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º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA INTRODUÇÃO • Para Woods (2012), os adultos representam "crianças grandes"; dessa maneira, muitos princípios discutidos para outras faixas etárias se aplicam também aos pacientes pediátricos. • Tem como objetivo acompanhar o crescimento e o desenvolvimento do ser • A atuação do pediatra não é apenas em queixas agudas, mas também na prevenção e promoção de saúde o É o acompanhamento da puericultura para prevenir agravos e para identificá-los precocemente para não os deixar que eles tenham tanta repercussão na vida do paciente o Assistência global deve ser feita sempre que possível e deve abranger tanto os problemas orgânicos quanto psíquicos, de modo preventivo e curativo, visando as particularidades de cada criança. Assim é indispensável a mais acurada propedêutica. • Importância do acompanhante e cuidador do paciente o É importante que o acompanhante – que é o informante – esteja a par de todas as queixas o Às vezes o acompanhante não é o cuidador da criança ▪ Então muitas vezes a gente se depara com histórias incompleta • O ideal é que quem traga a criança seja quem toma conta dela • Grande variação de perfil do paciente → Do RN ao adolescente • Na maioria das vezes o paciente não é o informante o Lembrar que estamos lidando com faixas etárias menores o Com o desenvolvimento e crescimento da criança a tendência é que ela participe mais da consulta e ela deve participar mais ativamente ▪ Se a criança quer participar mais e o acompanhante “não deixa” / “fica cortando” a criança, ligar o desconfiômetro, pois o adulto pode ter medo que a criança conte algo que ele não queira • Exemplo: Maus tratos • Examinar uma criança envolve cuidado, conhecimento e arte • Empatia e respeito com os familiares o Se a família traz uma queixa, mesmo que essa queixa seja aparentemente banal, a gente tem que, respeitosamente, tirar a dúvida daquela família e explicar o que está acontecendo o Do médico espera-se gentileza e doçura no seu trato tanto em relação a criança quanto em relação a família, uma vez que a criança é dependente dela e a adesão ao tratamento depende inteiramente dessa relação médico-família. RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE • Independente da faixa etária e do grau de compreensão, o paciente é o centro da consulta, mas em caso de pacientes mais novos, como é o caso, a relação médico-paciente é mediada pelos pais ou responsáveis, mas, claro, sem perder o foco na criança o Lembrando que muitas vezes os pais precisam de mais assistência e compreensão do que o próprio paciente º ▪ Muitas vezes são pais de primeira viagem, não sabem lidar direito com a criança e são eles que estarão no dia-a-dia do paciente, então eles devem ser bem instruídos CONSULTA PEDIÁTRICA • Comunicação requer mais arte que ciência o Para que qualquer consulta seja efetiva e completa, a comunicação entre o médico e o paciente deve ser bem realizada, entretanto, na consulta pediátrica muitas vezes essa comunicação é intermediada pelo pai/mãe ou responsável que, frequentemente, mal compreende a linguagem da criança ou o que ela realmente está se queixando, assim, coletar dados fidedignos sobre a criança pequena requer mais arte que ciência, sem contar, ainda que o paciente seja comunicativo, ele pode trazer um dado “falso” – dizer que tá sentindo alguma coisa sendo que ele não tá (Maria Fernanda sempre se queixa de dor na perna quando tá doente). ▪ Para uma boa consulta pediátrica e para identificar e diagnosticar problemas no crescimento e outros problemas de saúde deve-se observar atentamente a linguagem gestual e a relação que o paciente em questão estabelece com seus pais ou responsáveis que revelam vínculos emocionais e sociais que poderão repercutir na constituição do sujeito • Tudo isso deve ser motivo da atenção do médico durante a consulta • Habilidade o Deve-se considerar que o paciente pediátrico, em especial as crianças menores, pode está irritado, intimidado, em choro franco e com agitação psicomotora, para tanto, exige-se do profissional bastante habilidade na hora de examinar o paciente ETAPAS DA INFÂNCIA • A faixa pediátrica ela vai abranger todas as etapas de vida do indivíduo até a fase adulta • São as etapas da infância o Recém- nascido → Zero a 28 dias ▪ Zero a 28 dias ▪ O RN não deixa de ser um lactente, ele é um “lactente especial” o Lactente → 29 dias de vida a 2 anos de idade ▪ 2 anos exclusive ▪ Lactente Jovem • 29 dias a 3meses o Pré-escolar → dos 2 aos 6 anos de idade ▪ 2 anos inclusive ▪ 6 anos exclusive o Escolar → dos 7 aos 10 anos de idade ▪ 10 anos exclusive o Adolescente → dos 10 aos 19 anos de idade ▪ Por definição da OMS adolescente vai até os 19 anos, mas há alguns serviços de saúde que atendem e consideram o adolescente até os 20/21 anos ▪ Pré-adolescente • 10 aos 14 anos • Nada mais é do que o adolescente pré-púbere INCLUSIVE = É o dia que completou aquela idade. EXCLUSIVE = Ele já fez aquela idade e é “chutado” para outra fase º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA • Anamnese • Exame físico • Exames complementares o Se necessários ANAMNESE • História detalhada do paciente o Abrange toda evolução de sua vida, até o momento da consulta ▪ Cuidado com uma coisa, se eu vou fazer uma consulta de uma criança de 3 anos que eu nunca atendi na vida, essa anamnese tem que ser completa e detalhada, com toda evolução dela, desde o pré-natal até o dia de hoje. Mas se é o meu paciente de consultório eu não preciso que a cada consulta dele ficar colocando todos os antecedentes, idealmente é que eles já estejam lá. IDENTIFICAÇÃO • Nome da criança o Para crianças que, por algum motivo, não foram registradas esse campo deve ser registrado da seguinte maneira: faixa etária da criança + de ... (nome da mãe) ▪ Exemplos: • Criança que recebeu alta há 48hrs do hospital e o nome da mãe é Maria da Silva = RN de Maria da Silva • Criança de 1 ano e meio que não foi registrada e o nome da mãe é Maria Silveira = Lactente de Maria Silveira ▪ Observação: Se for uma criança maior ela pode ser chamada de “filho de...” • Idade / Data de nascimento • Naturalidade e procedência o Questionar se já morou em outro lugar ou se teve viagens recentes ▪ Se sim, questionar para onde, quando e por quanto tempo • Escolaridade o Mesmo que seja uma criança muito pequena deve ser questionado acerca da escolaridade ▪ Há crianças que frequentam creches • Mesmo que a criança ainda não estude ela ocupa seu dia num lugar que vai ser muito rico na transmissão de doenças • Religião o Pode ser tanto dos pais quanto da criança ▪ Se for uma criança menor = religião dos pais ▪ Se a criança for maior ela pode já proferir sua religião, caso contrário é a religião dos pais. • Se a criança referir a sua religião, o médico deve confirmar se é a mesma religião dos pais Clínica é soberana º INFORMANTE • Pode ser os pais ou responsáveis legais o Se for o caso de ser o responsável legal é necessário colocar o grau de parentesco que esse responsável legal tem com a criança • Dados dos pais ou responsáveis legais o Nome o Ocupação o Idade • Escolaridade Colocar também se é um bom informante ou não QUEIXA PRINCIPAL • Máximo de duas • Deve sempre colocar a queixa principal junto com a sua duração o Exemplo: Tosse e febre há dois dias HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL • Linguagem técnica • Organização cronológica dos fatos • Detalhamento dos sinais e sintomas referidos • Puericultura • Descrever consulta de rotina quando ocorrer o Se for só uma consulta de rotina será descrito como a criança está se desenvolvendo, se a criança está tomando alguma medicação... ▪ Exemplo: Informante comparece para consulta de rotina e diz que o bebê está em aleitamentomaterno exclusivo, com boa pega, é ativo, da última consulta pra cá já está firmando o pescoço, acompanha objetos... • Descrever dúvidas da mãe quando ocorrer o Exemplo: Informante tem dúvidas quanto a introdução do sulfato ferroso. ANTECEDENTES PATOLÓGICOS • Diagnóstico de doenças e tratamento da mesma; • Alergias • Realização de cirurgias • Internamentos • Uso de antibióticos recentemente Excetuando o nome dos pais ou responsáveis legais não é obrigatório colocar outros dados, mas é bom colocar porque já vai te dar uma ideia do que você vai ter pela frente. Se a queixa principal for a consulta de rotina e na HMA aparecem mil e uma queixas, alguma coisa tá errada. Nesse caso deve questionar ao informante se essa é realmente uma consulta de rotina ou se tem várias coisas que o preocupam, nesses casos deve ser questionado também o que mais preocupa a esse informante? “Mãe disse que a criança está com diarreia”, na HMA não será escrito “diarreia”, pois este é o diagnóstico. O que será escrito será: “mãe relata que há tantos dias a criança apresenta febre amolecidas, 5 evacuações ao dia sendo que seu padrão era 1x ao dia , amareladas, com restos alimentares, sem sangue pus ou muco, aparentemente acompanhada de dor abdominal, pois a criança chora antes de evacuar. O quando começou após a introdução de tal alimento, melhora se a mãe não dá...” Tudo tem que ser detalhado para que qualquer pessoa que leia, enxergue uma diarreia e, pelas características dela, até consiga descobrir a causa dessa diarreia. Se ela for uma criança que faz uso de medicação de manutenção, por exemplo, digamos que a criança seja uma criança de 1 ano e meio convulsiva. Nesse caso pode ser posto HMA que ela faz uso crônico de gardenal. → História confusa? Ajude o informante a organizar os pensamentos, formando uma linha do tempo º ANTECEDENTES GESTACIONAIS E PERINATAIS • Aceitação da gestação o A gestação foi planejada? A gestação foi desejada? A gestação foi planejada e desejada? • Essa gestação foi qual gestação? o Número de gestações, parto, aborto ▪ GPA • G = gestações • P = partos • A = abortos • o Se houver ▪ GPCA • G = gestações • P = parir partos normais • C = cesárias • A = abortos • • Realização de pré-natal e número de consultas o Mínimo de 6 consultas ▪ Se não essas 6 consultas não forem feitas, mãe não realizou pré-natal • Duração da gestação o Pré-termo = Menos de 37 semanas o Pós-termo > 42 semanas • Intercorrências gestacionais o Essa mulher teve alguma patologia durante a gestação? ▪ Exemplo: • Diabetes gestacional • Infecções o Essa mulher já era portadora de alguma patologia antes da gestação? ▪ Se sim, como essa patologia se comportou durante a gestação? o A mãe precisou de algum tratamento durante a gestação? • Uso de medicamentos e suplementação materna o Tanto medicamentos de tratamento quanto a suplementação basal necessária • Consanguinidade o Tanto entre os próprios pais quanto dentro da própria família ▪ Consanguinidade aumenta a chance de doenças cromossômicas e gênicas • Exames complementares realizados pela mãe: o Sorologias para: ▪ Toxoplasmose ▪ Hepatite B e C ▪ HTLV ▪ HIV I e II ▪ CMV ▪ Sífilis ▪ Rubéola ▪ Doença de chagas G = gestações = quantas vezes essa mulher ficou grávida P = partos = quantos filhotes ela teve Descrever quantos partos normais e quantos partos cesáreos Número tem que fechar. Se não fechar mãe está escondendo algo ou é gravidez gemelar º • Tipo de parto o Normal x Cesária o Domiciliar x Hospitalar ▪ Ou em outro lugar • Exemplo: ambulância do SAMU o Analgesia durante o trabalho de parto? ▪ Se sim, qual tipo de sedação ou analgesia foi feita? • Anestesia geral durante cesária → A cesária tem que ser muito rápida ou então a criança vai nascer sob o efeito dessa anestesia geral o Vai nascer parada, inclusive o Apresentação da criança ▪ Pélvica? Cefálica? • Parto e suas condições o Como foi o parto ▪ Houve aspiração de mecônio? ▪ O trabalho de parto foi prolongado? • Condições do RN ao nascer o APGAR ▪ Nota que indica a vitalidade do feto / bebê ▪ Antigamente o APGAR ditava a reanimação neonatal, hoje não mais • É um termômetro pra gente saber que a reanimação neonatal está sendo efetiva o Se a criança nasce com um APGAR baixo e há um aumento do APGAR significa um bom atendimento o Se a criança nasce com o APGAR baixo e ele não aumenta pode significar que essa criança não está recebendo um bom atendimento ou que ela não está evoluindo bem ▪ Intervalos de tempo em que o APGAR é realizado • 1’, 3’, 5’, 10’ • 1’,5’,10’ ▪ Nota máxima: 10 • É muito comum a nota de primeiro minuto ser 9, raramente ela é 10 o O próprio fato da criança sair da barriga da mãe e entrar em contato com o ar-condicionado da sala de parto já pode fazer uma acrocianose o Houve manobras de reanimação neonatal? Uso de oxigênio? Passagem pela UTI? ▪ Se o RN passou pela UIT → Relatório detalhado de alta o Verificar: ▪ Uso de: • Antibióticos • Hemoderivados • Ventilação mecânica ▪ Intercorrências ▪ Comorbidades ▪ Procedimentos médicos → Se necessário mais de 10min ele é reavaliado a cada 5 min até alcançar entorno de 20 a 30min, depende → Intervalos dependem do estado da criança º • Dados antropométricos o Peso o Estatura o Perímetro cefálico ao nascer o Perímetro torácico o Perímetro abdominal • Grupo sanguíneo o Pelo menos da mãe e do bebê ▪ Se tiver a informação do pai, ok. • Atenção para o pré-natal o Se em uma consulta de pré-natal a mãe fala que é negativa é importante saber se o pai também é negativo. • Amamentação na primeira hora de vida o Geralmente, se ela não foi amamentada na primeira hora de vida é porque a criança ou a mãe tiveram alguma intercorrência • Testes de triagem neonatal o Olhinho o Linguinha ▪ Sociedade Brasileira de Pediatria é contra esse teste, mas, por lei brasileira, é obrigatório fazer. o Orelhinha o Coraçãozinho o Quadril ▪ Faz no período neonatal e depois desse período, ou seja, não é só um teste de triagem neonatal. ▪ São duas manobras: • Ortolani • Barlow o Pezinho • Tempo de alta da maternidade o É importante saber se a alta da maternidade da mãe e da criança foram iguais ▪ Mãe pode receber alta antes que a criança ou a criança pode receber alta antes da mãe • Saber por que houve essa diferença • Condições que geraram aquele parto ANTECEDENTES FAMILIARES • Patologias em pai, mãe, irmãos/meio-irmão, tios e avós o Doenças familiares nos parentes de primeiro e segundo grau o Além das mais comuns (HAS, DM, Câncer), lembrar de: ▪ Atopias • Rinite • Dermatite • Asma ▪ Alergias ▪ Problemas psiquiátricos ▪ Enxaquecas Lembrando que alguns desses testes, obrigatoriamente, são feitos no período neonatal e outros continuam sendo feitos ao longo das consultas pediátricas, como é o caso do teste do quadril. Esses dados podem ser utilizados, além do neonatologista, pelo geneticista. Isso porque a proporção corporal da gente vai mudando, então para o neonatologista e para o geneticista é importante ver esses perímetros porque isso dá uma ideia da conformação do corpo e que pode estar relacionado ou não a algum fenótipo que tenha um fundo de um genótipo alterado. º ▪ Dores recorrentes • Dor abdominal recorrente • Cefaleia recorrente • Dores em membros recorrentes ANTECEDENTES ALIMENTARES • Amamentação x Aleitamento materno o Amamentação = Recebeu o leite diretamente da mama da mãe o Aleitamento materno = Recebeu o leite da mãe, mas não foi diretamente da mama dela • Amamentação o Exclusiva? Complementada?• Uso de outros leites que não humanos? • Idade da introdução alimentar • História de alergias/intolerâncias alimentares? o Alergia é diferente de intolerância ▪ Alergia é imunomediada ▪ Intolerância é que, por algum motivo – exemplo, imaturidade do sistema digestivo – aquele alimento não caiu bem HISTÓRICO DO NEURODESENVOLVIMENTO • Marcos do desenvolvimento neuropsicomotor o O desenvolvimento da criança ele é craniocaudal e próximo-distal o É importante saber de alguns marcos do desenvolvimento, como: ▪ Firmação do pescoço → 3 meses ▪ Sentar sem apoio → 5 a 6 meses ▪ Engatinhar → 9 meses • Não é um marco obrigatório, mas quando acontece é nessa faixa dos 9 meses ▪ Andar → 1 ano • Dados sobre o sono • Uso de mamadeiras e chupetas o Pode estar relacionado com a fase oral do desenvolvimento emocional* • Uso de telas o Uso de eletrônicos • Controle de esfíncter o Fase pré-escolar o Também faz parte do desenvolvimento neuropsicomotor • Escola e rendimento escolar o É um termômetro pra saber como é que está o desenvolvimento dessa criança → Quando a criança que recebe leite do banco de leite é descrita como “Criança não amamentada, recebe leite de banco humano Orientação: Leite materno exclusivo até 6 meses. Lembrando que esses marcos têm uma certa variação. Um único marco mais atrasado não significa que a criança tenha um atraso do desenvolvimento neuropsicomotor º o Como ela se dar com os colegas e com as figuras de autoridade (adultos que trabalham na escola) o Como ela está indo no desempenho escolar • Atividade de lazer o O que a criança consegue fazer? ANTECEDENTES SOCIAIS E HÁBITOS DE VIDA • Cuidadores o Quem cuida da criança? São os pais? É outra pessoa? Essa outra pessoa tem algum grau de parentesco com a criança? o O cuidador é aquele que exerce a maternagem ▪ Maternagem é o cuidado, a troca, o carinho • Não é necessariamente a mãe • Pode ser o pai • Tipos de habitação o Relação cômodos por pessoa ▪ Quantos cômodos (quarto, sala, cozinha, banheiro) para quantas pessoas • Não são quantos quartos, são espaços da casa • Renda familiar o A renda familiar sustenta quantas pessoas? • Realização de atividade física • Exposição a cigarro ou a drogas lícitas ou ilícitas o Na consulta com o adolescente é importante saber também se ele faz uso de drogas lícitas ou ilícitas, não é só a exposição • Exposição a animais o Que tipo de animal? ▪ Animal doméstico bem cuidado? Animal rural? *FASES DO DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL • Bastante associada à psicanálise → Interferência direta no desenvolvimento neuropsicomotor o Muitas vezes um indivíduo ter um excesso de gratificação ou um excesso de falta de gratificação em determinada fase do desenvolvimento emocional pode interferir no desenvolvimento neuropsicomotor ▪ A criança usando mamadeira e chupeta, estando na fase oral, além dela poder ter um excesso de gratificação da fase oral, ela ainda pode ter outras questões como por exemplo, questões com a arcada dentária etc. • São fases do desenvolvimento emocional: o Oral – típica do lactente o Anal – controle esfincteriano → Pré escolar o Fálica – descoberta do sexo, diferença entre os sexos → Pré-escolar ▪ É nessa época que surge o Complexo de Édipo ▪ Não é relacionada com a sexualidade, são coisas diferentes o Latência – interesses da vida cotidiana (brincar, amigos) → Escolar ▪ Sai um pouco daquele foco de família e de diferenciação entre os sexos o Genital – questões da sexualidade → Adolescente ▪ São as questões voltadas para o sexo º SUPERVISÃO DE SAÚDE • Calendário vacinal o Olhar o PNI – Programa Nacional de Imunizações ▪ Todo ano, no início do ano (máximo março), surgem modificações no calendário anual de vacinações • Ficar atento ▪ Além disso, o calendário de vacinação da SBP, geralmente, é igual ao calendário da Sociedade Brasileira de Imunizações e ao calendário da Sociedade Brasileira de Infectologia, mas não necessariamente o que a SBP indica é o que o governo disponibiliza no PNI o Caderneta de saúde da criança • Dentista o Mesmo que a criança não tenha queixa ela deve ser levada ao dentista o É indicado que a criança vá a cada 6 meses, mas não pode passar de 1 ano • Oftalmologista o Mesmo que a criança não tenha queixa ela deve ser levada ao oftalmologista o É indicado uma consulta por ano • Exames periódicos o São indicados a coleta de alguns exames ▪ Mas essa indicação, em geral, só começa a partir de 1 ano • Isso de rotina, para a criança já ir para a consulta de rotina de 1 ano com esses exames ou na consulta de 1 ano solicitar esses exames para serem apresentados na próxima consulta. o É ideal que a criança tenha exames de rotina antes de sair da fase de lactente • Uso de antiparasitário o Em populações de risco – Brasil como um todo – é recomendado fazer uso de antiparasitário a cada 6 meses e, no máximo, a cada ano. INTERROGATÓRIO SISTEMÁTICO • Questionar todos os segmentos corporais o GERAL ▪ Informações sobre o sono do RN • Qualidade do sono • Quantidade de horas dormidas ▪ Irritabilidade ▪ Prostação ▪ Dificuldade para amamentação o SISTEMA TEGUMENTAR ▪ Pesquisa de: • Pápulas • Manchas • Placas • Descamações • Alterações da cor da pele o Icterícia Se na hora do interrogatório sistemático o informante falar algo referente a HMA, esse novo dado deve ser adicionado na HMA º o SISTEMA CARDIOVASCULAR ▪ Dispneia ao amamentar ▪ Edema ▪ Cianose o SISTEMA RESPIRATÓRIO ▪ Congestão nasal ▪ Coriza ▪ Tosse ▪ Cianose ▪ Esforço respiratório ▪ Roncos ▪ Sibilos o SISTEMA GASTROINTESTINAL ▪ Ritmo intestinal ▪ Característica das fezes ▪ Vômitos o SISTEMA GENITURINÁRIO ▪ Número de micções ▪ Característica da urina ▪ Jato urinário • Sexo masculino • Queixa sobre o desenvolvimento o Pode ser no próprio Interrogatório Sistemático ou pode ser descrito também no Desenvolvimento Neuropsicomotor o Lembrando que essa queixa pode ser tanto uma queixa de desenvolvimento neuropsicomotor quanto a família pode trazer essa queixa na parte de desenvolvimento físico • Alterações musculoesqueléticas o Podem estar dentro do Desenvolvimento Neuropsicomotor EXAME FÍSICO • Exame físico deve ser realizado na íntegra, sendo sensato mudar a sequência semiológica clássica a depender do estado que o paciente se encontra, garantindo-se o exame por aparelhos no momento mais apropriado • Conversar com a criança antes e durante o exame o Lembrar que essa é uma relação de troca com a família como um todo o Conquistar a criança • Explicar o que você vai fazer • O exame físico pediátrico, assim como no exame físico do adulto, começa quando a criança entra no consultório, assim, nesse momento e ao longo da consulta, deve-se observar: o Como a criança anda o Como a criança se comunica o Se a criança tá sendo bem cuidada Se o ritmo intestinal, ritmo urinário, características das fezes e da urina não forem citados na HMA é importante questionar no Interrogatório Sistemático º • Exame físico deve ser realizado na íntegra, sendo sensato mudar a sequência semiológica clássica a depender do estado que o paciente se encontra, garantindo-se o exame por aparelhos no momento mais apropriado • Exame no paciente que chora: o Se a criança estiver chorando, deve-se acalmá-la / distraí-la. Caso ele (a) não pare de chorar, algumas funções podem ser avaliadas e até mesmo facilitadas, como por exemplo: ▪ Ausculta respiratória* • Quando o paciente tá chorando ele realiza inspirações profundas e involuntárias e o médico deve calmamente aguardar tais momentos para realizar a ausculta com atenção *Barbara falouna aula que a ausculta respiratória deve ser com a criança ainda quieta, ainda mais quando o ouvido não está tão treinado, porém o Porto fala que a ausculta respiratória pode ser facilitada se a criança tiver chorando. o Se o paciente não tiver chorando, é importante avaliar as funções que não são comprometidas pelo choro, antes que ele comece a chorar, então deve-se avaliar: ▪ Frequência cardíaca ▪ Frequência respiratória ▪ Ausculta cardíaca • Sopros cardíacos são dificilmente identificados com o paciente chorando ▪ Tensão das fontanelas ▪ Tensão abdominal • Normotenso • Flácido ▪ Pressão arterial o De um modo geral deve-se: ▪ Iniciar a ausculta ainda no colo da genitora • Ou na hora que a criança tiver mais calma ▪ Ouvido e garganta ao fim da consulta • Para criança menores • Exames que deixam a criança mais agitada / agoniada ▪ Genitália, mamas e osteomioarticular ao fim da consulta • Para adolescentes • Grande variação da conformação física com a idade ASPECTO GERAL / INSPEÇÃO • Estado geral o É classificado em: ▪ Bom estado geral ▪ Regular estado geral ▪ Mal estado geral o Para ser avaliado o estado geral, deve-se avaliar se a criança está ou não: ▪ Hidratada ▪ Prostação ▪ Coloração De um modo geral, deve ser deixado para o final da consulta aquilo que pode deixar a criança mais desconfortável / mais chateada / mais envergonhada º • Cianose o Central ▪ Lembrar que cianose central poupa as mucosas o Extremidades ▪ Pode ser só por causa do frio na sala de parto • Corado x Descorado • Icterícia o Grau da icterícia o Zona da icterícia ▪ Para recém-nascidos ▪ Zonas de Kramer • Fácies típicas x atípicas o Fácies atípicas – que não tem fácies típicas de nenhuma doença o Fáceis típicas – que tem fácies típicas de doenças, como: ▪ Cromossomopatias / Doenças genéticas • Down • Turner • Klinefelter ▪ Doenças metabólicas • Fáceis Cretinicas o Hipotireoidismo congênito ▪ Questões respiratórias → Hipertrofia de Adenoide • Face Adenoideana o Criança respira pela boca • Cuidado e higiene do paciente DADOS VITAIS • Temperatura o Graus Celsius • Frequência cardíaca • Pulso O QUE ESPERAR DE UMA CRIANÇA SAUDÁVEL BEG, corado, hidratado, anictérico, acianótico, eupneico, afebril ao toque, ativo, fáceis atípicas, boas condições de higiene Em geral, a gente tem a frequência cardíaca muito parecida com o pulso, mas em algumas situações, como por exemplo nas arritmias, nem todo batimento vai gerar onda de pulso. º • Pressão arterial o Idealmente sempre, mas obrigatório em crianças maiores de 3 anos, em patologias e em determinadas situações: ▪ Criança aparentemente chocada ▪ Criança onde desconfia-se de uma coarctação de aorta o Locais: ▪ Braço • Ausculta: Artéria braquial • Método palpatório: Artéria radial ▪ Coxa → Se o manguito não for de tamanho apropriado para o braço • Ausculta: Artéria poplítea • Método palpatório: Artéria tibial posterior ou artéria pediosa • Frequência respiratória MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS • Peso o Até 15/16kg as crianças são pesadas na balança pediátrica o Lembrar de sempre zerar a balança o Paciente sem roupas e sem fraldas o Peso aproximado: ▪ Meses: • 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 = ( 𝐼𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑚 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 2 ) + 9 ▪ 1 a 6 anos: • 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 = (𝐼𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑚 𝑎𝑛𝑜𝑠 × 2) + 8 o Perda de peso fisiológica – como funciona ▪ 4 a 5 dias de vida – Ocorre perda fisiológica de 3 a 10% do peso • Perder mais de 10% é patológico • Perder até 10% é fisiológico o Só que se eu devo me preocupar com isso ou não vai depender de quantos dias de vida a criança tem O peso aproximado é só para ter uma ideia porque o ideal é se basear no peso de nascimento da criança em relação a sua idade atual, isso por ser mais fidedigno º ▪ O peso se recupera em torno do décimo dia de vida ▪ Ritmo de ganho de peso: • Primeiro trimestre – 25 a 35g/dia o Acaba usando a média: 30g/dia • Segundo trimestre – 15 a 25g/dia o Acaba usando a média: 20g/dia • Terceiro e quarto trimestre – 5 a 15g/dia o Acaba usando a média: 10g/dia ] EXEMPLOS DADOS EM AULA – PERDA DE PESO FISIOLÓGICA AO NASCER • Alexandre o Peso de nascimento: 3kg o 2 dias de vida: 2780g o Alexandre perdeu cerca de 7,5% do peso de nascimento ▪ HOJE é uma perda fisiológica, mas tem risco de se tornar uma perda patológica, pois em apenas 2 dias de vida ele perdeu quase os 10% que ele deveria perder em 4 a 5 dias de vida • Então ficar atento e pedir para ele voltar no dia seguinte ou em 48hrs • Barbara o PN: 3kg o 5 dias de vida: 2900g o Barbara perdeu cerca de 3,3% do PN ▪ Ela teve uma perda fisiológica e a uns dias ela vai começar a ganhar, isso é dentro do esperado. • Pimenta o PN: 3kg o 4 dias de vida: 2640g do PN o Pimenta perdeu cerca de 12% ▪ Isso é uma perda patológica No terceiro e quarto trimestre muita gente acaba usando para o terceiro trimestre 15g/dia e no quarto trimestre 12g/dia, mas há quem use a média de 10g/dia para o terceiro e quarto trimestres EXEMPLOS DADOS EM AULA – RITMO DE GANHO DE PESO Luiza nasceu com 3200g e hoje ela está com 3 meses. Quanto que Luiza deve pesar hoje? → Conta: 3200 + (30 x 90) = 3200 + 2700 = 5900g Adélia nasceu com 3450 e tem hoje 9 meses. Quanto que Adélia deve pesar hoje? → Conta: 3450 + {(30 x 90) + (20 x 90) + (10 x 90)} = 3450 + {2700 + 1800 + 900} = 3450 + 5400 = 8.850g 30 = quantidade de gramas por dia – 1º trimestre 90 = quantidade de dias no trimestre 30 = quantidade de gramas por dia – 1º trimestre 90 = quantidade de dias no trimestre 20 = quantidade de gramas por dia – 2º trimestre 90 = quantidade de dias no trimestre 10 = quantidade de gramas por dia – 3º trimestre 90 = quantidade de dias no trimestre º o Dados sobre o ganho de peso ▪ Peso do nascimento dobra com 5 a 6 meses e triplica aos 12 meses ▪ Aos 5 anos → Dobra o peso em relação aos 12 meses • ESTATURA o Menores de 2 anos → Estadiômetro o Estatura alvo: ▪ É o potencial genético que aquele indivíduo tem em crescer • Não significa que necessariamente a criança vai atingir aquela estatura, mas significa o potencial genético que aquele indivíduo tem o Cada um é exposto a situações de saúde, de agravos nutricionais, entre outras coisas, que podem ou não aproveitar esse potencial genético do indivíduo. ▪ É calculado da seguinte forma: • Masculino: o 𝐸𝐴 = 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑖 (𝑐𝑚) + 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑚ã𝑒 (𝑐𝑚) + 13 2 • Feminino o 𝐸𝐴 = 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑖 (𝑐𝑚)+ 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑚ã𝑒 (𝑐𝑚)− 13 2 o Crescimento secular ▪ Significa que uma geração acaba sendo maior – nem que seja em milímetros – do que a sua geração antecessora • Isso porque as condições de saúde, como um todo, acabam sendo cada vez melhores → Cuidado que alguns triplicam com 5 meses e outros triplicam com 6 meses → Lembrando que isso tudo é só pra dar uma IDEIA, o correto é a gente individualizar para cada um EXEMPLO DADO EM AULA – ESTATURA ALVO 𝐸𝐴 = 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑖 (𝑐𝑚) + 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑚ã𝑒 (𝑐𝑚) − 13 2 𝑬 𝑨 = 𝟏𝟖𝟐 + 𝟏𝟕𝟕, 𝟓 – 𝟏𝟑 𝟐 𝑬𝑨 = 𝟑𝟓𝟗, 𝟓 − 𝟏𝟑 𝟐 𝑬𝑨 = 𝟑𝟒𝟔, 𝟓 𝟐 𝑬𝑨 = 𝟏𝟕𝟑, 𝟐𝟓m DP +-8 º o Ganho de estatura ▪ Primeiro ano de vida = 25cm • 50% da estatura ao nascer ▪ Segundo ano de vida = 12,5cm ▪ Terceiro ano de vida = 9cm ▪ Depois = 6cm/ano até a puberdade ▪ Na puberdade o estirão de crescimento é de 8 a 9cm por ano • PERÍMETROCEFÁLICO o Usar fita métrica o Deve ser medido da seguinte forma: ▪ Envolver a fronte (glabela) e a protuberância occipital ▪ Não abranger as orelhas • Se passar por cima da orelha o perímetro cefálico vai ser maior o Aumento do perímetro cefálico: ▪ 1º trimestre = 2cm/mês ▪ 2º trimestre = 1cm/mês ▪ 3º trimestre = 0,5cm/mês OU ▪ Primeiro ano de vida = +- 12cm, sendo: • Primeiro mês em torno de 3-4cm • 2º ao 6º mês = 1cm/mês • Segundo semestre = 0,5cm/mês CABEÇA E PESCOÇO • Forma do crânio o Pode estar alterada por conta da posição que a criança estava na barriga da mãe • Palpação das fontanelas o As fontanelas têm um formato de um losango→ São dados dois tamanhos para elas o Fontanelas: ▪ Anterior – Bregmática • Fecha em torno dos 18 meses de vida ▪ Posterior – Lambdoide • Pode ser fechada desde o nascimento ou ser só um pontinho que se fecha, em geral, com 1 mês de vida • Olhos o Reflexo do olho vermelho • Orelha o Otoscopia ▪ Lembrando que é realizada no final o Estigmas / alterações: ▪ As alterações das orelhas podem estar relacionadas com malformações em outros órgãos de mesma origem embriológica • Exemplo: alteração renal ▪ São essas alterações: • Sinus pré-auricular ou colomba auris o É como se fosse um buraquinho • Apêndice auricular DIAGNÓSTICO DE MICROCEFALIA – OMS • MENINOS: o PC ≤ 31,9cm • MENINAS o PC ≤ 31,5cm º o Pode estar no meio da bochecha e ainda assim ser chamado de apêndice auricular / pré-auricular • Anotia o Criança nasce sem a orelha • Orelha rudimentar • Boca o Oroscopia ▪ Lembrando que é realizada no final o Avaliar freios / frênulos linguais ▪ Tanto freio lingual quanto freio labial o Dentes e estado de conservação dos dentes o Malformações ▪ Fissura / fenda labial ▪ Fissura / fenda palatina • Nariz • Palpação de linfonodos o Cervicais o Submandibulares o Supraclaviculares • Palpação da tireoide o Principalmente na adolescência ▪ Quando ocorre o boom hormonal há a tendência de várias situações Sinus pré-auricular Apêndice auricular Anotia Fenda / fissura labial ou fenda / fissura palatina são diagnósticos, logo, não colocar, na descrição do exame físico “presença de fissura labial”. É para ser descrito como “presença de solução de descontinuidade em lábio superior do lado esquerdo completa / incompleta” Linfonodos cervicais e submandibulares são comuns de serem palpados. Lembrar que eles drenam cabeça e pescoço e são áreas de muito contato com microrganismos Os linfonodos supraclaviculares, quando palpáveis, há uma certa preocupação em relação a alguma coisa maligna º TÓRAX E APARELHO RESPIRATÓRIO • Inspeção o Abaulamentos o Retrações o Sinais de esforço respiratório • Palpação o Frêmito tóraco-vocal o Palpação de costelas • Percussão o Som pulmonar • Ausculta o Ausculta respiratória anterior e posterior o Ausculta da inspiração (choro) APARELHO CARDIOVASCULAR • Inspeção o Ictus visível? o Ictus impulsivo? • Palpação o Palpar localização do ictus o Palpar frêmitos, se presentes • Ausculta o Bulhas cardíacas ▪ Descrever sopros com referência na borda esternal • Aferir a pressão arterial o O manguito deve ser adequado ao tamanho da criança o TA média = Idade x 2 + 90 ▪ A pressão é mais alta em: • Nas crianças mais velhas • Nos meninos • Em crianças maiores (altura) SINAIS DE ESFORÇO RESPIRATÓRIO Presença de tiragem intercostal → Criança dispneica Presença de tiragem intercostal + Aumento da FR = Taquidispneia º ABDOME • Inspeção o Cicatriz umbilical ▪ Hérnia ▪ Secreções o O umbigo já caiu? o Forma o Abaulamentos • Ausculta o Ruídos hidroaéreos o Sopros arteriais • Percussão o Timpanismo x Macicez ▪ O abdome tem um timpanismo variável • Vísceras → Fica mais maciço • Palpação o Com as mãos ou com os dedos o Massas e visceromegalias o Sinais de irritação peritoneal o Dor o Palpar a loja renal ▪ É super importante • O tumor sólido mais comum na criança é o Tumor de Wilms que é um tumor renal ▪ Ela é bimanual • Uma mão vai embaixo do dorso da criança, enquanto a outra mão palpa o flanco da criança ▪ Palpação na criança que chora • Aproveitar o momento que a criança inspira para fazer a palpação APARELHO GENITURINÁRIO • Aspecto da genitália o Típica masculina ou feminina ▪ Crianças que nascem com genitália ambígua não tem como saber sobre o sexo ao nascimento • Nesses casos o sexo é indeterminado o Até fazer o exame cromossômico Criança com genitália ambígua. Não dá diferenciar se essas estruturas são grandes lábios ou uma bolsa escrotal e nem se há um micro- pênis ou um megaloclítoris º o Presença de testículos ▪ Lembrar que às vezes o testículo não está na bolsa, mas está no canal • É possível fazer a palpação testicular no canal • Se o testículo não está na bolsa e nem é palpável no canal, é necessário saber onde esse testículo está o Solicitar USG o Presença de fimose ▪ Fimose é quando se tem um anel no prepúcio e assim impede a exposição da glande • Quando se tem um prepúcio normal ele é retrátil e com isso a glande é exposta. Se um anel é formado nesse prepúcio, o nome dado a esse anel é fimose e assim o prepúcio não pode ser retraído e, consequentemente, a glande não é exposta. Contudo, em um pênis com fimose, se essa retração do prepúcio for forçada, o que pode acontecer é uma parafimose, caracterizada pelo rompimento de algumas fibras desse anel herniário / da fimose com consequente estrangulamento peniano. o Fimose = cirurgia eletiva o Parafimose = cirurgia de urgência • Antigamente falava-se para a mãe, na hora do banho, usar água morna, sabão e escalonar, mas hoje em dia se sabe que não se faz isso porque cada vez que a mãe força essa região ela pode fazer microtrauma nesse anel fibrótico. O microtrauma, por sua vez, além da questão de ser porta de entrada para fazer uma infecção, gera mais fibrose por conta do processo de cicatrização. PARAFIMOSE º • Não confundir fimose com Aderência Balanoprepucial o Na Aderência Balanoprepucial também não é possível de expor a glande, mas não é porque tem um anel impedindo essa exposição é porque a pele está aderida à glande o Presença de sinéquia ▪ Sinéquia é quando os lábios vaginais estão juntos / grudados ▪ Pode ser de: • Sinéquia de pequenos lábios • Sinéquia de grandes lábios o Abertura da uretra ▪ Se espera que a abertura da uretra seja central na glande, contudo ela pode ser: • Mais para cima o Caracterizando então uma epispádia • Mais para baixo o Caracterizando uma hipospádia o Presença de hérnias ▪ A hérnia inguinal ela é mais comum no sexo masculino • Isso por conta do canal inguinal Epispádia Hipospádia Nessa imagem a criança tem tanto um aumento de volume da bolsa escrotal quanto um aumento de volume na região inguinal, então essa criança deve ter uma hérnia inguinal. Sinéquia de pequenos lábios º • Estado puberal o Estágios de Tunner ▪ Para as meninas usa-se: • P e M o P = Pelos o M = Mamas ▪ Para os meninos usa-se: • P e G o P = Pelos o G = Genitália • Palpação de linfonodos o É muito comum a palpação de gânglios inguinais em crianças que já andam APARELHO OSTEOMIOARTICULAR • Forma dos pés e mãos o Sinéquia de dedo o Polidactilia • Simetria entre os membros • Coluna o Desvios ▪ São comuns na adolescência ▪ Sãoeles: • Cifose • Lordose • Escoliose o Mielomeningoceles ocultas? ▪ Desconfia-se de disrafismo oculto quando o paciente começa a ter: • Alterações na marcha • Sinais de bexiga ou intestino neurogênico ▪ Na hora de examinar o dorso da criança, olhar se ela tem estigmas na linha média / estigmas sacrais. Caso esses estigmas estejam presentes deve-se investigar disrafismo oculto. • Estigmas são alterações. Elas podem ser: o Alguma mancha ▪ Mancha mongólica* NÃO é um estigma sacral o Sinus (o buraquinho) o Tufinho de pelo Essa classificação começa com I (um), portanto, se alguma questão tiver 0 (zero), exemplo: P0; M0, ela está errada. *Mancha mongólica = Manchas que podem aparecer em qualquer lugar do corpo, sendo o mais comum na região sacral e nádegas, e que estão relacionadas à características raciais. Ela significa que em até 7 gerações houve miscigenação entre a raça branca e qualquer outra. A mancha mongólica desaparece. Ela é resultado de uma deposição de melanina na derme, sendo que ela deveria estar na epiderme. º NEUROLÓGICO • Atenção aos reflexos primitivos nos recém-nascidos o Reflexos que se espera que eles desapareçam na idade apropriada • Reflexos adquiridos o Reflexos que se espera que apareçam na idade apropriada • Avaliar marcos de desenvolvimento neuropsicomotor de acordo com a faixa etária o Ir anotando na Caderneta de Saúde da Criança • Faz parte do exame físico neurológico constatar aquilo que a mãe diz o que a criança faz • A mãe diz se a criança é capaz de andar sem apoio. Na hora do exame físico deve-se avaliar se ela realmente anda sem apoio. Reflexos tendinosos • Força muscular • Pares craninanos • Tônus muscular
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