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Introdução à Patologia e Adaptação Celular

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MARÍLIA ARAÚJO – P3 MEDICINA 
 
Introdução à Patologia e Adaptação Celular 
 
• A patologia estuda as doenças; tudo o que acontece nas doenças, todos os seus aspectos, como começa, se 
desenvolve, como o corpo responde. Ao observar o tecido, o patologista vai dizer qual a doença que está 
presente. 
• Estudo das alterações estruturais e funcionais nas células, nos tecidos e nos órgãos do organismo que 
causam ou são causadas pela doença. 
 
ASPECTOS DA DOENÇA – PILARES DA PATOLOGIA 
 
• Etiologia – o que causa a alteração: em um resfriado, por exemplo, é um vírus. Na patologia, o termo “causa” 
é chamado de “etiologia”: a etiologia é a causa da doença. 
• Patogenia – quais eventos ocorrem: o que ocorre durante o desenvolvimento da doença. No resfriado, 
por exemplo, ocorre primeiro a entrada do vírus no organismo, depois ele se instala em algum tecido (células 
respiratórias), depois destrói as células, podendo ocorrer a cura ou o óbito. O óbito é o cume, ápice de toda 
doença. O tecido que o patologista pega é o de um momento da doença; então ele tem que saber e entender 
os momentos, todas as etapas da doença, para identificar o ponto em que ela está. 
• Alterações morfológicas – quais alterações: saber que alterações ocorrem em cada uma das etapas da 
doença. Alterações morfológicas das células e dos tecidos. Saber como elas acontecem e por que elas 
ocorrem, de forma que a compreensão do processo ajuda no processo de intervir nele. 
• Manifestações clínicas – quais consequências: o patologista entende todo o processo da doença. Deve 
compreender o que o paciente mostra quando há um edema, por exemplo. Entende as manifestações 
clínicas apresentadas pelas doenças, saber quais são os sinais e sintomas que o paciente apresenta. 
 
ASPECTOS DA DOENÇA 
Etiologia – causas. 
• Agentes biológicos, físicos e químicos, herança genética e excessos ou déficits nutricionais; 
• Predisposição genética + eventos gatilhos; 
• Intrínsecos x adquiridos. O câncer, por exemplo, é uma das doenças em que não se pode definir a etiologia, 
apenas indicar as possíveis. Não é porque não sabe qual a causa que não sabe o processo, alterações, 
manifestações e significado clínico. Muitas doenças não têm fatores intrínsecos ou extrínsecos que serão os 
responsáveis pela doença. 
 
OBS: Fatores de risco: são fatores que predispõem a uma doença (é diferente de etiologia). Ex: Cigarro é um fator de 
risco e não etiologia, pois existem pessoas que fumam a vida inteira e não desenvolvem doenças. 
OBS: Agentes diferentes: no mesmo órgão. Único agente: doença em diferentes órgãos. Origem multifatorial: 
câncer, doenças cardíacas 
 
Patogenia – respostas das células ou tecidos ao agente etiológico. 
• Sequências de eventos que ocorrem nas células e tecidos do contato inicial com o agente etiológico até a 
última expressão da doença 
• Seu objetivo é saber em que fase a doença está 
• Na aterosclerose, a progressão de um processo inflamatório de uma camada de gordura até a lesão 
provocadora da oclusão do vaso, representa a patogênese da doença. 
 
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS 
• Mudanças macro e microscópicas 
• Grandes limitações 
• Existem alterações no tecido que são muito similares entre as doenças. Por exemplo, uma célula com acúmulo 
de proteína tem algo que pode ocorrer em várias doenças; precisa-se de outras informações para chegar ao 
diagnóstico. Não adianta estudar um só aspecto da doença, por ele só não define o diagnóstico, tratamento e 
MARÍLIA ARAÚJO – P3 MEDICINA 
 
prognóstico. → durante a análise, as alterações morfológicas precisam ser somadas com as manifestações 
clínicas 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• Alterações estruturais e funcionais; 
• Sintomas: queixa subjetiva sentida pelo paciente (dor, tontura); 
• Sinal: manifestação percebida por um observador (febre, edema, tosse); 
• Relacionadas com o distúrbio principal ou às tentativas de compensação do organismo → Ex. Diminuição da 
troca gasosa e aumento da frequência respiratória. 
• São as consequências de toda a patogenia da doença 
 
RESPOSTAS CELULARES AO ESTRESSE E ADAPTAÇÃO CELULAR 
 
Adaptações celulares – novo estado de estabilidade. 
• As células alteram seu estado normal, sua homeostase, que pode ocorrer por doença ou motivo fisiológico. 
Elas podem se adaptar a novos ambientes (patológicos ou fisiológicos). As células se adaptam de formas 
diferentes, de acordo com o estímulo que vier 
• Quando uma célula normal recebe um novo estímulo, seja ele qual for, vai criar uma nova situação, isso é 
chamado de estresse celular 
• Quando a célula consegue se adaptar, ela se modifica, mas continua funcional, sua dinâmica é preservada 
• Um estímulo nocivo é quando por algum motivo a célula não consegue se adaptar a uma nova situação, 
causando lesão celular 
 
Fisiológicas x patológicas 
• Tipos diferentes de células têm níveis de adaptação diferentes; há células muito mais resistentes a novos 
ambientes, que podem ser fisiológicos (“normais”, como na puberdade, que é um novo ambiente natural com 
um boom de hormônios) ou patológicos (alterações que vêm de um processo patológico). 
• Tem células muito sensíveis (neurônios tem um nível de adaptação muito pequeno – depois de 3 minutos sem 
oxigênio morre; célula cardíaca só morre depois de 15 minutos sem oxigênio). O tipo celular diz a capacidade 
de adaptação. Outro fator que indica essa capacidade é o tempo de exposição. Vai se readaptando ao 
tempo mais alongado. Além deles, a intensidade do estímulo também é importante: se for muito intenso, 
pode causar lesão e a morte da célula; se o estímulo for muito intenso, pode passar rapidamente da 
adaptação para a morte celular. 
• Capacidade de adaptação: depende do tipo celular, do tempo de exposição e da intensidade do estímulo. 
Também depende da nutrição da célula, da idade, do estímulo hormonal, etc. 
 
Reversibilidade 
• A adaptação celular é reversível; enquanto a célula está adaptando, caso seja retirado o estímulo, ela volta 
ao normal. Toda adaptação é reversível; mas, quando passa do limite da adaptação, deixa de ser 
MARÍLIA ARAÚJO – P3 MEDICINA 
 
reversível e chega à morte celular. Ex.: quando falta ATP, começa a acumular água, fica edemaciada, e 
depois que o ATP volta, ela torna ao normal; caso continue faltando ATP, chega a um limite em que deixa de 
ser adaptação e passa a ser irreversível. 
• O núcleo condensar e a células aumentarem de tamanho são exemplos de adaptações. 
• Toda célula se adapta a um ambiente fisiológico ou patológico e essa adaptação tem um limite. Ela faz isso 
para sobreviver, para manter o tecido vivo; se não pudesse fazer isso, morreria com qualquer alteração 
do ambiente. 
• Com a incapacidade de se adaptar, a célula vai passar por lesão celular. Quando a célula começa a se alterar 
tem um limite, mesmo que retorne as condições normais, se a célula passar desse limite não tem mais solução, 
será encaminhada para necrose ou apoptose 
 
Lesão celular 
• Função reduzida; 
• Isquemia (falta de oxigênio); 
• Toxinas; 
• Traumas; 
• Reações imunes; 
• Substâncias químicas; 
 
ADAPTAÇÃO CELULAR 
 
• Quatro tipos: hiperplasia, hipertrofia, atrofia e metaplasia. 
-Aumento da demanda (hiperplasia e hipertrofia). 
-Redução de nutrientes (atrofia). Nutrientes não se restringe a ATP, pode ser mineral também. 
-Irritação crônica (metaplasia). Metaplasia é a mudança do tipo celular quando há uma irritação crônica. 
• Todas essas adaptações têm um limite, a partir do qual a lesão fica irreversível e a célula entra em morte. 
• Hiperplasia aumenta o número de células: para responder à demanda aumentada, elas se multiplicam, ocorre 
proliferação celular. A hipertrofia aumenta o tamanho da célula. A atrofia é a diminuição do tamanho e da 
função da célula. A metaplasia altera a diferenciação celular. 
• As respostas adaptativas também incluem acúmulos intracelulares em quantidade anormal 
 
OBS: Displasia - lesãocelular x adaptação (depende do livro) → reversível 
 
HIPERPLASIA 
 
• Aumenta o número de células e consequentemente o volume do tecido/órgão. 
• Para a célula se multiplicar, tem de ter capacidade de sintetizar DNA. Algumas células não têm capacidade 
de sintetizar DNA, de proliferar: são os neurônios e as células musculares. Há um aumento de demanda e elas 
proliferam. 
• Retardo da apoptose é uma outra via para a hiperplasia. Reduzir a taxa de renovação, de modo que é um 
mecanismo que pode ser usado de forma “paralela” para aumentar o número de células. 
• Pode ser fisiológica ou patológica. 
-Hiperplasia por causa biológica/natural: 
-Hormonal (hormônios como fator de crescimento), como a mama na puberdade e na gravidez; ou 
-Compensatória (após dano ou ressecção parcial), a partir de células remanescentes ou células-tronco. Fígado 
e rim são exemplos. Se o estímulo acaba, elas param de se multiplicar. 
 
-Hiperplasia por causa patológica: 
-Resposta à estimulação excessiva (hormônios ou fatores de crescimento fora da normalidade). 
-Anormais, mas sob controle. 
-Reversível. 
-Hiperplasia do endométrio (estrógeno) 
 
MARÍLIA ARAÚJO – P3 MEDICINA 
 
OBS: O processo de hiperplasia patológica não deve ser confundido com câncer, pois na hiperplasia continua com 
as funções normais (no câncer perde), além de que é uma proliferação controlada (no câncer é descontrolada, 
não tem limite), ela tem um limite, e no câncer ela não responde a nada. Um exemplo é a hiperplasia no endométrio, 
por aumento da produção de estrógeno, que acaba causando a endometriose. Na hiperplasia atípica da mama: risco 
4x maior de carcinoma ductal in situ ou câncer de mama invasivo. Também é outro exemplo de hiperplasia a próstata, 
que aumenta de tamanho no processo de envelhecimento (processo fisiológico normal); mas há um limite, e então 
quando sofre um processo de proliferação aumentada é que entra no processo patológico. O antígeno (proteína 
produzida pelas células da próstata - PSA) prostático é produzido em menor quantidade quanto mais jovem o homem 
é; então se o PSA for maior do que a normalidade, quer dizer que o número de células está muito maior. 
OBS: Muitas vezes a hiperplasia vem acompanhada da hipertrofia. 
OBS: Uma pessoa que fuma e tem câncer de pulmão, se ela parar de fumar o câncer não regride, pois além de 
descontrolado ele é irreversível mesmo que retire o estímulo, diferente da hiperplasia patológica 
OBS: A hiperplasia patológica em alguns casos pode ser a etapa inicial do processo neoplásico 
 
HIPERTROFIA 
 
Aumento do tamanho da célula. Em consequência, aumenta também o volume do tecido/órgão. Não tem 
células novas, só ficam maiores. Há a síntese de componentes estruturais (células musculares → mais filamentos 
de actina e miosina, enzimas celulares e ATP) para que aumente esse tamanho, pois ela precisa trabalhar mais, então 
produz novas organelas para dar conta desse trabalho. A relação núcleo/citoplasma é proporcional. Síntese proteica 
(transcrição gênica) muito alta para poder aumentar o volume celular → produção de mais RNA 
Sinalização complexa: depleção de ATP, forças mecânicas (alongamento das fibras), produtos de 
degradação celular e fatores hormonais 
Os fatores limitantes da hipertrofia continuada → limitação no fluxo sanguíneo 
Comum em tecidos que não se dividem: cardíaco, nervoso, muscular. (Estudo recente: o neurônio tem 
capacidade de se dividir, mas leva 100 anos; células musculares têm a capacidade de multiplicar. Não são estudos 
consolidados, então se cair em prova coloca que não divide). 
 
Fisiológica ou patológica. 
Academia/exercício é alvo de discussão sobre se seria fisiológica ou patológica. 
-Fisiológica: aumento de demanda, então as células aumentam de tamanho. Há sempre a reversibilidade. 
Coração no crescimento e na gravidez são exemplos. O coração na gravidez nunca aumenta ao ponto de causar 
insuficiência cardíaca. 
-Patológica: A demanda continua aumentando, mas pode passar para o limite do irreversível. Corre o risco de 
passar do limite. Exemplos relativos ao coração são a doença de Chagas, aumento da pressão arterial sistêmica e a 
hipertensão crônica (aumenta demanda e ele aumenta de tamanho). Sempre tem o risco de passar do limite e causar 
insuficiência (o aumento é limitado e por isso não compensa a demanda, levando à insuficiência). 
 
MARÍLIA ARAÚJO – P3 MEDICINA 
 
 
 
A intensidade do estímulo também é importante: se for muito intenso, pode causar lesão e a morte da célula. 
Se o estímulo for muito intenso, pode passar rapidamente da adaptação para a morte celular. Isso também interfere na 
capacidade de adaptação da célula. 
 
OBS: Célula cancerígena aumenta de tamanho e o núcleo fica enorme, muito grande, e com tecido heterogêneo. Na 
hiperplasia e na hipertrofia, o aumento ocorre de forma proporcional. Citoplasma aumenta e núcleo também aumenta. 
 
 
ATROFIA 
 
Redução do tamanho das células. Demanda é diminuída, não adianta reduzir só a água, então degrada 
as organelas, reduzem excesso de proteína e seu tamanho. Há redução quantitativa dos componentes 
estruturais e funcionais celulares, além de desequilíbrio entre síntese e degradação proteica: para solucionar 
isso, pode aumentar a degradação das organelas ou parar a síntese proteica. 
Função de remanejar energia para células que precisam. 
Atenção! Quando há redução da hipertrofia para o normal, não há atrofia! 
 
É reversível. 
 
Fisiológica ou patológica. 
-Fisiológica: envelhecimento é um exemplo. Na maioria dos órgãos, é natural que as células atrofiem com o 
envelhecimento. Útero após a menopausa diminui de tamanho, pois pára de chegar a carga hormonal que o 
MARÍLIA ARAÚJO – P3 MEDICINA 
 
estimula, então entende que não tem mais utilidade e reduz de tamanho para não gastar energia, economizando 
para outros órgãos. 
-Patológico: paralisia é um exemplo. A substituição por fibrose é que acaba tornando irreversível: membros 
deformados porque há atrofia de células musculares, que são substituídas por fibrose. Não tem mais célula para 
voltar (houve apoptose). Outro exemplo é a doença celíaca. A presença do glúten (estímulo químico) causa a atrofia 
das vilosidades do intestino, o que causa problema para a absorção de nutrientes no intestino. Diferente das células 
musculares, quando pára de expor as células ao glúten, mesmo por um prolongado período de tempo, elas podem 
voltar ao normal: há tipos de células musculares que podem voltar ao estado normal mesmo após muito tempo 
atrofiados. 
ELA é outro exemplo: atrofia dos neurônios; não é reversível porque a doença não tem cura, mas, se a doença 
tivesse cura, o processo seria reversível; o neurônio é sensível, então resiste pouco tempo à atrofia. Na verdade, não 
volta ao normal porque não tem cura para a doença, mas, se parar de se expor, reverte. Tem um limite! 
 
O mesmo tecido pode ter células em diferentes graus ao mesmo tempo. Pode-se identificar o tempo pelo 
qual o processo está acontecendo pelo número de células no estado, pois evolui célula a célula. Ajusta-se 
gradativamente. 
 
Causas da atrofia 
-Desuso (não necessariamente por acidente); 
-Desnervação; 
-Diminuição do fluxo sanguíneo (diminui o aporte nutricional e de oxigênio); 
-Nutrição inadequada; 
-Perda ou diminuição da estimulação hormonal (exemplo do útero); 
-Senilidade; 
-Compressão (falta de espaço: as células “respeitam” as outras, então, para que não precisem morrer para 
caber num espaço menor, diminuem; quando existe tumor ao lado, elas atrofiam e, caso seja retirado o tumor, elas 
retornam ao tamanho). 
 
METAPLASIA 
 
É a mais complexa. Corresponde à mudança de um tipo de célula adulta em outra da mesma linhagem. 
Cada tecido tem sua célula-tronco, responsável pela produção de determinada linhagem. Na metaplasia, ocorre uma 
reprogramação das células-tronco, como no exemplo clássico da laringe dos fumantes: a presença da exposiçãode 
forma crônica causa, no tecido ciliado, a produção de um novo tipo de célula mais resistente às substâncias químicas, 
de forma que a célula-tronco se reprograma e passa a produzir células pavimentosas. Como isso é uma reprogramação 
genética, torna mais apto a ocorrer desdiferenciação da célula: por isso que a metaplasia é o primeiro passo do 
processo neoplásico/de carcinogênese, pois qualquer coisa pode implicar o erro genético (mexe na região do 
DNA que programa o processo de desdiferenciação). É a primeira etapa, mas tem muitos fatores variáveis que 
influenciam. 
Ocorre em resposta à irritação crônica. É uma resistência ao estresse. 
A persistência do estímulo induz a transformação maligna do epitélio metaplásico. 
Reversível, mas existe um limite. 
A função da metaplasia é resistir, mas acaba criando outro problema, pois a função original da célula é 
comprometida. 
MARÍLIA ARAÚJO – P3 MEDICINA 
 
 
OBS: Célula epitelial muda para outro tipo de célula epitelial, mas não para célula de tecido conjuntivo, por exemplo 
 
Exemplo de metaplasia é o esôfago de Barrett, que ocorre em caso de refluxo. A presença de ácido causa a 
reprogramação das células esofágicas para um tipo celular que é muito mais resistente. Resolve o problema da 
exposição à acidez, mas causa outro, pois perde a motilidade. Modifica o tipo celular. 
 
 
 
 
 
OBS: Displasia é quando a metaplasia perdura. São células não diferenciadas que começam a surgir no tecido 
OBS: Na anaplasia as células estão desdiferenciadas e começam a se proliferar descontroladamente. Quanto mais 
desdiferenciado, mais agressivo o tumor será. 
OBS: Nem toda célula cancerígena veio obrigatoriamente de um processo metaplásico. Nem toda metaplasia vai 
chegar ao nível de anaplasia.

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