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1 Graduação em Pedagogia. Especialização Educação Inclusiva pelo Centro 
Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. E-mail do autor: 
joelma.barbosa@outlook.com. Orientadora: Ana Flávia de Oliveira Santos. 
 
A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO NO MEIO SOCIAL 
Joelma Candido BARBOSA¹ 
 
 
RESUMO: Este trabalho tem a finalidade de expor elementos que apresentam 
meios para à inclusão dos portadores de necessidade especial no meio social. 
Observa-se, que o processo de inclusão social tem sido um grande problema 
enfrentado pelos portadores e seus familiares. A responsabilidade são de todos 
na sociedade, através de práticas que favoreçam o convívio e o respeito a 
diversidade, com a sensibilização de todas as entidades e instutuições, que 
devem ter como lema prático que ser diferente não significa ser desigual 
perante a lei e perante os homens. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Portador de Necessidade Especial; Diversidade; 
Sociedade. 
 
 
1 Introdução 
Devido aos grandes problemas enfrentados pelos portadores de 
necessidades especiais e seus familiares, a inclusão tem sido uma grande 
solução, para eles serem vistos como seres humanos, como cidadãos, que tem 
suas dificuldades, mas também suas capacidades. A Constituição Federal, dá 
o direito à dignidade e igualdade perante a lei e os homens. 
Eles têm enfrentado grandes dificuldades na aceitação da inclusão, 
sendo desvalorizados perante a sociedade, desde o momento do seu 
nascimento à interação dos mesmos no convívio social e muitas vezes familiar. 
Sabendo que a inclusão, tem sido um sonho que a cada dia está 
tornando-se realidade, mesmo em meio a tantas dificuldades, pois, vivemos em 
uma sociedade onde não dão muita credibilidade no desenvolvimento e na 
capacidade deles. 
2 
 
Contudo a inclusão tem devolvido o direito a educação, ao trabalho e ao 
convívio social. Mas para que isto aconteça é preciso aceitar que as diferenças 
e limitações, não são problemas para o desenvolvimento das habilidades e 
capacidades, de cada individuo na realização de suas obrigações. 
Precisamos dar suporte e condições para seus desenvolvimentos tanto 
no convívio escolar, social e familiar. 
O conhecimento de seus direito e de iniciativas das politicas públicas 
são os grande meios que os portadores de deficiências tem como base para 
conquistar uma vida mais digna. 
 
2 Desenvolvimento 
Falar de inclusão é falar em primeiro lugar de exclusão, pois para haver 
inclusão é porque já se foi excluido de algumas coisa ou lugar. Simplesmente, 
excluir é deixar de fora, tirar da sociedade aquele que nela não se encaixa, 
sejam quais forem os motivos. A estrutura social, desde os seus inicio de 
organização, sempre excluiu os considerados diferentes, marginalizando-os e 
os privando de liberdade. Ela determinou um padrão de pessoas para viver e 
conviver nela. 
A deficiência se dá de acordo com a existência de variações de algumas 
habilidades que podem ser qualificadas como restrições ou lesões. Há pessoas 
com lesões que não experimentam ou não se consideram deficientes, assim 
como existem pessoas com alguma expectativa de lesões que se consideram 
deficientes. 
A ideia de deficiência está relacionada a limitações naquilo que se 
considera como habilidades básicas para a vida social. A classifficação destas 
habilidades está ligada à mobilidade, ao uso dos sentidos, à comunicação, à 
interação social e à cognição. 
Levando em consideração o termo da Constituição Federal de 1988, o 
conteúdo sobre a inclusão social das pessoas portadoras de deficiência nos 
leva a entender o direito geral à igualdade, do princípio da dignidade humana, 
onde demonstra todos os direitos sociais assegurados no artigo 6º, da 
Constituição Federal de 1988. 
 
3 
 
“[...] De acordo com o Art. 6º, são direitos sociais a educação, 
a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, 
a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à 
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição.[...]” (BRASIL, 1988). 
 
O princípio da igualdade se apresenta como igualdade, perante todos os 
atos do poder público e não apenas perante a lei. Consiste em um princípio 
estruturante do Estado de Direito Democrático e do sistema constitucional 
global e implica que as decisões administrativas sejam tomadas segundo 
critérios objetivos de igualdade, ou seja, se agiu assim para um terá de agir do 
mesmo jeito para o outro, se os elementos de ponderação de ambos são 
iguais, obviamente que processado dentro da legalidade. Por isso, do princípio 
da igualdade é um direito subjetivo em favor do cidadão. Que é uma obrigação 
aos poderes públicos, sempre nos limites da legalidade (BOTELHOS, 
ESTEVES, PINHO, 2002). 
Observando assim, que existem leis onde tem dado base aos 
portadores de deficiencias não se sentirem diferenciado, mas a sociedade tem 
levantado grandes barreiras de aceitação para a realização destas pessoas no 
meio social. Dificultando a integração dos mesmos alegando que são pessoas 
totalmente dependentes e que não poderá existir a inclusão por serem 
considerados como anormais", levando os mesmos a uma exclusão 
envolvendo todos os familiares. Assim retirando seu direito de cidadão. 
Entendendo assim, que a lei não deve garantir ao portador de 
deficiência privilégios ou perseguições por ter suas necessidades, mas, sim 
serem tratados como cidadãos, no qual tem seus direitos e deveres, 
obedecendo a seus deveres e não retirando deles os direitos de interagir na 
sociedade. O qual tem sido uma porta que está sendo aberta não só no 
ambiente escolar como também fora dele. Deste modo não podemos julgar as 
pessoas conforme suas limitações e sim acreditar na capacidade de cada uma. 
Assim, tornando-os aptos a satisfazer os padrões aceitos no meio social 
quanto a inclusão e a modificação da sociedade como requisitos para o seu 
desenvolvimento e exercer a cidadania, onde representa uma ação ativa 
que vem envolver parte da sociedade que está excluída por falta de condições 
adequadas, ou seja, trazer para dentro de um conjunto alguém que já faz parte 
dele. 
4 
 
 
“[...]Segundo o Art. 205, a educação, direito e dever do estado 
e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da 
sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu 
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho. [...]” (BRASIL, 1988). 
 
 
O princípio da igualdade perante a lei é a diversificação, ou seja, 
oferecer meios diferenciados para cada indivíduo desenvolver suas habilidade 
tanto na visão educacional como social. 
Já o princípio fundamental da educação inclusiva é a valorização da 
adversidade e da comunidade humana. Quando a educação inclusiva é 
totalmente abraçada, nós abandonamos a ideia de que as crianças devem se 
tornar normais para contribuir para o mundo" (KUNC, 1992). 
Vivemos em uma sociedade onde existe grande resistência para 
aceitação da inclusão em ambiente escolar. Um dos motivos mais enfrentados 
é a insegurança dos pais, em passar a acreditar na capacitação do professor 
no cuidar e atender as necessidades de seus filhos. Onde o professor passa a 
ter uma grande responsabilidade no cuidar, educar e ajudar o aluno, retirando 
todos os obstáculos que atrapalhem no convívio e ajudando na interação com 
os demais alunos, mostrando que somos iguais e ao mesmo tempo diferente, 
cada um com suas limitações derrubando as barreiras de conceitos trazido do 
meio o qual convive. 
Outro motivo é a insegurança de todos que formam a equipe escolar 
colocando barreira para não aceitar a inclusão, onde, lembrando 
que exclusivamente não é o professor que põe obstáculos, às vezes acontece 
dos que formam a equipe escolar não concordar com a aceitação dos mesmos 
na escola, alegando da grande responsabilidade que serápara eles e quando 
acontece à inclusão acabam excluindo do meio inserido. Alegando que 
"observa-se com frequência, a dificuldade dos professores, nas suas falas 
carregadas de preconceitos e estigmas, frustrações e medo: "não sou capaz 
disso", "não sei por onde começar", "falta uma equipe técnica na escola", "a 
direção não entende", "vai prejudicar os outros alunos", "não vou beneficiar o 
aluno com deficiência", "a criança com deficiência sofre rejeição dos outros 
alunos", "preciso de assessoramento em sala de aula, tanto para os com 
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deficiência quanto para os de altas habilidades", ficamos angustiados e sem 
ação frente a esse aluno", "precisamos de pessoal qualificado que nos ajude a 
amenizar a angústia que temos ao trabalhar com eles", "o professor encontra-
se perdido quanto as forma e os jeitos adeguado para o tratamento de cada 
aluno com sua diferenças", "alunos e professores despreparados para aceitá-
los", "imposto pelo MEC às escolas tem que recebê-los", "quais as 
metodologias mais rápidas, eficientes e adequadas ao nosso aluno?"," 
necessitamos. 
“Treinamento específico”, "não somos preparados para atuar em todas 
as áreas", "como alfabetizar o deficiente? Como realizar prova diferente para o 
aluno especial?", que atitude tomar com a criança hiperativa se os outros 
alunos não aceitam o diferente? ", "o professor encontra-se perdido diante do 
aluno que precisa de uma atenção maior e tem que si devidir sozinho numa 
sala super-lotada", "como trabalhar esse aluno na parte psicológica? "", "os 
professores são despreparados para atender melhor o aluno especial". 
Esses são uns dos comentários vivenciados em várias escolas aqui na 
Cidade de Maceió - AL, pois muita escola do estado tem recebidos esses 
alunos não com boas vontades, pois a realidade é que faltam auxiliares de 
sala, quanto as escolas municipais ainda não existem auxiliares Projeto Futuro, 
não dando ao aluno muitas escolhas, e lembrando que nem todos têm direito a 
escola por falta de auxiliar de sala, dependendo das deficuldades de 
cada aluno. 
Palavras são expressões verbais de imagens construídas pela mente. 
Às vezes, o uso de certos termos, muito difundido e aparentemente inocente, 
reforça preconceitos. Além dessas falas, temos observado, o medo da 
mudança com a certeza do fracasso e medo da diferença onde se sentem 
ameaçados, os que provocam afastamento, o estigma e consequentemente o 
preconceito. O professor desconhece quem é este sujeito, suas possibilidades, 
seus desejos, suas dificuldades e limitações. 
Segundo Figueira, (1995), a comunidade o qual moro tem enfrentado 
grandes dificuldades de aceitação da inclusão, onde existem duas escolas, 
sendo uma do estado e a outra da prefeitura; quando os pais vão matricularem 
seus filhos na escola da prefeitura a equipe escolar põe a maior dificuldade em 
a aceitar esses alunos, alegando que tem que procurar a SEMED para os 
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mesmos requisitarem um auxiliar de sala, jogando a responsabilidade para os 
pais correrem atrás, e acabam sempre empurrando os mesmos para a escola 
do estado onde tem casos que são aceitos e outro tem que esperar a chegada 
de auxiliares de sala encaminhada pelo estado e esse aluno acaba ficando 
sem estudar e assim perdendo seu direito do comvivio escolar, voltando para o 
isolamento dos seus lares, retirando deles o direito a escola. 
Na escola Prof.º Liberalino Bonfim de Oliveira, localizada em Rio Novo 
em Maceió – AL, a realidade da escola é sempre a mesma ter nas turmas 
alunos especiais, mas, as vezes, sem a presença do auxiliar e sim só do 
professor, tendo turma com alunos especiais, mas tem muitos alunos e sem 
auxílio de nenhum profissional não é fácil lidar com a necessidade de cada 
um deles, mas sempre se tenta desenvolver atividades nas quais interagem 
uns com os outros. Mas, já aconteceu de alunos serem excluídos por causa 
das suas necessidades, precisando de um auxiliar de sala e por causa da 
demora de enviarem acabam esses alunos não podendo permanecerem em 
sala de aula. Sendo uma situação lamentável para eles e seus familiares. Mas, 
mesmo em meio a tantas divergências enfrentada temos vencido a exclusão. 
Na escola existe a sala de recurso. 
Esses alunos recebem um grande apoio, além da sala de aula, onde são 
atendidos por profissionais formados em PSICOPEDAGOGIA, como a 
preparação adeguada para suprir a necessidade do aluno, assegurando que os 
alunos terão acesso aos recursos que possam minimizar suas limitações, 
promovendo o desenvolvimento e aprendizagem. Lembrando que esse 
atendimento complementa na formação destes alunos com vista na autonomia 
e independência na escola e fora dela. Posteriormente, vem o momento onde 
estes alunos recebem uma boa preparação para haver a interação no ambiente 
social. Levando-os a acreditarem neles mesmo e estimulando a seus familiares 
a confiança de sua capacidade de interação na sociedade o qual convive. 
Cabe, portanto, à sociedade eliminar todas as barreiras físicas, 
programáticas e atitudinais para que possam ter acesso aos serviços, lugares, 
informações e bens necessários ao seu desenvolvimento pessoal, social, 
educacional e profissional." (SASSAKI, 2003, p. 47). 
Ao vencer esta grande barreira enfrentada depois da interação deste 
aluno no ambiente escolar, vem mais uma grande luta, que é a aceitação 
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destes na sociedade, onde os mesmos junto com seus familiares têm 
enfrentado maiores dificuldades, para envolvê-los no ambiente social, 
devolvendo a eles um direito que foi retirado deles, permitindo que tais pessoas 
sejam capazes de se interagir ou melhor falando se envolver com o 
desenvolvimento, pessoal, social e melhorar ainda nas suas expectativas 
profissionais, levando-os a acreditarem nas suas capacidades de se 
envolverem e desenvolverem no ambiente onde os mesmos forem interagidos. 
Consequentemente a inclusão escolar constituem uma nova 
perspectiva de vida que desejamos construir. Pois é na escola onde 
construimos e formamos uma nova sociedade, educando e preparando as 
crianças para as diferenças e diversidades, na construção de uma sociedade 
que possa desenvolver e adaptar-se para respeitar e aceitar as diferenças de 
cada cidadão. Esta sociedade na qual todos se empenhem em buscar o bem-
estar de toda a população, permitindo, inclusive, que cada pessoa possa ter 
livre acesso em qualquer parte dos setores da sociedade. 
O futuro é uma dimensão que não pode ser esquecida, pois é preciso 
estar preparado para a rápida evolução tecnológica destes novos tempos, que 
influencia e modifica o processo educativo e a nossa relação com a construção 
do conhecimento. 
Para a estimulação da pessoa com deficiência, a tecnologia da 
informação é fundamental, pois a velocidade da renovação do saber e as 
formas interativas da cibercultura trazem uma nova expectativa de educação 
para essa clientela. É necessário, portanto, criar serviços e propostas 
educativas abertas e flexíveis que atendam às necessidades de mudanças. 
Explicitar como as cognições, no nível social, permitem a uma 
coletividade processar um dado conhecimento, veiculado pela linguagem, 
transformando-o numa propriedade impessoal, pública, permitindo seu 
manuseio e utilização de forma coerente com os valores e as motivações 
sociais da sociedade à qual pertence, foi mais um trabalho realizado por 
Moscovici (1994). 
Para ele, a Psicologia Social deve se interessar pela cognição social, 
isto é, pela criação, entre os seres humanos, das representações consensuais 
do universo. O autor pressupõe a existência de dois universos de 
conhecimentos reconhecidos pela sociedade: um em que a sociedade vê a si 
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mesma representada por especialistas em certas áreas do saber (físicos, 
psicológicos...) aos quais ela restringe o poder de falar sobre estes 
conhecimentos. De outro lado, reconhece a liberdade individual de seus 
membros se expressaremem diversas áreas do conhecimento (religião, 
política, educação...) e de se agruparem a partir de suas ideias em comum 
(ALEXANDRE, 2007). 
Assim, enquanto o saber científico é estruturado como um universo onde 
os integrantes só possuem acesso a partir do nível pessoal de qualificação, o 
mundo onde predomina o senso comum é integrado por todos, amadores ou 
curiosos, que compartilham ideias e interpretações do mundo. É sobre este 
universo consensual que Moscovici (1981) demarca a área de interesse da 
Psicologia Social, principalmente da cognição social, estudando a criação das 
representações consensuais. 
A Lei Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991, lei de contratação de 
Deficientes nas Empresas. Já a Lei nº 8213/91, lei cotas para Deficientes e 
Pessoas com Deficiência dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência 
e dá outras providências. 
A contratação de portadores de necessidades especiais, como frisa o 
Art. 93, a empresa com 100 ou mais funcionários está obrigada a preencher de 
dois a cinco por cento dos seus cargos com beneficiários reabilitados, na 
seguinte proporção: - até 200 funcionários - 2%; de 201 a 500 funcionários - 
3%; de 501 a 1000 funcionários - 4%; de 1001 em diante funcionários - 5%. 
Depois de enfrentarem as grandes barreiras da aceitação da inclusão 
em sala de aula, ele continua a enfrentar outra grande dificuldade que é o 
acesso ao espaços públicos adequados no meio social. Onde na realidade a 
sociedade não está preparada para receber tais pessoas acreditando que são 
pessoas que não deveriam terem saindo de suas casas para o mercado de 
trabalho por serem pessoas incapazes de se desenvolverem na função 
estabelecida pelas empresas o qual está sendo empregada. 
De acordo com Aranha (2001),as pessoas com deficiência eram 
consideradas fracas, incapazes e lentas, ou seja, aqueles que não 
correspondiam ao parâmetro de existência e produção seriam "naturalmente" 
desvalorizados por evidenciarem as contradições do sistema, desvendando 
suas limitações. 
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“[...] As representações sociais são “um conjunto 
de conceitos, frases e explicações originadas na vida diária 
durante o curso das comunicações interpessoais”[...] 
(MOSCOVICI, 1981). 
 
 
Segundo a definição apresentada por Jodelet (1984), são modalidades 
de conhecimento prático orientadas para a comunicação e para a compreensão 
do contexto social, material e ideológico em que vivemos. São formas de 
conhecimento que se manifestam como elementos cognitivos (imagens, 
conceitos, categorias, teorias), mas que não se reduzem apenas aos 
conhecimentos cognitivos. Sendo socialmente elaboradas e compartilhadas, 
contribuem para a construção de uma realidade comum, possibilitando a 
comunicação entre os indivíduos. 
Dessa maneira, as representações são fenômenos sociais que têm de 
ser entendidos a partir do seu contexto de produção, isto é, a partir das funções 
simbólicas e ideológicas a que servem e das formas de comunicação onde 
circulam (ALEXANDRE, 2004). 
Para observar essas pessoas, ou melhor, falando funcionários /patrões, 
fui ao comércio daqui de Maceió - AL observar a aceitação dos mesmos no 
ambiente social. Ao ir em uma loja e perguntar em LIBRAS se eles tinham uma 
bicicleta, um dos vendedores ficou a observar e não respondeu, foi lá no fundo 
da loja falou com outra pessoa e voltou com um copo d'água. 
Porém, a ideia de libertação implica o simples reconhecimento da 
existência do poder. Ela, necessariamente, aponta para o lócus aonde se 
instalam a força capaz de obrigar à sujeição, e a fragilidade, manifesta na 
incapacidade de desvencilhar-se da submissão. Ao definir esses polos, Freire 
identifica a oposição entre cativeiro, ou a privação do direito de escolha, e a 
libertação, o verdadeiro exercício da autonomia (GARRAFA, 2005). 
Dessa forma, assinala que os sujeitos sociais são, eminentemente, 
atores políticos, cuja ação pode tanto manter como transformar o status quo. A 
categoria libertação desvela as posições de poder e permite pressupor uma 
tomada de posição no jogo de forças pela inclusão social. 
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Então, ao ir em uma loja de brinquedos foi perguntado em libras se eles 
tinham dominó, ocorrendo um outro problema que não tinha ninguém 
preparado para atender, assim foi esperado cerca de 30 minutos para a 
revendedora voltar e quando voltou com a mão aberta pediu que esperasse um 
pouco e foi lá para trás e não voltou mais. Com essas experiências se pode 
refletir sobre as dificuldades que as pessoas com necessidades 
especiais enfrentam e o descaso e desvalorização. 
Após reflexões, ao ir em uma outra loja, foi observado que tinham 
funcionários com deficiência física, então foi aborda-lo para saber de sua 
experiência e ele disse que a função dele era embalador e que ele não tinha 
direito a uma promoção pois as empresas abrem as portas meramente por ser 
uma exigência da lei, mas ao mesmo tempo limitam eles excluindo-os, não 
dando direitos de crescerem na empresa. 
As empresas tem um compromisso de incentivar a diversidade, 
combater o preconceito e trabalhar para eliminar as diferenças, devem ser 
exemplos éticos que toda empresa deve buscar. Com isso as chances e 
oportunidades de trabalho se igualam e os diferentes se tornam iguais, fazendo 
com que possam desenvolver suas aptidões e talentos, podendo permanecer 
na empresa dentro de critérios de desempenho. No ambiente de trabalho o 
sentido de equipe é fortalecido incentivando o trabalho coletivo e as 
adaptações físicas do ambiente tendem a diminuir as deficiências e fazer o 
ambiente mais agradável para todos. 
Toda empresa, instituição e sociedade deve se preocupar em Dispor de 
todos os serviços, transporte e instalações de lazer e recreação (incluindo 
piscinas com rampas e/ou escadas acessíveis, vestiários, chuveiros e 
sanitários, parques, bibliotecas, anfiteatros, arenas ou ginásios etc.) acessíveis 
para pessoas com todos os tipos de deficiência, ao Dispor de um sistema de 
recrutamento e seleção de pessoal preparado para também atender as 
pessoas portadoras de deficiência. 
 Caminhando nessa linha as empresas estarão dando uma 
contribuição muito valiosa no sentido da inclusão das pessoas portadoras de 
deficiência e não trabalhando no sentido de sua marginalização. 
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 Para atingir a esses propósitos a empresa tem que promover uma 
mudança de postura, de valores e métodos que venham a facilitar a inclusão 
de pessoas portadoras de deficiência. 
Outro caso que tivemos a oportunidade de presenciar foi durante um 
estágio de técnico de enfermagem, o qual, um jovem gritando, fazendo um 
escândalo e os seguranças agarrando ele, pois sua mãe estava preenchendo 
sua ficha e ninguém o controlava, quando a mãe chegou próximo ele queria 
agredir a mãe e o médico veio ao encontro dele e não sabia se comunicar com 
o jovem, percebendo que o jovem era portador de necessidade auditiva e no 
hospital não existia ninguém capacitado de saber o que ela estava sentindo, 
quando menos esperávamos chegou uma jovem e começou a conversar com 
ele em LIBRAS, assim o jovem se acalmou e o médico conseguiu fazer a 
consulta junto com sua irmã. Podemos ver que em toda a sociedade 
precisamos de pessoas preparadas e qualificadas, em todas as áreas da 
sociedade, não apena nas escolas, mas, em todos os depatarmentos. 
Instituição são usada como mecanismos de fortalecedores desses 
direitos, tais como destinação de maiores verbas públicas para os projetos que 
atendam esse segmento e participação de entidades de defesa de deficientes e 
para deficientes nos processos decisórios de todas as áreas diretamente 
envolvidas no atendimento dessa população. 
O esporte é uma importante arma social para melhor desenvolvimento 
da da inclusão social, visando aproximar os povos e fazer com que estes 
exercitem não somente o corpo, mas também a mente, para que possam obter 
resultados mais expressivosna sua vida, seja ela profissional, estudantil ou 
dedicada ao lazer. A importância do esporte é reconhecida universalmente e 
sua prática raramente deixa de beneficiar o seu praticante, seja ele com 
qualquer tipo de deficiência, com uma boa saúde física e mental. Todos os 
esportes são bons e o seu uso depende de como praticá-lo com as limitações e 
cada participante.” 
A prática do esporte pode transformar as vidas de muitas pessoas 
portadoras de deficiências, estimulando a superação de barreiras e limitações e 
o crescimento das noções de solidariedade e respeito às diferenças. Quem 
pratica esportes tem a oportunidade de se tornar um cidadão melhor, porque 
12 
 
treina também para a vida, para exercer os seus direitos e compreender os 
seus deveres com disciplina e determinação. 
No esporte brasileiro são inúmeros os exemplos de superação, inclusão 
social e sucesso por meio do esporte. Muitas pessoas se destacaram mesmo 
com suas deficiências e limitações tranformado o esporte um veiculo de 
tranformação social. 
A mídia não pode ser esquecida, pois possui um papel fundamental na 
promoção de atitudes positivas no sentido da inclusão de pessoas portadoras 
de deficiência na sociedade. A criação de equipes de mediação de sistemas e 
a presença junto aos conselhos de defesa da pessoa deficiente, que mostrem 
ao governo, à sociedade e à mídia os acertos e desacertos da inclusão social e 
escolar e seus prognósticos para curto, médio e longo prazos, devem ser 
consideradas. 
A prática da desmarginalização de portadores de deficiência deve ser 
parte integrante de planos dos meios de comunicação, que objetivem atingir 
toda a sociedade para todos. A inclusão social traz no seu bojo a equiparação 
de oportunidades, a mútua interação de pessoas com e sem deficiência e o 
pleno acesso aos recursos da sociedade. Cabe lembrar que uma sociedade 
inclusiva tem o compromisso com as minorias e não apenas com as pessoas 
portadoras de deficiência. A inclusão social é, na verdade, uma medida de 
ordem econômica, uma vez que o portador de deficiência e outras minorias 
tornam-se cidadãos produtivos, participantes, conscientes de seus direitos e 
deveres, diminuindo, assim, os custos sociais. Dessa forma, lutar a favor da 
inclusão social deve ser responsabilidade de cada um e de todos 
coletivamente. 
Programas televisionados por portadores de deficiência e com 
tradutores em LIBRAS integra todos em uma sociedade mais justa e igualitária. 
Mas para compreender melhor o mundo que nós nos excluímos, 
acreditando que não é necessário se envolver, mas se todos observassem 
melhor iriam ver o quanto o mundo iria mudar se todos abraçassem as 
diferenças no meio social, como um problema de todos. Assim tornando-se 
verdadeiramente uma sociedade inclusiva e mais participativa, 
 
 
13 
 
3 Conclusão 
Vivemos em uma sociedade onde as diferenças são vistas como 
incapacidades e os diferentes como imperfeitos, portanto se fazem necessárias 
políticas públicas que garantam acesso, mas, principalmente, a permanência 
dessas pessoas na escola, no mercado de trabalho e em toda a sociedade. 
As dificuldades dos portadores de deficiência estão na falta de 
qualificação e preparação de pessoas que garantir sua inclusão e permanência 
dos mesmos no meio social, além do portador de necessidades passar por 
grandes constrangimentos. 
É de grande importância refletir sobre o verdadeiro conceito sobre 
sociedade inclusiva, preparando ações educativas, onde levará a sociedade a 
respeitar as diferenças, respeitando as dificuldades das pessoas com 
deficiência, acreditando na capacidade dos mesmos, eliminando todo 
preconceito, respeitando as diferenças e as potencialidades de todos. Levando 
todos a acreditarem que a inclusão não é um problema só do portador de 
necessidade e seus familiares e sim de todos. 
Para tanto, além de leis voltadas para as pessoas com deficiências, se 
faz necessário buscar opções de sua aplicação, onde ocorra uma grande 
motivação e diferencial de mercado a qualificação das pessoas e 
conscientização para que em todo os meios sociais tenham profissionais 
qualificados e serem humanos sensibilizados que busquem seus direitos, 
através da aplicação das políticas públicas aplicáveis no dia a dia dessa 
sociedade. 
Para se tornar eficaz, primeiramente tem que fazer um levantando das 
características históricas do local e de sua realidade, pois à partir dessas 
informações que irá de forma local se planejar as ações para que no futuro se 
tornem ações nacionais. 
Nesse contexto, precisamos conscientizar toda a população brasileira, 
desde nossas crianças a conviver e saber lidar com pessoas com deficiências 
físicas, não é excluindo ou escondendo como se fazia antigamente, e sim, 
primeiramente aceitando a limitação e todos inseridos na sociedade, seno 
tratados de forma igual. 
 
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	UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Orientações para a inclusão. Garantindo o acesso à educação para todos. Paris:2005.

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