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8 VASCULARIZAÇÃO DO ENCÉFALO

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Neuroanatomia 
VASCULARIZAÇÃO DO 
ENCEFALO 
E 
AVC – ACIDENTE VASCULAR 
CEREBRAL 
PROF. ESP. LEONARDO SAPUCAIA 
• O sistema nervoso exige para o seu 
metabolismo um suprimento permanente e 
elevado de glicose e oxigênio; 
 
• A parada da circulação cerebral após cerca de 
cinco minutos pode levar a lesões que são 
irreversíveis, pois, como se sabe, as células 
nervosas não se regeneram. 
GENERALIDADES 
GENERALIDADES 
 
• O encéfalo é vascularizado através de dois 
sistemas: vertebro-basilar (artérias vertebrais) e 
carotídeo (artérias carótidas internas); 
 
• Na base do crânio estas artérias formam um 
polígono anastomótico, o Polígono de Willis, de 
onde saem as principais artérias para 
vascularização cerebral. 
 
 
POLÍGONO DE WILLIS 
• As artérias vertebrais se anastomosam 
originado a artéria basilar; 
• Artéria Basilar - duas artérias cerebrais 
posteriores (irrigam a parte posterior da face 
inferior de cada um dos hemisférios 
cerebrais); 
• As artérias carótidas internas originam, em 
cada lado, uma artéria cerebral média e uma 
artéria cerebral anterior. 
 
POLÍGONO DE WILLIS 
• As artérias cerebrais anteriores se comunicam 
através de um ramo entre elas que é a artéria 
comunicante anterior; 
 
• As artérias cerebrais posteriores se 
comunicam com as arteriais carótidas internas 
através das artérias comunicantes posteriores 
Artéria Carótida 
Interna 
Artéria Vertebral 
Estas são artérias 
especializadas pela 
irrigação do 
encéfalo. Na base 
do crânio estas 
artérias formam um 
polígono 
anastomótico, o 
Polígono de Willis, 
de onde saem as 
principais artérias 
para 
vascularização 
cerebral. 
Polígono de Willis 
• Ramo de bifurcação da carótida comum, a 
carótida interna, penetra na cavidade craniana 
pelo osso temporal; 
 
• A seguir, perfura a dura-máter e a aracnóide 
e, no início do sulco lateral, divide-se em 
dois ramos terminais: as artérias cerebrais 
média e anterior. Irrigam a parte anterior do 
encéfalo: frontal, parietal, temporal e o 
diencéfalo. 
 
ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA 
ARTÉRIAS VERTEBRAL E BASILAR 
• As artérias vertebrais seguem em direção ao 
encéfalo a partir das artérias subclávias. 
Passam pelas primeiras seis vértebras cervicais 
e penetram no crânio pelo forame magno; 
 
• Fundem –se para constituir a artéria basilar. 
Percorre a ponte e termina anteriormente, 
bifurcando-se para formar as artérias 
cerebrais posteriores direita e esquerda. 
ARTÉRIAS VERTEBRAL E BASILAR 
• A artéria basilar dá origem, além das cerebrais 
posteriores, às seguintes artérias: cerebelar 
superior, cerebelar inferior anterior e artéria 
do labirinto, suprindo assim áreas do 
encéfalo ao redor do tronco encefálico e 
cerebelo; 
• O sistema vértebro-basilar e seus ramos são 
freqüentemente referidos clinicamente como 
a circulação posterior do encéfalo. 
 
IRRIGAÇÃO 
ARTÉRIAS DO ENCÉFALO 
RAMOS DAS AA. CEREBRAIS 
 
• Pela irrigação do telencéfalo e do diencéfalo são 
responsáveis principalmente 3 grandes artérias: 
A. CEREBRAL ANTERIOR, MÉDIA E POSTERIOR; 
 
• Cada uma dessas artérias é responsável pelo 
suprimento de sangue de uma área relativamente 
bem definida do diencéfalo e telencéfalo. 
ARTÉRIAS DO ENCÉFALO 
ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR 
 
 
• Área de irrigação  a face medial dos hemisférios 
cerebrais e a porção mais superior da face supero-
lateral de cada hemisfério, parte do giro pré e pós 
central, responsáveis pela inervação da região da 
PERNA e PÉ. 
ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR 
ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR 
Ramos corticais da 
artéria cerebelar anterior 
Ramos corticais 
da artéria cerebelar posterior 
Artéria 
cerebelar média 
ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR 
ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR 
ARTÉRIAS DO ENCÉFALO 
 ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA 
 
• Área de irrigação suprem o estriado e parte do 
globo pálido. Ainda supre o córtex insular e parte 
considerável dos lobos frontal, parietal e temporal. 
Nestas regiões encontramos: córtex motor, córtex 
sensitivo e centro da fala. 
ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA 
ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR 
ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR 
• Área de irrigação irriga o córtex das áreas 
caudais e basais do lobo temporal e hipocampo, 
assim como todo córtex do lobo occipital com 
seu córtex visual; 
• Também irriga o tálamo e uma grande parte do 
mesencéfalo. 
 
ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR 
Segundo a Organização Mundial 
de Saúde o AVC pode ser definido 
como “um sinal clínico de 
desenvolvimento rápido de uma 
perturbação focal da função cerebral 
de possível origem vascular e com 
mais de 24 horas.” 
Sendo assim compreendido 
como uma dificuldade em maior ou 
menor grau de fornecimento de 
sangue em uma determinada área do 
cérebro, ocasionando sofrimento ou 
morte desta área, consequentemente 
acarretando perda ou diminuição das 
funções. 
Os indivíduos com mais chance de ter um AVC estão: idosos, obesos, 
sedentários, alcoólatras, fumantes, diabéticos, cardíacos, hipertensos 
e pessoas que já tiveram AVC ou “ameaça de derrame” prévio. 
Lobo frontal está mais 
ligado às decisões e 
movimentos, o parietal com 
os movimentos e a 
sensibilidade do pescoço 
para baixo e com parte da 
fala e o occipital com a 
visão. O cerebelo está 
ligado com o equilíbrio e o 
tronco cerebral com a 
respiração e os movimentos 
e sensibilidade do pescoço 
para cima. 
 
Isquêmico: entupimento dos vasos que levam sangue ao cérebro 
Hemorrágico: rompimento do vaso provocando sangramento no 
cérebro. 
Trombo: placa aterosclerótica em 
uma artéria cerebral. Mais comum 
Êmbolo: coágulo móvel de origem 
cardíaca ou de uma artéria 
carótida. 
Conforme a região cerebral 
atingida, bem como de acordo 
com a extensão das lesões, o 
AVC pode oscilar entre dois 
opostos. Os de menor 
intensidade praticamente não 
deixam sequelas. 
Maior gravidade é devido a 
área afetada, sabemos que 
cérebro coordena determinada 
função do organismo, os 
sintomas provocados pelo AVC 
são muito variáveis. 
Primário: ausência de 
alteração estrutural cerebral 
Secundário: hemorragia 
associada a lesão congênita 
ou adquirida. 
Os dois principais sub tipos 
de AVC hemorrágicos são as 
Hemorragias Intracerebrais e 
as Hemorragias 
Subaracnóides. 
 
O indivíduo acometido pode sofrer diversas complicações, como 
alterações comportamentais e cognitivas, dificuldades na fala, 
dificuldade para se alimentar, constipação intestinal, epilepsia 
vascular,depressão e outras implicações decorrentes da 
imobilidade e pelo acometimento muscular. 
VASCULARIZAÇÃO VENOSA DO ENCÉFALO 
• As veias do encéfalo, de um modo geral, não 
acompanham as artérias, sendo maiores e mais 
calibrosas do que elas; 
• Drenam para os seios da dura-máter, de onde o 
sangue converge para as veias jugulares internas, 
que recebem praticamente todo o sangue venoso 
encefálico; 
• As veias jugulares externa e interna são as duas 
principais veias que drenam o sangue da cabeça e 
do pescoço; 
• As veias jugulares externas são mais superficiais 
e drenam, para as veias subclávias, o sangue da 
região posterior do pescoço e da cabeça. 
VASCULARIZAÇÃO VENOSA DO ENCÉFALO 
•As veias jugulares internas profundas drenam a 
porção anterior da cabeça, face e pescoço. Elas 
são responsáveis pela drenagem de maior parte 
do sangue dos vários seios venosos do crânio; 
• As veias jugulares internas de cada lado do 
pescoço juntam-se com as veias subclávias para 
formar as veias braquiocefálicas, que transportam 
o sangue para a veia cava superior. 
VASCULARIZAÇÃO VENOSA DO ENCÉFALO 
• As veias do cérebro dispõem-se em dois 
sistemas: sistema venoso superficial e sistema 
venoso profundo. Embora anatomicamente 
distintos, os dois sistemas são unidos por 
numerosas anastomoses: 
• Sistema Venoso Superficial – Drenam o córtex e 
a substância branca subjacente. Formado por 
veias cerebrais superficiais (superiores e 
inferiores) que desembocamnos seios da dura-
máter. 
VASCULARIZAÇÃO VENOSA DO ENCÉFALO 
• Sistema Venoso Profundo – Drenam o sangue 
de regiões situadas mais profundamente no 
cérebro, tais como: corpo estriado, cápsula 
interna, diencéfalo e grande parte do centro 
branco medular do cérebro; 
• A veia mais importante deste sistema é a veia 
cerebral magna ou veia de Galeno, para a qual 
converge todo o sangue do sistema venoso 
profundo do cérebro. 
VASCULARIZAÇÃO VENOSA DO ENCÉFALO 
VASCULARIZAÇÃO VENOSA DO ENCÉFALO 
REFERÊNCIAS 
• Angelo B. M. MACHADO. Neuroanatomia 
Funcional - Ed. Atheneu - Rio de Janeiro, 
2003; 
• MANTER & Gatz – Elementos 
Fundamentais de Neuroanatomia e 
Neurofisiologia – Ed. Manole, S.Paulo, 
2004; 
• A C. GUYTON - Neurociência Básica - 
Anatomia e Fisiologia - Guanabara-
Koogan, R.Janeiro, 1993.

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