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Brennda Eduarda – P6 Dermatologia Eczema atópico Dermatites As dermatites são placas eritematosas, liquenificadas, descamativas. O eczemas podem ser: agudos, subagudos ou crônicos. A lesão aguda é mais úmida, podemos encontrar bolhas, vesícula; a subaguda tem a placa eritematosa e tem crosta, pois deu tempo de evoluir com cicatrização; a lesão crônica tem a liquenificação (acentuação dos sulcos da pele). A dermatite atópica é a principal manifestação cutânea da atopia. É a tendência hereditária a desenvolver alergia a antígenos alimentares ou inalantes, manifestando-se por eczema, asma ou rinite alérgica. É também influenciada por fatores ambientais e emocionais. É crônico e recorrente. As dermatites são placas eritematosas, liquenificadas, descamativas. 60% dos casos surgem até 1 ano de idade e 85% dos casos antes dos 5 anos, a grande maioria vai desparecer antes da adolescência. Etiopatologia: A fisiopatologia do eczema atópico ainda é desconhecida. Até o momento, os conhecimentos mostram que existe uma interação de fatores constitucionais e ambientais, em que a humoral e celular ocupam lugar de destaque. Nos fatores ambientais tem os agentes infecciosos, as crianças começam a ir para o chão, engatinhar e tem contato com os agentes. Os níveis de AMP-cíclico (AMPc) intracelulares estão diminuídos nos macrófagos, basófilos e linfócitos. Os baixos níveis de AMPc seriam responsáveis, dentre outras consequências, pelo aumento da liberação de histamina, diminuição dos linfócitos T supressores e aumento da produção de IgE. Alterações sudorais, alterações do manto lipídico da pele e baixo limiar ao prurido são outras características muito conhecidas da DA. O limiar ao prurido nos indivíduos atópicos é mais baixo, e os estímulos prurigênicos produzem, nos atópicos, prurido mais intenso, mais duradouro e em áreas mais extensas do que em indivíduos normais. A sudorese, no atópico, geralmente acompanha-se de prurido, atribuído a uma retenção sudoral ou eliminação de alergênios pelo suor. As 2 possibilidades exacerbariam os fenômenos inflamatórios próprios da pele com eczema. Xerose é uma característica da pele do indivíduo atópico e é decorrente de alteração na filagrina contida nos grânulos de cerato-hialina. Há uma diminuição da secreção sebácea com redução do número e do tamanho das glândulas sebáceas. Alterações no colesterol, ácidos graxos insaturados e ácido linoleico também têm sido demonstradas. O estresse induzido no atópico provoca eritema e prurido nas áreas de eczema. O perfil da personalidade desses indivíduos também é peculiar, envolvendo labilidade emocional (instabilidade emocional), hiper- reatividade, agressividade reprimida, insegurança e inteligência superior à média. Quadro clínico: *Depende da idade Sempre comum: prurido e tendência à cronicidade. Dermatite atópica Doença atópica: 1. Dermatite atópica 2. Rinite 3. Asma Brennda Costa – P6 Brennda Eduarda – P6 Eczema atópico infantil Aparece a partir do 3º mês de vida; Lesões na face que poupam o maciço central; Acomete a face extensora dos membros e tronco; Tende a melhorar com o avançar da idade; Eczema atópico pré-puberal Tem localizações mais típicas da dermatite atópica: dobras dos joelhos, cotovelos, pescoço, punhos e tornozelos. Lesões caracterizadas por liquenificação; 60% apresentam melhora efetiva ou desaparecimento total das lesões nesta fase. Eczema atópico do adulto Só vai chegar na fase adulta indivíduos que tiveram quadro grave na infância; 25% dos diagnosticados na infância mantem a doença na fase adulta; Pode evoluir com eritrodermia (é um quadro extenso com eritema e descamação da pele causado por doença cutânea preexistente, fármacos, neoplasias ou de causa desconhecida.) Acontece muito liquenificação e escoriação (erosão da epiderme de forma traumática, no caso o trauma é a coceira). Dermatite antes dos 3º mês de vida: não pensa em dermatite atópica. Pensa em seborreica. Brennda Eduarda – P6 Diagnóstico: Diagnóstico da dermatite atópica é clínico, pela história, antecedentes, idade que apareceu, localização. Existem critérios de diagnóstico (não precisa decorar) Você vai fazer medidas gerais: Orientações gerais: piora com exposição ao frio e color excessivo, fatores ambientais (urso de pelúcia, poeira), alimentares e psicológicos. Preferir roupas leves e folgadas (suor desencadeia prurido) Orientações sobre o banho: rápidos, água morna e fria, sabonetes suaves (usar apenas 1 x ao dia), hidratantes. Hidratação cutânea: SEMPRE Evitar amaciantes nas roupas Cortar as unhas Medicamentoso: Corticosteroides tópicos: medicamentos mais úteis. Avaliar a potência do medicamento x idade da criança e o local que está sendo usado Não retirar subitamente: diminuir a potência ou a frequência Diagnóstico: Tratamento: Após o banho, com a pele ainda úmida. Previne a perda de água do extrato córneo Brennda Eduarda – P6 Imunomoduladores tópicos: tacrolimus (usado quando quer poupar com corticoide, ou quando o paciente já tratou com corticoide e quer fazer manutenção) Quadros menos intensos ou como manutenção Anti-histamínicos: PRURIDO Sedativos à noite Não sedativos pela manhã Antibióticos Infecções bacterianas podem desencadear crises de eczema atópico Corticosteroides orais: Em casos mais severos: 1-2 mg/kg/dia Atentar para os efeitos colaterais (dermatite crônica) – osteoporose, diabetes, síndrome de Cushing, cataratas, fratura de fêmur Fototerapia: UVB Imunossupressores orais: ciclosporina, azatioprina, metotrexato Casos graves e resistentes, na tentativa de desmame de corticoide oral. Afeccção crônica, recorrente, não contagiosa. Famosa caspa Predominante em regiões cutâneas ricas em glândulas sebáceas; Predisposição familiar e discreta predominância no sexo masculino; Acontece uma alteração qualitativa do sebum, em regiões que tem muitas glândulas sebáceas que são estimuladas pelos androgênios, por isso que acontece na maior parte após a puberdade. Em lactentes= os bebês ainda carregam androgênios maternos e podem desenvolver dermatite seborreica. Maior ocorrência dos 18 aos 40 anos. Número de bactérias e leveduras está aumentado (Malassezia furfur) -> por isso que trata caspa com shampoo de cetoconazol, pois também tem a participação de fungos. Fatores agravantes: tensão emocional (estresse, privação emocional), calor, umidade, diabetes e obesidade Dermatite seborreica do lactente: Antes de fazer corticoide em dose imunossupressora, por períodos prolongados (a parti de 1mg/kg já é dose imunossupressora), deve tratar verminoses, a estrongiloidíase disseminada acontece quando o paciente tem uma imunidade baixa. Eczema seborréico Patogenia: Quadro clínico: Brennda Eduarda – P6 Eczemas gordurosas e aderentes em base eritematosa no couro cabeludo (formando a crosta láctea); Manchas eritemato-escamosas na face, tronco, áreas de dobras e intertriginosas como pescoço, nuca, axilas e região inguinal/ genitoanal. Prurido discreto e curso crônico. Dermatite seborreica do adulto: Lesões eritêmato-escamosas no couro cabeludo, face, e particularmente no sulco nasogeniano e glabela, região retroauricular, região pubiana e axilar. Quadro crônico, com períodos de acalmia e recaída. - Lactente: remoção das escamas com óleo mineral, seguidos por corticoide de baixa potência; - Adulto: Couro cabeludo: Shampoo: cetoconazol, ácido salicílico, enxofre, coaltar Se for um quadro grave: loção capilar com corticoide Face e corpo: Creme de corticoide pode ser alternado com creme de cetoconazol Como a prof faz: 3 dias de corticoide tópico depotência baixa, e faz manutenção com antifúgico (pode ser o próprio shampoo), pega a espuma e passa no rosto, na barba, desliga o chuveiro e espera fazer efeito. Casos refratários: isotretinoína oral (roacutan) Eczema de contato por irritação primária Eczema de contato fototóxico Eczema de contato alérgico Eczema de contato fotoalérgico Eczema de contato por irritação primária Causada por exposição a agentes com propriedades de provocar danos teciduais. Ação cáustica na pele: perda na barreira de proteção da pele. Não precisa de sensibilização prévia. *Sabões, detergentes, shampoo, limpadores industriais, plantas, pesticidas, solventes, ácidos, álcalis... Tratamento: Eczema de contato Brennda Eduarda – P6 Se dividem em três grupos: Por irritante primário absoluto: (é absoluto porque o dano é imediato) Dano imediato após o contato Ardor, queimação, bolhas Contato acidental com ácidos e álcalis Por irritantes primário absoluto de efeito retardado Dano surge após 12 a 24 horas do contato Podofilina – quando trata verruga por HPV com anti-verrugas e depois começa a queimar. Por irritante primário relativo Forma mais frequente Não precisa de sensibilização prévia, mas não acontece no primeiro contato, pois no primeiro contato a pele ainda é resistente a essa substância, quando ultrapassa o limiar de tolerância é que acontece a lesão. Exige vários contatos com o irritante (dias, semanas, meses...) – ex: lavar prato com detergente. Quadro compatível com eczema crônico Exclusão do agente não leva à cura imediata: agentes como água e trauma mantém a dermatite. Desaparecimento é lento e progressivo com a exclusão do agente. Ex: dermatite de mãos (80%), dermatite de fraldas (fator traumático) A pele fica seca, liquenificada. Eczema de contato fototóxico Mesmo mecanismo da dermatite de contato por irritante primário. A substância torna-se irritante quando sua estrutura química é modoficada pelo sol. Não requer contato prévio Ex: queimadura com limão A clínica varia da quantidade, da exposição ao sol Brennda Eduarda – P6 Eczema de contato alérgica Reação imunológica do tipo IV – tem a sensibilização Tem 3 vias: Via aferente: quando eu me sensibilizando – tem uma substância que é chamada de Hapteno, que vai ficar de 18-24h na minha pele, depois vai se unir a proteínas e o complexo {hapteno + proteínas } vai formar o antígeno. Na pele tem células de Langerhans (apresentadora de antígeno), o antígeno ligado as células de Langerhans vai migrar para os linfonodos regionais e isso daí, quando ele chega nos linfonodos regionais e faz a sensibilização dura de 4 a 5 dias. Vai apresentar ao linfócito T. Via eferente: fase de elicitação. Quando o indivíduo entra em contato novamente com o antígeno vai desencadear a via eferente, e 24-48h vai ter uma reação inflamatória. Fase de resolução: término da reação inflamatória. Depois que cessou o contato a lesão regride. - Eczema de contato alérgico: mais comum com maquiagem, cosméticos, bijuterias. Eczema de contato fotoalérgico É a mesma coisa do alérgico, mas precisa do sol. Tem a sensibilização, mas precisa do sol para que a dermatite aconteça. Tudo que precisa do sol vai acontecer mais em áreas expostas ao sol. Ex que acontecem: perfumes, anti-histamínicos tópicos. Brennda Eduarda – P6 Coloca várias substância em contato com a pele, e em 48h o a paciente volta. Se a pele tiver normal= (-) negativo Se tiver com discreto eritema com algumas pápulas= + Eritema, pápulas e vesículas= ++ Intenso eritema, pápulas e vesículas confluentes= +++ Evitar o contato Evitar agente que mantem o processo, como água, detergente e sabões. Corticoesteróides tópicos e/ou orais: 1. Cremes ou pomadas 2. Quando maior a potência, maior seus efeitos colaterais: indução de telangectasias, atrofia da pele e ação sistêmica no eixo hipotálamo-hipofisário-adrenal. 3. Casos severos: prednisona 1mg/kg/dia, em desmame progressivo. Pequenas vesículas, pruriginosas, que acometem as mãos, palmas dos pés De caráter crônico Acontece mais na faixa de 20-40 anos. Está relacionada à estresse emocional. Constituição atópica, dermatite de contato e hiperidrose Tratamento: emolientes + corticoide. Teste de contato Tratamento: Eczema desidrótico
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