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Adaptações Celulares

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Léo Morato Luize – Medicina UFMS CPTL – Turma VII 
 ADAPTAÇÃO CELULAR 
É a capacidade da célula de se adaptar às alterações do seu meio ambiente e sobreviver em 
condições adversas mantendo a homeostase do organismo. Exemplo do miócito, célula que atua 
na formação de músculos, que ao se sobrecarregar se adapta sofrendo hipertrofia: 
 
Adaptações no tecido epitelial 
 
 
 Natureza dos Estímulos 
 
 Resposta dada pela célula 
 
Aumento na demanda, aumento do estímulo (fator 
de crescimento, hormônios, sobrecarga) 
 
 
Hiperplasia ou/e Hipertrofia 
 
 
Redução de nutrientes e redução do estímulo 
 
 
 
Atrofia 
 
Irritação crônica (física ou química) 
 
Metaplasia 
Léo Morato Luize – Medicina UFMS CPTL – Turma VII 
ENTENDIMENTOS FUNDAMENTAIS DAS ADAPTAÇÕES CELULARES 
Ainda que as células estejam constantemente se adaptando, existe um certo limite para esse 
processo. Fatores como a disponibilidade de nutrientes, a oxigenação do tecido e a demanda 
energética são cruciais para que seja possível ocorrer adaptação celular. Além disso, como as 
células trabalham coletivamente, quando uma delas cresce muito em detrimento a outra ou acaba 
alterando excessivamente sua estrutura morfofuncional, problemas podem acontecer. 
Quando as células atingem o “limite da adaptação” mas ainda assim estão sujeitas a estímulos 
nocivos surge uma lesão celular, que pode ser reversível ou não. 
 
HIPERTROFIA X HIPERPLASIA 
Tanto a hipertrofia, assim como a hiperplasia, geram um aumento no volume do tecido, entretanto, 
por motivos diferentes. Hipertrofia é o aumento do volume do tecido pelo crescimento das células 
preexistentes, não surgem novas. Já a hiperplasia é o aumento do volume do tecido pelo aumento 
no número de células. É possível que as duas adaptações coexistam no mesmo tecido 
 
 
 
 
HIPERTROFIA – FISIOLÓGICA E PATOLÓGICA 
A hipertrofia fisiológica ocorre em certos órgãos e em determinadas fases da vida como 
fenômenos programados, como a musculatura uterina durante a gravidez, a musculatura do 
coração durante aumento na pressão arterial e o exercício físico. Já no caso das hipertrofias 
patológicas, o aumento do volume do tecido ocorre por consequência de estímulos variados, como 
fatores de crescimento ou ação de hormônios. Em ambos os casos a hipertrofia acontece 
porque a célula passa a sintetizar e incorporar mais componentes do que o habitual 
 
Sobre a hipertrofia patológica, esse processo se divide em 3: 
Léo Morato Luize – Medicina UFMS CPTL – Turma VII 
1- Seletiva: acontece a nível molecular, caso de organelas específicas como o Retículo 
Endoplasmático Liso, o qual possui função de detoxificar a célula. Quando acontece a hipertrofia 
nessa situação, a célula otimiza e amplia a sua capacidade de metabolizar substancias. 
 2- Adaptativa: ocorre por exemplo na parede da bexiga quando ocorre alguma obstrução na 
passagem de urina - para impedir o estouro da bexiga 
3- Compensatória: ocorre, geralmente, quando um órgão ou tecido se sobrecarrega por carência 
da ação de seu correspondente – quando há. Exemplo dos rins, que na ausência de um, o outro 
aumenta de tamanho para compensar a falta 
 
HIPERPLASIA – FISIOLÓGICA E PATOLÓGICA 
A diferença entre a hiperplasia patológica e a hiperplasia fisiológica é que na patológica ela 
decorre de um estímulo excessivo e na fisiológica ela decorre para atender às necessidades do 
organismo. 
A hiperplasia fisiológica é um aumento da capacidade funcional quando necessário, como é o 
caso da liberação de hormônios que induzem as glândulas mamárias a crescerem, induzindo que 
a gestante esteja preparada para amamentar quando for o momento (hiperplasia fisiológica 
hormonal). Também existe o caso de lesões mais graves ou perda de parcelas maiores de 
tecido, nesse caso as células restantes sofrem proliferação celular para repor o que foi perdido 
(hiperplasia fisiológica compensatória) 
A maioria das formas de hiperplasia patológica é causada pela estimulação excessiva 
das células alvo por hormônios – desequilíbrio hormonal - ou por fatores de crescimento 
 
ATROFIA – FISIOLÓGICA E PATOLÓGICA 
Atrofia é a diminuição do tamanho das células e geralmente na quantidade delas também. 
Atrofia fisiológica pode ser exemplificada pela involução do útero pós gravidez, é um processo 
para economia de nutrientes e energia 
 
Atrofia patológica pode ser local ou generalizada 
1. Redução de carga de trabalho – lei do uso e do desuso 
2. Perda de inervação – músculo perde a capacidade de receber comando 
3. Diminuição no suprimento sanguíneo – isquemia 
4. Nutrição inadequada – nessa situação, as moléculas nutricionais que existem no 
organismo são destinadas à geração de energia, gerando carência pra parte estrutural 
5. Perda na estimulação endócrina 
6. Pressão – tumor causando pressão em tecidos saudáveis 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula
Léo Morato Luize – Medicina UFMS CPTL – Turma VII 
METAPLASIA 
Uma célula adulta passa a adquirir características de outro tipo de célula adulta. Pode se 
desenvolver em tecidos expostos a prolongados traumatismos ou a irritações crônicas. 
Entretanto, é válido ressaltar que a célula adquire novas características mas não altera o seu tipo 
celular, uma célula do tecido epitelial não pode se transformar em uma do tecido conjuntivo 
Exemplo do caso dos fumantes: uma célula epitelial colunar ciliar (presente no muco nasal) sofre 
alteração para uma célula epitelial estratificada pavimentosa, dessa maneira o organismo alcança 
uma maior proteção às substâncias químicas e à fumaça derivada do cigarro, mesmo que perca 
os cílios do muco nasal 
 
A metaplasia pode ser perigosa pois cria um ambiente propício para modificações no organismo 
de caráter maligno, entretanto, isso não quer dizer que a metaplasia seja uma adaptação 
precursora do câncer. Assim que o estimulo para de ser emitido, a célula volta ao seu estado 
original 
 
 
DISPLASIA 
Alguns autores consideram esse processo como pré-neoplásico – que induz a neoplasia, uma 
proliferação desordenada (tamanhos e organizações diferentes) de células que pode gerar um 
tumor beligno ou maligno – mas outros ainda consideram como um processo adaptativo, mesmo 
que poucos. Nesse resumo considera-se a displasia como um quadro potencialmente reversível, 
mas isso não quer dizer que seja um processo adaptativo, já que não são todos os casos que são 
revertidos, isto é, não são todos os casos em que a célula se altera e depois volta ao seu estado 
primitivo. 
Ao realizar o Papanicolau, tendo contato com o epitélio uterino, pode ser encontrado algum grau 
de displasia. Se a displasia for pouco significativa – não ter um aumento muito grande na 
quantidade de células – o tecido pode retornar ao seu estado primitivo, mas caso a displasia 
tenha um grau de intensidade maior, pode evoluir para um câncer 
 
É muito mais comum uma displasia evoluir para um câncer do que uma metaplasia fazer o mesmo.

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