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GIOVANA NUNES O que é vigilância? Diligência: Interesse ou cuidado que se utiliza na relação de alguma coisa; Prudência: Ação de quem age com cautela e prudência; Cuidado: Condição da pessoa que esta sempre alerta, evitando riscos. Vigilância Se divide em três áreas: Vigilância DA saúde Vigilância EM saúde Vigilância À saúde Vigilância À saúde Conjunto de ações voltadas para o Conhecimento, previsão, prevenção e enfretamento continuado de problemas de saúde, selecionados e relativos aos fatores e condições de risco, atuais e potenciais e aos acidentes, incapacidades, doenças- incluindo as zoonoses, e outros agravos à saúde de uma população num território determinado. Uma ampliacão da vigilância epidemiológica, com incorporação da vigilância sanitária. Vigilância DA saúde Vertentes: Análise de situações de saúde; Proposta de integração institucional entre a vigilância epidemiolôgica e vigilância sanitária; Proposta de redefinição das práticas sanitárias. Vigilância EM saúde Processo contínuo de coleta, consolidação, análise de dados; Disseminacão de informações sobre eventos relacionados à saúde; Visa o planejamneto e implantação de medidas de saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuacão em condicionantes e determinates de saúde; Tem como objetivo a proteção e promoção da saúde da população (prevenção de controle de riscos, agravos e doenças); São as ações de vigilância, promoção, prevenção e controle de doenças e agravos à saúde, devendo-se constituir em espaço de articulação de conhecimentos e técnicas. Inclui: Deve estar cotidianamente inserida em todos os níveis de atenção da saúde; Visando a integralidade do cuidado, deve inserir-se na construção das redes de atenção à saúde, coordenadas pela Atenção Primária à Saúde. A integração entre a Vigilância em Saúde e a Atenção primária à saúde é condição obrigatória para a construção da integralidade na atenção e para o alcance dos resultados. Diretrizes para integração entre as ações de Vigilância em Saúde e Atenção Básica 1. Compatilização dos territórios de atuação das equipes, com a gradativa inserção das ações de vigilância em saúde nas práticas das equipes da Saúde da Família; 2. Planejamento e programações integrados das ações individuais e coletivas; 3. Monitoramento e avaliação integrada; 4. Reestruturação dos processos de trabalho com a utilização de dispositivos e metodologias que favoreçam a integração da vigilância, prevenção, proteção, promoção e atenção à saúde, tais como linhas de cuidado, clínica ampliada, apoio matricial, projetos terapêuticos e protocolos, etc. 5. Educação permanente dos profissionais de saúde, com abordagens integradas nos eixos da clínica, vigilância, promoção e gestação. Vigilância em saúde Política Nacional de vigilância em saúde (PNVS) A PNVS é um documento norteador do planejamento das ações de vigilância em saúde nas três esferas de gestão do SUS, caracterizado pela definição das responsabilidades, princípios, diretrizes e estratégias dessa vigilância. Artigo 6 1. Ações laboratoriais: Aquelas que propiciam o conhecimento e a investigação diagnóstica de doenças e agravos e a verificação de qualidade de produtos de interesse de saúde pública e do padrão de conformidade de amostras ambientais, mediante estudo de ensaios relacionados aos riscos epidemiológicos, sanitários, ambientais e do processo produtivo. 2. Ações de promoção da saúde: Estimular a promoção da saúde como parte da integralidade do cuidado na Rede de Atenção à Saúde, articuladas com as demais redes de proteção social, abrangendo atividades voltadas para adoção de práticas sociais e de saúde centradas na equidade, na participação e no controle social, para fornecimento da mobilidade humana e a acessibilidade e promovendo cultura da paz em comunidades. 3. Análise de situação de saúde: Ações de monitoramento da situação de saúde da população do País, Estado, Região, Município ou áreas de abrangência de equipes de atenção à saúde, por estudos e análises que identifiquem e exemplifiquem problemas de saúde e o comportamento dos principais indicadores de saúde. 4. Centro de Informação e Assistência Toxicológica: Promove informações toxicológicas aos profissionais da saúde, à população e as instituições, relativas a intoxicações agudas e crônicas e acidentes com animais peçonhentos. 5. Emergência em saúde pública: Situação que demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública. 6. Integralidade de atenção: Um conjunto articulado de ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema. 7. Linha de cuidado (LC): Uma forma de articulação de recursos e das práticas de produção de saúde, orientadas por diretrizes clínicas, entre as unidades de atenção de uma região de saúde, para a condução oportuna, ágil e singular, dos usuários pelas possibilidades de diagnóstico e terapia, em resposta às necessidades epidemiológicas de maior relevância. 8. Modelo de Atenção à Saúde: Sistema lógico que organiza o funcionamento das redes de atenção à saúde, articulando, de forma singular, as relações entre os componentes da rede e as intervenções sanitárias, definido em função da visão prevalecente da saúde, das situações demográfica e epidemiológica e dos determinantes sociais da saúde, vigentes em determinado tempo e em determinada sociedade. 9. Rede de Atenção à Saúde: Arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado. 10. Vulnerabilidade: Designa tanto os processos geradores quanto as características das populações e territórios que possuem maiores dificuldades em absorver os impactos decorrentes de diferentes e variados graus de eventos de risco. 11. Risco: Compreende a probabilidade de ocorrência de evento adverso ou inesperado, que cause doença, danos à saúde ou morte em um ou mais membros da população, em determinado lugar, num dado período de tempo. Vigilância epidemiológica É um "conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de se recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos". Cenário epidemiológico brasileiro Transição demográfica, epidemiológica e nutricional Tripla Carga de Doenças Violência/ causas externas; Doenças crônicas; Doenças infecciosas. Fatores determinantes da emergência doenças transmissíveis Aglomeração populacional; Saneamento inadequado; Infraestrutura habitacional precária; Proliferação de fauna sinantrópica (animais que se benfeciam dos nossos alimentos) ; Degradação ambiental/ alteração dos ecossistemas; Imigração/ fluxo de pessoas; * Mudanças climáticas. Atividades da vigilância epidemiológica 1. Coleta de dados; 2. Processamento de dados; 3. Análise e interepretação; 4. Recomendação das medidas de prevenção e controle apropriadas; 5. Divulgação de informações pertinentes; 6. Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; 7. Promoção das ações e controle indicadas Fontes de dados para vigilância Notificação de doenas e agravos; Exames laboratoriais; Registros vitais; Vigilância sentinela; Registros médicos e hospitalares; Estudos epidemiológicos (inquéritos populacionais) Sistemas de registro de dadosadministrativos; Pesquisa de casos e surtos; Rumores. Doenças de notificação compulsória Magnitude; Potencial de disseminação; Transcendência; Relevância social; Relevância econômica; Vulnerabilidade; Compromissos internacionais; Epidemias, surtos e agravos inusitados à saúde. Quem deve notificar é o médico ou outros profissionais de saúde. Deve ser notificada em até 24h do atendimento, pelo meio mais rápido possível. Sistema de informação de Agravos de Notificação (SINAN) Notificação é principal fonte de dados da VE - comunicação da ocorrência ou suspeita de ocorrência de uma doença ou agravo à saúde feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. Registro sistemático de doenças de notificação compulsória ocorre desde 1969. FIN – Ficha Individual de Notificação: É preenchida pelas unidades assistenciais para cada paciente quando da suspeita da ocorrência de problema de saúde de notificação compulsória ou de interesse nacional, estadual ou municipal. FII – Ficha Individual de Investigação: É um roteiro de investigação que possibilita a identificação da fonte de infecção e os mecanismos de transmissão da doença Investigação epidemiológica É um método de trabalho utilizado para esclarecer a ocorrência de doenças, emergências de saúde pública, surtos e epidemias, a partir de casos isolados ou relacionados entre si; É um trabalho de campo, realizado a partir de casos notificados (clinicamente declarados ou suspeitos) e seus contatos; É uma atividade obrigatória de todo sistema local de Vigilância em Saúde; Deve ocorrer de forma integrada e concomitante com as demais ações relacionadas à vigilância, promoção e assistência para a prevenção e controle de doenças. Objetivos 1. Estabelecer ou confirmar o diagnóstico; 2. Identificar a fonte de infecção e o modo de transmissão; 3. Identificar os grupos expostos a maior risco e buscar casos secundários, esclarecer as circunstâncias que propiciaram a ocorrência e investigar fatores de risco; 4. Determinar as principais características epidemiológicas. O que investigar? Doenças de notificação compulsória; Surtos e epidemias; Doenças emergentes, de etiologia desconhecida ou não esclarecida; Óbitos de causa desconhecida; Óbitos de Mulher em Idade Fértil; Óbito Infantil. Importante Formulários padronizados para cada Doença de Notitcação Compulsória; Evento inusitado – elaborar ficha de investigação especial; Definição de caso – padronização dos critérios diagnósticos para a entrada e a classificação final dos casos no sistema; Preenchimento deve ser muito cuidadoso; A qualificação das fichas de notificação e de investigação é um processo importante para garantir a validade dos dados. Guia de vigilância em saúde Atualiza as recomendações relacionadas às ações de vigilância em saúde presentes na lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de saúde pública. Processo de vigilância epidemiológica 1. Coleta de dados sobre os casos; 2. Busa de pistas Vista domiciliar, Prontuário, Prontuário eletrônico, Entrevista com paciente internado ou ambulatorial, Sistemas de informação. 3. Busca ativa de casos Identificar casos adicionais (secundários ou não) ainda não notificados, ou os oligossintomáticos que não buscaram atenção médica para: Tratar adequadamente esses casos; Determinar a magnitude e a extensão do evento; Ampliar o espectro das medidas de controle. É a etapa mais importante. 4. Processamento e análise parciais de dados 5. Encerramento de caso. 6. Relatório final: Situação de encerramento do tratamento dos casos novos de certa doença e registro da proporção de casos novos. Vigilância sanitária “Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde". Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Vigilância em saúde ambiental (VSA) SINVSA
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