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A história da saúde pública no brasil

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Ana Clara Felix F de Souza – Turma 105 Saúde da Família 2 
 
A história da saúde pública no Brasil 
500 anos na busca de soluções 
 
 
A história começa a partir do descobrimento, pois os índios já possuíam enfermidades. No 
entanto, pode-se dizer que as coisas pioraram com a chegada dos colonizadores. 
 
Durante o período colonial e imperial quase nada foi feito pela saúde pública do território. 
Com exemplo do acesso ao tratamento que dependia da classe social a que pertencia o 
enfermo. Com isso, os escravos e os mais pobres eram os que mais sofriam com isso, por 
não ter nenhum ou quase nenhum acesso a tratamentos, fazendo com que a taxa de 
mortalidade fosse maior entre eles. Já os nobres, tinham maior acesso aos médicos e 
medicamentos, sendo capaz de conseguirem enfrentar as doenças e sobreviver. 
 
As Santas Casas de Misericórdia, implantadas pelos religiosos, eram uma opção para a 
maior parte da população, entretanto, a situação desses lugares era precária e sobreviviam 
a partir de canja de galinha e doações. Assim, os doentes precisavam recorrer aos 
curandeiros, que eram como médicos da época, e conhecedores das ervas medicinais. 
 
As mudanças vieram junto a D. Pedro l após a independência, tanto no meio educacional 
quanto no medicinal, transformando escolas em faculdades para a formações de médicos, 
órgãos para vistoriar a higiene pública, que era precária na época e delimitou funções para 
os praticantes da medicina. Porém, essas medidas não foram muito eficazes, o que acabou 
piorando a situação do Brasil. 
 
Com a república, surgiu a ideia de melhoria das condições de saúde para a população. 
Assim, o período de 1900 a 1920 foi marcado por reformas urbanas e sanitárias, 
principalmente em cidades portuárias. Porém, o país continuava com problemas sanitários 
e epidêmicos. 
 
Oswaldo Cruz foi um importante médico sanitarista da época. Julgava importante 
campanhas de saúde para a população, contudo, enfrentou revoltas populares contra as 
medidas tomadas, convencendo ao Estado a importância e tornando obrigatória a 
vacinação contra a varíola. 
 
Todavia, só a vacinação não salvava as vidas, já que os pobres viviam em situações 
precárias, lidando com a falta de saneamento e outras coisas. 
 
Nos anos 20, surgiram as C.A.P.S. (caixas de aposentadoria e pensão) criadas para 
garantir proteção a velhice e na doença. Com o passar do tempo, Getúlio Vargas decidiu 
estender o atendimento para outras categorias profissionais, passando a se chamar de 
A.P.S. (instituto de aposentadoria e pensões), assim como a criação de mistérios da saúde 
e educação. O período getulista foi focado no tratamento de epidemias e endemias, porém, 
as verbas eram desviadas para outros setores e o atendimento de saúde continuava 
precário no país. 
 
A constituição de 1934 (Carta Magna), proporcionou aos trabalhadores novos direitos como 
a assistência médica e a licença gestante. 
Ana Clara Felix F de Souza – Turma 105 Saúde da Família 2 
 
Em 1943 veio a CLT (consolidação das leis do trabalhado), que além dos benefícios a 
saúde, criou o salário mínimo e outras garantias. 
 
Em 1953 foi criado o ministério da saúde, que se ocupava com as políticas de atendimentos 
das áreas rurais, e nas áreas urbanas os atendimentos eram priorizados aos trabalhadores 
com carteira assinada. 
 
Com a governo JK, a priorização passou a ser a industrialização e construção da capital do 
país. 
 
Com o golpe de 64 (a ditadura), os governos militares focaram os investimentos na 
segurança e no desenvolvimento, reduzindo as verbas para a área da saúde, intensificando 
doenças como dengue, meningite e malária. Porém, procuraram soluções apenas quando 
o aumento da mortalidade infantil foi intensificado. 
 
Em 1966, surgiu o INPS, que tinha a missão de unificar todos os órgãos previdenciários 
criados desde 1930 e melhorar o atendimento médico. A atenção primária passou a ser 
responsabilidade dos municípios, e os casos mais complexos passavam para os governos 
estaduais e federal. 
 
Nos anos 70, o FAS (um fundo composto por recursos da loteria esportiva) destinava parte 
do dinheiro para a saúde. Porém, as verbas para a saúde representavam apenas 1% do 
orçamento geral, e a piora dos serviços públicos deram força para o aparecimento dos 
serviços particulares, como hospitais privados e planos de saúde. 
 
Com a 8ª Conferência Nacional de Saúde em 86, os conceitos da saúde pública no Brasil 
foram ampliados e mudanças foram feitas baseadas no direito universal a saúde e com 
melhores condições de vida, como o saneamento. Com base no relatório da conferência, 
foi criado um capítulo relacionado a saúde na constituição de 88 para a criação do SUS 
(Sistema Único de Saúde). 
 
Embora tendo a participação do setor privado na área da saúde, o SUS estabeleceu o 
princípio de um sistema de saúde gratuito e de qualidade para todos. Originou vários 
programas importantes como o PSF, Saúde da Família, escolas técnicas profissionalizantes 
da área de saúde. 
 
Entretanto, até os dias atuais o SUS não recebe verba suficiente, o que reflete na qualidade 
do atendimento. Assim como os impactos da corrupção sofridos no Brasil há 500 anos, que 
impedem a tão esperada saúde de qualidade para os brasileiros, mas que de acordo com 
o artigo 196 da Constituição, a saúde é um direito de todos e um dever do Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha do vídeo: A história da saúde pública no Brasil – 500 anos na busca de soluções.

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