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Dermatites eczematosas

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- Grupo heterogêneo de doenças inflamatórias que apresentam
características histológicas semelhantes, mas com manifestações
clínicas individuais
- Etiologias distintas
- Causam mais desconforto do que gravidade
- Eczema atópico e de contato são os mais compreendidos
- Clinicamente apresentam descamação
> Prurido, eritema, edema, vesículas, secreção, crostas, escamas
> Na fase crônica pode haver liquenificação
CLASSIFICAÇÃO
- Agudo: eritema, edema, vesículas e secreção
- Subagudo: secreção e crostas
- Crônico: liquenificação
Dermatite de contato
- Dermatose causada por agentes externos que desencadeiam reações
inflamatórias quando entram em contato com a pele
- É uma das dermatoses mais observadas na população
- Corresponde à maioria das dermatoses ocupacionais, representando
cerca de 30% das doenças adquiridas no ambiente de trabalho
DERMATITE DE CONTATO IRRITATIVA
- Agentes que causam dano tecidual, não há envolvimento de memória
imunológica no desenvolvimento da reação inflamatória
- Pode afetar qualquer pessoa desde que o agente irritante seja
suficientemente concentrado e que o tempo de exposição seja
suficientemente longo
> Quanto mais concentrado o agente irritante, menor o tempo de
exposição necessário para que ocorra a dermatite irritativa
- Aguda
> Desencadeada por irritantes absolutos (ácidos ou bases fortes)
> Dano tecidual que, de imediato, ultrapassa o limiar de
tolerância da pele
> Dor, ardor, calor local, eritema e formação de vesícula e/ou
bolhas surgem logo após o contato
Dermatites eczematosas
Eczemas TIPOS DE ECZEMA
- Eczema de contato
- Eczema atópico
- Eczema seborreico
- Eczema de estase
- Eczema numular
- Eczema disidrótico
Dermatites eczematosas
PATOLOGIA
- As alterações histológicas básicas são comuns a todas as formas de
eczemas
> Exsudato, espongiose, vesículas espongióticas, acantose -
paraceratose
- Cumulativa
>Desencadeada por substâncias que provocam dano cumulativo:
irritantes primários relativos (sabões, detergentes, até mesmo,
somente água)
> O surgimento de lesões clinicamente evidentes depende do
tempo, da intensidade e da frequência da exposição a estas
substâncias
> Após o surgimento das lesões, qualquer contato mantém a der-
> Efetora: ocorre quando o indivíduo previamente sensibilizado
entra novamente em contato com o antígeno
- Sequência inicial é idêntica à que acontece com o
indivíduo não sensibilizado
- O reconhecimento do antígeno se dá por linfócitos T
sensibilizados e a reação inflamatória ocorre em 24-48
horas, no local da aplicação do antígeno na pele
- A estimulação dos linfócitos T promove liberação de
citocinas que induzem a inflamação -> Atraem macrófagos
com atividade citotóxica e promovem alterações celulares
associadas à dermatite de contato alérgica
- As lesões são geralmente eczematosas associadas à prurido intenso e
sua distribuição pode sugerir o agente causador
- Outros tipos de lesão podem ocorrer além do eczema: erupção
acneiforme, liquenoides, purpúricas, hiperceratósicas, ulceradas
- O teste de contato é o exame padrão-ouro para investigação
diagnóstica e etiológica da dermatite de contato alérgica
DERMATITE DE CONTATO ALÉRGICA
- Reação de hipersensibilidade do tipo IV na classificação de Gel e
Coombs
- Acomete pessoas predispostas
- O agente causador é uma substância química de baixo peso molecular
e alta solubilidade lipídica
- 2 fases: via aferente e via efetora
> Aferente: desencadeada pelo contato do alérgeno (ou hapteno)
com a pele
- Alérgeno penetra o estrato córneo e liga-se a proteínas,
antígeno estranho para a pele
- Este antígeno liga-se às células de Langerhans, que são
apresentadoras de antígenos
- Devido ao estímulo antigênico, a CL migrarão para os
linfonodos em 2 a 4 horas, pelos vasos linfáticos aferentes
- Nos linfonodos regionais, quando o antígeno ligado a CL
entra em contato com os LT auxiliares há um fenômeno de
proliferação dessas células
- Entre a população linfocitária estimulada, haverá um
subgrupo de células de memória e outro de células efetoras
- Através da circulação sistêmica, ocorrerá a disseminação
dos linfócitos sensibilizados ao contactante
- O tempo mínimo para completar esta via é 4 a 5 dias,
mas, em geral, são necessários 7 a 10 dias para que uma
quantidade suficiente de linfócitos seja sensibilizada e possa
predispor o indivíduo à dermatite de contato
matite
> Inicialmente são observados eritema e xerose com progressão
para hiperceratose e fissuras
DERMATITE DE CONTATO FOTOTÓXICA
- Etiopatogenia idêntica à dermatite de contato irritativa
- A substância se torna irritante após ter sua estrutura química
modificada pela radiação UV
- Tratamento: após a identificação do agente, o tratamento se divide
em tratamento das lesões e tratamento profilático
> Lesões
- Fase aguda com exsudação: compressas com água
boricada a 3% ou permanganato de potássio
- Fase aguda sem exsudação: cremes de corticoide. A
potência da droga dependerá da intensidade e da
localização das lesões
- Lesões extensas ou intensas devem ser tratadas com
corticosteroides sistêmicos (em períodos curtos)
- Anti-histamínicos aliviam o prurido, mas não tem ação
sobre o eczema
- Antibioticoterapia tópica ou sistêmica está indicada nos
casos de infecção secundária
- Fase subaguda e crônica: corticosteroides oclusivos ou em
pomadas, cremes para lubrificação da pele, tratamentos
sistêmicos não costumam ser indicados nessas fases
DERMATITE DE CONTATO FOTOALÉRGICA
- Etiopatogenia idêntica à dermatite de contato alérgica
- A substância se torna sensibilizante após ter sua estrutura química
modificada pela radiação UV -> EX: prometazina (creme Fenergan)
> Quelite
> Pregas anteriores do pescoço
> Escurecimento periorbital
> Sinal de Hertogue (rarefação das sobrancelhas)
> Elevação da IgE sérica
> Conjuntivites recorrentes
> Curso influenciado por fatores emocionais
> Curso influenciado por fatores ambientais
> Prurido quando sua
> Alergia ao níquel
> Hiperlinearidade palmar
> Tendência a infecções cutâneas
> Prega infra-orbital de Denni-Morgan
> Pitiríase alba 
> Palidez ou eritema facial
> Eczema de mamilo
> Acentuação perifolicular
> Alopécia areata
> Hiperreatividade cutânea (Tipo I)
> Intolerância alimentar
> Catarata
> Ceratocone
> Urticária colinérgica
- Dermatose crônica e recidivante da infância
- 10 a 20% das crianças
> Até 2 anos de vida - 50%
> Até 5 anos de vida - 90%
- Prevalência alta nos atendimentos primários
- Grande impacto na qualidade de vida
- Grau de comprometimento semelhante às doenças sistêmicas graves
infantis
- Surtos repentinos de eczematização e piora dos sintomas
Dermatite atópica
GRAVIDADE
- Classificação em leve, moderada e grave depende de:
> Extensão das lesões
> Tempo de evolução
> Intensidade do prurido
- Dermatite atópica fase infantil
> Até os 24 meses de idade
> Lesões nas zonas elevadas da face
> Lesões nos cotovelos quando começa a engatinhar
> Geralmente poupa a zona das fraldas
> 10% dos pacientes melhoram nesta fase
> Pápulas edematosas, muitas vezes confluentes, extremamente
- Doença geneticamente determinada, de curso crônico e recidivante
- Caracterizada por prurido intenso, com reação inflamatória e xerose
(ressecamento da pele)
- Quadro clínico bastante variado
- Associada a outras manifestações de atopia, com a asma e a rinite
alérgica em 30% dos pacientes
- História familiar de atopia em 70% dos pacientes
FISIOPATOLOGIA E ETIOLOGIA
- Suscetibilidade genética
- Defeitos na barreira cutânea
- Alterações imunológicas
- Hiper-reatividade a diversos alérgenos
- Meio ambiente
- Influência psicológica
CRITÉRIOS DE HANIFIN E RAJKA
- Critérios maiores (3 ou mais)
> Prurido
> Morfologia e distribuição típica das lesões (envolvimento facial e
extensor nas crianças e liquenificação e linearidade nos adultos)
> História pessoal ou familiar de atopia
> Dermatite crônica e recidivante
- Critérios menores (3 ou mais)
> Xerose
> Início precoce da doença
> Tendência à dermatite inespecífica de mãos e pés
> Demografismo branco
ECZEMA HERPÉTICO
- Também chamado de erupçãovariceliforme de Kaposi, é uma
possível complicação em casos de DA
- Infecção viral descontrolada, geralmente extensa e grave, que
acomete pacientes com alguma patologia cutânea de base
- Na maioria das vezes é causada pelo HSV tipo 1, mas também pode
ser desencadeada por outros vírus como HSV tipo 2, vírus Coxsackie A16,
...
Dermatite seborreica
- Afecção crônica, recorrente, não contagiosa
- Ocorre mais comumente em pacientes de pele oleosa
- Etiologia controversa
- Piora com: inverno, álcool, condimentos, alimentos muito quentes
CLÍNICA
- Locais de grande concentração de glândulas sebáceas
- Áreas intertriginosas
- Predisposição familiar
- Leve predominância no sexo masculino
- Pacientes neurológicos (pós AVC, Parkinson, ...), HIV
DERMATITE SEBORREICA NO LACTENTE
- Início nos primeiros dias de vida -> Crosta láctea
- Acomete face, tronco, áreas intertriginosas
DERMATITE SECORREICA EM CRIANÇAS E ADULTOS
- Lesões eritemato-descamativas
- Acometem couro cabeludo, face (sulco nasogeniano e glabela), região
retro auricular, tórax, região pubiana, axilas
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
- Psoríase, pitiríase rósea, eczema atópico, dermatofitose, candidíase
TRATAMENTO
- Remover escamas do couro cabeludo com shampoos, óleos e
corticoterapia nos casos mais graves
- Lesões mais escamosas no tronco: usar corticoides com ácido salicílico
- Corticoides não fluorados na face
- Cuidados com corticoides em áreas intertriginosas
pruriginosas, crotosas e exsudativas
> Frequente infecção secundária e linfadenopatias
> Relação com a dentição e infecções respiratórias
> Casos graves podem generalizar
- Dermatite atópica fase escolar
> A partir dos 2 anos até a vida adulta
> Lesões principalmente em dobras de joelhos e cotovelos, região
cervical lateral, pulsos e tornozelos
> Presença de liquenificação
- Dermatite atópica fase adulta
> Mesmos locais de apresentação da fase anterior
> Liquenificação é o achado mais importante
> Pacientes com achados de instabilidade emocional
TRATAMENTO
- Estabelecer um bom relacionamento com o paciente a fim de permitir
o manuseio de uma doença crônica
- Esclarecer que a meta do tratamento é eliminar o prurido e as lesões
eczematosas, mas a cura total não é possível
- Cuidados gerais
> Banho
> Vestuário
> Prevenção de infecções
> Controle do meio ambiente
> Controle de alergenos
> Hidratação da pele: uso de emolientes 4 vezes ao dia; usar
sempre após o banho, de preferência com o corpo úmido; trocar
sabonete por cremes de limpeza
- Corticoterapia tópica depende de:
> Fase do eczema
> Idade do paciente
> Local a ser tratado
> Extensão do quadro
> Maneira de aplicar
> Veículo utilizado
> Potência do corticoide
- Controle do prurido
> Anti-histamínicos: usar as drogas clássicas e não as de última
geração -> Provável ação central no prurido
 
INFECÇÃO SECUNDÁRIA
- Crostas melisséricas
- Os pacientes com infecção secundária pelo S. aureus apresentam
piora do quadro, que deve ser tratado com antibioticoterapia sistêmica

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