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ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS o A parede lateral apresenta projeções voltadas para dentro da cavidade, estas são chamadas conchas nasais. Na imagem, é possível visualizar 2 pares de conchas nasais, a inferior que fica próxima à maxila e a média que está próxima ao osso nasal. Ainda existe um terceiro tipo de concha nasal, denominado de concha nasal superior, que é menor e está deslocado mais posteriormente e nesta figura não é possível identificá-lo. DICA PARA AULA PRÁTICA: Quando você ver a parte irregular da cavidade nasal, o que está sendo estudado é a parede lateral da cavidade. Quando você ver a parte plana/reta da cavidade nasal, está estudando a parte medial da cavidade nasal. o Osso etmoide: é um osso do crânio que está presente tanto no nariz quanto na órbita. ▪ Labirinto é a parte que fica dentro da órbita e ela é toda irregular. Ele tem uma parede lateral e uma parede medial e é esta que delimita a cavidade nasal. Então, a parede medial do labirinto emite para dentro da cavidade nasal 2 projeções: da concha nasal superior e da média. A concha nasal inferior não é projeção do osso etmoide. ▪ Os dois labirintos são unidos por uma lâmina de onde sai duas projeções, uma para dentro do crânio e outra para dentro do nariz. Essa projeção é importante e é chamada lâmina perpendicular do etmoide, que é um dos ossos do septo nasal. ▪ A parede medial da cavidade nasal é o septo. o Mucosa nasal: ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ Na imagem, foi feito um corte sagital no nariz. Assim, visualiza-se na primeira imagem a parede lateral do nariz, pois é possível ver as elevações - conchas nasais - e na segunda imagem, percebe-se a parede medial, uma vez que ela é mais plana e não apresenta conchas nasais. ▪ Toda a região é a cavidade nasal. Essa cavidade tem um assoalho, um teto, um limite anterior e um posterior. ♦ Limite anterior: Narina ♦ Limite superior: Osso etmoide ♦ Limite inferior: Palato ♦ Limite posterior: Coana ▪ A coana marca a transição de cavidade nasal para faringe. DICA: Para encontrar a coana, deve-se seguir as conchas nasais. A região onde termina as conchas nasais é a coana. ▪ A mucosa nasal é toda a região membranosa rosada na figura, que está recobrindo todo o interior da cavidade nasal. Ela tem a função de aquecer e umedecer o ar e isso é muito importante para ocorrer a hematose no pulmão. Isso ocorre, pois abaixo da mucosa nasal tem-se um conjuntivo muito vascularizado, assim, vai ter muita troca de calor e aquecer o ar. ▪ A área azul representada nas duas paredes representa uma região em que não tem o epitélio respiratório com células colunares, ciliadas e com células caliciformes entre elas. Nessa região tem-se o epitélio nervoso, pois tem células especializadas em captar odores e estas são neurônios que vão conduzir esses estímulos olfatórios para dentro da cavidade craniana. ▪ E a lâmina que faz parte do osso etmoide é chamada de lâmina crivosa ou cribeforme do osso etmoide e ela possui pequenas perfurações que permitem a passagem do nervo olfatório em direção ao cérebro, onde o estímulo nervoso será interpretado. o Parede lateral: ▪ Pode-se identificar como parede lateral, pois ela tem o contorno irregular. E essa irregularidade é em decorrência das projeções ósseas em direção a cavidade. ▪ Tem-se 3 projeções ósseas: concha nasal superior, concha nasal média e concha nasal inferior. Entre as conchas nasais tem-se espaços e eles são chamados de meatos – meato nasal superior, meato nasal médio e meato nasal inferior. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ A função das conchas é aumentar a superfície de contato entre a mucosa nasal e o ar. Consequentemente, maior será o condicionamento do ar para que ocorra a hematose no pulmão. ▪ Na figura, pode-se observar o palato duro e o palato mole. Na ponta do palato mole, pode-se notar a úvula que é a extremidade cônica do palato mole. ▪ Na figura sem mucosa (segunda imagem), pode-se ver a concha nasal média e a concha nasal superior em lilás e a concha nasal inferior está em coloração creme. Os meatos são os espaços entre as conchas. o Parede medial: ▪ A parede medial é plana e forma o septo nasal. ▪ Ela também é recoberta pela mucosa nasal. ▪ Na segunda imagem foi retirada a mucosa para a identificação do septo nasal. A parte anterior, em azul, é a cartilagem do septo nasal e a parte posterior (lilás e verde) é a parte óssea. O osso em verde é o vômer e em lilás é a lâmina perpendicular do etmoide. ▪ Alguns ossos do crânio, que estão em torno do nariz, apresentam cavidades dentro deles. E estas são projeções da cavidade nasal em direção a esses ossos, ou seja, é como se a cavidade nasal continuasse dentro desses ossos. Essas cavidades em torno do nariz são chamadas de seios paranasais. o Seios paranasais: ▪ Tanto no osso frontal quanto no osso esfenoide encontra-se uma cavidade. E como essas cavidades são projeções da cavidade nasal, elas também são revestidas de mucosa. Então, o seio frontal e o seio esfenoidal são cavidades revestidas de mucosa e preenchidas de ar. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS Esses seios, como têm mucosa, liberam muco e esse muco não pode ficar armazenado nas cavidades, pois como o muco é um potente meio de cultura uma inflamação da mucosa será causada, o que normalmente é chamado de sinusite. ▪ O muco presente nas cavidades, normalmente, ele é drenado e lançado dentro da cavidade nasal e isso ocorre por meio dos meatos. No seio frontal tem um canal que chega no meato médio, assim o muco do seio frontal é drenado através do meato nasal médio - por uma abertura do meato, que é chamada de hiato semilunar. ▪ O espaço entre a concha nasal superior e o osso esfenoide é conhecido como recesso esfenoetnoidal. Então, o seio esfenoidal drena para o recesso esfenoetnoidal. ▪ Corte frontal: ♦ Na maxila existe um grande seio, conhecido como seio maxilar e ele drena para a cavidade nasal, para o meato nasal médio. O seio etmoidal e o seio maxilar é possível visualizar em corte frontal, enquanto o seio frontal e o seio esfenoidal é visualizado em corte sagital. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ Diferença da drenagem dos seios paranasais: ♦ O seio frontal drena para o meato nasal médio, na região do hiato semilunar. ♦ As células etmoidais anteriores também drenam para o meato nasal médio e as posteriores drenam para meato nasal superior. ♦ O seio esfenoidal drena para o recesso esfenoetmoidal; e no meato nasal inferior, tem-se uma abertura que é a chegada de um canal o qual vem do olho e abre no nariz, chamado de ducto lacrimo nasal. Ele vai levar a lágrima, que é produzida na glândula lacrimal, até o nariz. Por isso o ar é umedecido, devido à presença dessa lágrima que é drenada para o meato nasal inferior através do ducto lacrimo nasal. Atenção: A função dos meatos é drenar os seios paranasais! ▪ Quando estamos resfriados ou com processo alérgico a mucosa nasal fica edemaciada e quando isso ocorre ela obstrui as aberturas dos seios paranasais. Isso leva a um acúmulo de muco dentro dos seios e, em consequência disso, ocorre uma inflamação na mucosa, denominada sinusite. • Faringe: ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS o A coana é onde termina a cavidade nasal e começa a faringe. o A faringe é um tubo muscular que está localizado anteriora coluna vertebral. E nesse trajeto da faringe, ela se relaciona com o nariz, com a cavidade oral e com a laringe. o A faringe é dividida em três partes: ▪ Nasofaringe: é a parte superior e tem relação com a cavidade nasal; ▪ Orofaringe: é a parte média da faringe e está comunicada com a cavidade oral; ▪ Laringofaringe: é a parte inferior da faringe e está relacionada com a laringe. o Na figura estão em destaque algumas estruturas que são importantes para delimitar as três partes da faringe. ▪ Da coana (parte superior) até a úvula (parte inferior) tem-se a nasofaringe; ▪ Da úvula (parte superior) até a epiglote (parte inferior) tem-se a orofaringe; ▪ Da epiglote (parte superior) até a cartilagem cricóide (parte inferior) tem-se a laringofaringe. o A faringe não é palpável, pois ela está à frente da coluna vertebral e atrás da cavidade nasal, da oral e da laringe. o Nasofaringe: ▪ Está representando as 3 conchas nasais: superior, média e inferior. E no final das conchas nasais é a região da coana e o início da nasofaringe. ▪ Os limites da nasofaringe é coana superiormente e úvula inferiormente. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ Na parede posterior da faringe tem-se uma massa de tecido linfoide conhecida como tonsila faríngea. Essa massa tem a função de defesa imunológico, pois ela é rica em linfócitos e é a primeira barreira imunológica do trato respiratório. Quando essa tonsila inflama, ela incha e é chamada de adenoide. Então a adenoide é a inflamação da tonsila faríngea e como ela está edemaciada ela obstrui parte da coana, dificultando a passagem de ar. Por isso que, geralmente, quem tem adenoide respira de boca aberta. ▪ Tem uma outra estrutura que é uma abertura, chamada óstio faríngeo da tuba auditiva. Esse óstio ele permite a comunicação da nasofaringe com a orelha média, que é uma parte da orelha onde existe uma cavidade cheia de ar. E essa comunicação é muito importante, pois ela vai manter o equilíbrio da pressão dentro da cavidade timpânica e da pressão atmosférica. Normalmente, esse óstio faríngeo está fechado e quando ocorre um aumento de pressão dentro da cavidade timpânica ele abre, permitindo a passagem de ar e igualando as duas pressões. ▪ A tuba auditiva é cartilaginosa e quando ela projeta para dentro da nasofaringe, formando esse óstio ela eleva a mucosa da nasofaringe. E essa elevação em torno do óstio faríngeo da tuba auditiva é chamado de toros tubal e ela tem duas projeções: uma anterior, que está fixada no palato e uma posterior que está fixada na faringe. Então, o toros tubal é formado anteriormente pela prega salpingopalatina - que é uma prega da mucosa a qual sai da tuba auditiva e chega no palato – e posteriormente pela salpingofaringea – que vai sair da tuba auditiva e chega na faringe. Essas pregas protegem o óstio faríngeo da tuba auditiva, evitando contaminações da cavidade timpânica com a cavidade nasal e vice-versa. ▪ O ar entra na cavidade nasal, é filtrado no vestíbulo nasal, aquecido e umedecido na cavidade e aí ele passa para a nasofaringe. A tonsila faríngea bloqueia a entrada de microrganismos para o restante do trato respiratório, devido à presença dos linfócitos. o Orofaringe: ▪ Terminou a nasofaringe na altura da úvula; e da úvula até a epiglote é a região da orofaringe. ▪ São os limites da orofaringe: úvula superiormente e epiglote inferiormente. ▪ O ar está descendo, passa pela nasofaringe e alcança a orofaringe. ▪ Do palato mole saem duas pregas, uma prega posterior e uma anterior; essas pregas são arqueadas e chamadas de arco palato glosso – prega muscular que vai do palato até a língua - e o arco palato faríngeo - sai do palato e chega na faringe. Esses dois arcos delimitam uma depressão que é a fossa tonsilar e dentro dela tem uma tonsila, chamada de tonsila palatina ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS (AMIGDALA). A amigdalite é a inflamação da tonsila palatina. Então, se é uma tonsila, ela é um acúmulo de tecido linfoide, desse modo, é uma outra defesa do trato respiratório. ▪ Existe um estreitamento da cavidade oral, da passagem da cavidade oral para a orofaringe. Esse estreitamento é chamado de istmo orofaríngeo. Ele é limitado pela úvula, pelo arco palato glosso e, inferiormente, pelo dorso da língua. ▪ A orofaringe é a parte que o ar cruza com o alimento, ou seja, é um ponto de encontro das vias respiratórias e da via digestória. Então, o ar que vem do nariz, passa pela nasofaringe, pela orofaringe e vai entrar na laringe. E o alimento passa da cavidade oral, para a orofaringe e continua na laringofaringe. o Laringofaringe: ▪ É a última parte da faringe; ela vai da epiglote até a cartilagem cricóide. ▪ A comunicação da laringofaringe é feita anteriormente com a cavidade da laringe, através do adito da laringe. ▪ Quando estamos deglutindo, o bolo alimentar vai passando pela cavidade oral e esse bolo alimentar levanta a úvula e ela encosta na parede da faringe, não deixando o alimento ir para a cavidade nasal; e ao mesmo tempo, esse bolo alimentar empurra a língua para baixo e ela encosta na epiglote, e ela desce e fecha o adito da laringe para que o alimento passe da orofaringe e para a laringofaringe. Mas, às vezes, acontece da pessoa engasgar ou espirrar líquidos/alimentos; isso ocorre devido ao mal fechamento dos espaços de comunicação feitos pela úvula e pela epiglote. E quando o alimento vai para a laringe, o reflexo do organismo é a tosse, facilitando a expulsão do alimento que entrou em seu interior. Atenção: a úvula fecha a nasofaringe e o adito da laringe fecha a laringofaringe. DICA: Imagine que a faringe é um corredor muito comprido e que para esse corredor abrem-se várias portas, que são as comunicações da faringe. A primeira porta da faringe é a coana, que vai comunicar a nasofaringe com a cavidade nasal; a segunda porta é o óstio faríngeo da tuba auditiva que comunica a nasofaringe com a orelha média. A outra porta da faringe é o estreitamento, chamado de istmo faríngeo, que comunica a nasofaringe com a orofaringe. Só que existe um outro estreitamento, o istmo orofaríngeo, que vai comunicar a cavidade oral com a orofaringe. Depois tem-se uma outra porta que é o adito da laringe, o qual comunica a laringofaringe com a laringe; e a última porta da faringe está na altura da cartilagem cricóide e é chamada de abertura esofágica, pois dela a laringofaringe continua no esôfago. AR: NASOFARINGE -> OROFARINGE -> LARINGE -> TRAQUEIA ALIMENTO: CAVIDADE ORAL -> OROFARINGE -> LARINGOFARINGE -> ESÔFAGO o Músculos faríngeos: ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ A faringe tem dois grupos musculares: músculos de fibras circulares (constritores) e músculos de fibras longitudinais. Os de fibras circulares são: constritor superior, constritor médio e constritor inferior. Esses músculos quando contraem diminuem a luz da faringe, ou seja, comprimem a faringe. Já os músculos da camada interna, são os músculos de fibras longitudinais: salpingofaríngeo, palatofaríngeo, estilofaríngeo. Eles constituem a camada interna da faringe e tem a função de alongar o tubo durante a deglutição e de fixar a faringe às estruturas próximas a ela. Por exemplo, o músculo salpingofaríngeo fixa a faringe à tuba auditiva, o palatofaríngeo fixa a faringe ao palato, o estilofaríngeo fixa a faringe a uma ponta do crânio, chamada processo estiloide. ▪ O músculo constritor inferior possui fibras mais inferiores que são mais contraídas, mais espessadas e constituem o esfíncter esofágico superior ou esfíncter cricoesofágico; o estreitamento da musculatura acontece na transição de cartilagem cricóide para esôfago. Normalmente, esse esfíncter está contraído, fechandoa abertura esofágica, que é a abertura a qual permite a passagem do bolo alimentar da laringofaringe para o esôfago. Ele só relaxa durante a deglutição, em que ele abre, as fibras se distendem e o alimento passa para o esôfago. ▪ Todo músculo precisa de inervação e de vascularização, então, a faringe é inervada por um conjunto de nervos, chamados de plexo faríngeos, que é formado por fibras dos nervos cranianos: glosso faríngeo e vaco. A grande maioria dos músculos da faringe possuem a inervação por esses dois vasos, exceto o estilofaríngeo, que é inervado apenas por fibras do nono par de nervo craniano, que é o glosso faríngeo. ▪ Existem duas artérias: artérias faríngeas ascendente e artéria tireoide superior. Essas artérias irrigam os músculos e são ramos da artéria carótida externa, que sobe no pescoço. E o plexo venoso – conjunto de veias que fica abaixo da mucosa - é responsável por retirar os resíduos do metabolismo da faringe. • Laringe: o Vista anterior da laringe: ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ A laringe é um tubo cartilaginoso e ela se estende da epiglote até a cartilagem cricoide. E diferente da faringe, a laringe é cartilagem. Muitas vezes, associado à laringe é estudado o osso hioide; esse osso não é parte da laringe, mas ele serve de fixação de músculos que vão elevar ou abaixar a laringe. ▪ O osso hioide não tem uma forma definida, ou seja, é irregular, a parte mais anterior desse osso é chamada de corpo do osso hioide; e do corpo do osso hioide nascem duas projeções que vão ser chamadas de corno menor – que está apontado superiormente – e de corno maior que está voltado posteriormente. A importância desse osso é que ele vai fixar os músculos que vão manter a posição da laringe. ▪ A laringe possui 9 peças cartilaginosas, na vista anterior só é possível identificar três, que são as cartilagens ímpares da laringe: epiglote, tireóide e cricóide. ♦ A epiglote é uma cartilagem ímpar e possui a forma de uma folha, posteriormente ela se fixa no centro da cartilagem tireoide. ♦ A cartilagem tireoide também é uma cartilagem ímpar, só que ela é contínua, ou seja, não há separação dos dois lados da tireoide. Ela é a maior cartilagem da laringe e lembra a forma de um escudo. A cartilagem tireoide possui duas lâminas que estão unidas na linha mediana e elas formam uma elevação chamada de proeminência laríngica, conhecida popularmente como pomo de adão/gogó. A proeminência laríngica é o ponto onde os pontos das duas lâminas se unem na linha mediana; e lateralmente essas duas lâminas formam projeções chamadas de corno superior e corno inferior da cartilagem tireoide. Atenção: As lâminas da tireoide só estão unidas anteriormente; posteriormente elas são divergentes e não se encontram na linha mediana. ♦ Existe uma diferença da cartilagem tireoide no homem e na mulher. No homem, essas lâminas estão ligadas em um ângulo mais agudo. Por isso, a proeminência laríngica é mais evidente no homem do que na mulher. Já na mulher, o ângulo é mais obtuso e, assim, a proeminência laríngica fica mais discreta. ♦ A última cartilagem ímpar que é possível visualizar na vista anterior da laringe é a cartilagem cricóide, que é a referência para limitar laringe de traqueia e, também, laringofaringe do esôfago. A cartilagem cricoide lembra a forma de um anel, então a região anterior seria o arco do anel e a região posterior seria a pedra do anel. ▪ Na laringe encontra-se em determinadas regiões uma lâmina conjuntiva, que faz a conexão da tireoide com o osso hioide e da tireoide com a cartilagem cricoide. Essa estrutura é chamada de membrana tireo-hioidea e membrana cricotireóidea, respectivamente. No centro e na lateral dessas membranas, elas são mais espessadas e constituem os ligamentos tireóideo mediano e tireóideo lateral e os ligamentos cricotireóideo mediano e cricotireóideo lateral. DICA: Em uma prova prática vai considerar a estrutura toda como membrana, pois os ligamentos ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS não estão diferenciados. ▪ O corno inferior da cartilagem tireóide está em contato com a cartilagem cricoide, isso é uma articulação e é importante para mover as cartilagens durante a fonação. o Vista posterior da laringe: ▪ É possível visualizar tanto as cartilagens ímpares quanto as cartilagens pares. ▪ As lâminas da tireoide não são unidas posteriormente, apenas, anteriormente. ▪ Na borda superior da cartilagem cricoide se apoia uma das cartilagens pares, que é a cartilagem aritenoide. Ela tem um formato piramidal e está apoiada na borda superior da cartilagem cricoide e entre a aritenoide e a cricoide tem-se uma outra articulação. ▪ Observa-se que a cartilagem aritenoide tem duas pontas, uma voltada anteriormente e medialmente, chamado de processo vocal; e a outra ponta maior, voltada posteriormente e lateralmente, que é o processo muscular. ♦ No processo vocal sai um cordão, que é fibroso e vai fixar o processo vocal da aritenoide na cartilagem tireoide. Esse ligamento é chamado de ligamento vocal e em torno desse ligamento tem-se o músculo vocal. E esse conjunto do músculo, do ligamento vocal e da mucosa que os recobre são as pregas vocais, popularmente conhecido como cordas vocais. ♦ O processo muscular fixa vários músculos da laringe. ▪ A cartilagem corniculada está apoiada no ápice da cartilagem aritenoide e ela lembra uma forma de um chifre. ▪ A cartilagem cuneiforme fica dentro da prega ariepiglótica – toda a laringe é recoberta de mucosa e na epiglote ela percorre toda a epiglote; e na borda lateral ela continua até se fixar na cartilagem aritenoide. Essa prega da mucosa que sai da epiglote e que se fixa na aritenoide, é chamada de prega ariepiglótica-. Então, quando se retira a prega não é possível visualizar a cartilagem cuneiforme. o Ligamentos laríngeos: ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ Na parte mais lateral da membrana tireohióidea tem-se uma abertura que permite a passagem de vasos e nervos para dentro da laringe. ▪ Ligamento cricotireohióideo liga a cricoide até a tireoide; o ligamento cricotraqueal é da traqueia até a laringe. ▪ Posteriormente, identifica-se um pequeno cordão fibroso que vai se estender do processo vocal da aritenoide até o centro da cartilagem cricoide, ele é chamado de ligamento vocal. Atenção: Quando o indivíduo possui as vias aéreas obstruídas e com dificuldade respiratório, é feito uma cricotireostomia que é uma abertura na membrana cricotireohióidea para permitir o fluxo de ar para dentro do tubo respiratório. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ A epiglote está fixada tanto no osso hioide quanto na cartilagem tireoide; então os ligamentos possuem o nome das estruturas que ele liga, como ligamento tireoepiglótico e o ligamento hioepiglótico. ▪ No contorno superior e posterior da cartilagem cricoide, está apoiada a cartilagem aritenoide com o processo vocal que é anterior e o processo muscular que é posterior. E do processo vocal até a cartilagem aritenoide, tem-se o ligamento vocal. ▪ Todos os ligamentos e todas as membranas da laringe são constituídas de tecido conjuntivo fibroso. • Cavidade laríngea: o A parte rosa da imagem acima está representando a mucosa da laringe e da traqueia. o Nesse corte sagital mediano, não é possível ver a cartilagem aritenoide, pois ela está coberta por músculos. o A cavidade da laringe é dividida em três regiões: ▪ Acima da glote: vestíbulo da laringe ▪ Região central: Glote ▪ Abaixo da glote: infraglótica o Na glote existem duas pregas, a prega superior é chamada de prega vestibular e a inferior é conhecida como prega vocal.Se retirar a mucosa é possível ver o ligamento e o músculo vocal. o A cavidade entre as duas pregas é chamada ventrículo da laringe. Então, a glote que é a região central da cavidade da laringe é formada pela prega vestibular, pelo ventrículo da laringe e pela prega vocal. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS • Na imagem foi feito um corte transversal e ela vai ser olhada por cima. Assim, pode-se ver a epiglote, o ligamento vocal (cordão branco), em torno as fibras musculares que ficam ao lado do ligamento vocal constituem o músculo vocal, e tudo isso revestido de mucosa é a prega vocal. • O espaço entre as duas pregas vocais é chamado de rima da glote e ela muda de diâmetro de acordo com o processo fisiológico da laringe. Quando estamos respirando, a rima da glote tem que estar aberta para o ar passar da laringe para traqueia na inspiração e da traqueia para laringe na expiração, e na fonação a rima da glote vai estar fechada, então, os dois ligamentos vocais estão fechados. Assim, o ar que está vindo da traqueia bate nesses ligamentos vocais, eles vibram e produz o som. O som só se torna audível e reconhecível depois que ele passa por outras estruturas do sistema respiratório. • Músculos laríngeos: ▪ É possível visualizar a epiglote coberta pela mucosa e nas laterais da epiglote sai a prega ariepiglótica, que vai se fixar na cartilagem aritenoide. E na parte inferior ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS dessa prega tem-se duas elevações, a da parte superior representa a cartilagem cuneiforme e a inferior representa a cartilagem corniculada. ▪ Todo o espaço aberto que é limitado pelas laterais da cartilagem epiglótica é chamado de adito da laringe. Quando estamos engolindo a laringe eleva e a epiglote desse fechando o adito da laringe para o alimento não entrar dentro da cavidade da laringe. Então, uma das funções da epiglote é o tamponamento da laringe ou oclusão da laringe. ▪ Na figura, também, é possível ver os músculos posteriores da laringe. O músculo que sai da cartilagem cricoide e que chega até o processo muscular da aritenoide é chamado de músculo cricoaritenoide posterior. Ele liga a cartilagem cricoide ao processo muscular da aritenoide numa vista posterior. ▪ Os músculos com fibras transversais e o com forma de X são os aritenoides. Assim, tem-se o músculo aritenoideo transverso e o músculo aritenoideo oblíquo (forma de X), que fica posteriormente ao músculo aritenoideo transverso. ▪ O músculo aritenoideo oblíquo quando ele contorna a lateral da prega ariepiglótica é chamado de músculo ariepiglótico; então, ele é continuação do músculo aritenoideo oblíquo. E esses músculos que puxam a cartilagem epiglótica para ela fechar o adito da laringe. ▪ No processo muscular da aritenoide, tem-se a fixação do cricoaritenoideo posterior, do aritenoideo transverso e do aritenoide oblíquo. ▪ No corte sagital mediano: ▪ Na imagem tem-se a epiglote e no ápice da epiglote até o ápice da aritenoide tem- se a prega ariepiglótica, que dá pra visualizar a cartilagem cuneiforme e a cartilagem corniculada. E o espaço é o adito da laringe. ▪ As fibras que estão contornando a prega ariepiglótica é o músculo ariepiglótico. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ Algumas fibras do músculo tireoaritenoideos se estendem até a epiglote, formando o músculo tireoepiglótico. • Ação dos músculos: ▪ O músculo representado está saindo da borda superior da cartilagem cricoide e está se fixando na borda inferior da cartilagem tireoide. ▪ Na cartilagem aritenoide tem-se o processo vocal, que fixa o ligamento vocal o qual liga na cartilagem tireoide. ▪ Quando o músculo cricotireoideo contrai, ele vai descer a cartilagem como representado na imagem pelo pontilhado. Então, como o ligamento vocal está fixado na cartilagem tireoide, ele estica/alonga e é isso que faz os diferentes tons de voz. É a alteração do comprimento do ligamento vocal, devido à contração do músculo cricotireoideo, que vai determinar as variedades da voz. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ Adução é quando uma estrutura é aproximada da linha mediana. ▪ Na primeira imagem, tem-se uma vista superior da laringe e pode-se observar a cartilagem tireoide, o anel é cartilagem cricoide e a cartilagem aritenoide. E a parte que parece um Y, é o processo vocal da aritenoide. ▪ No processo muscular da aritenoide está fixado o músculo cricoaritenoideo lateral. E quando esse músculo contrai, ele puxa o processo muscular para frente, aproximando os processos vocais fazendo com que os ligamentos vocais se unam. Então, o músculo cricoaritenoideo lateral é responsável pela junção dos ligamentos vocais e é muito importante na fonação. Nessa situação, o indivíduo vai estar falando. ▪ O músculo cricoaritenoide lateral é auxiliado pelo músculo aritenóideo transverso. Ele também aproxima os ligamentos focais, só que ele não fecha totalmente a rima da glote. A diferença entre as duas imagens é que na primeira o som é perfeito e na segunda o indivíduo está sussurrando. Então, uma pequena passagem de ar ocorre pela rima da glote. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ Afasta os ligamentos vocais e é importantíssimo na respiração. ▪ O músculo cricoaritenoideo posterior afasta os ligamentos vocais, abrindo a rima da glote e permitindo a passagem de ar durante a respiração. ▪ O músculo tireoaritenoideo vai ligar a cartilagem aritenoide à cartilagem tireóidea. Quando o músculo contrai, ele puxa as fibras musculares para o centro relaxando-as e, consequentemente, o ligamento vocal também relaxa. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS o Inervação: ▪ Todos os músculos da laringe são inervados por um ramo chamado ramo do nervo laríngeo superior. ▪ O nervo laríngeo superior possui um ramo interno que passa na abertura da membrana tireohioidea. Ele também dá um ramo externo. ▪ Todos os músculos intrínsecos da laringe são inervados pelo ramo externo do nervo laríngeo superior. Então, quase toda inervação muscular da laringe é feita pelo ramo externo do nervo laríngeo superior, por exemplo, os músculos aritenoideos, transversos, oblíquos, ariepiglótico, cricoaritenoideo lateral, cricoaritenoideo posterior. ▪ O músculo cricotireoideo é a exceção! Ele é inervado por um nervo que é uma projeção do nervo vago, chamado de nervo laríngeo recorrente. ▪ O oxigênio e os nutrientes são levados para a laringe por meios das artérias laríngea superior e inferior. Essas artérias vão fazer a irrigação de todas as estruturas da laringe. ▪ A inervação sensitiva da laringe é feita pelo ramo interno do nervo laríngeo superior (região do vestíbulo) e pelo nervo laríngeo recorrente, que vai fazer a inervação sensitiva da prega vocal e da cavidade infraglótica. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS • Traqueia: o Relembrando: O ar entra pelo nariz, passa pelo vestíbulo nasal, onde é filtrado; depois passa pela cavidade nasal, em que a mucosa aquece e umedece o ar, chega na coana e da coana o ar vai passar pela nasofaringe. Lá encontra-se a tonsila faríngea, que é uma massa de tecido linfoide e tem a função de proteção biológica, então, ele retira do ar inspirado alguns microrganismos que podem complicar a situação do trato respiratório. Logo após ele passa pela orofaringe e lá também é encontrada a tonsila palatina e da orofaringe o ar passa pela adito da laringe e alcança a cavidade da laringe.Nessa cavidade da laringe o ar passa através de uma abertura circundada pela cartilagem cricoide e chega à traqueia. o A traqueia possui como limite superior a cartilagem cricoide e como limite inferior a traqueia tem um ponto chamado de bifurcação ou carina, que é onde a traqueia se divide em dois brônquios principais. o A traqueia é um tubo semi-cartilaginoso. Isso é afirmado, pois, anteriormente, ela tem semianéis de cartilagem e, posteriormente, as extremidades desse anel vão ser fechadas com um músculo, o músculo traqueal. o A traqueia tem por volta de 16 a 20 semianéis cartilaginosos e eles estão ligados anteriormente por uma estrutura fibrosa chamada de ligamento anular, o qual é uma lâmina conjuntiva que mantém os semianéis conectados anteriormente. Na primeira imagem, é possível identificar o ligamento anular como a “parte branca” entre os discos azuis. o Em uma situação de emergência, pode-se fazer uma abertura na membrana cricotireohioidea para o restabelecimento do fluxo de ar; esse processo é chamado de cricotireostomia. No hospital, normalmente, é feito uma abertura entre o terceiro e o quarto semianel de cartilagem e é chamado de traqueostomia, onde é introduzido uma cânula que mantém a entrada de ar para as vias aéreas inferiores. A traqueostomia deve ser feita apenas em hospitais, pois essa região corresponde à incisura jugular e nesse local passam muitos vasos e nervos. Então, para evitar a ruptura destes, o procedimento é feito apenas no hospital. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS o Na segunda imagem, pode-se ver o semianel cartilaginoso anteriormente e, na parte posterior, as duas pontas do semianel estão ligadas por meio de uma membrana de músculo liso, que é o músculo traqueal. A parede interna da traqueia é recoberta pelo epitélio respiratório, contendo células ciliadas, glândulas e células caliciformes. o Atrás do músculo traqueal tem-se o músculo do esôfago e posteriormente à traqueia tem-se o esôfago. o É importante que a traqueia tenha a constituição semi-cartilaginosa, pois a parte cartilaginosa da traqueia vai manter a traqueia aberta, mantendo a luz do órgão e, assim, permitindo a passagem de ar. Já a parte muscular, permite que a traqueia durante o movimento da deglutição acompanhe o deslocamento do esôfago. E o esôfago é totalmente muscular, então, ele é bem elástico e quando o bolo alimentar passa pelo esôfago, ele alonga. E como ele está fixado à parede posterior da traqueia, ela tem que acompanhar esse movimento e é a parte muscular dela que permite isso. o A traqueia na altura da bifurcação (carina) se divide nos brônquios principais. E estes possuem a mesma constituição da traqueia, são formados por semianéis cartilaginosos e pode-se notar que o brônquio principal direito é mais curto, mais calibroso, é mais verticalizado e se divide em 3 brônquios lobares. Já o brônquio principal esquerdo é mais longo, menos calibroso, mais horizontalizado e se divide em 2 brônquios lobares. Isso ocorre, devido à posição do coração dentro do mediastino, como o coração desloca para o lado esquerdo, ele empurra o pulmão esquerdo mais para a lateral. E os brônquios têm que entrar dentro do pulmão, assim o brônquio esquerdo tende mais para esquerda. o Os brônquios lobares se ramificam em brônquios segmentares, que dão origem aos bronquíolos. o Os semianéis na região dos brônquios vão diminuindo e formando placas cartilaginosas. E estas à medida que vão afastando da carina, elas vão ficando cada vez menores e mais espaças até que nos bronquíolos não se tem cartilagem, apenas o músculo liso. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS o Na imagem é representado o brônquio principal esquerdo que entra no pulmão. Quando ele entra no pulmão ele ramifica e vai dar origem ao brônquio lobar superior esquerdo e ao inferior esquerdo. Estes também vão dar origem aos brônquios segmentares e eles vão originar os bronquíolos. o Os bronquíolos não possuem nem placas nem semianéis cartilaginosos na parede, ou seja, eles são constituídos apenas por músculo liso. Além disso, os bronquíolos se dividem em dois: terminal e respiratório. ▪ O bronquíolo terminal é o bronquíolo que não possui nenhuma estrutura fixada nele e tem a função de conduzir o ar. Porém, chega a um ponto que o bronquíolo terminal começa a apresentar pequenas bolsas arredondadas que são chamadas de alvéolos. E os alvéolos são as unidades funcionais do pulmão, uma vez que é onde ocorre a troca gasosa. Então, a partir desse ponto visualiza-se o bronquíolo respiratório. ▪ O bronquíolo respiratório se diferencia do bronquíolo terminar pela presença de alvéolos. o Muitas vezes, os alvéolos podem se apresentar na forma isolada ou juntos, formando o saco alveolar. O saco alveolar é um conjunto de alvéolos; eles são completamente capilarizados e são esses capilares que permitem a troca gasosa. o A troca gasosa é realizada através dos capilares que estão em contato com os alvéolos, devolvendo para o sangue o CO2 e retirando do sangue o O2 importante para a respiração. o Árvore brônquica: ▪ Árvore brônquica são todas as ramificações que aparecem a partir da carina. ▪ É representado de cores diferentes, pois cada pedaço possui um nome no pulmão, que chama segmento bronco pulmonar. • Pulmões: ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS o No corpo humano se tem 2 pulmões, com formato é piramidal cujo o ápice é superior e a base inferior, além disso, a base se apoia no músculo diafragma. Cada pulmão tem um envoltório, que é a membrana serosa denominada pleura. E estão localizados nos compartimentos pulmonares ou compartimentos pleurais, que são os espaços laterais dentro da cavidade torácica, porque o espaço medial da cavidade torácica é o mediastino, onde encontra-se o saco pericárdico com o coração. o O pericárdio fibroso, observado na região central da imagem, está intimamente fixado ao músculo diafragma. Então, essas estruturas que ligam o saco pericárdico ao diafragma são chamadas de ligamento frênico-pericárdico ou pericárdico-frênico. o Na peça foi feito um corte coronal ou frontal, retirou-se a parede anterior do tórax, o esterno, as cartilagens costais e parte das costelas. o O pulmão é revestido por uma membrana serosa, que é a pleura; e toda membrana serosa tem um folheto parietal e um visceral. O folheto visceral fica “agarrado” ao pulmão e é o que dá um brilho ao pulmão. E a pleura parietal está recobrindo internamente a parede do tórax, ela tem uma parte costal quando está recobrindo a região das costelas e dos músculos costais, uma parte diafragmática, visto que ela cobre a parte superior do diafragma e uma parte mediastinica a qual está voltada para o mediastino. o Pulmão direito: ▪ Possui um formato piramidal com um ápice superior e uma base inferior. Essa base do pulmão também pode ser chamada de face diafragmática. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ A face mais convexa do pulmão é chamada de face costal, pois ela está em contato com as costelas. Já a face irregular do pulmão, é chamada de face mediastínica, uma vez que ela está voltada para o mediastino. ▪ Existem diferenças entre o pulmão direito e o esquerdo: ♦ O pulmão direito é mais largo que o pulmão esquerdo, devido à posição do coração; ♦ Dentro do compartimento pulmonar, o pulmão direito é mais alto, pois o lado direito do diafragma é mais alto que o lado esquerdo. Então, o pulmão direito fica em uma altura superior ao pulmão esquerdo. ♦ O pulmão direito é dividido em 3 pedaços, cada pedaço é um lóbulo. Assim, tem-se lóbulo superior direito, lóbulo médio direito e lóbulo inferior direito. Por isso, que os brônquios lobaressão 3 do lado direito, pois cada lóbulo recebe o ar através de um brônquio lobar. ♦ O pulmão é separado em lóbulos por meio de reentrâncias profundas, chamadas de fissuras. O pulmão direito possui 2 fissuras: fissura horizontal (separa o lobo superior direito do lobo médio) e fissura oblíqua (separa o lobo inferior direito dos lobos superior e médio). Isso é facilmente identificado na face costal do pulmão. ♦ Na face medial, segunda imagem, é possível identificar uma abertura chamada de hilo pulmonar. O hilo é uma região onde entra e sai estruturas, então, o hilo pulmonar é uma região no centro da face medial do pulmão, onde entram e saem estruturas e estas são chamadas de pedículo pulmonar. ♦ Todo pedículo tem que ter artéria, veia, nervo, linfático e um tubo que caracteriza o sistema estudado. No caso do pedículo pulmonar tem-se: artéria pulmonar, veias pulmonares, brônquio principal direito. Os nervos e linfáticos não consegue visualizar na peça anatômica, pois são muito finos e muito frágeis. → Os elementos do pedículo obedecem a sequência de superior para inferior, em que a estrutura mais alta é o brônquio principal direito - é a estrutura que está entrando no pulmão - depois vem a artéria pulmonar direito, que está entrando no pulmão, e as veias pulmonares direitas que estão saindo do pulmão. Atenção: O pedículo em peças moles é composto pelas estruturas que entram e saem de um determinado órgão. Na vértebra, o pedículo é uma peça óssea que liga corpo aos processos. o Pulmão esquerdo: ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ Tem formato piramidal, um ápice e uma base. ▪ Possui 2 lobos: superior esquerdo e inferior esquerdo. ▪ Tem apenas uma fissura, chamada de fissura oblíqua; ▪ No pulmão esquerdo, se encontra uma reentrância chamada de incisura cardíaca, que é a marca que o coração deixa na superfície do lobo superior, por ele estar deslocado mais para esquerda. ▪ No pulmão esquerdo, a estrutura mais alta do pedículo é a artéria pulmonar, depois o brônquio principal esquerdo e, inferiormente, as veias pulmonares. DICA: Como diferenciar o brônquio da artéria? O brônquio possui cartilagem na sua constituição, então, a parede do brônquio é muito espessa e muito rígida. E a artéria da veia? A camada muscular de veia é menos desenvolvida que a da artéria. E na veia, como não tem sangue passando ali, as paredes vão colabar/juntar. ▪ A artéria aorta deixa uma impressão contornando o hilo pulmonar, porque o arco aórtico curva para a esquerda. o Segmento broncopulmonar: ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ A unidade funcional do pulmão é o bronquíolo respiratório com os alvéolos, ou seja, onde tem alvéolo tem hematose. ▪ O pulmão possui uma unidade cirúrgica, chamada de segmento broncopulmonar. Ele é a unidade cirúrgica do pulmão, pois é a parte do pulmão que pode ser retirada sem comprometer a função do restante do pulmão. Isso ocorre, pois os brônquios principais fazem parte pedículo pulmonar e vão entrar dentro dos pulmões, assim, o brônquio principal direito dá origem ao brônquio lobar superior e esse brônquio foi se dividindo e originou os bronquíolos. E esse brônquio segmentar vai levar o ar para o ápice do pulmão e isso é um segmento broncopulmonar, é uma área do pulmão em que o brônquio segmentar que está relacionado com ela. Esse brônquio é acompanhado de veias e artérias, então, essa parte do pulmão se for retirada, não vai comprometer o funcionamento do restante do órgão, pois cada pedaço dele recebe o ar através de um brônquio segmentar. o Mecânica respiratória: ▪ Para realizar a troca gasosa o ar precisa entrar e sair do pulmão. E para isso é necessário diferenças de pressão, se não o ar não consegue fazer esse trânsito. E essas diferenças de pressões são causadas por ações musculares. ▪ Para ocorrer a diferença de pressão é necessário aumentar o diâmetro da cavidade torácica, porque assim a pressão fica menor e o ar entra dentro dos pulmões. ▪ Os diâmetros presentes são: longitudinal, transversal ou laterolateral e o anteroposterior. Para aumentar esses diâmetros é preciso contrair os músculos, por exemplo, para aumentar o diâmetro longitudinal do tórax contrai-se o músculo diafragma; então durante a mecânica respiratória quando o músculo diafragma contrai, ele puxa a convexidade para baixo, deixando o diafragma mais plano. Isso é importante na inspiração, quando o ar entra nos pulmões. Existem músculos chamados de músculos intercostais externos e eles contraem durante a inspiração e ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS quando eles contraem puxam a costela lateralmente, aumentando o diâmetro transverso do tórax. E o músculo intercostal interno participa da expiração. ▪ Os principais músculos da mecânica respiratória são: diafragma, intercostal externo (inspiração) e intercostal interno (expiração). Os outros músculos são acessórios da respiração, eles são utilizados quando o indivíduo faz uma respiração forçada. Eles são acessórios, pois estão fixados nos ossos da cavidade torácica, então quando eles contraem, movem os ossos aumentando os diâmetros da cavidade torácica. ▪ A respiração normal é chamada de respiração quiescente e utiliza os principais músculos. ▪ Para aumentar o diâmetro do tórax tem-se o diâmetro longitudinal que é aumentado pela contração do músculo diafragma (representado de vermelho na imagem). Então, quando ele contrai é puxado para baixo e aumenta o diâmetro longitudinal. O diâmetro anteroposterior faz com que o esterno seja deslocado para frente e para cima, devido à contração dos músculos intercostais, visto que eles elevam as costelas quando contraem e como ela estão presas no esterno, ele é empurrado para frente e pra cima. O aumento do diâmetro anteroposterior, também, é resultado da contração dos músculos intercostais externos. As costelas são oblíquas em relação ao esterno, então, quando o músculo contrai além de puxar a costela para o lado ela empurra o esterno para frente, assim, ela aumenta tanto o diâmetro transverso quanto o anteroposterior. ▪ O movimento onde o esterno é deslocado para frente e para cima, é chamado de movimento de alça de balde, que corresponde ao aumento do diâmetro anteroposterior do tórax. É como se o esterno fosse a alça do balde e quando o músculo contrai ele eleva o esterno, aumentando o diâmetro anteroposterior do tórax. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ Na inspiração a cavidade torácica está aumentada em todos os diâmetros e o ar está entrando nos pulmões. E a inspiração é a parte ativa da mecânica respiratória, pois há contração muscular e gasto de energia. ▪ Na expiração a cavidade torácica diminui de tamanho e é a parte passiva da respiração, pois é a própria retração elástica do pulmão que empurra o ar para fora, realizando a respiração. PAREDE ABDOMINAL: • O abdômen é a parte inferior do tronco e está separado do tórax por uma lâmina muscular chamada de músculo diafragma. • Na superfície do abdômen podem ser identificadas algumas estruturas que são referência na anatomia. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS o A linha que passa exatamente pelo centro da parede abdominal é chamada de linha alba. E ela é uma referência quando se quer fazer um corte sagital mediano na região abdominal. o No centro da linha alba encontra-se uma cicatriz denominada de cicatriz umbilical. o De cada lado da linha alba vai ser encontrado um músculo da parede anterior do abdômen, chamado de músculo reto abdominal. o Ao lado do músculo reto abdominal, tem-se a linha semilunar. o A regiãoque separa o abdômen do membro superior é chamada de canal inguinal. Só que esse canal, superiormente, é limitado por um cordão fibroso denominado ligamento inguinal. o A estrutura óssea que marca o lado do abdômen é chamada de espinha ilíaca anterossuperior. • Quando o abdômen vai ser estudado, geralmente, são traçadas linhas imaginárias que passam por essas estruturas. Essas linhas ajudam a dividir o abdômen em regiões, facilitando a localização dos órgãos dentro da cavidade abdominal. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS o Linhas vermelhas: ▪ Uma linha longitudinal passando pela linha alba e é chamada de linha mediana; ▪ Outra linha horizontal passando pela cicatriz umbilical; ▪ O abdômen é dividido em quatro partes com essas linhas: quadrante superior direito e esquerdo, quadrante inferior direito e esquerdo. o Linhas pretas: ▪ Duas linhas longitudinais que vão desde o ponto médio da clavícula até o ponto médio do ligamento inguinal, essa linha é chamada hemiclavicular direita e esquerda. ▪ Duas linhas horizontais: uma linha vai passar na altura da borda subcostal, que é a borda onde a 10a, 9a e 8a par de costela se encontram para se juntar na 7a e se fixar no esterno. A outra linha horizontal é a linha que vai unir as duas espinhas ilíacas anterossuperiores e é chamada de linha bi ilíaca. ▪ Essas linhas dividem o abdômen em nove regiões: ♦ Entre as linhas hemiclaviculares: regiões ímpares do abdômen; ♦ Lateralmente às linhas hemiclaviculares: regiões pares do abdômen. o Regiões ímpares: ▪ Primeira região está localizada entre as linhas hemiclaviculares e a linha subcostal é denominada de epigástrica. Nessa região, tem-se uma parte do fígado e predomina o estômago. ▪ Região entre as linhas subcostal e bi ilíaca e entre as linhas hemiclaviculares é chamada de mesogástrica ou umbilical, pois ela está na altura da cicatriz umbilical. É encontrado predominantemente o jejuno e o íleo, que são as partes finais do intestino delgado. Além disso, pode-se encontrar o cólon transverso, que é uma parte do intestino grosso. ▪ Abaixo da linha bi ilíaca é encontrada a região hipogástrica, onde está localizado o reto o Regiões pares: ▪ São todas laterais às linhas hemiclaviculares e possuem lado direito e esquerdo; ▪ Acima da linha subcostal é chamada de hipocôndrio direito/esquerdo. Predomina o fígado e a vesícula biliar no lado direito e o baço na região esquerda. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ Entre a linha subcostal e a linha bi ilíaca tem-se a região chamada de flanco direito/esquerdo. Esses flancos também podem ser chamados de região lombar. No flanco direito predomina o cólon ascendente do intestino grosso e no flanco esquerdo predomina o flanco descendente do intestino grosso. ▪ Abaixo da linha bi ilíaca encontra-se a região inguinal direita/esquerda ou fossa ilíaca. Na porção esquerda há o predomínio do cólon sigmoide e na direita há principalmente o ceco e o apêndice cecal. • Arcabouço ósseo: o No abdômen a constituição é diferente da parede torácica, pois a única parte óssea são as vértebras lombares, uma vez que o osso ilíaco, o sacro e o cóccix fazem parte da estrutura da pelve. Então, a estrutura óssea do abdômen é a parte posterior e tem 5 vértebras lombares que são mantidas unidas e alinhadas pelos discos intervertebrais. Atenção: O restante da parede abdominal é fechado por músculos e esses músculos são muito delgados. A camada muscular, apesar de fina, possui fibras musculares com direções diferentes e isso aumenta a estabilidade da parede. • Camadas do abdome: ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS o A camada mais externa do abdome é a pele, abaixo da pele se tem uma lâmina conjuntiva com depósito de gordura, chamada de pela subcutânea. Abaixo dessa pela tem-se uma membrana conjuntiva mais espessada, que no abdômen é conhecida como camada músculo aponeurótica, pois consiste na lâmina conjuntiva espessada associada ao músculo. E quando se abre a camada músculo aponeurótica tem-se a camada mais interna do abdômen, chamada de peritônio - que é uma membrana serosa a qual reveste os órgãos abdominais. • Músculos abdominais: o Parede anterior: ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ Anteriormente, tem-se dois músculos grandes chamados de músculo reto abdominal. Ele é classificado como músculo poligástrico; gástrico é referente ao ventre muscular, onde se tem as fibras musculares. Como esse músculo tem mais de dois ventres musculares é denominado de poligástrico. E esses ventres musculares são intercalados por tendões intermediários, que são as partes onde as fibras estão fixadas. Quando o indivíduo malha na academia é a fibra muscular que hipertrofia, por isso o abdômen é visualizado todo segmentado. ▪ Esse músculo que está localizado na parede anterior do abdômen é muito importante para a flexão do tronco, por exemplo, quando se faz abdominal é esse músculo que faz o movimento. ▪ No lado direito, não é possível visualizar o músculo reto abdominal, pois ele é coberto pela membrana conjuntiva, que nesse caso é chamada de bainha do reto abdominal. ▪ As bainhas do reto se entrelaçam na linha mediana e são elas que constituem a linha alba. E no centro da linha alba encontra-se a cicatriz umbilical. o Parede anterolateral: ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ Próximo ao músculo peitoral maior e ao serrátil anterior tem-se o músculo oblíquo externo, porque as fibras dele têm disposição oblíqua. A parte do músculo visualizada na imagem é o ventre muscular, a parte contrátil do músculo. Mas, para esse músculo contrair as extremidades dele precisam se fixar em algum lugar e essa fixação é mais larga, pois o músculo é largo. Assim, a fixação é chamada de aponeurose, a qual não tem a presença de fibras musculares, mas sim de fibras colágenas. A lâmina branca saindo do músculo externo é a aponeurose do oblíquo externo e ela fixa esse músculo na bainha do reto, que é a lâmina conjuntiva apresentada. ▪ Na parede anterolateral do abdômen está presente 3 músculos largos; o comprimento e a largura desses músculos são muito próximos, diferentemente, do músculo reto abdominal em que o comprimento é maior do que a largura. ♦ Os músculos estão dispostos em camadas, então, a camada externa é formada pelo músculo oblíquo externo. E para visualizar a camada interna é preciso seccionar o oblíquo externo, o oblíquo interno é a camada média da parede anterolateral do abdômen. Essa extremidade também possui uma lâmina de colágeno, sendo considerada a aponeurose do oblíquo interno. ♦ Para ver a outra camada é chamada de transverso abdominal e, também, só é possível ver se retirar o músculo oblíquo interno. O músculo transverso abdominal também possui uma aponeurose. ▪ As aponeuroses se juntam na altura da borda lateral do músculo reto abdominal e são elas que formam a linha semi lunar, que é visível na superfície do corpo. ▪ As fibras do oblíquo interno são oblíquas e superiores, ou seja, estão voltadas superiormente. Já as do oblíquo externo estão voltadas inferiormente e as do transverso, transversalmente. A diferença da direção das fibras musculares que vão conferir estabilidade à parede do abdômen. ▪ A estrutura que envolve o músculo reto abdominal é a bainha do reto – membrana conjuntiva, bem espessa com alta presença de colágeno. o Formação da bainha do reto: ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ Foram feitos dois cortes na parede anterior do abdômen, um acima da cicatriz umbilical e outro abaixo da cicatriz umbilical. ▪ Acima da cicatriz umbilical:♦ Na primeira imagem, na região lateral e nas extremidades, estão representados os músculos largos (oblíquo externo, oblíquo interno e transverso abdominal, respectivamente), e na região central estão os músculos reto abdominal. ♦ Nas extremidades dos músculos saem as aponeuroses, representadas pelas faixas azuis, e estas vão fixar os músculos largos na borda lateral do músculo reto abdominal, formando a linha semilunar. ♦ A aponeurose do oblíquo interno quando chega perto da borda lateral do músculo reto abdominal, se divide e dá uma lâmina anterior e uma posterior. Essas lâminas vão abraçar o músculo reto abdominal, formando a bainha do reto abdominal. E esta possui um folheto anterior e outro posterior e eles são formados pela aponeurose do oblíquo externo + aponeurose do oblíquo interno, anteriormente, e o folheto posterior é constituído pela aponeurose do transverso abdominal + a lâmina posterior da aponeurose do oblíquo interno. Então, a bainha do reto, acima da cicatriz umbilical, é formada de 2 folhetos: anterior e posterior; e isso acontecer porque a aponeurose do oblíquo interno se divide em duas lâminas. ♦ No centro, a bainha do reto do lado direito e a do lado esquerdo se entrelaçam na linha mediana. E esse entrelaçamento das bainhas do reto na linha mediana, é denominado de linha alba. ▪ Abaixo da cicatriz umbilical: ♦ Abaixo da cicatriz umbilical, a aponeurose do oblíquo interno não se divide. E, assim, as 3 aponeuroses na altura da borda lateral do músculo reto abdominal vão se juntar e formar a lâmina anterior da bainha do reto. Então, a bainha do músculo reto abdominal só possui lâmina anterior; posteriormente, ele é recoberto por uma fina membrana conjuntiva, chamada de fáscia transversal. Que é a lâmina a qual vem revestindo o músculo transverso do abdômen e vem continuamente até o músculo reto abdominal. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ♦ Isso ocorre, pois, acima da cicatriz umbilical, o músculo tem 3 ventres musculares, ou seja, a maior parte muscular. E abaixo da cicatriz umbilical, tem- se apenas um ventre muscular e ele está muito próximo da fixação do músculo ao esqueleto. Então, superiormente, a bainha possui essas duas lâminas para conferir maior resistência abdominal e ao músculo reto abdominal e como abaixo tem apenas um ventre muscular, só uma lâmina é capaz de promover estabilidade. o Vasos da parede anterior: ▪ A parede abdominal é ricamente inervada, com vasos abdominais mais superficiais que percorrem sobre a pela subcutânea e os vasos abdominais mais profundos. Esses vasos para vê-los é preciso retirar a bainha do reto, porque eles estão abaixo dela. A veia que é possível ver, centralmente, na imagem é a veia epigástrica que vai se juntar à veia torácica interna e chega na veia subclávia, que vai para a veia cava superior e leva o sangue para o coração para ser reoxigenado. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ Esses músculos são inervados pelos nervos torocoabdominais, que fazem parte dos nervos torácicos, de T7 a T12. Eles fazem toda a inervação da parede abdominal anterior. ▪ A parte branca é a lâmina anterior da bainha do reto e se retirá-la encontra-se o músculo reto abdominal e se seccioná-lo é visto a lâmina posterior da bainha do reto até a altura da cicatriz umbilical. Para baixo da cicatriz umbilical, mais delgado, tem-se a fáscia transversal. E tem uma linha que separa a lâmina posterior da bainha do reto da fáscia transversal, e ela é chamada de linha arqueada. o Parede anterior interna: ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ O peritônio é marcado por algumas projeções chamadas de pregas. ♦ A prega umbilical mediana sai do ápice da bexiga urinária e chega até a altura da cicatriz umbilical; ♦ Prega umbilical medial; Atenção: Nessa região o peritônio fica mais alto, pois à frente dele correm vasos que eram vasos umbilicais, porém eles fibrosam e formam a elevação. ♦ A prega umbilical lateral é formada pelos vasos epigástricos. ▪ Entre as pregas existem depressões chamadas de fossas. ♦ Fossa acima da bexiga urinária = fossa supravesical; ♦ Fossa entre a prega umbilical lateral e a prega umbilical mediana = fossa inguinal. o Parede posterior: ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ A parede posterior do abdômen é marcada por dois músculos, um mais medial (agarrado na coluna vertebral) chamado músculo iliopsoas. Ele está tanto no abdômen quanto na pelve e é chamado dessa forma, pois a parte do músculo localizado apenas na pelve é o músculo ilíaco e a parte localizada no abdômen e na pelve é o músculo psoas, por isso o conjunto é chamado de iliopsoas. Então, a parte localizada apenas no abdômen é a psoas. O outro músculo, lateral ao psoas, é o músculo quadrado lombar. ▪ Esses dois músculos são importantes, pois dão sustentação ao rim. Além disso, o iliopsoas, quanto ao movimento, vai ser responsável pela coxa e o músculo quadrado lombar é um importante local de fixação do 12o par de costela. o Vasos da parede posterior: ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ A parte inferior da artéria aórtica descendente está presente no abdômen. E é a partir dessa artéria aorta que se tem as artérias para o abdômen. SISTEMA DIGESTÓRIO • Cavidade oral: o A boca é a primeira parte do tubo digestório e ela é marcada pelos lábios superior e inferior. Os lábios tem uma pele, que é a camada mais externa, uma tela subcutânea e o músculo conhecido como músculo obcular da boca. Esse músculo contorna toda a região do lábio. o Entre os lábios, existe uma fenda que é chamada de rima labial, separando o lábio inferior do mento (queixo) tem-se uma depressão chamada de sulco mentolabial. o A cavidade oral inicia na rima labial até o estreitamento chamado de istmo orofaríngeo. o É dividida em duas partes: ▪ Anterior: ♦ Limitada pelos lábios e bochechas; ▪ Posterior: ♦ Dentes e gengiva; o A língua é um órgão muscular e possui um ápice, uma parte oral (corpo da língua), uma parte faríngea. ▪ O dorso da língua é dividido em corpo e raiz da língua. E essas duas porções são separadas por um sulco mediano, chamado de sulco terminal da língua. E no vértice desse sulco tem-se o forame cego. ▪ A língua está fixada no assoalho da cavidade oral e ele é marcado pelo músculo miloioideo. E acima desse músculo tem-se o músculo genioioideo. ▪ Os músculos intrínsecos, localizados no corpo da língua, são: ♦ Músculo longitudinal superior ♦ Músculo transverso e vertical da língua ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ♦ Músculo longitudinal inferior ▪ Os músculos extrínsecos são: ♦ Músculo genioglosso; (fibras abrem em leque) o A cavidade é limitada lateralmente pelo músculo bucinador. o O espaço entre a bochecha e os dentes é o vestíbulo oral. • Fígado: o O fígado é a maior glândula do corpo humano e localiza-se na cavidade abdominal com maior predominância no hipocôndrio direito. E o fígado é um órgão peritonizado, ele tem uma face diafragmática que tem uma posição supero anterior e uma face visceral, que tem uma porção ínfero-posterior. o Na face diafragmática, encontra-se o lobo esquerdo e direito do fígado. Esses lobos são separados externamente por uma prega do peritônio, chamado de ligamento falciforme. Esse ligamento vai prender o fígado à parede do abdômen. Superiormente, na face diafragmática, o músculo tem uma ligação direta com o diafragma. Assim, as duas lâminas do ligamento falciforme, quando encontram o diafragma, se separam e coroam o fígado, passando a ser chamada de ligamento coronário. o A região limitada pelos ligamentoscoronários é chamada de área nua do fígado. o Na face visceral, ela é mais acidentada e se divide em quatro áreas: ▪ Lobo direito; ▪ Lobo esquerdo; ▪ Logo caudado; ▪ Lobo quadrado. o Entre o lobo direito e o lobo quadrado, encontra-se uma bolsa muscular chamada de vesícula biliar. Essa vesícula tem um fundo, um corpo (maior parte) e um estreitamento, conhecido como colón. O cólon dá origem ao ducto cístico. o Entre o lobo direito e o lobo caudado, tem-se a veia cava inferior. E uma das tributárias da veia cava inferior é a veia supra-hepática. o Entre os lobos caudado e quadrado, tem-se uma região conhecida como porta do fígado ou hilo-hepático. Esse hilo hepático apresenta elemento que estão entrando ou saindo do fígado. A veia porta-hepática é representada em lilás e apresenta 3 tributárias importantes: veia esplênica, veia mesentérica superior e veias gástricas. ▪ Abaixo da veia porta-hepática, tem-se um sistema de tubos. Um mais à esquerda (vermelho), que são as artérias e à direita (verde) são os ductos. O ducto hepático esquerdo e direito se juntam e formam o ducto hepático comum; esse ducto hepático comum recebe o ducto cístico e continua com o nome de ducto colédoco. o Entre o lobo esquerdo e o lobo quadrado, tem-se a fissura do ligamento venoso. o No corte frontal, o fígado está associado a vesícula biliar, à esquerda, o estômago e o baço. Abaixo pode-se observar o pâncreas e o duodeno. • Duodeno: o É dividido em 4 partes: ▪ Porção bulboduodenal; ▪ Porção descendente; recebe a ampola hepatopancreática e o ducto hepático acessório. ▪ Porção horizontal, com a relação com os vasos mesentéricos superiores; ▪ Porção ascendente do duodeno; curva-se à esquerda, atravessa o peritônio, numa região denominada flexura duodeno-jejunal e continua-se no jejuno. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS o A porção descendente do duodeno abraça o pâncreas. o A porção horizontal, possui uma relação importante com os vasos mesentéricos. • Pâncreas: o A cabeça do pâncreas está abraçada com a segunda porção do duodeno; o A cauda do pâncreas está voltada para a região do baço; o O ducto pancreático principal, corre dentro do pâncreas, da cauda para a cabeça, e é nessa região que ele se junta com o ducto colédoco para formar a ampola hepatopancreática. Porém, o ducto hepático principal possui um ramo mais fino, ducto pancreático acessório, que também chega na segunda porção do duodeno e se abre sozinho em uma região denominada papila duodenal menor. o O tronco celíaco, curto e calibroso, está próximo ao corpo pancreático e possui 3 ramificações: artéria gástrica esquerda, artéria esplênica (corre na borda superior do pâncreas e alcança o hilo do baço) e artéria hepática comum (dá um ramo ascendente, conhecida como artéria hepática própria e um ramo descendente que é a artéria gastro duodenal). • Estômago: o É uma bolsa muscular que se localiza mais à esquerda da linha mediana e é uma continuação do esôfago. o Possui duas curvaturas: à direita a curvatura é menor e à esquerda a curvatura é maior. o Tem uma parede anterior e outra posterior. o Dividido em 4 regiões: ▪ Transição do esôfago abdominal para o estômago: CÁRDIA! ♦ A cárdia é um esfíncter fisiológico, então ela só se abre quando o bolo alimentar está passando pelo esôfago. ▪ A região que ficou acima da linha da cárdia: FUNDO DO ESTÔMAGO! ♦ O fundo do estômago possui uma grande quantidade de ar. ▪ A porção da curvatura menor, à direita possui um ponto mais profundo que é chamada INCISURA ANGULAR, nesse ponto traça-se uma linha para separar o CORPO DO ESTÔMAGO da região do PILORO. ♦ Piloro é a transição do estômago para o duodeno e é constituído de duas partes: antro piloro (porção mais dilatada) e canal pilórico (tem uma abertura que é o óstio pilórico e em torno dele tem-se uma camada muscular mais espessada, que é o esfíncter pilórico). ▪ Possui 3 camadas musculares: ♦ Camada externa: fibras longitudinais ♦ Camada média: fibras circulares ♦ Camada interna: fibras oblíquas ▪ É ricamente vascularizado: ♦ Artérias gástrica esquerda – passa pela curvatura menor do estômago. E na altura da incisura angular a artéria gástrica esquerda se junta à artéria gástrica direita, que é um ramo da artéria hepática comum. ♦ Artéria esplênica - está na região do fundo do estômago e dá ramos conhecidos como artérias gástricas curtas, que são responsáveis pela irrigação do fundo do estômago. A artéria esplênica continua na curvatura maior do estômago, onde recebe o nome de artéria ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS gastro omental esquerda e direita, que também se anastomosam na altura da incisura angular. SISTEMA URINÁRIO • É constituído por 2 rins, 2 ureteres, 1 bexiga e 1 uretra; • Rins: o Os rins são órgãos pares, com o formato de um grão de feijão e são envolvidos por cápsulas. o A cápsula que fica aderida ao parênquima renal é chamada de cápsula fibrosa. o No formato de grão de feijão, o rim possui um polo superior, um polo inferior e uma borda lateral, que é mais convexa, e uma borda medial que tem um contorno mais irregular. No centro da borda medial, encontra-se uma concavidade que entram e saem estruturas, chamada de hilo renal. o No polo superior do rim, apoia-se a glândula suprarrenal. o No hilo renal tem-se um conjunto de estruturas denominado pedículo renal. O pedículo é formado pela veia renal – que está saindo do rim -, posteriormente a veia renal tem-se a artéria renal que entra no rim e posteriormente aos vasos renais tem- se o ureter, saindo do rim. o Os rins possuem uma importante relação com os grandes vasos. O rim direito fica mais próximo da veia cava inferior e o rim esquerdo está mais próximo da artéria aorta abdominal. o As veias que saem do rim são tributárias da veia cava inferior. E devido à proximidade da veia cava inferior com o rim direito, a veia renal direita é mais curta do que a veia renal esquerda. o Do mesmo modo acontece com a artéria aorta, quando visualizado posteriormente, pode-se notar que a artéria renal esquerda é menor do que a artéria renal direita. Atenção: A artéria aorta abdominal tem trajeto descendente e na altura da crista ilíaca, ela se divide em seus ramos terminais, chamados de artérias ilíacas comum esquerda e direita. A ilíaca comum direita é mais longa do que a esquerda. E acima da veia renal ainda se tem dois ramos que saem do contorno anterior da artéria aorta, sendo eles o tronco celíaco e a artéria mesentérica superior (está bem próxima à veia renal esquerda, tipo “abraçando”). A região que está localizada entre a artéria mesentérica superior e a artéria aorta, é chamada de pinça aórtico mesentérica, visto que estão pinçando a veia renal esquerda. o Estruturas internas dos rins: ▪ Internamente, os rins possuem uma camada externa e mais clara, denominada córtex renal. Internamente ao córtex, tem-se uma camada chamada de medula renal. Essa medula é toda fragmentada e cada pedaço é chamado de pirâmide renal. ▪ Na pirâmide renal, a parte mais larga, a base está voltada para o córtex renal e a parte mais afilada, conhecida como papila renal está direcionada para o centro do rim. Então, o conjunto de pirâmides renais forma a região medular do rim. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS ▪ A medula não é uma região contínua, porque a camada cortical de intervalos em intervalos ele emite pequenas projeções em direção ao centro do rim. Essas projeções são chamadas de colunas renais. Então, entre colunas tem— se a pirâmide renal. ▪ A parte mais central do rim é denominada de seio renal. O seio renal é uma cavidade e é ocupado por um conjunto de estruturas: cálices maiores e menores, pelve renal, gordurae vasos. ▪ Cada papila renal é abraçada por uma estrutura de conjuntivo fibroso, chamada de cálice menor. ▪ Os cálices menores se juntam e formam os cálices maiores. E eles se juntam e formam a pelve renal, bem próxima do hilo renal. o A artéria renal chega ao hilo renal e sofre ramificações. Essas ramificações são chamadas de artérias segmentares. Elas na altura dos cálices menores se dividem e vão abraçar as pirâmides, nessa parte a artéria é chamada de artéria interlobar. Essa artéria interlobar, na base das pirâmides ela arqueia sobre as bases e é chamada de artéria arqueada. E dela saem pequenas artérias que são chamadas de artérias interlobulares, que vão constituir as arteríolas e elas vão se enovelar e formar os glomérulos. o Na região do córtex renal encontra-se o néfron, unidade funcional do rim, responsável pela filtração, absorção e secreção. O néfron tem uma parte chamada de corpúsculo renal, que é constituído de um glomérulo e de uma cápsula glomerular. o O néfron também é formado pelos tubos contorcido proximal – na porção descendente da alça renal e na porção ascendente da alça renal - e distal – chega em um único tubo que é chamado de túbulo coletor e pode receber vários tubos contorcidos distais. O túbulo coletor chega na papila renal e vai gotejando a urina. o O glomérulo é envolvido por uma dupla camada, chamada de cápsula glomerular, em que a parte externa mantém o formato do glomérulo e a parte interna está em contato direto com os capilares, o que permite a filtragem do sangue. Então, o plasma sanguíneo passa dos capilares para o espaço glomerular. o O corpúsculo glomerular possui um polo vascular – onde entram e saem as arteríolas – e um polo urinário, que vai dar origem ao túbulo contorcido proximal. • Ureter: o O ureter na altura do hilo renal é dilatado e essa dilatação é chamada de pelve renal. Após a pelve renal, o ureter sofre o primeiro estreitamento, denominado de estreitamento pélvico ureteral e continua em um tubo mais afilado que é o ureter propriamente dito. o O ureter quando passa pela crista ilíaca, ele é cruzado pelos vasos ilíacos, sofre o segundo estreitamento e quando ele passa pela parede posterior da bexiga passa pelo terceiro estreitamento. SISTEMA GENITAL MASCULINO • Na parede inferior da bexiga, tem-se uma abertura que é o óstio interno da uretra, que dá início à uretra masculina. Essa uretra vai atravessar a próstata (uretra prostática), o assoalho pélvico (uretra membranosa), o corpo esponjoso do pênis (uretra esponjosa). • No corpo do pênis, a uretra esponjosa se expande e forma a fossa navicular, que se abre para o meio externo por meio do óstio externo da uretra. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS • Em torno do óstio interno da uretra, tem-se um esfíncter, no colo vesical, conhecido como esfíncter interno da uretra, de controle involuntário. Já na parte membranosa, tem-se o esfíncter externo da uretra e que tem controle voluntário, pois está atravessando uma camada de músculo estriado esquelético. • Abaixo da bexiga urinária, encontra-se a próstata. A próstata é atravessada por dois canais, um longitudinalmente (URETRA PROSTÁTICA) e outro obliquamente (DUCTO EJACULATÓRIO). • O ducto ejaculatório é formado pelo ducto excretor, da glândula seminal, e pelo ducto deferente. Esse ducto ejaculatório lança na uretra prostática os espermatozoides, que é conduzido pelo ducto deferente, e o líquido seminal, produzido pela glândula seminal e conduzido pelo ducto excretor da glândula seminal. • O pênis é constituído por uma parte fixa, chamada de raiz do pênis, e por uma parte livre denominada corpo do pênis. Tanto na parte fixa quanto na parte livre, encontra-se uma massa de tecido erétil. • A parte do corpo cavernoso que está localizada no corpo do pênis é chamada apenas de corpo cavernoso. Já o corpo cavernoso presente na raiz do pênis é denominado de ramo do pênis, e ela ajuda a fixar o pênis no ísquio. • O corpo esponjoso possui duas dilatações, uma dilatação anterior chamada de glande do pênis. E uma dilatação posterior denominado bulbo do pênis. • Dentro do escroto encontra-se os testículos, o epidídimo e o ducto deferente. o O testículo observa-se que ele tem uma extremidade superior, a qual se apoia a cabeça do epidídimo, extremidade inferior, borda anterior voltada para o pênis e uma borda posterior, onde o corpo do epidídimo vai ser apoiado. o O corpo do epidídimo se curva sobre ele mesmo, constituindo o ducto deferente. o Toda a região dentro do testículo é denominada parênquima testicular. E nela estão presentes os túbulos seminíferos contorcidos e as células intersticiais. • O ducto deferente é acompanhado de vasos, de nervos e de linfático. E essas estruturas formam um cordão que vão passar pelo canal inguinal e esse conjunto é chamado de funículo espermático. • O ducto deferente tem 3 partes: o Até na altura do ramo inferior do pubi: Ducto deferente escrotal; o Entre o ramo inferior do pubi e o ramo o superior do pubi: Ducto deferente inguinal; o Depois do ramo superior do pubi: Ducto deferente abdominal • O ducto deferente abdominal cruza medialmente o ureter e posteriormente expande, passando a chamar ampola do ducto deferente. Ao lado da ampola do ducto deferente, tem-se a glândula seminal. • O ducto deferente vai se juntar ao ducto excretor da glândula seminal e vão formar um canal, chamado de ducto ejaculatório. • O ducto deferente abdominal contorna a parede superior da bexiga urinária. SISTEMA GENITAL FEMININO • Acima da bexiga tem-se o útero. Posteriormente e abaixo do útero encontra-se a vagina e o reto. • Abaixo do assoalho pélvico, tem-se o períneo. • A pubi direita e esquerda estão unidas por meio de uma cartilagem, chamada de sínfise púbica. • A bexiga urinária repousa sobre a sínfise púbica. ISABELA CORNELIO DE FREITAS RODRIGUES MEDICINA – PUC MINAS • O útero curva anteriormente sobre a bexiga urinária. Essa posição é chamada de antiflexão. • A abertura na bexiga é o óstio interno da uretra. Na mulher, a uretra é um tubo pequeno de aproximadamente 4 cm e está relacionado apenas com a micção. Posteriormente à uretra, tem-se o tubo muscular que é a vagina. • A vagina possui uma parede anterior e posterior; entre essas paredes encontra-se uma cavidade, que é o canal vaginal. • As paredes vaginais são todas pregueadas e a última prega da parede é conhecida como hímen. • As paredes da vagina continuam até encontrar o útero, onde elas estão fixadas. E nesse ponto de fixação, são encontradas pequenas depressões que são formadas com o encontro da parede da vagina com a do útero. Essas projeções são chamadas de fórnix vaginal posterior/anterior. • O útero é constituído de 3 camadas: o Mais externa: Perimétrio o Média: Miométrio o Interna: Endométrio • O útero anatomicamente possui 4 partes: o + anterior e superior: Fundo do útero o Parte alongada, repousando sobre a bexiga urinária: Corpo do útero Atenção: Quando o útero se curva, ele forma um estreitamento chamado de istmo uterino. E a partir desse istmo a porção final do útero é determinada. o Porção final: Colo do útero. • Dentro das partes do útero, existem cavidades: o Corpo do útero: Cavidade uterina; o Colo do útero: Canal cervical; ▪ O canal cervical se abre através do óstio uterino, para se comunicar com o canal vaginal. ▪ Canal cervical + óstio uterino + canal vaginal = CANAL DO PARTO. • A tuba uterina é dividida em 4 partes, mas é possível visualizar apenas 3: o Istmo da tuba uterina; o Ampola; o Infundíbulo. • Ovário: o Possui uma borda posterior livre e uma borda anterior, que tem uma prega de peritônio chamada de mesovário. o O ovário possui uma extremidade uterina, que sai um cordão fibroso chamado de ligamento útero-ovárico.
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