ENCÉFALO E CIRCULAÇÃO LIQUÓRICA

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ENCÉFALO E CIRCULAÇÃO LIQUÓRICA CAMILA SANTIAGO 
 
 
ENCÉFALO E CIRCULAÇÃO LIQUÓRICA | MEDICINA 
encéfalo e circulação liquórica 
Sistema nervoso 
→ Através dele interagimos com o meio ambiente e que somos capazes de planejar e executar as funções básicas 
como: andar, falar, aprender, reconhecer, sentir emoções, expressar comportamentos, etc. 
 
Neurônio 
Unidade morfofuncional do sistema nervoso 
 
S.n. central 
 
Gânglios 
Nervos 
Encéfalo 
Medula 
espinhal 
S.n. periférico 
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Como o cérebro humano é organizado? 
 
 
Sistema nervoso central 
 
 
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Sistema ventricular humano 
 
 
Principais estruturas do encéfalo 
 
 
Ventrículos laterais 
Terceiro ventrículo 
Quarto ventrículo 
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Principais planos de corte 
 
 
 
Caudal 
Caudal 
Rostral 
Rostral 
Ventral 
Ventral 
Dorsal 
Dorsal 
Plano transverso 
secção frontal 
Plano sagital 
Plano transverso 
 
 secção transversal 
Plano horizontal 
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Partes do encéfalo: telencéfalo (cérebro) – cerebelo - tronco encefálico 
 
telencéfalo ou cérebro 
→ hemisférios cerebrais e os núcleos da base 
→ sulcos e giros; 
→ substância cinzenta: corpos de neurônios: córtex cerebral 
Cérebro: Telencéfalo - Diencéfalo 
Tronco Encefálico: Mesencéfalo - Ponte 
Cerebelo: Bulbo – Cerebelo 
 
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→ subst. branca: axônios de neurônios 
→ hemisférios: direito e esquerdo (não independentes, conectados por um feixe de fibras: corpo caloso) 
→ fissura longitudinal 
 
hemisférios cerebrais 
→ separados pela fissura longitudinal do cérebro 
→ são as características dominantes do encéfalo 
→ dividido em quatro lobos, e cada um deles está relacionado com os ossos sobrejacentes de mesmo nome 
Planos de divisão: 
→ sulco central: separa os lobos frontais dos lobos parietais 
→ fissura longitudinal 
 
 
 
 
 
 Fissura longitudinal 
 
 Sulco central 
 
 
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diencéfalo 
→ epitálamo, tálamo e hipotálamo 
→ forma o núcleo central do encéfalo 
 
 
tronco encefálico 
Dividido em 3 partes: mesencéfalo – ponte - bulbo (medula espinal) 
 
Cerebelo 
Medula espinhal 
Cérebro = telencéfalo 
 Diencéfalo 
 Tronco encefálico: mesencéfalo 
 
 
Ponte 
 Bulbo 
 
Medula 
 
Mesencéfalo 
 Ponte 
 Bulbo 
 
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mesencéfalo 
Parte anterior do tronco encefálico, situa-se na junção das fossas média e posterior do crânio. 
Os NC III (oculomotor) e IV (troclear) estão associados ao mesencéfalo 
 
ponte 
Parte do tronco encefálico situada entre o mesencéfalo rostralmente e o bulbo caudalmente; situa-se na parte anterior 
da fossa posterior do crânio. 
O NC V (trigêmeo) está associado à ponte 
 
bulbo 
Subdivisão mais caudal do tronco encefálico, contínua com a medula espinal 
Situa-se na fossa posterior do crânio 
Os NC IX (glossofaríngeo), X (vago) e XII (hipoglosso) estão associados ao bulbo, ao passo que os NC VI (abducente) –
VIII (vestibulococlear) estão associados à junção da ponte e do bulbo 
 
 
 
Córtex cerebral 
 
Corpo caloso 
 
Ponte 
 
Tálamo 
 
Cerebelo 
 
Hipotálamo 
 
Medula 
 Bulbo 
 
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cerebelo 
→ Grande massa encefálica situada 
posteriormente à ponte e ao bulbo e 
inferiormente à parte posterior do 
cérebro. 
→ Situa-se sob o tentório do cerebelo 
na fossa posterior do crânio. 
→ Consiste em dois hemisférios 
laterais unidos por uma parte 
intermediária estreita, o verme do 
cerebelo. 
 
Sistema ventricular 
→ Dois ventrículos laterais e os terceiro e quarto ventrículos medianos unidos pelo aqueduto do mesencéfalo 
 
Ventrículos do encéfalo 
→ Ventrículos laterais (1º e 2º): forame interventricular 
 
 
 
 
Cerebelo 
 
→ 3º Ventrículo: cavidade em forma de fenda entre as metades 
direita e esquerda do diencéfalo: aqueduto do mesencéfalo 
 
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→ 4º ventrículo: piramidal, na parte posterior da ponte e bulbo, 
estende-se em sentido inferoposterior: abertura mediana 
única e um par de aberturas laterais. 
→ Únicos meios pelos quais o LCS entra no espaço subaracnóideo 
 
 
 
 
 
 
 
Líquido cerebrospinal (LCS) 
→ Secretado (400 a 500 m l/dia) principalmente por células epiteliais coroidais (células ependimárias modificadas) dos 
plexos corióideos nos ventrículos laterais e no terceiro e no quarto ventrículos 
→ Plexos corióideos? 
Franjas vasculares de pia-máter (tela corióidea) cobertas por células epiteliais cúbicas. Invaginam-se para os tetos do 
terceiro e do quarto ventrículos e nos assoalhos dos corpos e cornos inferiores dos ventrículos laterais 
 
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. 
Plexo coroide: área do cérebro que produz o líquido que banha o cérebro e a medula 
 vaso sanguíneo - pia-máter – epêndima - ventrículos laterais e III ventrículo 
epêndima = epitélio que recobre internamente os ventrículos cerebrais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Circulação de líquido cerebrospinal 
 
 
 
 
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 Barreiras encefálicas 
→ Dispositivos que impedem ou dificultam a passagem de substâncias do sangue para o tecido nervoso 
(hematoencefálica), do sangue para o líquor (hematoliquórica) e do líquor para o tecido nervoso (encéfalo-liquórica). 
Absorção de líquido cerebrospinal 
→ Granulações aracnóideas: locais de absorção de LCS para o sistema venoso 
→ Entrada por duas vias: 
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(1) a maior parte do LCS entra no sistema venoso por transporte através das células das granulações aracnóideas para 
os seios venosos da dura-máter 
(2) parte do LCS desloca-se entre as células que formam as granulações aracnóideas 
 
 
funções do líquido cerebrospinal 
→ Proteção ao encéfalo (amortecimento contra golpes) 
→ Permite que o encéfalo flutue e não comprima as raízes dos nervos cranianos e os vasos sanguíneos contra a face 
interna do crânio 
→ LCS e a dura-máter normalmente separam a parte superior do encéfalo da calvária 
→ Doutrina de Monro-Kellie, que afirma que o volume do crânio é uma caixa fechada rígida e que o volume de sangue 
intracraniano só pode ser modificado se houver deslocamento ou substituição do LCS. 
 
Irrigação arterial do encéfalo 
✓ Representa apenas cerca de 2,5% do peso do corpo, o encéfalo recebe aproximadamente um sexto do débito 
cardíaco e um quinto do oxigênio consumido pelo corpo em repouso 
✓Vascularização encefálica: provém das artérias carótida interna e vertebral, cujos ramos terminais estão situados no 
espaço subaracnóideo 
 
 
 
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Círculo arterial do cérebro – polígono de Willis 
→ Um arranjo quase pentagonal de vasos na face anterior do 
encéfalo. É uma anastomoseimportante na base do encéfalo 
entre as quatro artérias (duas artérias vertebrais e duas artérias 
carótidas internas) que irrigam o encéfalo 
Formado por: 
→ Artéria comunicante anterior 
→ Artérias cerebrais anteriores 
→ Artérias carótidas internas 
→ Artérias comunicantes posteriores 
→ Artérias cerebrais posteriores 
 
 
 
 
 
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Artérias carótidas internas (circulação anterior do encéfalo) 
→ Originam-se no pescoço a partir das artérias carótidas comuns 
→ Parte cervical de cada artéria ascende verticalmente através do pescoço, sem ramificações, até a base do crânio 
→ Canal carótico: permite a entrada no crânio da artéria carótida Interna. 
→ Contêm plexos venosos e os plexos caróticos de nervos simpáticos 
 
Artérias cerebrais anterior e média 
→ São os ramos terminais das artérias carótidas internas 
→ Unidas pela artéria comunicante anterior 
→ Artéria cerebral anterior irrigam a maior parte das faces medial e superior do encéfalo e o polo frontal 
→ Artéria cerebral média irrigam a face lateral do encéfalo e o polo temporal 
→ Artéria cerebral posterior irrigam a face inferior do encéfalo e o polo occipital 
 
Artérias vertebrais 
→ Originam-se na raiz do pescoço (as partes pré-vertebrais das artérias vertebrais) como os primeiros ramos da 
primeira parte das artérias subclávias 
→ As duas artérias vertebrais geralmente têm tamanhos diferentes, sendo a esquerda maior do que a direita. 
→ Partes transversárias das artérias vertebrais: ascendem através dos forames transversários das seis primeiras 
vértebras cervicais 
→ Partes atlânticas das artérias vertebrais: (partes relacionadas com o atlas, vértebra C I) perfuram a dura-máter e a 
aracnoide-máter e atravessam o forame magno 
→ Partes intracranianas das artérias vertebrais: unem-se na margem caudal da ponte para formar a artéria basilar 
 
 
 
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Artéria basilar: 
→ íntima relação com a base do crânio 
→ divide-se em duas artérias cerebrais posteriores 
 
 
Drenagem venosa do encéfalo 
As veias de paredes finas, sem válvulas, que drenam o encéfalo perfuram a aracnoide e as lâminas meníngeas a dura-
máter e terminam nos seios venosos da dura-máter mais próximos, que drenam, em sua maior parte, para as veias 
jugulares internas 
VEIAS DE PAREDES FINAS → ARACNÓIDE → LÂMINAS MENÍNGEAS E SEIOS VENOSOS DA DURA MATER → VEIAS JUGULARES 
INTERNAS 
→ Veias cerebrais superiores: drenam para o seio sagital superior 
→ Veias cerebrais inferiores: drenam para os seios reto, transverso e petroso superior 
→ Veia cerebral superficial média 
→ Veia cerebral magna: veia única, mediana, que se forma no encéfalo pela união de duas veias cerebrais internas; 
termina fundindo-se ao seio sagital inferior para formar o seio reto 
 
A. basilar 
A. vertebral 
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→ Veias cerebelares superiores e Inferiores: irrigam o cerebelo 
 
 
CORRELAÇÕES CLÍNICAS 
→ Punções liquóricas 
Objetiva a coleta de uma amostra do líquido cefalorraquidiano 
que banha o cérebro e a medula espinhal, através da inserção 
de uma agulha entre duas vértebras da região lombar até 
atingir o espaço subaracnóideo, que é um espaço entre 
camadas que revestem a medula espinhal, por onde o líquido 
passa. 
→ Quando ocorre? Meningites - hemorragias subaracnóideas 
• Injetar contrastes radiológicos 
• Injetar antibióticos e quimioterápicos 
• Anestesia regional (raquianestesia) 
 
 
 
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Hidrocefalia - síndrome resultante do desbalanço entre produção e absorção do liquor 
 
 
 
 Hidrocefalia obstrutiva 
Esse tipo da doença ocorre quando há um bloqueio no sistema ventricular do cérebro, impedindo que o líquido 
cefalorraquidiano flua normalmente pelo cérebro e pela medula espinhal. 
 
Hidrocefalia não-obstrutiva 
A hidrocefalia não-obstrutiva é resultante da baixa produção ou absorção do líquido cefalorraquidiano. 
 
Hidrocefalia de pressão normal 
Este tipo de hidrocefalia afeta principalmente pessoas idosas. Ela é resultado de um trauma ou doença, mas as causas 
exatas ainda não estão totalmente claras. 
→ Interior do cérebro: existem os ventrículos - cavidades naturais que se comunicam entre si e são preenchidas pelo 
líquido cefalorraquidiano (LCR). 
→ A hidrocefalia acontece quando a quantidade desse líquido aumenta dentro do crânio. 
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→ Este aumento anormal do volume de liquor dilata os ventrículos e comprime o cérebro contra os ossos do crânio, 
provocando uma série de sintomas que necessitam de tratamento de emergência para prevenir danos mais sérios. 
→ A hidrocefalia, muitas vezes, pode ser detectada antes mesmo do nascimento, por meio de ultrassonografias 
periódicas. 
→ Sintomas: perda de visão, fraqueza facial, AVC, Problemas de fala, fraqueza nos braços, fraqueza nas pernas 
 
Alguns termos importantes em neuroanatomia 
→ Substância Branca: termo genérico para agrupamento de axônios. 
→ Feixe: grupamento de axônios que se projetam juntos, porém não necessariamente com a mesma origem e ou 
mesmo destino. 
→ Trato: grupamento de axônios que possui a mesma origem e mesmo destino. ex: trato espinotalâmico. 
→ Lemnisco: trato que atravessa o encéfalo, de aspecto semelhante a uma fita. ex: lemnisco medial. 
→ Cápsula: grupamento de axônios que conecta o córtex com o tronco encefálico. Ex: cápsula interna. 
→ Comissura: grupamento de axônios que conecta um lado do encéfalo com o outro lado. ex: corpo caloso 
→ Nervo: feixe de axônios do sistema nervoso periférico.