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1 Características dos fungos: • Células eucarióticas sem mobilidade; • Possuem parede celular; • Não realizam fotossíntese (heterotróficos); • Poucas espécies são patogênicas em humanos, aproximadamente 50 espécies dentre milhares. Classificação: • Leveduras (formato ovoide); • Filamentosos (bolor, filamentos); • Dimórfico (dois formatos). Processo infeccioso: • Adesão do fungo na superfície (geralmente em cateteres e sondas); • Superfície colonizada; • Tecidos profundos; • Circulação sistêmica. Tipos de infecções: • Superficial (cabelo, pele e unhas) • Cutânea (músculos e tecidos subjacentes do epitélio) • Sistêmica (inalação de propágulos a partir de um foco pulmonar primário) • Oportunistas (indivíduos debilitados, transplantados e com imunidade baixa). 2 Relação sistema imune x patogenicidade do fungo: pacientes hospitalizados tem uma maior susceptibilidade de obter a infecção fúngica, podendo até mesmo ser causado por fungos da flora do hospedeiro, quando temos a baixa no sistema imune, ela vai aproveitar a oportunidade, por exemplo a cândida. Histórico: temos antifúngicos naturais e sintéticos, enquanto os naturais foram isolados de organismos vivos, até mesmo de outros fungos, tendo atividade contra outros fungos, enquanto os sintéticos foram produzidos em laboratórios, por exemplo os tiazóis. Mecanismo de ação dos antifúngicos: • Atuação no fuso mitótico, por exemplo a Griseofulvina. • Atua na síntese do DNA, por exemplo o Fluoitosina. • Membrana plasmática, por exemplo os polienos (anfotericina B). • Parede celular, equinocandinas. • Atua no retículo endoplasmático, inibindo a síntese de ergosterol, por exemplo as Alilaminas, Benzilaminas, Imidazólicos e Triazólicos. Parede celular e membrana plasmática: • A parede celular evita estresse osmótico, com a presença de glicoproteínas, polissacarídeos estruturais, glicanas (arranjo da parede celular) e quitina. • A membrana plasmática possui ergosterol, que dá maior rigidez da membrana. Antifúngicos que agem na membrana celular Poliênicos (direta): atuam se ligando ao ergosterol, tem várias ligações duplas conjugadas (mais ativa e menos tóxica), contendo ainda anel lactônico macrocíclico. Nesse grupo tem a presença de uma desoxiaminohexose, que é chamada de micosamina. Atua ligando ao ergosterol, a parte lipofílica vai se ligar a membrana, formando poros, liberando os cátions intracelulares, deixando a molécula mais frágil. • Anfotericina B e formulações lipídicas; o Muito tóxica o Amplo espectro de ação o Utilizada de forma tópica e IV o Nefrotoxicidade e causa efeito neurotóxico. o Esse medicamento pode se ligar ao colesterol humano, pela alta semelhança com o ergosterol, causando a toxicidade. 3 • Nistatina. Os poliênicos não são indicados para o tratamento de infecções sistêmicas graves, pois tem alta toxicidade, devido a baixa solubilidade em água. Apenas a anfotericina B pode ser indicada para o tratamento dessas infecções sistêmicas graves, porém deve ser administrada juntamente com um tensoativo. Os outros poliênicos são indicados apenas topicamente. Azóis: inibem a síntese de ergosterol, que influencia na síntese da membrana plasmática. Os azóis sistêmicos se metabolizam lentamente, tendo um maior tempo de meia vida. Tendem a ser eficazes contra a maioria dos fungos que causam infecções superficiais da pele e membrana de mucosas, como Trichophyton, Epidermophyton e leveduras como C. albicans, e leveduras que causam infecções sistêmicas como C. immitis, C. neoformans. Esses medicamentos são divididos em Imidazólicos e Triazólicos (mais específicos para enzima citocromo p450). • Cetoconazol, Miconazol; • Fluconazol, Itraconazol; • Voriconazol, Posaconazol; • Albaconazol, Ravuconazol, Isavuconazol. 4 ---------------------------------------------------------//--------------------------------------------------------- Alilaminas e benzilaminas: inibidores da esqualeno-epoxidase. • Terbinafina e naftifina - alilaminas; o Oncomicoses causadas por dermatófitos; o Uso tópico o Efetivo em 90% dos casos. • Butenafina - benzilaminas. 5 REA (relação estrutura-atividade) dos azóis: • Ter grupamento imidazol ou anel triazol, ligado por uma ligação nitrogênio-carbono ao resto da estrutura. Pelo menos um dos anéis tem um halogênio, sendo mais potente o flúor. Efeitos adversos dos azóis: • Anormalidades na atividade das enzimas hepáticas e hepatite (raro); • Interações medicamentosas, por exemplo os imidazóis inibem de forma inespecífica enzimas do citocromo p450. Indicações dos azóis: • Tratamento de dermatofitoses, podendo ser tóxico por via sistêmica. o Miconazol: creme vaginal o Clotrimazol: creme vaginal o Tioconazol: creme vaginal • Itraconazol: melhor absorvido em meio ácido, indicado para esporotricose, dermatofitoses e vaginites fúngicas. o Tem interações com antiácidos, como cimetidina e omeprazol. o Mesma propriedade do cetoconazol. • Fluconazol: o Baixa ligação as proteínas plasmáticas. _____________________________________//_____________________________________ Equinocandinas: atuam na parede celular. • Caspofungina; • Micafungina; • Anidulafungina; • Aminocandina. Estrutura das equinocandinas: possui hexapeptídeos cíclicos ligados a uma cadeia lateral de ácido graxo. 6 Mecanismo de ação das equinocandinas: inibem a síntese da 1,3 beta glicano, necessário para manter a estrutura da parede celular. Tendo efeito fungicida. Mais características: • Ativos contra cândida spp e Aspergillus spp. • Indicados para candidpiase esofágica, candidemia, candidíase invasiva, aspergilose invasiva refratária a outros antifúngicos. • Podem ser administradas de forma intravenosa, então são valiosas para infecções fúngicas sistêmicas. _____________________________________//_____________________________________ Inibidores da síntese de DNA: tem como principal representante a Flucitosina. • Vai entrar na célula fúngica por meio da citosina permeasse, onde vai sofrer diversas reações, por fim inibindo a timidilato sintase, que vai impedir a síntese de DNA, inibindo assim a sua ação. • Principalmente usada em micoses sistêmicas, não sendo utilizada sozinha, geralmente utilizada juntamente com a anfotericina B. Inibidores do fuso mitótico: • Temos a griseofulvina, que vai agir na tubulina e na proteína associada aos microtúbulos, inibindo a formação do fuso mitótico da célula fúngica. MENDONÇA, Carla. Antifúngicos. SIGAA: UFRN, 29 jun. 2021. Slide. Disponível em: https://bit.ly/antifungicos1. Acesso em: 13 jul. 2021.
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