Buscar

AÇÃO DIRETA I - D C P - FRANCIELE M M (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 
 
 
PARTIDO POLITICO SIGMA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no 
CNPJ sob nº **************, e-mail ******@*****, com sede em rua ******, n°**, bairro 
******, na Cidade ****** , Estado *******, CEP *******, vem, respeitosamente à presença de 
Vossa Excelência, por intermédio de sua procuradora (Procuração Anexa), Franciele Maria 
Minosso, OAB/PR *****, com endereço profissional na rua ***, n°***, São Miguel do Iguaçu, 
estado do Paraná, com fundamento no artigo 102, inciso I, “a” da Constituição Federal e a art. 
10 da Lei nº 9.868/99, propor: 
 
AÇÃO DIRETA DE INSCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO DE 
CAUTELAR 
 
Em face de Assembleia Legislativa do Estado Alfa da Lei “X”, com fundamento no 
Art. 102, inc. I, "a", da Constituição Federal e na Lei nº 9.868/99, pelos fundamentos que serão 
apresentados: 
 
I - DA LEGITIMIDADE ATIVA 
 
Com base na previsão expressa do Art. 103 da Constituição Federal, replicada pelo Art. 
2º da Lei nº 9.868/99, o postulante é legitimado para propor a ADI. 
 
II - DA LEGITIMIDADE PASSIVA 
 
Por se tratar de um lei promulgada pela Assembleia Legislativa do Estado Alfa, fica 
claramente evidenciada a legitimidade passiva. 
 
III - DOS FATOS 
 
Refere-se a Lei “X”, que prevê uma minirreforma política, direcionando as eleições 
seguintes para os cargos de Deputado Estadual. . 
 
 
 
Ao sancionar a Lei "X", o Autor, como possui representantes no Congresso Nacional, 
irá sofrer grandes prejuízos com a entrada em vigor da Lei "X", decidindo por deliberação de 
seu diretório, vir a ingressar com a presente medida judicial. 
 
IV - DA INCOSTITUCIONALIDADE DA LEI 
 
Ocorre que o inteiro teor da lei afronta gravemente direitos fundamentais previstos na 
Constituição Federal, conforme: 
(...)Art. 3°. dispunha sobre as distintas formas de exercício de cidadania no território do 
respectivo Estado. 
A Constituição federal prevê expressamente que afronta a competência privativa da 
União para legislar sobre cidadania, conforme dispõe o Art. 22, inciso XIII, da CRFB/88: 
Art. 22.Compete privativamente à União legislar sobre: 
XIII- nacionalidade, cidadania e naturalização; 
A Lei “X”, mais especificamente nos Art's 1º, 2º e 4º, viola a competência privativa da 
União para legislar sobre direito eleitoral, havendo vício de inconstitucionalidade formal nos 
preceitos referidos, conforme dispõe o Art. 22, inciso I, da CRFB/88. 
Portanto, diante da manifesta inconstitucionalidade, o provimento da presente ADI é medida 
que se impõe. 
 
V - DO PEDIDO CAUTELAR 
 
Nos termos do Art. 10 a Lei 9.868/99, "Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação 
direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 
22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que 
deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias." 
No presente caso tais requisitos são perfeitamente caracterizados, vejamos: 
A RELEVÂNCIA DA MATÉRIA resta caracterizada diante da demonstração 
inequívoca da inconstitucionalidade da referida norma e dos impactos da patente 
inconstitucionalidade demonstrada nos fundamentos de mérito. 
Assim, conforme destaca a doutrina, não há razão lógica para aguardar o desfecho do 
processo, quando diante de direito inequívoco: 
"Se o fato constitutivo é incontroverso não há racionalidade em obrigar o autor a 
esperar o tempo necessário à produção da provas dos fatos impeditivos, modificativos 
 
 
 
ou extintivos, uma vez que o autor já se desincumbiu do ônus da prova e a demora 
inerente à prova dos fatos, cuja prova incumbe ao réu certamente o beneficia." 
(MARINONI, Luiz Guilherme. Tutela de Urgência e Tutela da Evidência. 
Editora RT, 2017. p.284) 
Já a URGÊNCIA fica caracterizada pela realização da próxima eleição dentro de três 
meses, momento em que a Lei “X” será aplicada, ou seja, tal circunstância confere grave risco 
de perecimento do resultado útil do processo, conforme leciona Humberto Theodoro Júnior: 
"um risco que corre o processo principal de não ser útil ao interesse demonstrado 
pela parte", em razão do "periculum in mora", risco esse que deve ser objetivamente 
apurável, sendo que e a plausibilidade do direito substancial consubstancia-se no 
direito "invocado por quem pretenda segurança, ou seja, o "fumus boni iuris" (in 
Curso de Direito Processual Civil, 2016. I. p. 366). 
Cabe assim destacar que o presente pedido NÃO caracteriza conduta irreversível, não 
conferindo nenhum dano ao réu . 
Com base nas circunstâncias, é inegável a existência de fundado receio de dano 
irreparável, sendo imprescindível a SUSPENSÃO IMEDIATA dos efeitos da referida norma, 
nos termos do Art. 300 do CPC. 
 
VII - DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
 
Diante de todo o exposto, requer seja: 
1. A concessão da medida cautelar para suspender os efeitos de Lei “X”; 
2. A intimação da Assembleia Legislativa do Estado Alfa para prestarem informações 
sobre o mérito da presente Ação, no prazo legal; 
3. A procedência do pedido, para que a referida norma seja declarada inconstitucional. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Franciele Maria Minosso 
OAB/PR ***.***

Outros materiais