantamento na comparação com outros países mostra uma disposição 
diferente daquela encontrada como parâmetro até agora 
 
 
 
 38 
Ainda que os jovens empreendedores brasileiros não se sintam tão 
aprisionados pela estrutura de trabalho das corporações, eles estão menos 
dispostos a sacrificar a vida pessoal em prol do trabalho e possuem menor 
predileção pela figura do chefe como guia para as decisões do que a média 
estrangeira. Dessa forma, não surpreende que eles valorizem menos a 
estabilidade profissional, frequentemente associada a grandes empresas e 
instituições sólidas, do que seus pares estrangeiros (FIRJAN, 2016, p. 8). 
 
Outra pesquisa, essa da Fundação Getúlio Vargas em parceria com a empresa 
PWC, divulgado em 2014, mostra que assumir responsabilidade e liderança são demandas 
que disparam como mais relevantes. 
 
Figura 6 - Características mais pertinentes aos novos modos de trabalho 
 
 Fonte: Relatório o futuro do trabalho FGV/PWC 2014 
 
 
 
 39 
Ciampa Et Al (2014) descreve algumas competências como fundamentais no 
trabalho em meio ao século XXI. São elas: lidar com problemas, inovar, aprender, empatia, 
conhecimento tecnológico, aprendizado contínuo, liderança, iniciativa, planejamento, 
relacionamento interpessoal, visão global, negociação, automotivação, equilíbrio 
emocional, criatividade, comunicação, comprometimento, trabalho em equipe, aceitação de 
risco, empreendedor. 
 
SAIBA MAIS 
Segundo um relatório do World Economic Forum, de 2015, algumas habilidades 
importantes para o profissional do futuro já estão mapeadas. São elas flexibilidade 
cognitiva (capacidade de pensar diferente, imaginar caminhos novos), capacidade de 
negociação (com clientes, colegas, gestores diante das transformações recorrentes 
no mercado), orientação para servir (preocupação para ajudar e atender aos
outros, 
orientando diante das mudanças), julgamento e tomada de decisões (examinar dados 
e usar o big data para tomar decisões estratégicas), inteligência emocional 
(reconhecer e avaliar emoções estabelecendo empatia), coordenação com outros 
(coordenar ideias, avaliações e habilidades juntas), gestão de pessoas (pensar os 
funcionários como recursos valiosos), criatividade (ideias inovadoras para tirar 
vantagem das mudanças), pensamento crítico (capacidade de usar a lógica e 
raciocínio) e resolução de problemas complexos (habilidade para solucionar 
problemas novos e distintos dos atuais). 
 
Como destacam os autores, essas competências não têm a ver apenas com os 
novos profissionais, mas todos os trabalhadores. E é praticamente impossível pensar que 
todos consigam desenvolver um conjunto completo dessas competências, então o 
importante é avaliar o que é mais compatível com necessidades do mercado, crenças 
pessoais e perspectiva a partir da área, região, interesse, etc. 
 
 
 
 
 
 40 
 
 
 
2.2 Planejamento de carreira 
Ciampa et al (2014) lembra que a palavra carreira deriva do latim e está ligada a 
história de um indivíduo profissionalmente em um determinado período. Nesse sentido, 
Dutra conceitua carreira como: 
 
As sequências de posições ocupadas e de trabalhos realizados durante a vida de 
uma pessoa. A carreira envolve uma série de estágios e a ocorrência de transições 
que refletem necessidades, motivos e aspirações individuais e expectativas e 
imposições da organização e da sociedade (2011, p. 17). 
 
Essa definição é importante porque ao debater o planejamento, faremos referência 
a um conceito geral, que passa por uma construção pessoal, mas também pelo que se 
considera mercadologicamente carreira. Uma carreira está diretamente ligada à reputação, 
imagem e credibilidade que determinado profissional constrói em sua trajetória. Também 
tem a ver com competências desenvolvidas e resultados que se alcançou ao longo de uma 
vida ou tempo de atuação profissional. Já, Oliveira (2013) entende que carreira está ligada 
a um conjunto de ações pensadas e estruturadas que mostram a evolução de cada um, a 
partir de demandas das organizações, dos próprios indivíduos e dos grupos onde o 
profissional está inserido. 
Como abordado anteriormente, nas últimas décadas os ambientes organizacionais 
tornaram-se mais mutáveis e maleáveis, diante da interdependência e velocidade das 
transformações. Ciampa Et al (2014) lembra que a ideia de emprego formal, quando um 
profissional tinha uma capacitação que o assegurava, de certa forma definitivamente para 
uma área, empresa ou atuação, mudou. Essa realidade, claro, causa desconforto, 
desamparo. Afinal, como não se preocupar com a perda dos postos de trabalho 
existentes? 
 
A resposta para 
 
 P 
 
 
 
 41 
 
 C -
 udes e 
necessidades a serem melhoradas e desenvolvidas (Ciampa, Et Al, 2014, p. 34). 
 
É necessário, portanto, estabelecer um plano de desenvolvimento para cada 
profissional, visando aumentar seu nível de empregabilidade. Isso está ligado a aspectos 
envolvendo a formação, a personalidade e o comportamento. É importante lembrar que o 
nível de conhecimentos que vai existir em uma organização está diretamente ligado aos 
profissionais que fazem parte dela. São suas ideias, modos de agir e pensar que fazem o 
ecossistema de negócios. 
Criar estratégias para aumentar o nível de empregabilidade passa por analisar e 
interpretar cenários antecipar-se a tendências e aprender, não apenas na educação formal, 
mas de forma autônoma por diversos instrumentos, canais e fontes. Desenvolver um plano 
de carreira é atentar para fatos, movimentos e perspectivas não apenas do profissional 
como da área onde ele atua. Ciampa et al (2014) descreve que o processo de 
planejamento passa por missão, análise de ambiente, autoconhecimento, plano de carreira 
e avaliação, como vemos na figura a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 42 
 
Figura 7 - Processo de planejamento de carreira 
 
Fonte Ciampa Et Al (2014) 
 
Oliveira (2018, p. 71) propõe uma metodologia para elaborar e desenvolver um 
plano de carreira. A partir de seis fases e 17 etapas, o autor pretende discutir os 
 
 
 43 
componentes de um plano de carreira, os fatores condicionantes e os cuidados para 
planejamento nesta área. 
A primeira fase é de análise de mercado, onde se coleta informações sobre o 
mercado de trabalho, possibilidades e identificação de aspectos positivos e negativos. 
Essa fase é dividida em quatro etapas que são: a busca por uma visão, ou seja, entender 
como se projeta a vida a partir de determinado contexto, olhando para empresas, mercado, 
etc.; o estabelecimento de valores pessoais, que representam uma espécie de norte para 
cada pessoa, ou seja, crenças, ética pessoal, o que considera acertado, responsável, etc.; 
a identificação de oportunidades e ameaças, que pressupõe a análise de possibilidades, 
como chances, capacitações, investimentos e, do outro lado, coisas negativas, situações 
do mercado de trabalho que muitas vezes podem ser minimizadas se trabalhadas de forma 
antecipada; o debate de cenários permite que analise de forma sistêmica, o que vai 
possibilitar entender melhor critérios e medidas para se preparar para o que pode vir. 
Oliveira (2018, p. 78) acrescenta que a segunda fase envolve outro tipo de análise, 
a de vocação e capacitação profissional. A ideia é mostrar como o profissional se 
percebe ou se coloca dentro de suas capacidades e talentos. Também divididas em 
etapas, essa fase está diretamente ligada a discussão anterior, de atenção ao novo e 
complexo cenário. A primeira etapa dessa fase consiste em enxergar as aptidões de cada 
um, permitindo olhar para sua vocação como fator para progredir profissionalmente. 
A segunda etapa está ligada a habilidade para conquistar e aplicar diversos 
conhecimentos em diferentes momentos da atuação profissional. O autor avalia que esse 
aspecto está diretamente ligado ao reconhecimento de pontos fortes e fracos. "são esses 
pontos que proporcionam as diferenças das realizações profissionais de cada pessoa." (p. 
78). 
A terceira etapa da segunda fase é estabelecer os focos de atuação, olhando para a 
missão. Como destaca Oliveira (2018) é o que ajuda o profissional a direcionar seu olhar 
para um segmento de mercado, com os esforços de carreira. É importante manter a 
identidade profissional, sem tirar o foco da proposta. A quarta etapa consiste em ter uma 
postura estratégica, permitindo que cada profissional analise sua projeção dentro de seus 
focos de atuação, na atualidade ou futuramente. 
A terceira fase chamada pelo autor de estabelecimento da vantagem competitiva 
está ligada a compreensão de uma realidade para otimizar o plano de carreira. Apenas 
 
 
 44 
duas etapas a compõem: a análise dos concorrentes, que se permite conhecer outros 
alunos, profissionais, colegas, etc. para entender melhor a dimensão do mercado de 
trabalho e o estabelecimento de vantagem competitiva, que é compreender porque o 
mercado assimila um profissional em detrimento de outro, perseguindo diferenciais na 
carreira. 
A fase de número quatro consiste no estabelecimento de objetivos e estratégias. 
É impossível falar em planejamento ou plano de carreira sem conhecer exatamente o que 
se persegue, como e com
quais recursos. Para tanto, a etapa um dessa fase pressupõe o 
próprio estabelecimento de objetivos e metas, partindo da premissa de que "objetivos são 
resultados quantificados e com prazos a serem alcançados para se consolidar o plano de 
carreira. Metas são etapas ou passos intermediários para se alcançarem os objetivos do 
plano de carreira" (p. 79). A outra etapa da fase quatro é, tendo em vista os objetivos e 
metas colocados anteriormente, o desenvolvimento de estratégias e projetos, que são 
exatamente formas de se alcançar o que se projeta, um momento demandante de maior 
criatividade no plano. 
O estabelecimento do código de ética profissional é a fase cinco do plano de 
carreira. Veja que aqui não está se falando apenas no conjunto de normas de uma 
profissão, como advogado ou contabilista, mas de um conjunto mais sistêmico. A primeira 
etapa dessa fase consiste em estabelecer políticas, que são nada mais do que critérios 
para tomar decisões em relação a carreira, códigos pessoais que independem de área ou 
segmento, mas que pautam a conduta do profissional e a segunda etapa é, o código 
profissional, que segue um conjunto de diretrizes para cada área, organização, profissão, 
etc. Em suma, essa fase convida o profissional a pensar sua ética em diferentes frentes, 
para que ele eventualmente não se depare com uma atividade, projeto ou ideia que o 
coloque em conflito pessoal, trabalhando contra propósitos em que acredita. 
 
IMPORTANTE 
Diferentes profissões aplicam distintos códigos de ética e conduta, normalmente 
elaborados por conselhos e federações profissionais, e por empresas ou 
organizações que contratam profissionais. A ética profissional está ligada a disciplina, 
moral e costumes, sendo uma proposta de base para exercício profissional das 
 
 
 45 
funções. Se espera, a partir da implantação da ética profissional, da formação de 
consciência de um grupo de profissionais. Além do próprio código de ética 
profissional, uma empresa pode ter a própria conduta regrada por algum código. A 
ideia é que os objetivos da empresa, e não de uma categoria profissional, sejam 
alcançados. Muitas vezes, códigos de ética contam com regramentos em cartas, 
documentos oficiais, e até demandam juramentos específicos em formações 
profissionais. Já um código corporativo tenta apresentar mecanismos para que regras 
sejam seguidas, muitas vezes através de exemplos. 
 
A sexta fase é a análise da evolução profissional. Ela permite que se acompanhe 
o plano de carreira de cada um, através de diferentes etapas, sendo a primeira a análise 
da evolução profissional, onde se verifica, através de indicadores anteriormente definidos, 
como está evoluindo (ou não) a atividade do profissional. A segunda etapa é de 
desenvolvimento de estratégias para aprimoramento, onde se criam ou adotam 
ferramentas, possibilidades, pesquisas para gerar inovação e agregar valor ao que está 
sendo desenvolvido. A terceira, por sua vez, está ligada a qualidade do plano de carreira, 
que é "tudo que se faz em termos de aspectos intrínsecos, rastreados, de custos e de 
 ” 79 
Também é importante entender que há componentes do plano de carreira, que são 
conhecimentos e atitudes que compõem a base de cada profissional. Os conhecimentos, 
por exemplo, são fundamentais em qualquer tipo de atividade. Seja você um prestador de 
serviços, um dono de pequeno negócio ou professor, terá que desenvolver um leque de 
conhecimentos para consolidar sua aplicação em algum contexto. 
Entre os conhecimentos estão o da própria atividade. Um profissional que trabalha 
em uma loja de roupas, por exemplo, deve conhecer o mercado, a precificação, o varejo 
como um todo, as tendências, etc. Outro conhecimento importante é o de administração ou 
gestão. Não se trata de necessariamente ser graduado na área ou ter lido manuais 
clássicos. É importante, que o profissional entenda a lógica sistêmica. Como funcionam 
diferentes departamentos? Como se interrelacionam? Como é o planejamento? 
Outro conhecimento trazido por Oliveira (2018) como fundamental para o plano de 
carreira é o de ser generalista, mas com especialização. Isso significa compreender o todo, 
 
 
 46 
na área e na empresa, também, mas se especializar ou focar em determinado segmento 
onde suas metodologias e diferenciais competitivos possam ser respaldados. Também é 
relevante o referencial de atuação, que nada mais é que cultura geral. Esteja atento ao 
noticiário, à cultura, às discussões sociais, às demandas humanas. Isso tudo contribui para 
um olhar mais complexo e menos suscetível dentro do plano profissional. 
Os profissionais também devem se direcionar para a inovação. Isso não significa, 
necessariamente, a técnica informática ou o domínio de maquinários, mas o senso de 
oportunidade e visão para olhar problemas de outra forma ou entender diferentes soluções 
possíveis. 
Soma-se a esses conhecimentos o de administração do tempo. É comum 
avaliarmos, hoje, profissionais de diferentes vertentes buscando dar cursos, palestras ou 
gravar vídeos sobre produtividade, procrastinação, etc. Quando se fala em conhecer e 
gerenciar o tempo, significa otimizar seus recursos, e não necessariamente se 
sobrecarregar profissionalmente. Além deste, é fundamental, por fim, ser ético e 
desenvolver situações alternativas, que ajudem a pensar de forma estratégica o cotidiano e 
as aplicações de rotinas corporativas. 
Acrescenta-se aos conhecimentos, habilidades importantes para desenvolver um 
plano de carreira. Enquanto os conhecimentos dão conta do saber, é importante o "saber 
fazer". São habilidades a atitude proativa, o bom relacionamento com as pessoas, o 
conhecimento pessoal para saber trabalhar com erros - e aprender com eles quando for o 
caso, ter autoavaliação recorrente (e não falamos daquelas autoavaliações corporativas ou 
na faculdade, mas de uma percepção própria do profissional), ser agente de mudanças, 
entendendo a complexidade dos cenários e se entendendo como parte do processo e ter 
intuição. 
Também deve-se considerar habilidades importantes para o planejamento de 
carreira saber trabalhar em equipe, ter a capacidade de resolver conflitos, saber 
desempenhar novas tarefas e se adaptar às mudanças no mercado: "Lembre-se que, 
quanto mais a pessoa demora neste processo de adaptação, mais dificuldades vai tendo 
em alcançar as novas realidades e necessidades do mercado" (OLIVEIRA, 2018, p 82). 
Por fim, é importante entender que, ainda que se trace todo um planejamento para 
costurar um plano de carreira, há fatores externos que são determinantes, e também 
devem ser levados em conta pelo profissional. São eles a qualidade e intensidade dos 
 
 
 47 
relacionamentos, as mudanças nas empresas, que podem ser planejadas ou não, a 
estrutura de poder e hierarquia e os riscos e frustrações. 
Oliveira (2018) traduz os condicionantes e componentes do plano de carreira no 
quadro: 
Figura 8 - Componentes do plano de carreira 
 
Fonte: Oliveira, 2016. Como elaborar um plano de carreira para ser um profissional bem-sucedido. 
 
2.3 Marketing pessoal 
No início desta apostila, discutimos alguns conceitos de marketing que se aplicam a 
produtos e serviços e, posteriormente, discutimos como os profissionais se inserem e quais 
debates emergem a partir de tantas transformações tecnológicas e sociais. Discutimos, 
anteriormente, uma nova dinâmica que afeta as relações de trabalho, afetando de forma 
determinante a estabilidade e as construções rígidas no mundo corporativo. Usar 
ferramentas e estratégias podem ajudar profissionais a se tornarem protagonistas da 
própria carreira, como através de uma marca pessoal e técnicas e ferramentas no 
cotidiano. 
O marketing pessoal se configura nesse debate. Kotler conceitua marketing pessoal 
como:
[...] uma nova disciplina que utiliza os conceitos e instrumentos do marketing em 
beneficio da carreira e das vivencias pessoais dos indivíduos, valorizando o ser 
humano em todos os seus atributos, características e complexa estrutura. É a 
estratégia adotada visando atrair, conquistar e desenvolver relacionamentos, 
melhorando constantemente sua imagem, onde seus diferenciais, seus pontos 
fortes são evidenciados (2003, p. 91). 
 
 
 48 
 
A perspectiva é que se usem discussões já praticadas em empresas e organizações 
em geral para alcançar sucesso. Há princípios e conceitos de mercado que podem ser 
adequados e aplicados ao desenvolvimento de cada pessoal através de uma estratégia de 
marketing pessoal. 
Dessa forma, pensando em um plano de marketing pessoal, o potencial do 
profissional é otimizado. Há uma valorização de habilidades, sejam elas naturais ou 
adquiridas. Assim como no marketing de produtos e serviços, alguns autores fazem livres 
adaptações para pensar no "produto pessoa". O primeiro P, que é a pessoa, portanto, está 
ligada a aceitação da imagem em um setor ou área de atuação. O segundo P, promoção, 
estaria ligado a criação de visibilidade, com a divulgação pessoal, aumentando 
oportunidades. 
O terceiro P, que seria ponto de venda ou praça, que no caso do marketing pessoal 
é onde o profissional expõe sua imagem, como redes sociais, currículo, redes de 
relacionamento etc. Por último, o quarto P, de preço, seria menos o valor financeiro, mas a 
valorização de atributos e qualidade. 
 
2.3.1 Construindo o marketing pessoal 
 
Assim como no marketing de produto, convencer eventuais interessados, requer 
suscitar percepções e sentimentos. Isso quer dizer que o profissional deve cuidar de si 
assim como uma marca de uma empresa toma cuidados em relação ao seu produto e 
serviço. Ciampa lembra que 
 
A construção da sua marca pessoal deve ser bem alicerçada, ou seja, requer 
aprimoramento contínuo, aproveitar as oportunidades de novos aprendizados, 
 “ ” j ú 
 
 ; ú 
 
26). 
 
Construir a nossa marca, assim como um produto, passa pelas sensações 
despertadas nos ambientes em que interagimos. Ainda que um profissional tenha 
 
 
 49 
diplomas, certificações e experiências, sua construção tem a ver com a imagem 
construída, percebida e avaliada. Isso significa que o profissional deve evitar, a todo custo, 
a venda de uma imagem que ele não pode sustentar, por qualquer razão. Assim como em 
um produto, construir a imagem profissional de forma positiva pode demorar muito tempo, 
mas uma mentira pode comprometer todo esse trabalho. 
Para desenvolver uma marca pessoal, é necessário considerar alguns aspectos. O 
primeiro deles é pensar que não há um único esforço na construção dessa marca. Ela está 
alicerçada sobre valores, ética, qualidade do trabalho, desempenho e flexibilidade. 
Também se faz importante lembrar que avaliar a imagem é algo que recorrentemente 
fazemos com marcas de produtos, serviços, personalidades, mas que podemos fazer 
também profissionalmente conosco. Ritossa (2011) lembra que "uma vez que a percepção 
de como os outros nos veem é fundamental para compreendermos a nossa imagem, não 
devemos confiar apenas na nossa opinião" (p. 22). Significa dizer que ao entender a 
construção do seu perfil é importante ouvir colegas, clientes, amigos e contatos. Por fim, é 
importante estar continuamente corrigindo eventuais erros ou distorções encontradas 
nesse caminho. Lembre-se que a diferenciação pode vir de uma série de aspectos, 
inclusive intangíveis. 
Assim como ocorre no mercado de bens e serviços, é necessário pensar a 
construção da marca pessoal, tenha ela os valores que tiver, dentro da ideia de 
segmentação e público-alvo. É claro que aqui não estamos falando de uma segmentação 
como a de um produto ou serviço, porque pensar em pessoas requer compreender uma 
subjetividade maior. Mesmo assim, é importante entender que "a melhor maneira de 
evitarmos a dispersão de nossos esforços é identificarmos um nicho de mercado com o 
qual possamos nos relacionar positivamente" (Ritossa, 2011, p. 24). 
É comum ouvir de profissionais, especialmente quando há uma dificuldade 
relacionada a empregabilidade, como uma demissão massiva ou mesmo um fechamento 
de ciclo de ensino, que "vai mandar currículo para todos os lados". Essa é uma prática que 
deve ser evitada justamente porque, de acordo com nossa formação, experiência, 
resultados, trajetórias, já que nossos atributos e competências não são relevantes para 
todos de forma igual. 
É possível que você esteja se perguntando como falar em público-alvo, já que se 
promover profissionalmente é muito diferente de vender um automóvel ou um computador. 
 
 
 50 
Tal qual as corporações, devemos nos preparar para efetuar algumas pesquisas 
sobre o mercado de trabalho em geral e que nos municiem com informações 
geográficas, demográficas, psicográficas ou comportamentais a respeito das 
empresas, tais como: localização, área de atuação, tamanho, tendências de 
crescimento do segmento, cultura organizacional, políticas de recursos humanos, 
oportunidades de crescimento profissional e concorrência, entre outros (RITOSSA, 
2011, p. 26). 
 
Uma possibilidade para diagnosticar melhor como alcançar os públicos e segmentos 
que mais tem a ver com o perfil do profissional é a matriz Swot. Kotler (2000) explica que a 
análise SWOT é uma avaliação de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças dentro de 
uma organização. Com ela, é possível entender onde mudar ou aprimorar uma estratégia 
para melhorar processos. 
No marketing pessoal, pontos fortes podem ser habilidades ou competências onde o 
profissional pode mostrar vantagens. Os pontos fracos são aqueles que demandam 
aprimoramento. Não necessariamente estão ligados a questões técnicas, pode ter conexão 
com aspectos emocionais, relações de trabalho, etc. Oportunidades são chances para 
aprimoramento, evolução, promoção, aspectos que influenciam positivamente a 
progressão profissional. Já as ameaças podem envolver competição, contextos de 
mercados, mudanças tecnológicas, etc. É importante lembrar que nem todas ameaças 
podem ser manejadas ou evitadas, por isso é bom pensar as ameaças junto das 
oportunidades. 
Uma vez reconhecidas suas características, é provável que as ideias sobre que 
marca se quer construir já comecem a ficar mais claras. Mesmo assim, é importante 
pensar num posicionamento. Assim como um produto precisa ser diferenciado, um 
profissional busca um posicionamento para saber onde está no cenário competitivo. 
Algumas características que diferenciam um profissional de outro e que podem fazer parte 
de um plano de marketing pessoal são consistência (manutenção do propósito e essência), 
inovação (criar novas perspectivas sobre problemas, produtos, ideias), comunicação (deve 
estar alinhado com o posicionamento), concorrência (estar informado sobre demandas e 
posicionamentos de concorrentes) e adaptabilidade (flexibilidade diante das novidades do 
mercado). 
 
 
 
 51 
Fique atento! 
Embora seja comum falar em empresas e ambientes corporativos ao mencionar 
programas e conceitos de marketing pessoal, ele pode e deve ser aplicado em 
diferentes campos da vida, como educação, relações pessoais cotidianas e vivências 
em redes sociais e online. Isso porque, como mencionado, a marca não deixa de 
aparecer porque você não está em um escritório, mercado ou agência. Portanto, ao 
definir marketing, não atrele somente a ideia de sucesso em um ambiente, trata-se de 
um contexto mais amplo e complexo.

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