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Introdução: A atividade leiteira cresceu bastante no Brasil nos últimos anos, mas não tanto quanto é possível crescer, nossos índices de produtividade e zootécnicos são pequenos, mas o Brasil apesar disso aparece como o 5 maior produtor mundial de leite de vaca. A índia é o maior produtor mundial, seguido de EUA, China, Paquistão e Brasil. Mais de 80% do leite do mundo é produzido pelos 10 primeiros países no ranking, mas na ultima década os países da Europa não tiveram crescimento na produção de leite, enquanto que os EUA está crescendo, mas o percentual não é tão grande, Argentina também cresce, Índia, China com crescimento significativo, Brasil continuou crescendo. A Europa parou o crescimento, não houve aumento, ou seja, alguns países nos últimos 15 anos como o Reino Unido aumentou, Turquia dobrou a produção, Nova Zelândia praticamente manteve assim como Alemanha, Rússia caiu, Brasil de 20 foi para 35 bilhões de crescimento, China aumentou cerca de 5x mais a produção de leite. Podemos resumir que existem dois grandes focos nesses países, os desenvolvidos como Europa e EUA não percebe-se um aumento significativo na produção de leite, e a Europa está estagnada e EUA com pequeno aumento. Quando vemos os países em desenvolvimento entrando Brasil e Índia tiveram um aumento muito significativo na produção de leite em relação ao que era produzido. Isso acontece, pois o preço pago ao produtor não acompanhou um aumento dos insumos, na Europa e EUA a pecuária ainda é muito subsidiada, mas eles não tem mais áreas para crescer a pecuária, é um limitante também para os países em desenvolvimento como o Brasil, pois temos ainda cerca de quase 50% em área de floresta e se desmatar vai todo mundo preso. O principal motivo em relação ao aumento de países desenvolvidos é que eles têm uma alimentação hoje com uso de tecnologia, pois já usaram tudo que tinha para usar, a vaca americana produz 10 mil kg de leite na média e se pegar a produção de 2000 eles tinham a mesma quantidade de vaca, ou seja, aumentaram a quantidade de leite por vaca e não a quantidade de vaca, em média as 9 milhões vacas produzia em média 8.200 litros de leite por ano, e com melhoramento genético chegaram a um patamar produzindo quase 20 milhões de litro de leite a mais com a mesma quantidade de vaca. No Brasil tinham 20 milhões de vaca, e hoje está com cerca de 35 milhões de litro de leite produzido por 23 milhões de vacas leiteiras, estamos produzindo cerca de 3x menos leite do que os americanos com o dobro de vaca no Brasil. A vaca brasileira produz bem menos leite, pois tem que investir em genética, fazer melhorias tecnológicas, e temos condição de aumentar essa produção leiteira. O sistema que temos que buscar no Brasil é o da Nova Zelândia que trabalha com clima temperado, mais a pasto, onde o animal busca o próprio alimento, não vale a pena trazer vacas dos EUA, pois elas não vão se adaptar ao clima, topografia, forragens e etc. Na nova Zelândia conseguem colocar até 10 vacas em 1 hectare e esse sistema tem um custo de produção compatível com o que a agroindústria paga hoje. Os quatro maiores laticínios estão dentro do Brasil, Nestle, Danone, Lactalis e fonterra, eles enxergam que o Brasil tem um potencial de crescimento muito grande em relação ao aumento da produção de leite. As vacas leiteiras são muito sensíveis, e por isso o efeito é muito rápido, a falta de planejamento da alimentação, comida adequada de acordo com a capacidade de suporte, se isso fosse feito o Brasil aumentaria a produção de leite. Nos países desenvolvidos tem uma estabilidade por limitações geográficas, limitações naturais, pois não tem recursos naturais para investir, limitações tecnológicas, pois já usaram tudo que tinha para usar. Os Países em desenvolvimento com foco no Brasil e Índia (tem grande limitação política e econômica) tem que melhorar a alimentação, manejo, controle sanitário, melhoramento genético, assistência técnica. No Brasil tem muito produtores de leite, e o problema é que grande parte desses produtores está que eles produziam menos de 10L de leite por dia em 2006, 80% dos produtores produziam até 50 litros de leite por dia, e isso é muito pouco. Em 2017 houve uma queda do numero de produtores, provavelmente saiu muita gente que produzia pouco, pois quem não conseguiu dar corta foi buscar outras atividades para fazer, e a tendência é que esse número cai cada vez mais. Produção no Brasil No Brasil, MG é o maior produtor de leite e quando divide pela população mineira isso da 328 litros de leite para cada mineiro, o ES fica em 13 em termo de produção, Goiás, Paraná, SP hoje é o 5, mas minas sempre foi disparado o maior produtor do Brasil. Rondonia é exportador de leite para os outros estados do Brasil, os estados do nordeste no geral não são autossuficiente na produção de leite, eles precisam comprar muito leite principalmente de Minas e Goias que são grandes exportadores de leite para outros estados brasileiros. O Sudeste produz quase 12 milhoes de litro, o Sul mais do que 12 que é a grande região produtora, o centro oeste e norte tem crescido muito e nordeste com 4 milhoes, mais de 50% do leite vem do Sul e Sudeste. O numero de produtores de leite no Brasil tende a diminuir, mas o aumento de volume dos produtores que continuam dá conta de suprir a demanda e aumenta a produção. Uma cooperativa o próprio produtor é dono dela, não é uma empresa particular, o grupo de produtores que são os donos, o problema delas é que são mal gerenciadas, pois muitos produtores são eleitos dentro do grupo de produtores para gerenciar a empresa e muita das vezes não tem competência para ser o presidente ou diretor da cooperativa. A fonterra na Nova Zelândia é uma cooperativa apesar de no Brasil ela ser uma multinacional, 99% do leite comercializado lá é através de uma cooperativa, porém o diretor lá é um cara que nem produtor é e sim formado em administração de empresas, entende de mercado internacional, gestão, os produtores elegem um conselho fiscal que vai fiscalizar as tomadas de decisões desse presidente.Dos 35 milhões de leite produzidos no Brasil, aproximadamente 10 milhões são vendidos de forma informal na rua, então o total do Brasil cai para 20% de participação das cooperativas. Nessa tabela temos a relação das maiores empresas compradoras de leite do Brasil, e a maioria são empresas particulares, as cooperativas tem uma proporção bem menor. O custo da alimentação das vacas caiu e o custo pago ao produtor também caiu, e isso significa que a margem de lucro do produtor também caiu. No Brasil temos hoje uma lei que rege qualidade de leite para oferecer um produto de qualidade melhor. Perfil da qualidade leiteira do Brasil A vaca leiteira no Brasil produz bem menos quantidade de leite, pois investe muito pouco em melhoramento genético, menos de 10% dos produtores usam inseminação artificial que é uma das ferramentas mais acessíveis em termos de custo e uso da tecnologia. Cerca de 90% das propriedades usam monta natural e o produtor não sabe a procedência do animal, muito produtor de leite usa touro nelore em vaca de leite que é um touro para corte e a produção de leite certamente vai cair. 50% das vacas leiteiras no Brasil não estão produzindo leite, o ideal é que uma fazenda tenha 80% das suas vacas em lactação, mas somente 50% produz e isso interfere muito na renda da propriedade. A mão de obra ainda interfere muito no custo da produção da fazenda, mas a culpa não é só do vaqueiro, pois tem que criar um sistema que aumente a produção de leite por vaca, tentar agregar conhecimento para ele. Acha pouco provável que ocorre concorrência entre os países exportadores. Ele discorda sobre a retirada de subsidio das fazendas leiteiras, pois já tentaram tirar da sociedade americana e não conseguiram.Índices zootécnicos: O intervalo de partos é um período decorrente entre dois partos sucessivos, de uma maneira geral os índices são um número referente ao rebanho. Também existem os índices de produtividade que são referentes a área que é utilizada. Ambos servem para medir a eficiência da atividade que estamos trabalhando. Não é possível medir o intervalo de parto em uma primípara, mas a partir dela já é possível. O intervalo de parto é muito afetado por questões ambientais, nutricionais, manejo, melhorando o controle sanitário, se mexer nisso é possível conseguir melhorar o intervalo de parto. Normalmente uma vaca melhorada geneticamente dá leite 10 meses, mas no Brasil o comum é que as vacam deem leite por 7 meses mais ou menos. Para a vaca conseguir parir 12 meses depois do primeiro parto é necessário que 90 dias após o parto que ela emprenhe novamente, desde que ela esteja em ótimas condições de nutrição e manejo sanitário. Outro índice que é ruim é a duração de lactação, isso é genética não tem o que fazer, o ideal é que as vacas produzem leite por cerca de 10 meses, não adianta querer melhorar alimentação, controle sanitário, só melhora com o melhoramento genético. Esses dois índices junto interferem muito na % de vacas em lactação, o intervalo de parto alto e a duração de lactação baixa são péssimos em uma fazenda, o ideal é baixo intervalo de parto e alta duração de lactação, com isso 83% das vacas vão estar produzindo leite, gerando renda. Mesmo que o intervalo de parto melhore, mas a duração de lactação fique baixa vão ter poucas vacas produzindo leite, e isso é muito comum no rebanho brasileiro que não selecionaram as vacas boas para isso. PARA CALCULAR O NÚMERO DE VACAS EM LACTAÇÃO: Número total de matrizes X duração de lactação intervalo de partos 100 x 10/ 12 = 83 vacas em lactação Se multiplicar por 100 vai achar um percentual. A persistência em lactação é outro índice e é também relacionada a genética, ela significa a capacidade da vaca de manter a sua produção de leite. A nutrição pode interferir se você tirar a alimentação do animal, a lactação vai cair, mas não é possível aumentar a lactação, pois é algo genético. A produção de leite por lactação está relacionada a duração e persistência. A quantidade de leite produzidos por hectare/ano é calculada relacionado a extensão de terra, a média brasileira hoje é em torno de 1200L/hec/ano. Tem fazendas no Brasil hoje que usam tecnologia produzindo 40000L/hec/ano, com isso conseguir ver o potencial de crescimento da pecuária leiteira no Brasil sem precisar aumentar a área. Em fazenda de gado de leite precisa ter adotado o controle leiteiro com uma ficha individual contendo o número da vaca, além disso, outro controle deve ser o controle reprodutivo, anotar o número da vaca, número de monta, data de parto e a secagem da vaca, quando a lactação dela vai ser interrompida. Sistema de produção de leite É a forma como vamos produzir leite, um grande pesquisador na área de nutrição animal e conhecer profundo na parte de sistema de produção de leite, e ele falava uma frase que dizia o seguinte “o preço de leite não é função do custo de produção”. O produtor vai ter que adequar o sistema onde seu custo de produção seja mais baixo do que a indústria está pagando, ou seja, “seu custo de produção deve ser em função do preço praticado pelo mercado”. Não existe uma receita de bolo de como deve ser produzido leite no Brasil, basicamente temos uma classificação do sistema de produção de leite quanto a forma de alimentação do rebanho que é a maneira como a gente vai alimentar o nosso rebanho: Sistema a pasto: O animal vai buscar a sua alimentação na forma de pastejo. Semi-confinado: Determinadas épocas do dia ou ano os animais ficam a pasto e depois recebem dietas em confinamento. Confinado: Levamos a alimentação até o animal fornecendo no cocho e ele não vai a pasto. A classificação de sistema intensivo ou extensivo diz respeito ao uso de tecnologia, o sistema extensivo é onde não se adota tecnologia, e o intensivo adota tecnologia. Na bovinocultura quem trabalha com confinamento usa o sistema intensivo, pois utiliza tecnologia. Para afirmar se o sistema é ou não intensivo é preciso ver números, o principal número é a produção de leite por área, hoje a média brasileira é de 1 hectare de terra no Brasil para produzir em torno de 1300 litros de leite, mas são vacas que não foram melhoradas, rebanhos que não tem bom controle sanitário, que passam fome em determinadas épocas do ano, a partir do momento que se usa tecnologia é possível em um sistema a pasto produzir mais do que 5mil L de leite por ano, e se for confinamento ela chega a produzir cerca de 10000 litros de leite por ano. Esse sistema possui uma cama que gera um composto que vai ser usado em áreas de adubação depois, mas é um tipo de confinamento se uma estrutura de cimento úmido que causa grande problemas de casco. Esse novo tipo de confinamento inaugurou em Marataízes, é um sistema criado pelos Americanos com o objetivo de melhorar a vida útil das vacas, mas a forma de alimentação do rebanho não muda, possui uma linha de cocho onde é colocada a comida das vacas e recebem a dieta com 365 dias do ano, com uma área de 10m quadrados por área e isso exige um investimento maior no galpão. Para afirmarmos quanto ao uso de tecnologia temos que ver números, mas provavelmente é intensivo, pois vemos vacas Jerseys em ótimas condições de nutrição, não tem problema sanitário etc. Nessa foto também é um sistema de confinamento, também é o novo modelo americano onde as vacas deitam em um local onde tem uma cama mais confortável. Quanto ao uso de tecnologia é um sistema intensivo também, vemos vacas holandesas que é um rebanho melhorado geneticamente. Esse é um sistema de confinamento onde a vaca fica presa e quanto ao uso de tecnologia é intensivo, a sua vantagem é que tem que uma metragem por animal menor, a durabilidade das vacas é menor nesse sistema, gera um pouco mais de estresse, muitas propriedades não usam mais esse sistema, tem sido bastante criticado pela questão de bem-estar animal. O número de raças em bovino de leite é menor, as mais usadas no mundo de origem europeia é a holandesa e Jersey, dentro do grupo das zebuínas temos a raça gir e o Brasil tem o melhor gir leiteiro do mundo hoje. O casamento de gir com holandês deu muito certo no Brasil, pois associa um animal com melhor produtividade e a adaptação ao nosso clima, pois o holandês puro não aguenta o calor do Brasil. O proprietário da fazenda precisa estar adepto as ordens dadas pelo veterinário, se não fornecer suplemento a vaca vai emagrecer e não reproduzir vai aumentar o intervalo de parto por falta de entendimento do proprietário. Características basicas predominantes em grandes países: A Nova Zelândia produz leite em pastagem e moderadamente concentrado, eles têm um modelo de produção espetacular, eles conseguem produzir um leite de qualidade, mas tem que produzir um leite de custo acessível para vender para outros países. A Europa utiliza um sistema de confinamento igual dos EUA, é um sistema mais caro, pois tem que investir mais começando pelo galpão, depois de montar a estrutura vai precisar de máquinas. A Argentina produz leite parecido com os neoholandeses, produzem em torno de 280l para cada argentino de leite por ano, o Brasil compra leite deles. Fatores que influenciam na escolha do sistema: Estação de pastejo e condição para crescimento de pasto Qualidade de mão de obra Preço de insumos Aptidão do uso do solo e recursos naturais Clima Tamanho do rebanho Capital para investimento Produção de leite do Brasil:É possível produzir o L de leite no Brasil em torno de 1 real se usar níveis moderados de concentrando, trabalhando com pastagens a maior parte do ano, mas também é possível produzir leite mais caro. O Brasil tem uma variação muito grande de clima, insumos, não existe um custo único dentro do país, esses dados do quadro são apenas médias feitas pelo sebrae, e alguns fazenda nem sabem o custo, prejuízo o ganho da fazenda. - Exemplos: Essa é a primeira grande diferença entre o sistema de confinamento e a pasto, não é possível manter a mesma quantidade de vacas que no confinamento. Normalmente o sistema a pasto produz em torno da metade para baixo de leite do que no confinamento e esse é o caso da Nova Zelandia, a NV produz leite de sistema a pasto pela questão do custo ser mais baixo. Renda líquida diária: 600 x (1,6 – 1,0) 600 x 0,6 RLD = 360 reais diários 360 x 30 = 10.800 reais mensais Principal fator na escolha do sistema de reprodução: O principal fator a ser olhado é o custo de produção: RLD: Volume de produção x (custo de venda – custo de produção) Independente do sistema trabalhado é fundamental o uso da tecnologia, ela permite que você viabilize o sistema, fazendas que usam mais tecnologia ganham mais dinheiro. RAÇAS: Introdução: Finalidade dos bovinos: Leite Carne Características que definem: Eficiência na conversão alimentar Facilidade de ordenha. Raça gir: As raças de origem indiana, temos um destaque grande para a Gir que é a melhor raça para produzir leite, e no Brasil temos um dos melhores exemplares devido ao melhoramento genético, são animais adaptados ao clima tropical, resistente a ecto e endoparasitos, suportam bem mais o clima. Conclusão: Do ponto de vista técnico o importante é que a vaca tenha pelo menos uma cria por ano, boa produção de leite com período de lactação por pelo menos 10 meses e boa persistência de lactação. Não existe uma raça melhor do que a outra e sim a que se encaixa mais dentro do sistema de produção e perfil técnico do que a outra. Cruzamento de raças: Para quem quer produzir leite o cruzamento de raças é a melhor alternativa, ele tem como objetivo reunir em um só animal as características desejáveis de duas ou mais raças. Raça holandesa: Origem: países baixos da Europa É identificada como uma das principais raças leiteiras Apresenta duas Variedades Malhada de preto e branco Malhada de vermelho e branco Variedade preto e branco: Animais grandes Peso : Vacas 500 -700 Kg / Touros: 900 -1000 Kg Estatura: Vacas 1,3 -1,4 m / Touros 1,4 1,42 m Pelagem: Preta malhada de branco Cabeça: Mediana com orelhas pequenas e abertas Para sistemas de condição a pasto, de custo mais baixo, buscamos manter certa rusticidade do zebu e aumentando a produção de leite usando a raça europeia. O cruzamento Gir com holandês é um dos cruzamentos que vem dado certo no Brasil. Existem algumas opções de cruzamento: Absorção por Holandês: Podendo ser usado qualquer outra raça. Cruzamento alternado simples Cruzamento alternado com repetição Formação de nova raça: Seria o 5/8 Já vimos essas estratégias no melhoramento genético, mas o mais importante é saber a escolha das opções de cruzamento para cada opção que vamos trabalhar. Duas coisas são muito importantes na hora dessa escolha: Condição da fazenda: Espaço, presença de arvores, topografia, relevo, presença de tecnologia etc. Cabeça do proprietário: Se é acessível, se aceita a tecnologia. Queremos no cruzamento buscar a rusticidade do zebuíno com a produção do gado europeu, a raça pura europeia no Brasil não consegue produzir devido às condições tropicais. Ao cruzar um touro 100% holandês com vaca 100% zebu temos um grau de sangue de 50% H e 50% Z, pois cada um dos pais passam metade do que tem, e popularmente vai ser chamado de “meio sangue”. Na genética é muito utilizado números fracionados, quando o animal é 100% de uma raça significa que ele é 1/1, e ao calcular o que ela vai passar para filha e filho é só multiplicar por 0,5: 1/1 x 0,5 = ½ Nesse caso o pai passa metade do que ele tem que é 0,5, a mãe vai passar metade de ¾ zebu e é só dobrar o denominador que vira 3/8, e ela também é ¼ holandês, e a metade disso é 1/8. Portanto a informação genética que a filha recebe é do pai 1/5 holandês, e da mãe 1/5 holandês e 1/8 zebu, com isso vamos somar. Vai tirar o mmc para igualar o denominador e somar. Na primeira geração o animal era 50% H, na segunda 75% H, na terceira 88% e na quarta geração chega a 94%, e na quinta é 97%. É só multiplicar a fração por 100 para descobrir a porcentagem. Algumas associações já registram o 7/8 como puro por cruza, pois o animal tem 94% da raça, mas algumas associações exigem o 31/32, pois ele é 97% do grau de sangue. Esse cruzamento é para quem vai confirmar vaca, para quem vai trabalhar a pasto vai chegar no máximo na segunda geração. Cruzamento alternado simples: Esse cruzamento vai alternar, na primeira geração vamos ter sempre animal meio sangue e em cima dessa primeira geração vamos colocar o Touro Zebu. F1 = ½ HZ X Touro Zebu 1/1 A mae doa ½ x 0,5 = ¼ 4-1 = ¾ ZH Na filha do europeu vamos colocar o Zebu. F2 = ¾ ZH x Touro Holandês 1/1 A mãe doa ¾ x 0,5 = 3/8 8-3 = 5 F3 = 5/8 HZ x Touro Zebu 1/1 A mãe doa 5/8 de Holandês x 0,5 5/8 x 0,5 = 5/16 16-5 = 11/16 ZH F4 = 11/16 ZH X Touro Holandês 1/1 11/16 da mãe X 0,5 = 11/32 32-11 = 21/32 HZ Na primeira geração temos 50%, na segunda 75% zebuíno e 25% holandês, na terceira as vacas serão 5/8HZ então 63% de holandês e 37% zebu, na quarta 69% zebu e 31% holandês, e na quinta temos 66% holandês e 34% zebu. Essa estratégia nunca vai conseguir apurar um animal, pois cada geração tendência para uma raça, pois nela a mãe nunca é pura, sempre mestiça e o pai sempre muda. Em termos de produção as vacas produzem em média 10/12kg de leite por dia, desde que o zebu utilizado seja o Gir. O Gir é uma boa estratégia para quem vai produzir leite a pasto. Alternado com repetição da raça holandesa: Nela na terceira geração tem animais com 75%, nesse cruzamento são utilizados 2 touros holandeses e 2 zebus. Z xH (touro) •1\2HZ X H (touro) •3\4HZ X Z (touro) •5\8ZH X H (touro) •11\16HZ X H (touro) •27\32 HZ X Z (touro) Formação de uma nova raça: Indicações: Para altas produções de leite por lactação acima de 4500 kg , devem ser utilizadas raças européias(holandês, Jersey, suíça) em condições ótimas de alimentação, manejo e sanidade Para sistemas com nível médio de produção 3000 a 4500 kg/lactação, devemos usar os esquemas de absorção pelo holandês, e o cruzamento alternado com repetição do holandês. Para sistema com níveis mais baixos de produção com produções abaixo de 3000 kg/lactação usar o cruzamento alternado ou zebu leiteiro.
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