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_____________________________________________________ 1 Graduação em Pedagogia. Especialização Educação Inclusiva pelo Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. E-mail do autor: joelma.barbosa@outlook.com. Orientadora: Ana Flávia de Oliveira Santos. A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO NO MEIO SOCIAL Joelma Candido BARBOSA¹ RESUMO: Este trabalho tem a finalidade de expor elementos que apresentam meios para à inclusão dos portadores de necessidade especial no meio social. Observa-se, que o processo de inclusão social tem sido um grande problema enfrentado pelos portadores e seus familiares. A responsabilidade são de todos na sociedade, através de práticas que favoreçam o convívio e o respeito a diversidade, com a sensibilização de todas as entidades e instutuições, que devem ter como lema prático que ser diferente não significa ser desigual perante a lei e perante os homens. PALAVRAS-CHAVE: Portador de Necessidade Especial; Diversidade; Sociedade. 1 Introdução Devido aos grandes problemas enfrentados pelos portadores de necessidades especiais e seus familiares, a inclusão tem sido uma grande solução, para eles serem vistos como seres humanos, como cidadãos, que tem suas dificuldades, mas também suas capacidades. A Constituição Federal, dá o direito à dignidade e igualdade perante a lei e os homens. Eles têm enfrentado grandes dificuldades na aceitação da inclusão, sendo desvalorizados perante a sociedade, desde o momento do seu nascimento à interação dos mesmos no convívio social e muitas vezes familiar. Sabendo que a inclusão, tem sido um sonho que a cada dia está tornando-se realidade, mesmo em meio a tantas dificuldades, pois, vivemos em uma sociedade onde não dão muita credibilidade no desenvolvimento e na capacidade deles. 2 Contudo a inclusão tem devolvido o direito a educação, ao trabalho e ao convívio social. Mas para que isto aconteça é preciso aceitar que as diferenças e limitações, não são problemas para o desenvolvimento das habilidades e capacidades, de cada individuo na realização de suas obrigações. Precisamos dar suporte e condições para seus desenvolvimentos tanto no convívio escolar, social e familiar. O conhecimento de seus direito e de iniciativas das politicas públicas são os grande meios que os portadores de deficiências tem como base para conquistar uma vida mais digna. 2 Desenvolvimento Falar de inclusão é falar em primeiro lugar de exclusão, pois para haver inclusão é porque já se foi excluido de algumas coisa ou lugar. Simplesmente, excluir é deixar de fora, tirar da sociedade aquele que nela não se encaixa, sejam quais forem os motivos. A estrutura social, desde os seus inicio de organização, sempre excluiu os considerados diferentes, marginalizando-os e os privando de liberdade. Ela determinou um padrão de pessoas para viver e conviver nela. A deficiência se dá de acordo com a existência de variações de algumas habilidades que podem ser qualificadas como restrições ou lesões. Há pessoas com lesões que não experimentam ou não se consideram deficientes, assim como existem pessoas com alguma expectativa de lesões que se consideram deficientes. A ideia de deficiência está relacionada a limitações naquilo que se considera como habilidades básicas para a vida social. A classifficação destas habilidades está ligada à mobilidade, ao uso dos sentidos, à comunicação, à interação social e à cognição. Levando em consideração o termo da Constituição Federal de 1988, o conteúdo sobre a inclusão social das pessoas portadoras de deficiência nos leva a entender o direito geral à igualdade, do princípio da dignidade humana, onde demonstra todos os direitos sociais assegurados no artigo 6º, da Constituição Federal de 1988. 3 “[...] De acordo com o Art. 6º, são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.[...]” (BRASIL, 1988). O princípio da igualdade se apresenta como igualdade, perante todos os atos do poder público e não apenas perante a lei. Consiste em um princípio estruturante do Estado de Direito Democrático e do sistema constitucional global e implica que as decisões administrativas sejam tomadas segundo critérios objetivos de igualdade, ou seja, se agiu assim para um terá de agir do mesmo jeito para o outro, se os elementos de ponderação de ambos são iguais, obviamente que processado dentro da legalidade. Por isso, do princípio da igualdade é um direito subjetivo em favor do cidadão. Que é uma obrigação aos poderes públicos, sempre nos limites da legalidade (BOTELHOS, ESTEVES, PINHO, 2002). Observando assim, que existem leis onde tem dado base aos portadores de deficiencias não se sentirem diferenciado, mas a sociedade tem levantado grandes barreiras de aceitação para a realização destas pessoas no meio social. Dificultando a integração dos mesmos alegando que são pessoas totalmente dependentes e que não poderá existir a inclusão por serem considerados como anormais", levando os mesmos a uma exclusão envolvendo todos os familiares. Assim retirando seu direito de cidadão. Entendendo assim, que a lei não deve garantir ao portador de deficiência privilégios ou perseguições por ter suas necessidades, mas, sim serem tratados como cidadãos, no qual tem seus direitos e deveres, obedecendo a seus deveres e não retirando deles os direitos de interagir na sociedade. O qual tem sido uma porta que está sendo aberta não só no ambiente escolar como também fora dele. Deste modo não podemos julgar as pessoas conforme suas limitações e sim acreditar na capacidade de cada uma. Assim, tornando-os aptos a satisfazer os padrões aceitos no meio social quanto a inclusão e a modificação da sociedade como requisitos para o seu desenvolvimento e exercer a cidadania, onde representa uma ação ativa que vem envolver parte da sociedade que está excluída por falta de condições adequadas, ou seja, trazer para dentro de um conjunto alguém que já faz parte dele. 4 “[...]Segundo o Art. 205, a educação, direito e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. [...]” (BRASIL, 1988). O princípio da igualdade perante a lei é a diversificação, ou seja, oferecer meios diferenciados para cada indivíduo desenvolver suas habilidade tanto na visão educacional como social. Já o princípio fundamental da educação inclusiva é a valorização da adversidade e da comunidade humana. Quando a educação inclusiva é totalmente abraçada, nós abandonamos a ideia de que as crianças devem se tornar normais para contribuir para o mundo" (KUNC, 1992). Vivemos em uma sociedade onde existe grande resistência para aceitação da inclusão em ambiente escolar. Um dos motivos mais enfrentados é a insegurança dos pais, em passar a acreditar na capacitação do professor no cuidar e atender as necessidades de seus filhos. Onde o professor passa a ter uma grande responsabilidade no cuidar, educar e ajudar o aluno, retirando todos os obstáculos que atrapalhem no convívio e ajudando na interação com os demais alunos, mostrando que somos iguais e ao mesmo tempo diferente, cada um com suas limitações derrubando as barreiras de conceitos trazido do meio o qual convive. Outro motivo é a insegurança de todos que formam a equipe escolar colocando barreira para não aceitar a inclusão, onde, lembrando que exclusivamente não é o professor que põe obstáculos, às vezes acontece dos que formam a equipe escolar não concordar com a aceitação dos mesmos na escola, alegando da grande responsabilidade que serápara eles e quando acontece à inclusão acabam excluindo do meio inserido. Alegando que "observa-se com frequência, a dificuldade dos professores, nas suas falas carregadas de preconceitos e estigmas, frustrações e medo: "não sou capaz disso", "não sei por onde começar", "falta uma equipe técnica na escola", "a direção não entende", "vai prejudicar os outros alunos", "não vou beneficiar o aluno com deficiência", "a criança com deficiência sofre rejeição dos outros alunos", "preciso de assessoramento em sala de aula, tanto para os com 5 deficiência quanto para os de altas habilidades", ficamos angustiados e sem ação frente a esse aluno", "precisamos de pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a angústia que temos ao trabalhar com eles", "o professor encontra- se perdido quanto as forma e os jeitos adeguado para o tratamento de cada aluno com sua diferenças", "alunos e professores despreparados para aceitá- los", "imposto pelo MEC às escolas tem que recebê-los", "quais as metodologias mais rápidas, eficientes e adequadas ao nosso aluno?"," necessitamos. “Treinamento específico”, "não somos preparados para atuar em todas as áreas", "como alfabetizar o deficiente? Como realizar prova diferente para o aluno especial?", que atitude tomar com a criança hiperativa se os outros alunos não aceitam o diferente? ", "o professor encontra-se perdido diante do aluno que precisa de uma atenção maior e tem que si devidir sozinho numa sala super-lotada", "como trabalhar esse aluno na parte psicológica? "", "os professores são despreparados para atender melhor o aluno especial". Esses são uns dos comentários vivenciados em várias escolas aqui na Cidade de Maceió - AL, pois muita escola do estado tem recebidos esses alunos não com boas vontades, pois a realidade é que faltam auxiliares de sala, quanto as escolas municipais ainda não existem auxiliares Projeto Futuro, não dando ao aluno muitas escolhas, e lembrando que nem todos têm direito a escola por falta de auxiliar de sala, dependendo das deficuldades de cada aluno. Palavras são expressões verbais de imagens construídas pela mente. Às vezes, o uso de certos termos, muito difundido e aparentemente inocente, reforça preconceitos. Além dessas falas, temos observado, o medo da mudança com a certeza do fracasso e medo da diferença onde se sentem ameaçados, os que provocam afastamento, o estigma e consequentemente o preconceito. O professor desconhece quem é este sujeito, suas possibilidades, seus desejos, suas dificuldades e limitações. Segundo Figueira, (1995), a comunidade o qual moro tem enfrentado grandes dificuldades de aceitação da inclusão, onde existem duas escolas, sendo uma do estado e a outra da prefeitura; quando os pais vão matricularem seus filhos na escola da prefeitura a equipe escolar põe a maior dificuldade em a aceitar esses alunos, alegando que tem que procurar a SEMED para os 6 mesmos requisitarem um auxiliar de sala, jogando a responsabilidade para os pais correrem atrás, e acabam sempre empurrando os mesmos para a escola do estado onde tem casos que são aceitos e outro tem que esperar a chegada de auxiliares de sala encaminhada pelo estado e esse aluno acaba ficando sem estudar e assim perdendo seu direito do comvivio escolar, voltando para o isolamento dos seus lares, retirando deles o direito a escola. Na escola Prof.º Liberalino Bonfim de Oliveira, localizada em Rio Novo em Maceió – AL, a realidade da escola é sempre a mesma ter nas turmas alunos especiais, mas, as vezes, sem a presença do auxiliar e sim só do professor, tendo turma com alunos especiais, mas tem muitos alunos e sem auxílio de nenhum profissional não é fácil lidar com a necessidade de cada um deles, mas sempre se tenta desenvolver atividades nas quais interagem uns com os outros. Mas, já aconteceu de alunos serem excluídos por causa das suas necessidades, precisando de um auxiliar de sala e por causa da demora de enviarem acabam esses alunos não podendo permanecerem em sala de aula. Sendo uma situação lamentável para eles e seus familiares. Mas, mesmo em meio a tantas divergências enfrentada temos vencido a exclusão. Na escola existe a sala de recurso. Esses alunos recebem um grande apoio, além da sala de aula, onde são atendidos por profissionais formados em PSICOPEDAGOGIA, como a preparação adeguada para suprir a necessidade do aluno, assegurando que os alunos terão acesso aos recursos que possam minimizar suas limitações, promovendo o desenvolvimento e aprendizagem. Lembrando que esse atendimento complementa na formação destes alunos com vista na autonomia e independência na escola e fora dela. Posteriormente, vem o momento onde estes alunos recebem uma boa preparação para haver a interação no ambiente social. Levando-os a acreditarem neles mesmo e estimulando a seus familiares a confiança de sua capacidade de interação na sociedade o qual convive. Cabe, portanto, à sociedade eliminar todas as barreiras físicas, programáticas e atitudinais para que possam ter acesso aos serviços, lugares, informações e bens necessários ao seu desenvolvimento pessoal, social, educacional e profissional." (SASSAKI, 2003, p. 47). Ao vencer esta grande barreira enfrentada depois da interação deste aluno no ambiente escolar, vem mais uma grande luta, que é a aceitação 7 destes na sociedade, onde os mesmos junto com seus familiares têm enfrentado maiores dificuldades, para envolvê-los no ambiente social, devolvendo a eles um direito que foi retirado deles, permitindo que tais pessoas sejam capazes de se interagir ou melhor falando se envolver com o desenvolvimento, pessoal, social e melhorar ainda nas suas expectativas profissionais, levando-os a acreditarem nas suas capacidades de se envolverem e desenvolverem no ambiente onde os mesmos forem interagidos. Consequentemente a inclusão escolar constituem uma nova perspectiva de vida que desejamos construir. Pois é na escola onde construimos e formamos uma nova sociedade, educando e preparando as crianças para as diferenças e diversidades, na construção de uma sociedade que possa desenvolver e adaptar-se para respeitar e aceitar as diferenças de cada cidadão. Esta sociedade na qual todos se empenhem em buscar o bem- estar de toda a população, permitindo, inclusive, que cada pessoa possa ter livre acesso em qualquer parte dos setores da sociedade. O futuro é uma dimensão que não pode ser esquecida, pois é preciso estar preparado para a rápida evolução tecnológica destes novos tempos, que influencia e modifica o processo educativo e a nossa relação com a construção do conhecimento. Para a estimulação da pessoa com deficiência, a tecnologia da informação é fundamental, pois a velocidade da renovação do saber e as formas interativas da cibercultura trazem uma nova expectativa de educação para essa clientela. É necessário, portanto, criar serviços e propostas educativas abertas e flexíveis que atendam às necessidades de mudanças. Explicitar como as cognições, no nível social, permitem a uma coletividade processar um dado conhecimento, veiculado pela linguagem, transformando-o numa propriedade impessoal, pública, permitindo seu manuseio e utilização de forma coerente com os valores e as motivações sociais da sociedade à qual pertence, foi mais um trabalho realizado por Moscovici (1994). Para ele, a Psicologia Social deve se interessar pela cognição social, isto é, pela criação, entre os seres humanos, das representações consensuais do universo. O autor pressupõe a existência de dois universos de conhecimentos reconhecidos pela sociedade: um em que a sociedade vê a si 8 mesma representada por especialistas em certas áreas do saber (físicos, psicológicos...) aos quais ela restringe o poder de falar sobre estes conhecimentos. De outro lado, reconhece a liberdade individual de seus membros se expressaremem diversas áreas do conhecimento (religião, política, educação...) e de se agruparem a partir de suas ideias em comum (ALEXANDRE, 2007). Assim, enquanto o saber científico é estruturado como um universo onde os integrantes só possuem acesso a partir do nível pessoal de qualificação, o mundo onde predomina o senso comum é integrado por todos, amadores ou curiosos, que compartilham ideias e interpretações do mundo. É sobre este universo consensual que Moscovici (1981) demarca a área de interesse da Psicologia Social, principalmente da cognição social, estudando a criação das representações consensuais. A Lei Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991, lei de contratação de Deficientes nas Empresas. Já a Lei nº 8213/91, lei cotas para Deficientes e Pessoas com Deficiência dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência e dá outras providências. A contratação de portadores de necessidades especiais, como frisa o Art. 93, a empresa com 100 ou mais funcionários está obrigada a preencher de dois a cinco por cento dos seus cargos com beneficiários reabilitados, na seguinte proporção: - até 200 funcionários - 2%; de 201 a 500 funcionários - 3%; de 501 a 1000 funcionários - 4%; de 1001 em diante funcionários - 5%. Depois de enfrentarem as grandes barreiras da aceitação da inclusão em sala de aula, ele continua a enfrentar outra grande dificuldade que é o acesso ao espaços públicos adequados no meio social. Onde na realidade a sociedade não está preparada para receber tais pessoas acreditando que são pessoas que não deveriam terem saindo de suas casas para o mercado de trabalho por serem pessoas incapazes de se desenvolverem na função estabelecida pelas empresas o qual está sendo empregada. De acordo com Aranha (2001),as pessoas com deficiência eram consideradas fracas, incapazes e lentas, ou seja, aqueles que não correspondiam ao parâmetro de existência e produção seriam "naturalmente" desvalorizados por evidenciarem as contradições do sistema, desvendando suas limitações. 9 “[...] As representações sociais são “um conjunto de conceitos, frases e explicações originadas na vida diária durante o curso das comunicações interpessoais”[...] (MOSCOVICI, 1981). Segundo a definição apresentada por Jodelet (1984), são modalidades de conhecimento prático orientadas para a comunicação e para a compreensão do contexto social, material e ideológico em que vivemos. São formas de conhecimento que se manifestam como elementos cognitivos (imagens, conceitos, categorias, teorias), mas que não se reduzem apenas aos conhecimentos cognitivos. Sendo socialmente elaboradas e compartilhadas, contribuem para a construção de uma realidade comum, possibilitando a comunicação entre os indivíduos. Dessa maneira, as representações são fenômenos sociais que têm de ser entendidos a partir do seu contexto de produção, isto é, a partir das funções simbólicas e ideológicas a que servem e das formas de comunicação onde circulam (ALEXANDRE, 2004). Para observar essas pessoas, ou melhor, falando funcionários /patrões, fui ao comércio daqui de Maceió - AL observar a aceitação dos mesmos no ambiente social. Ao ir em uma loja e perguntar em LIBRAS se eles tinham uma bicicleta, um dos vendedores ficou a observar e não respondeu, foi lá no fundo da loja falou com outra pessoa e voltou com um copo d'água. Porém, a ideia de libertação implica o simples reconhecimento da existência do poder. Ela, necessariamente, aponta para o lócus aonde se instalam a força capaz de obrigar à sujeição, e a fragilidade, manifesta na incapacidade de desvencilhar-se da submissão. Ao definir esses polos, Freire identifica a oposição entre cativeiro, ou a privação do direito de escolha, e a libertação, o verdadeiro exercício da autonomia (GARRAFA, 2005). Dessa forma, assinala que os sujeitos sociais são, eminentemente, atores políticos, cuja ação pode tanto manter como transformar o status quo. A categoria libertação desvela as posições de poder e permite pressupor uma tomada de posição no jogo de forças pela inclusão social. 10 Então, ao ir em uma loja de brinquedos foi perguntado em libras se eles tinham dominó, ocorrendo um outro problema que não tinha ninguém preparado para atender, assim foi esperado cerca de 30 minutos para a revendedora voltar e quando voltou com a mão aberta pediu que esperasse um pouco e foi lá para trás e não voltou mais. Com essas experiências se pode refletir sobre as dificuldades que as pessoas com necessidades especiais enfrentam e o descaso e desvalorização. Após reflexões, ao ir em uma outra loja, foi observado que tinham funcionários com deficiência física, então foi aborda-lo para saber de sua experiência e ele disse que a função dele era embalador e que ele não tinha direito a uma promoção pois as empresas abrem as portas meramente por ser uma exigência da lei, mas ao mesmo tempo limitam eles excluindo-os, não dando direitos de crescerem na empresa. As empresas tem um compromisso de incentivar a diversidade, combater o preconceito e trabalhar para eliminar as diferenças, devem ser exemplos éticos que toda empresa deve buscar. Com isso as chances e oportunidades de trabalho se igualam e os diferentes se tornam iguais, fazendo com que possam desenvolver suas aptidões e talentos, podendo permanecer na empresa dentro de critérios de desempenho. No ambiente de trabalho o sentido de equipe é fortalecido incentivando o trabalho coletivo e as adaptações físicas do ambiente tendem a diminuir as deficiências e fazer o ambiente mais agradável para todos. Toda empresa, instituição e sociedade deve se preocupar em Dispor de todos os serviços, transporte e instalações de lazer e recreação (incluindo piscinas com rampas e/ou escadas acessíveis, vestiários, chuveiros e sanitários, parques, bibliotecas, anfiteatros, arenas ou ginásios etc.) acessíveis para pessoas com todos os tipos de deficiência, ao Dispor de um sistema de recrutamento e seleção de pessoal preparado para também atender as pessoas portadoras de deficiência. Caminhando nessa linha as empresas estarão dando uma contribuição muito valiosa no sentido da inclusão das pessoas portadoras de deficiência e não trabalhando no sentido de sua marginalização. 11 Para atingir a esses propósitos a empresa tem que promover uma mudança de postura, de valores e métodos que venham a facilitar a inclusão de pessoas portadoras de deficiência. Outro caso que tivemos a oportunidade de presenciar foi durante um estágio de técnico de enfermagem, o qual, um jovem gritando, fazendo um escândalo e os seguranças agarrando ele, pois sua mãe estava preenchendo sua ficha e ninguém o controlava, quando a mãe chegou próximo ele queria agredir a mãe e o médico veio ao encontro dele e não sabia se comunicar com o jovem, percebendo que o jovem era portador de necessidade auditiva e no hospital não existia ninguém capacitado de saber o que ela estava sentindo, quando menos esperávamos chegou uma jovem e começou a conversar com ele em LIBRAS, assim o jovem se acalmou e o médico conseguiu fazer a consulta junto com sua irmã. Podemos ver que em toda a sociedade precisamos de pessoas preparadas e qualificadas, em todas as áreas da sociedade, não apena nas escolas, mas, em todos os depatarmentos. Instituição são usada como mecanismos de fortalecedores desses direitos, tais como destinação de maiores verbas públicas para os projetos que atendam esse segmento e participação de entidades de defesa de deficientes e para deficientes nos processos decisórios de todas as áreas diretamente envolvidas no atendimento dessa população. O esporte é uma importante arma social para melhor desenvolvimento da da inclusão social, visando aproximar os povos e fazer com que estes exercitem não somente o corpo, mas também a mente, para que possam obter resultados mais expressivosna sua vida, seja ela profissional, estudantil ou dedicada ao lazer. A importância do esporte é reconhecida universalmente e sua prática raramente deixa de beneficiar o seu praticante, seja ele com qualquer tipo de deficiência, com uma boa saúde física e mental. Todos os esportes são bons e o seu uso depende de como praticá-lo com as limitações e cada participante.” A prática do esporte pode transformar as vidas de muitas pessoas portadoras de deficiências, estimulando a superação de barreiras e limitações e o crescimento das noções de solidariedade e respeito às diferenças. Quem pratica esportes tem a oportunidade de se tornar um cidadão melhor, porque 12 treina também para a vida, para exercer os seus direitos e compreender os seus deveres com disciplina e determinação. No esporte brasileiro são inúmeros os exemplos de superação, inclusão social e sucesso por meio do esporte. Muitas pessoas se destacaram mesmo com suas deficiências e limitações tranformado o esporte um veiculo de tranformação social. A mídia não pode ser esquecida, pois possui um papel fundamental na promoção de atitudes positivas no sentido da inclusão de pessoas portadoras de deficiência na sociedade. A criação de equipes de mediação de sistemas e a presença junto aos conselhos de defesa da pessoa deficiente, que mostrem ao governo, à sociedade e à mídia os acertos e desacertos da inclusão social e escolar e seus prognósticos para curto, médio e longo prazos, devem ser consideradas. A prática da desmarginalização de portadores de deficiência deve ser parte integrante de planos dos meios de comunicação, que objetivem atingir toda a sociedade para todos. A inclusão social traz no seu bojo a equiparação de oportunidades, a mútua interação de pessoas com e sem deficiência e o pleno acesso aos recursos da sociedade. Cabe lembrar que uma sociedade inclusiva tem o compromisso com as minorias e não apenas com as pessoas portadoras de deficiência. A inclusão social é, na verdade, uma medida de ordem econômica, uma vez que o portador de deficiência e outras minorias tornam-se cidadãos produtivos, participantes, conscientes de seus direitos e deveres, diminuindo, assim, os custos sociais. Dessa forma, lutar a favor da inclusão social deve ser responsabilidade de cada um e de todos coletivamente. Programas televisionados por portadores de deficiência e com tradutores em LIBRAS integra todos em uma sociedade mais justa e igualitária. Mas para compreender melhor o mundo que nós nos excluímos, acreditando que não é necessário se envolver, mas se todos observassem melhor iriam ver o quanto o mundo iria mudar se todos abraçassem as diferenças no meio social, como um problema de todos. Assim tornando-se verdadeiramente uma sociedade inclusiva e mais participativa, 13 3 Conclusão Vivemos em uma sociedade onde as diferenças são vistas como incapacidades e os diferentes como imperfeitos, portanto se fazem necessárias políticas públicas que garantam acesso, mas, principalmente, a permanência dessas pessoas na escola, no mercado de trabalho e em toda a sociedade. As dificuldades dos portadores de deficiência estão na falta de qualificação e preparação de pessoas que garantir sua inclusão e permanência dos mesmos no meio social, além do portador de necessidades passar por grandes constrangimentos. É de grande importância refletir sobre o verdadeiro conceito sobre sociedade inclusiva, preparando ações educativas, onde levará a sociedade a respeitar as diferenças, respeitando as dificuldades das pessoas com deficiência, acreditando na capacidade dos mesmos, eliminando todo preconceito, respeitando as diferenças e as potencialidades de todos. Levando todos a acreditarem que a inclusão não é um problema só do portador de necessidade e seus familiares e sim de todos. Para tanto, além de leis voltadas para as pessoas com deficiências, se faz necessário buscar opções de sua aplicação, onde ocorra uma grande motivação e diferencial de mercado a qualificação das pessoas e conscientização para que em todo os meios sociais tenham profissionais qualificados e serem humanos sensibilizados que busquem seus direitos, através da aplicação das políticas públicas aplicáveis no dia a dia dessa sociedade. Para se tornar eficaz, primeiramente tem que fazer um levantando das características históricas do local e de sua realidade, pois à partir dessas informações que irá de forma local se planejar as ações para que no futuro se tornem ações nacionais. Nesse contexto, precisamos conscientizar toda a população brasileira, desde nossas crianças a conviver e saber lidar com pessoas com deficiências físicas, não é excluindo ou escondendo como se fazia antigamente, e sim, primeiramente aceitando a limitação e todos inseridos na sociedade, seno tratados de forma igual. 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ACESSIBILIDADE BRASIL. O que é acessibilidade. Disponível em http://www.acessobrasil.org.br Acesso em 4 dez. 2006. ALEXANDRE, Marcos. Representação Social: uma genealogia do conceito. In 122 COMUM 23 Comum - Rio de Janeiro - v.10 - nº 23 - p. 122 a 138 - julho / dezembro 2004. AZEVEDO, P. H.; BARROS, J. F. O nível de participação do Estado na gestão do esporte brasileiro como fator de inclusão social de pessoas portadoras de deficiência. Revista Brasileira de Ci e Movimento. Brasília, v. 12 n. 1 p. 77- 84. Jan/Mar 2004. BRASIL. Presidência da República. Casa. Decreto Lei 3.298 Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto/d3298.htm. 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