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1 SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA

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SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA 
INTRODUÇÃO 
• Para Woods (2012), os adultos representam "crianças grandes"; dessa maneira, muitos 
princípios discutidos para outras faixas etárias se aplicam também aos pacientes pediátricos. 
• Tem como objetivo acompanhar o crescimento e o desenvolvimento do ser 
• A atuação do pediatra não é apenas em queixas agudas, mas também na prevenção e 
promoção de saúde 
o É o acompanhamento da puericultura para prevenir agravos e para identificá-los 
precocemente para não os deixar que eles tenham tanta repercussão na vida do 
paciente 
o Assistência global deve ser feita sempre que possível e deve abranger tanto os 
problemas orgânicos quanto psíquicos, de modo preventivo e curativo, visando as 
particularidades de cada criança. Assim é indispensável a mais acurada 
propedêutica. 
• Importância do acompanhante e cuidador do paciente 
o É importante que o acompanhante – que é o informante – esteja a par de todas as 
queixas 
o Às vezes o acompanhante não é o cuidador da criança 
▪ Então muitas vezes a gente se depara com histórias incompleta 
• O ideal é que quem traga a criança seja quem toma conta dela 
• Grande variação de perfil do paciente → Do RN ao adolescente 
• Na maioria das vezes o paciente não é o informante 
o Lembrar que estamos lidando com faixas etárias menores 
o Com o desenvolvimento e crescimento da criança a tendência é que ela participe 
mais da consulta e ela deve participar mais ativamente 
▪ Se a criança quer participar mais e o acompanhante “não deixa” / “fica 
cortando” a criança, ligar o desconfiômetro, pois o adulto pode ter medo 
que a criança conte algo que ele não queira 
• Exemplo: Maus tratos 
• Examinar uma criança envolve cuidado, conhecimento e arte 
• Empatia e respeito com os familiares 
o Se a família traz uma queixa, mesmo que essa queixa seja aparentemente banal, a 
gente tem que, respeitosamente, tirar a dúvida daquela família e explicar o que está 
acontecendo 
o Do médico espera-se gentileza e doçura no seu trato tanto em relação a criança 
quanto em relação a família, uma vez que a criança é dependente dela e a adesão 
ao tratamento depende inteiramente dessa relação médico-família. 
RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE 
• Independente da faixa etária e do grau de compreensão, o paciente é o centro da consulta, 
mas em caso de pacientes mais novos, como é o caso, a relação médico-paciente é mediada 
pelos pais ou responsáveis, mas, claro, sem perder o foco na criança 
o Lembrando que muitas vezes os pais precisam de mais assistência e compreensão 
do que o próprio paciente 
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▪ Muitas vezes são pais de primeira viagem, não sabem lidar direito com a 
criança e são eles que estarão no dia-a-dia do paciente, então eles devem 
ser bem instruídos 
CONSULTA PEDIÁTRICA 
• Comunicação requer mais arte que ciência 
o Para que qualquer consulta seja efetiva e completa, a comunicação entre o médico e o 
paciente deve ser bem realizada, entretanto, na consulta pediátrica muitas vezes essa 
comunicação é intermediada pelo pai/mãe ou responsável que, frequentemente, mal 
compreende a linguagem da criança ou o que ela realmente está se queixando, assim, 
coletar dados fidedignos sobre a criança pequena requer mais arte que ciência, sem 
contar, ainda que o paciente seja comunicativo, ele pode trazer um dado “falso” – dizer 
que tá sentindo alguma coisa sendo que ele não tá (Maria Fernanda sempre se queixa 
de dor na perna quando tá doente). 
▪ Para uma boa consulta pediátrica e para identificar e diagnosticar 
problemas no crescimento e outros problemas de saúde deve-se 
observar atentamente a linguagem gestual e a relação que o paciente 
em questão estabelece com seus pais ou responsáveis que revelam 
vínculos emocionais e sociais que poderão repercutir na constituição do 
sujeito 
• Tudo isso deve ser motivo da atenção do médico durante a 
consulta 
• Habilidade 
o Deve-se considerar que o paciente pediátrico, em especial as crianças menores, pode 
está irritado, intimidado, em choro franco e com agitação psicomotora, para tanto, 
exige-se do profissional bastante habilidade na hora de examinar o paciente 
ETAPAS DA INFÂNCIA 
• A faixa pediátrica ela vai abranger todas as etapas de vida do indivíduo até a fase adulta 
• São as etapas da infância 
o Recém- nascido → Zero a 28 dias 
▪ Zero a 28 dias 
▪ O RN não deixa de ser um lactente, ele é um “lactente especial” 
o Lactente → 29 dias de vida a 2 anos de idade 
▪ 2 anos exclusive 
▪ Lactente Jovem 
• 29 dias a 3meses 
o Pré-escolar → dos 2 aos 6 anos de idade 
▪ 2 anos inclusive 
▪ 6 anos exclusive 
o Escolar → dos 7 aos 10 anos de idade 
▪ 10 anos exclusive 
o Adolescente → dos 10 aos 19 anos de idade 
▪ Por definição da OMS adolescente vai até os 19 anos, mas há alguns serviços 
de saúde que atendem e consideram o adolescente até os 20/21 anos 
▪ Pré-adolescente 
• 10 aos 14 anos 
• Nada mais é do que o adolescente pré-púbere 
INCLUSIVE = É o dia que completou aquela idade. 
EXCLUSIVE = Ele já fez aquela idade e é “chutado” 
para outra fase 
 
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SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA 
• Anamnese 
• Exame físico 
• Exames complementares 
o Se necessários 
ANAMNESE 
 
• História detalhada do paciente 
o Abrange toda evolução de sua vida, até o momento da consulta 
▪ Cuidado com uma coisa, se eu vou fazer uma consulta de uma criança de 3 
anos que eu nunca atendi na vida, essa anamnese tem que ser completa e 
detalhada, com toda evolução dela, desde o pré-natal até o dia de hoje. Mas 
se é o meu paciente de consultório eu não preciso que a cada consulta dele 
ficar colocando todos os antecedentes, idealmente é que eles já estejam lá. 
IDENTIFICAÇÃO 
• Nome da criança 
o Para crianças que, por algum motivo, não foram registradas esse campo deve ser 
registrado da seguinte maneira: faixa etária da criança + de ... (nome da mãe) 
▪ Exemplos: 
• Criança que recebeu alta há 48hrs do hospital e o nome da mãe é 
Maria da Silva = RN de Maria da Silva 
• Criança de 1 ano e meio que não foi registrada e o nome da mãe é 
Maria Silveira = Lactente de Maria Silveira 
▪ Observação: Se for uma criança maior ela pode ser chamada de “filho de...” 
• Idade / Data de nascimento 
• Naturalidade e procedência 
o Questionar se já morou em outro lugar ou se teve viagens recentes 
▪ Se sim, questionar para onde, quando e por quanto tempo 
• Escolaridade 
o Mesmo que seja uma criança muito pequena deve ser questionado acerca da 
escolaridade 
▪ Há crianças que frequentam creches 
• Mesmo que a criança ainda não estude ela ocupa seu dia num lugar 
que vai ser muito rico na transmissão de doenças 
• Religião 
o Pode ser tanto dos pais quanto da criança 
▪ Se for uma criança menor = religião dos pais 
▪ Se a criança for maior ela pode já proferir sua religião, caso contrário é a 
religião dos pais. 
• Se a criança referir a sua religião, o médico deve confirmar se é a 
mesma religião dos pais 
 
 
Clínica é soberana 
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INFORMANTE 
• Pode ser os pais ou responsáveis legais 
o Se for o caso de ser o responsável legal é necessário colocar o grau de parentesco 
que esse responsável legal tem com a criança 
• Dados dos pais ou responsáveis legais 
o Nome 
o Ocupação 
o Idade 
• Escolaridade Colocar também se é um bom informante ou não 
QUEIXA PRINCIPAL 
• Máximo de duas 
• Deve sempre colocar a queixa principal junto com a sua duração 
o Exemplo: Tosse e febre há dois dias 
 
 
 
HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL 
• Linguagem técnica 
• Organização cronológica dos fatos 
• Detalhamento dos sinais e sintomas referidos 
• Puericultura 
• Descrever consulta de rotina quando ocorrer 
o Se for só uma consulta de rotina será descrito como a criança está se 
desenvolvendo, se a criança está tomando alguma medicação... 
▪ Exemplo: Informante comparece para consulta de rotina e diz que o bebê 
está em aleitamentomaterno exclusivo, com boa pega, é ativo, da última 
consulta pra cá já está firmando o pescoço, acompanha objetos... 
• Descrever dúvidas da mãe quando ocorrer 
o Exemplo: Informante tem dúvidas quanto a introdução do sulfato ferroso. 
 
 
 
 
ANTECEDENTES PATOLÓGICOS 
• Diagnóstico de doenças e tratamento da mesma; 
• Alergias 
• Realização de cirurgias 
• Internamentos 
• Uso de antibióticos recentemente 
Excetuando o nome dos pais ou responsáveis legais não é obrigatório 
colocar outros dados, mas é bom colocar porque já vai te dar uma ideia 
do que você vai ter pela frente. 
 
Se a queixa principal for a consulta de rotina e na HMA aparecem mil e uma queixas, alguma coisa tá errada. Nesse 
caso deve questionar ao informante se essa é realmente uma consulta de rotina ou se tem várias coisas que o preocupam, 
nesses casos deve ser questionado também o que mais preocupa a esse informante? 
 
“Mãe disse que a criança está com diarreia”, na HMA não será escrito “diarreia”, pois este é o diagnóstico. O que será escrito 
será: “mãe relata que há tantos dias a criança apresenta febre amolecidas, 5 evacuações ao dia sendo que seu padrão era 1x ao dia , 
amareladas, com restos alimentares, sem sangue pus ou muco, aparentemente acompanhada de dor abdominal, pois a criança chora 
antes de evacuar. O quando começou após a introdução de tal alimento, melhora se a mãe não dá...” 
Tudo tem que ser detalhado para que qualquer pessoa que leia, enxergue uma diarreia e, pelas características dela, até consiga 
descobrir a causa dessa diarreia. 
 
Se ela for uma criança que faz uso de medicação de manutenção, por exemplo, digamos que a criança seja uma criança 
de 1 ano e meio convulsiva. Nesse caso pode ser posto HMA que ela faz uso crônico de gardenal. 
 
→ História confusa? Ajude o 
informante a organizar os pensamentos, 
formando uma linha do tempo 
 
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ANTECEDENTES GESTACIONAIS E PERINATAIS 
• Aceitação da gestação 
o A gestação foi planejada? A gestação foi desejada? A gestação foi planejada e 
desejada? 
• Essa gestação foi qual gestação? 
o Número de gestações, parto, aborto 
▪ GPA 
• G = gestações 
• P = partos 
• A = abortos 
• 
o Se houver 
▪ GPCA 
• G = gestações 
• P = parir partos normais 
• C = cesárias 
• A = abortos 
• 
• Realização de pré-natal e número de consultas 
o Mínimo de 6 consultas 
▪ Se não essas 6 consultas não forem feitas, mãe não realizou pré-natal 
• Duração da gestação 
o Pré-termo = Menos de 37 semanas 
o Pós-termo > 42 semanas 
• Intercorrências gestacionais 
o Essa mulher teve alguma patologia durante a gestação? 
▪ Exemplo: 
• Diabetes gestacional 
• Infecções 
o Essa mulher já era portadora de alguma patologia antes da gestação? 
▪ Se sim, como essa patologia se comportou durante a gestação? 
o A mãe precisou de algum tratamento durante a gestação? 
• Uso de medicamentos e suplementação materna 
o Tanto medicamentos de tratamento quanto a suplementação basal necessária 
• Consanguinidade 
o Tanto entre os próprios pais quanto dentro da própria família 
▪ Consanguinidade aumenta a chance de doenças cromossômicas e gênicas 
• Exames complementares realizados pela mãe: 
o Sorologias para: 
▪ Toxoplasmose 
▪ Hepatite B e C 
▪ HTLV 
▪ HIV I e II 
▪ CMV 
▪ Sífilis 
▪ Rubéola 
▪ Doença de chagas 
G = gestações = quantas vezes essa 
mulher ficou grávida 
P = partos = quantos filhotes ela teve 
Descrever quantos partos normais e 
quantos partos cesáreos 
Número tem que fechar. Se não fechar mãe está escondendo algo ou é gravidez gemelar 
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• Tipo de parto 
o Normal x Cesária 
o Domiciliar x Hospitalar 
▪ Ou em outro lugar 
• Exemplo: ambulância do SAMU 
o Analgesia durante o trabalho de parto? 
▪ Se sim, qual tipo de sedação ou analgesia foi feita? 
• Anestesia geral durante cesária → A cesária tem que ser muito 
rápida ou então a criança vai nascer sob o efeito dessa anestesia 
geral 
o Vai nascer parada, inclusive 
o Apresentação da criança 
▪ Pélvica? Cefálica? 
• Parto e suas condições 
o Como foi o parto 
▪ Houve aspiração de mecônio? 
▪ O trabalho de parto foi prolongado? 
• Condições do RN ao nascer 
o APGAR 
▪ Nota que indica a vitalidade do feto / bebê 
▪ Antigamente o APGAR ditava a reanimação neonatal, hoje não mais 
• É um termômetro pra gente saber que a reanimação neonatal está 
sendo efetiva 
o Se a criança nasce com um APGAR baixo e há um aumento 
do APGAR significa um bom atendimento 
o Se a criança nasce com o APGAR baixo e ele não aumenta 
pode significar que essa criança não está recebendo um 
bom atendimento ou que ela não está evoluindo bem 
▪ Intervalos de tempo em que o APGAR é realizado 
• 1’, 3’, 5’, 10’ 
• 1’,5’,10’ 
▪ Nota máxima: 10 
• É muito comum a nota de primeiro minuto ser 9, raramente ela é 
10 
o O próprio fato da criança sair da barriga da mãe e entrar em 
contato com o ar-condicionado da sala de parto já pode 
fazer uma acrocianose 
o Houve manobras de reanimação neonatal? Uso de oxigênio? Passagem pela UTI? 
▪ Se o RN passou pela UIT → Relatório detalhado de alta 
o Verificar: 
▪ Uso de: 
• Antibióticos 
• Hemoderivados 
• Ventilação mecânica 
▪ Intercorrências 
▪ Comorbidades 
▪ Procedimentos médicos 
→ Se necessário mais de 
10min ele é reavaliado a cada 
5 min até alcançar entorno 
de 20 a 30min, depende 
→ Intervalos dependem do 
estado da criança 
 
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• Dados antropométricos 
o Peso 
o Estatura 
o Perímetro cefálico ao nascer 
o Perímetro torácico 
o Perímetro abdominal 
• Grupo sanguíneo 
o Pelo menos da mãe e do bebê 
▪ Se tiver a informação do pai, ok. 
• Atenção para o pré-natal 
o Se em uma consulta de pré-natal a mãe fala que é negativa 
é importante saber se o pai também é negativo. 
• Amamentação na primeira hora de vida 
o Geralmente, se ela não foi amamentada na primeira hora de vida é porque a criança 
ou a mãe tiveram alguma intercorrência 
• Testes de triagem neonatal 
o Olhinho 
o Linguinha 
▪ Sociedade Brasileira de Pediatria é contra esse teste, mas, por lei brasileira, 
é obrigatório fazer. 
o Orelhinha 
o Coraçãozinho 
o Quadril 
▪ Faz no período neonatal e depois desse período, ou seja, não é só um teste 
de triagem neonatal. 
▪ São duas manobras: 
• Ortolani 
• Barlow 
o Pezinho 
• Tempo de alta da maternidade 
o É importante saber se a alta da maternidade da mãe e da criança foram iguais 
▪ Mãe pode receber alta antes que a criança ou a criança pode receber alta 
antes da mãe 
• Saber por que houve essa diferença 
• Condições que geraram aquele parto 
ANTECEDENTES FAMILIARES 
• Patologias em pai, mãe, irmãos/meio-irmão, tios e avós 
o Doenças familiares nos parentes de primeiro e segundo grau 
o Além das mais comuns (HAS, DM, Câncer), lembrar de: 
▪ Atopias 
• Rinite 
• Dermatite 
• Asma 
▪ Alergias 
▪ Problemas psiquiátricos 
▪ Enxaquecas 
Lembrando que alguns desses testes, 
obrigatoriamente, são feitos no período 
neonatal e outros continuam sendo feitos 
ao longo das consultas pediátricas, como é 
o caso do teste do quadril. 
Esses dados podem ser utilizados, além do neonatologista, pelo 
geneticista. Isso porque a proporção corporal da gente vai mudando, 
então para o neonatologista e para o geneticista é importante ver 
esses perímetros porque isso dá uma ideia da conformação do corpo 
e que pode estar relacionado ou não a algum fenótipo que tenha um 
fundo de um genótipo alterado. 
 
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▪ Dores recorrentes 
• Dor abdominal recorrente 
• Cefaleia recorrente 
• Dores em membros recorrentes 
ANTECEDENTES ALIMENTARES 
• Amamentação x Aleitamento materno 
o Amamentação = Recebeu o leite diretamente da mama da mãe 
o Aleitamento materno = Recebeu o leite da mãe, mas não foi diretamente da mama 
dela 
 
 
• Amamentação 
o Exclusiva? Complementada?• Uso de outros leites que não humanos? 
• Idade da introdução alimentar 
• História de alergias/intolerâncias alimentares? 
o Alergia é diferente de intolerância 
▪ Alergia é imunomediada 
▪ Intolerância é que, por algum motivo – exemplo, imaturidade do sistema 
digestivo – aquele alimento não caiu bem 
HISTÓRICO DO NEURODESENVOLVIMENTO 
• Marcos do desenvolvimento neuropsicomotor 
o O desenvolvimento da criança ele é craniocaudal e próximo-distal 
o É importante saber de alguns marcos do desenvolvimento, como: 
▪ Firmação do pescoço → 3 meses 
▪ Sentar sem apoio → 5 a 6 meses 
▪ Engatinhar → 9 meses 
• Não é um marco obrigatório, mas quando acontece é nessa faixa 
dos 9 meses 
▪ Andar → 1 ano 
 
 
• Dados sobre o sono 
• Uso de mamadeiras e chupetas 
o Pode estar relacionado com a fase oral do desenvolvimento emocional* 
• Uso de telas 
o Uso de eletrônicos 
• Controle de esfíncter 
o Fase pré-escolar 
o Também faz parte do desenvolvimento neuropsicomotor 
• Escola e rendimento escolar 
o É um termômetro pra saber como é que está o desenvolvimento dessa criança 
→ Quando a criança que recebe leite do banco de leite é descrita como “Criança não amamentada, recebe leite 
de banco humano 
Orientação: Leite materno exclusivo até 6 meses. 
Lembrando que esses marcos têm uma certa variação. Um único marco mais atrasado não significa que a criança tenha um atraso do 
desenvolvimento neuropsicomotor 
 
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o Como ela se dar com os colegas e com as figuras de autoridade (adultos que 
trabalham na escola) 
o Como ela está indo no desempenho escolar 
• Atividade de lazer 
o O que a criança consegue fazer? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTECEDENTES SOCIAIS E HÁBITOS DE VIDA 
• Cuidadores 
o Quem cuida da criança? São os pais? É outra pessoa? Essa outra pessoa tem algum 
grau de parentesco com a criança? 
o O cuidador é aquele que exerce a maternagem 
▪ Maternagem é o cuidado, a troca, o carinho 
• Não é necessariamente a mãe 
• Pode ser o pai 
• Tipos de habitação 
o Relação cômodos por pessoa 
▪ Quantos cômodos (quarto, sala, cozinha, banheiro) para quantas pessoas 
• Não são quantos quartos, são espaços da casa 
• Renda familiar 
o A renda familiar sustenta quantas pessoas? 
• Realização de atividade física 
• Exposição a cigarro ou a drogas lícitas ou ilícitas 
o Na consulta com o adolescente é importante saber também se ele faz uso de drogas 
lícitas ou ilícitas, não é só a exposição 
• Exposição a animais 
o Que tipo de animal? 
▪ Animal doméstico bem cuidado? Animal rural? 
 
*FASES DO DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL 
• Bastante associada à psicanálise → Interferência direta no desenvolvimento neuropsicomotor 
o Muitas vezes um indivíduo ter um excesso de gratificação ou um excesso de falta de gratificação em 
determinada fase do desenvolvimento emocional pode interferir no desenvolvimento neuropsicomotor 
▪ A criança usando mamadeira e chupeta, estando na fase oral, além dela poder ter um excesso 
de gratificação da fase oral, ela ainda pode ter outras questões como por exemplo, questões 
com a arcada dentária etc. 
• São fases do desenvolvimento emocional: 
o Oral – típica do lactente 
o Anal – controle esfincteriano → Pré escolar 
o Fálica – descoberta do sexo, diferença entre os sexos → Pré-escolar 
▪ É nessa época que surge o Complexo de Édipo 
▪ Não é relacionada com a sexualidade, são coisas diferentes 
o Latência – interesses da vida cotidiana (brincar, amigos) → Escolar 
▪ Sai um pouco daquele foco de família e de diferenciação entre os sexos 
o Genital – questões da sexualidade → Adolescente 
▪ São as questões voltadas para o sexo 
 
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SUPERVISÃO DE SAÚDE 
• Calendário vacinal 
o Olhar o PNI – Programa Nacional de Imunizações 
▪ Todo ano, no início do ano (máximo março), surgem modificações no 
calendário anual de vacinações 
• Ficar atento 
▪ Além disso, o calendário de vacinação da SBP, geralmente, é igual ao 
calendário da Sociedade Brasileira de Imunizações e ao calendário da 
Sociedade Brasileira de Infectologia, mas não necessariamente o que a SBP 
indica é o que o governo disponibiliza no PNI 
o Caderneta de saúde da criança 
• Dentista 
o Mesmo que a criança não tenha queixa ela deve ser levada ao dentista 
o É indicado que a criança vá a cada 6 meses, mas não pode passar de 1 ano 
• Oftalmologista 
o Mesmo que a criança não tenha queixa ela deve ser levada ao oftalmologista 
o É indicado uma consulta por ano 
• Exames periódicos 
o São indicados a coleta de alguns exames 
▪ Mas essa indicação, em geral, só começa a partir de 1 ano 
• Isso de rotina, para a criança já ir para a consulta de rotina de 1 ano 
com esses exames ou na consulta de 1 ano solicitar esses exames 
para serem apresentados na próxima consulta. 
o É ideal que a criança tenha exames de rotina antes de sair da fase de lactente 
• Uso de antiparasitário 
o Em populações de risco – Brasil como um todo – é recomendado fazer uso de 
antiparasitário a cada 6 meses e, no máximo, a cada ano. 
INTERROGATÓRIO SISTEMÁTICO 
• Questionar todos os segmentos corporais 
o GERAL 
▪ Informações sobre o sono do RN 
• Qualidade do sono 
• Quantidade de horas dormidas 
▪ Irritabilidade 
▪ Prostação 
▪ Dificuldade para amamentação 
o SISTEMA TEGUMENTAR 
▪ Pesquisa de: 
• Pápulas 
• Manchas 
• Placas 
• Descamações 
• Alterações da cor da pele 
o Icterícia 
 
 
Se na hora do interrogatório 
sistemático o informante falar algo 
referente a HMA, esse novo dado 
deve ser adicionado na HMA 
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o SISTEMA CARDIOVASCULAR 
▪ Dispneia ao amamentar 
▪ Edema 
▪ Cianose 
o SISTEMA RESPIRATÓRIO 
▪ Congestão nasal 
▪ Coriza 
▪ Tosse 
▪ Cianose 
▪ Esforço respiratório 
▪ Roncos 
▪ Sibilos 
o SISTEMA GASTROINTESTINAL 
▪ Ritmo intestinal 
▪ Característica das fezes 
▪ Vômitos 
o SISTEMA GENITURINÁRIO 
▪ Número de micções 
▪ Característica da urina 
▪ Jato urinário 
• Sexo masculino 
• Queixa sobre o desenvolvimento 
o Pode ser no próprio Interrogatório Sistemático ou pode ser descrito também no 
Desenvolvimento Neuropsicomotor 
o Lembrando que essa queixa pode ser tanto uma queixa de desenvolvimento 
neuropsicomotor quanto a família pode trazer essa queixa na parte de 
desenvolvimento físico 
• Alterações musculoesqueléticas 
o Podem estar dentro do Desenvolvimento Neuropsicomotor 
EXAME FÍSICO 
 
• Exame físico deve ser realizado na íntegra, sendo sensato mudar a sequência semiológica 
clássica a depender do estado que o paciente se encontra, garantindo-se o exame por 
aparelhos no momento mais apropriado 
• Conversar com a criança antes e durante o exame 
o Lembrar que essa é uma relação de troca com a família como um todo 
o Conquistar a criança 
• Explicar o que você vai fazer 
• O exame físico pediátrico, assim como no exame físico do adulto, começa quando a criança 
entra no consultório, assim, nesse momento e ao longo da consulta, deve-se observar: 
o Como a criança anda 
o Como a criança se comunica 
o Se a criança tá sendo bem cuidada 
Se o ritmo intestinal, ritmo urinário, 
características das fezes e da urina 
não forem citados na HMA é 
importante questionar no 
Interrogatório Sistemático 
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• Exame físico deve ser realizado na íntegra, sendo sensato mudar a sequência semiológica 
clássica a depender do estado que o paciente se encontra, garantindo-se o exame por 
aparelhos no momento mais apropriado 
• Exame no paciente que chora: 
o Se a criança estiver chorando, deve-se acalmá-la / distraí-la. Caso ele (a) não pare 
de chorar, algumas funções podem ser avaliadas e até mesmo facilitadas, como por 
exemplo: 
▪ Ausculta respiratória* 
• Quando o paciente tá chorando ele realiza inspirações profundas e 
involuntárias e o médico deve calmamente aguardar tais momentos 
para realizar a ausculta com atenção 
*Barbara falouna aula que a ausculta respiratória deve ser com a criança ainda quieta, ainda 
mais quando o ouvido não está tão treinado, porém o Porto fala que a ausculta respiratória pode ser 
facilitada se a criança tiver chorando. 
o Se o paciente não tiver chorando, é importante avaliar as funções que não são 
comprometidas pelo choro, antes que ele comece a chorar, então deve-se avaliar: 
▪ Frequência cardíaca 
▪ Frequência respiratória 
▪ Ausculta cardíaca 
• Sopros cardíacos são dificilmente identificados com o paciente 
chorando 
▪ Tensão das fontanelas 
▪ Tensão abdominal 
• Normotenso 
• Flácido 
▪ Pressão arterial 
o De um modo geral deve-se: 
▪ Iniciar a ausculta ainda no colo da genitora 
• Ou na hora que a criança tiver mais calma 
▪ Ouvido e garganta ao fim da consulta 
• Para criança menores 
• Exames que deixam a criança mais agitada / agoniada 
▪ Genitália, mamas e osteomioarticular ao fim da consulta 
• Para adolescentes 
• Grande variação da conformação física com a idade 
ASPECTO GERAL / INSPEÇÃO 
• Estado geral 
o É classificado em: 
▪ Bom estado geral 
▪ Regular estado geral 
▪ Mal estado geral 
o Para ser avaliado o estado geral, deve-se avaliar se a criança está ou não: 
▪ Hidratada 
▪ Prostação 
▪ Coloração 
De um modo geral, deve ser 
deixado para o final da 
consulta aquilo que pode 
deixar a criança mais 
desconfortável / mais 
chateada / mais 
envergonhada 
 
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• Cianose 
o Central 
▪ Lembrar que cianose central poupa as mucosas 
o Extremidades 
▪ Pode ser só por causa do frio na sala de parto 
• Corado x Descorado 
• Icterícia 
o Grau da icterícia 
o Zona da icterícia 
▪ Para recém-nascidos 
▪ Zonas de Kramer 
• Fácies típicas x atípicas 
o Fácies atípicas – que não tem fácies típicas de nenhuma doença 
o Fáceis típicas – que tem fácies típicas de doenças, como: 
▪ Cromossomopatias / Doenças genéticas 
• Down 
• Turner 
• Klinefelter 
▪ Doenças metabólicas 
• Fáceis Cretinicas 
o Hipotireoidismo congênito 
▪ Questões respiratórias → Hipertrofia de Adenoide 
• Face Adenoideana 
o Criança respira pela boca 
• Cuidado e higiene do paciente 
 
 
 
DADOS VITAIS 
• Temperatura 
o Graus Celsius 
• Frequência cardíaca 
• Pulso 
 
O QUE ESPERAR DE UMA CRIANÇA SAUDÁVEL 
BEG, corado, hidratado, anictérico, acianótico, eupneico, afebril ao toque, ativo, fáceis atípicas, boas condições de higiene 
 
Em geral, a gente tem a frequência cardíaca 
muito parecida com o pulso, mas em 
algumas situações, como por exemplo nas 
arritmias, nem todo batimento vai gerar 
onda de pulso. 
 
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• Pressão arterial 
o Idealmente sempre, mas obrigatório em crianças maiores de 3 anos, em 
patologias e em determinadas situações: 
▪ Criança aparentemente chocada 
▪ Criança onde desconfia-se de uma coarctação de aorta 
o Locais: 
▪ Braço 
• Ausculta: Artéria braquial 
• Método palpatório: Artéria radial 
▪ Coxa → Se o manguito não for de tamanho apropriado para o braço 
• Ausculta: Artéria poplítea 
• Método palpatório: Artéria tibial posterior ou artéria pediosa 
• Frequência respiratória 
 
 
 
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 
• Peso 
o Até 15/16kg as crianças são pesadas na balança pediátrica 
o Lembrar de sempre zerar a balança 
o Paciente sem roupas e sem fraldas 
o Peso aproximado: 
▪ Meses: 
• 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 = (
𝐼𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑚 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
2
) + 9 
▪ 1 a 6 anos: 
• 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 = (𝐼𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑚 𝑎𝑛𝑜𝑠 × 2) + 8 
 
 
 
o Perda de peso fisiológica – como funciona 
▪ 4 a 5 dias de vida – Ocorre perda fisiológica de 3 a 10% do peso 
• Perder mais de 10% é patológico 
• Perder até 10% é fisiológico 
o Só que se eu devo me preocupar com isso ou não vai 
depender de quantos dias de vida a criança tem 
O peso aproximado é só para ter uma ideia porque o ideal é se basear no peso de 
nascimento da criança em relação a sua idade atual, isso por ser mais fidedigno 
º
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ O peso se recupera em torno do décimo dia de vida 
▪ Ritmo de ganho de peso: 
• Primeiro trimestre – 25 a 35g/dia 
o Acaba usando a média: 30g/dia 
• Segundo trimestre – 15 a 25g/dia 
o Acaba usando a média: 20g/dia 
• Terceiro e quarto trimestre – 5 a 15g/dia 
o Acaba usando a média: 10g/dia 
 
] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLOS DADOS EM AULA – PERDA DE PESO FISIOLÓGICA AO NASCER 
• Alexandre 
o Peso de nascimento: 3kg 
o 2 dias de vida: 2780g 
o Alexandre perdeu cerca de 7,5% do peso de nascimento 
▪ HOJE é uma perda fisiológica, mas tem risco de se tornar uma perda patológica, pois em apenas 2 
dias de vida ele perdeu quase os 10% que ele deveria perder em 4 a 5 dias de vida 
• Então ficar atento e pedir para ele voltar no dia seguinte ou em 48hrs 
• Barbara 
o PN: 3kg 
o 5 dias de vida: 2900g 
o Barbara perdeu cerca de 3,3% do PN 
▪ Ela teve uma perda fisiológica e a uns dias ela vai começar a ganhar, isso é dentro do esperado. 
• Pimenta 
o PN: 3kg 
o 4 dias de vida: 2640g do PN 
o Pimenta perdeu cerca de 12% 
▪ Isso é uma perda patológica 
 
No terceiro e quarto trimestre 
muita gente acaba usando para 
o terceiro trimestre 15g/dia e no 
quarto trimestre 12g/dia, mas 
há quem use a média de 10g/dia 
para o terceiro e quarto 
trimestres 
 
EXEMPLOS DADOS EM AULA – RITMO DE GANHO DE PESO 
Luiza nasceu com 3200g e hoje ela está com 3 meses. Quanto que Luiza deve pesar hoje? 
→ Conta: 
3200 + (30 x 90) = 
 3200 + 2700 = 
5900g 
Adélia nasceu com 3450 e tem hoje 9 meses. Quanto que Adélia deve pesar hoje? 
→ Conta: 
3450 + {(30 x 90) + (20 x 90) + (10 x 90)} = 
3450 + {2700 + 1800 + 900} = 
 3450 + 5400 = 
 8.850g 
 
 
30 = quantidade de gramas por dia – 1º trimestre 
90 = quantidade de dias no trimestre 
 
30 = quantidade de gramas por dia – 1º trimestre 
90 = quantidade de dias no trimestre 
20 = quantidade de gramas por dia – 2º trimestre 
90 = quantidade de dias no trimestre 
10 = quantidade de gramas por dia – 3º trimestre 
90 = quantidade de dias no trimestre 
 
º
 
o Dados sobre o ganho de peso 
▪ Peso do nascimento dobra com 5 a 6 meses e triplica aos 12 meses 
▪ Aos 5 anos → Dobra o peso em relação aos 12 meses 
 
 
 
 
• ESTATURA 
o Menores de 2 anos → Estadiômetro 
o Estatura alvo: 
▪ É o potencial genético que aquele indivíduo tem em crescer 
• Não significa que necessariamente a criança vai atingir aquela 
estatura, mas significa o potencial genético que aquele 
indivíduo tem 
o Cada um é exposto a situações de saúde, de agravos 
nutricionais, entre outras coisas, que podem ou não 
aproveitar esse potencial genético do indivíduo. 
▪ É calculado da seguinte forma: 
• Masculino: 
o 
𝐸𝐴 = 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑖 (𝑐𝑚) + 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑚ã𝑒 (𝑐𝑚) + 13 
2
 
• Feminino 
o 
𝐸𝐴 = 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑖 (𝑐𝑚)+ 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑚ã𝑒 (𝑐𝑚)− 13 
2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Crescimento secular 
▪ Significa que uma geração acaba sendo maior – nem que seja em 
milímetros – do que a sua geração antecessora 
• Isso porque as condições de saúde, como um todo, acabam 
sendo cada vez melhores 
 
→ Cuidado que alguns triplicam com 5 meses e outros triplicam com 6 meses 
→ Lembrando que isso tudo é só pra dar uma IDEIA, o correto é a gente individualizar 
para cada um 
 
EXEMPLO DADO EM AULA – ESTATURA ALVO 
𝐸𝐴 = 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑖 (𝑐𝑚) + 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑚ã𝑒 (𝑐𝑚) − 13 
2
 
𝑬 𝑨 =
 𝟏𝟖𝟐 + 𝟏𝟕𝟕, 𝟓 – 𝟏𝟑
𝟐
 
𝑬𝑨 =
𝟑𝟓𝟗, 𝟓 − 𝟏𝟑
𝟐
 
𝑬𝑨 =
𝟑𝟒𝟔, 𝟓
𝟐
 
𝑬𝑨 = 𝟏𝟕𝟑, 𝟐𝟓m 
 
 
 
DP +-8 
º
 
o Ganho de estatura 
▪ Primeiro ano de vida = 25cm 
• 50% da estatura ao nascer 
▪ Segundo ano de vida = 12,5cm 
▪ Terceiro ano de vida = 9cm 
▪ Depois = 6cm/ano até a puberdade 
▪ Na puberdade o estirão de crescimento é de 8 a 9cm por ano 
• PERÍMETROCEFÁLICO 
o Usar fita métrica 
o Deve ser medido da seguinte forma: 
▪ Envolver a fronte (glabela) e a protuberância occipital 
▪ Não abranger as orelhas 
• Se passar por cima da orelha o perímetro cefálico vai ser maior 
o Aumento do perímetro cefálico: 
▪ 1º trimestre = 2cm/mês 
▪ 2º trimestre = 1cm/mês 
▪ 3º trimestre = 0,5cm/mês 
OU 
▪ Primeiro ano de vida = +- 12cm, sendo: 
• Primeiro mês em torno de 3-4cm 
• 2º ao 6º mês = 1cm/mês 
• Segundo semestre = 0,5cm/mês 
CABEÇA E PESCOÇO 
• Forma do crânio 
o Pode estar alterada por conta da posição que a criança estava na barriga da mãe 
• Palpação das fontanelas 
o As fontanelas têm um formato de um losango→ São dados dois tamanhos para elas 
o Fontanelas: 
▪ Anterior – Bregmática 
• Fecha em torno dos 18 meses de vida 
▪ Posterior – Lambdoide 
• Pode ser fechada desde o nascimento ou ser só um pontinho que 
se fecha, em geral, com 1 mês de vida 
• Olhos 
o Reflexo do olho vermelho 
• Orelha 
o Otoscopia 
▪ Lembrando que é realizada no final 
o Estigmas / alterações: 
▪ As alterações das orelhas podem estar relacionadas com malformações em 
outros órgãos de mesma origem embriológica 
• Exemplo: alteração renal 
▪ São essas alterações: 
• Sinus pré-auricular ou colomba auris 
o É como se fosse um buraquinho 
• Apêndice auricular 
DIAGNÓSTICO DE MICROCEFALIA – OMS 
• MENINOS: 
o PC ≤ 31,9cm 
• MENINAS 
o PC ≤ 31,5cm 
º
 
o Pode estar no meio da bochecha e ainda assim ser chamado 
de apêndice auricular / pré-auricular 
• Anotia 
o Criança nasce sem a orelha 
 
• Orelha rudimentar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Boca 
o Oroscopia 
▪ Lembrando que é realizada no final 
o Avaliar freios / frênulos linguais 
▪ Tanto freio lingual quanto freio labial 
o Dentes e estado de conservação dos dentes 
o Malformações 
▪ Fissura / fenda labial 
▪ Fissura / fenda palatina 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Nariz 
• Palpação de linfonodos 
o Cervicais 
o Submandibulares 
o Supraclaviculares 
• Palpação da tireoide 
o Principalmente na adolescência 
▪ Quando ocorre o boom hormonal há a tendência de várias situações 
 
 
 
 
Sinus pré-auricular 
Apêndice auricular 
Anotia 
Fenda / fissura labial ou fenda / fissura 
palatina são diagnósticos, logo, não colocar, 
na descrição do exame físico “presença de 
fissura labial”. É para ser descrito como 
“presença de solução de descontinuidade 
em lábio superior do lado esquerdo 
completa / incompleta” 
 Linfonodos cervicais e submandibulares são comuns de serem 
palpados. Lembrar que eles drenam cabeça e pescoço e são 
áreas de muito contato com microrganismos 
Os linfonodos supraclaviculares, quando palpáveis, há uma 
certa preocupação em relação a alguma coisa maligna 
 
º
 
TÓRAX E APARELHO RESPIRATÓRIO 
• Inspeção 
o Abaulamentos 
o Retrações 
o Sinais de esforço respiratório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Palpação 
o Frêmito tóraco-vocal 
o Palpação de costelas 
• Percussão 
o Som pulmonar 
• Ausculta 
o Ausculta respiratória anterior e posterior 
o Ausculta da inspiração (choro) 
APARELHO CARDIOVASCULAR 
• Inspeção 
o Ictus visível? 
o Ictus impulsivo? 
• Palpação 
o Palpar localização do ictus 
o Palpar frêmitos, se presentes 
• Ausculta 
o Bulhas cardíacas 
▪ Descrever sopros com referência na borda esternal 
• Aferir a pressão arterial 
o O manguito deve ser adequado ao tamanho da criança 
o TA média = Idade x 2 + 90 
▪ A pressão é mais alta em: 
• Nas crianças mais velhas 
• Nos meninos 
• Em crianças maiores (altura) 
 
 
 
 
SINAIS DE ESFORÇO RESPIRATÓRIO 
Presença de tiragem intercostal → Criança 
dispneica 
Presença de tiragem intercostal + Aumento da 
FR = Taquidispneia 
 
º
 
ABDOME 
• Inspeção 
o Cicatriz umbilical 
▪ Hérnia 
▪ Secreções 
o O umbigo já caiu? 
o Forma 
o Abaulamentos 
• Ausculta 
o Ruídos hidroaéreos 
o Sopros arteriais 
• Percussão 
o Timpanismo x Macicez 
▪ O abdome tem um timpanismo variável 
• Vísceras → Fica mais maciço 
• Palpação 
o Com as mãos ou com os dedos 
o Massas e visceromegalias 
o Sinais de irritação peritoneal 
o Dor 
o Palpar a loja renal 
▪ É super importante 
• O tumor sólido mais comum na criança é o Tumor de Wilms que é 
um tumor renal 
▪ Ela é bimanual 
• Uma mão vai embaixo do dorso da criança, enquanto a outra mão 
palpa o flanco da criança 
▪ Palpação na criança que chora 
• Aproveitar o momento que a criança inspira para fazer a palpação 
APARELHO GENITURINÁRIO 
• Aspecto da genitália 
o Típica masculina ou feminina 
▪ Crianças que nascem com genitália ambígua não tem como saber sobre o 
sexo ao nascimento 
• Nesses casos o sexo é indeterminado 
o Até fazer o exame cromossômico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Criança com genitália ambígua. 
Não dá diferenciar se essas estruturas são grandes 
lábios ou uma bolsa escrotal e nem se há um micro-
pênis ou um megaloclítoris 
 
º
 
o Presença de testículos 
▪ Lembrar que às vezes o testículo não está na bolsa, mas está no canal 
• É possível fazer a palpação testicular no canal 
• Se o testículo não está na bolsa e nem é palpável no canal, é 
necessário saber onde esse testículo está 
o Solicitar USG 
o Presença de fimose 
▪ Fimose é quando se tem um anel no prepúcio e assim impede a exposição 
da glande 
 
 
• Quando se tem um prepúcio normal ele é retrátil e com isso a 
glande é exposta. Se um anel é formado nesse prepúcio, o nome 
dado a esse anel é fimose e assim o prepúcio não pode ser retraído 
e, consequentemente, a glande não é exposta. Contudo, em um 
pênis com fimose, se essa retração do prepúcio for forçada, o que 
pode acontecer é uma parafimose, caracterizada pelo rompimento 
de algumas fibras desse anel herniário / da fimose com 
consequente estrangulamento peniano. 
o Fimose = cirurgia eletiva 
o Parafimose = cirurgia de urgência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Antigamente falava-se para a mãe, na hora do banho, usar água 
morna, sabão e escalonar, mas hoje em dia se sabe que não se faz 
isso porque cada vez que a mãe força essa região ela pode fazer 
microtrauma nesse anel fibrótico. O microtrauma, por sua vez, além 
da questão de ser porta de entrada para fazer uma infecção, gera 
mais fibrose por conta do processo de cicatrização. 
 
PARAFIMOSE 
º
 
• Não confundir fimose com Aderência Balanoprepucial 
o Na Aderência Balanoprepucial também não é possível de 
expor a glande, mas não é porque tem um anel impedindo 
essa exposição é porque a pele está aderida à glande 
o Presença de sinéquia 
▪ Sinéquia é quando os lábios vaginais estão juntos / grudados 
▪ Pode ser de: 
• Sinéquia de pequenos lábios 
 
 
 
 
 
 
• Sinéquia de grandes lábios 
o Abertura da uretra 
▪ Se espera que a abertura da uretra seja central na glande, contudo ela pode 
ser: 
• Mais para cima 
o Caracterizando então uma epispádia 
• Mais para baixo 
o Caracterizando uma hipospádia 
 
 
 
 
 
 
o Presença de hérnias 
 
 
 
 
 
 
▪ A hérnia inguinal ela é mais comum no sexo masculino 
• Isso por conta do canal inguinal 
Epispádia 
Hipospádia 
Nessa imagem a criança tem tanto um aumento de 
volume da bolsa escrotal quanto um aumento de 
volume na região inguinal, então essa criança deve ter 
uma hérnia inguinal. 
Sinéquia de 
pequenos lábios 
º
 
 
• Estado puberal 
o Estágios de Tunner 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Para as meninas usa-se: 
• P e M 
o P = Pelos 
o M = Mamas 
▪ Para os meninos usa-se: 
• P e G 
o P = Pelos 
o G = Genitália 
• Palpação de linfonodos 
o É muito comum a palpação de gânglios inguinais em crianças que já andam 
APARELHO OSTEOMIOARTICULAR 
• Forma dos pés e mãos 
o Sinéquia de dedo 
o Polidactilia 
• Simetria entre os membros 
• Coluna 
o Desvios 
▪ São comuns na adolescência 
▪ Sãoeles: 
• Cifose 
• Lordose 
• Escoliose 
o Mielomeningoceles ocultas? 
▪ Desconfia-se de disrafismo oculto quando o paciente começa a ter: 
• Alterações na marcha 
• Sinais de bexiga ou intestino neurogênico 
▪ Na hora de examinar o dorso da criança, olhar se ela tem estigmas na linha 
média / estigmas sacrais. Caso esses estigmas estejam presentes deve-se 
investigar disrafismo oculto. 
• Estigmas são alterações. Elas podem ser: 
o Alguma mancha 
▪ Mancha mongólica* NÃO é um estigma sacral 
o Sinus (o buraquinho) 
o Tufinho de pelo 
 
Essa classificação começa com I (um), 
portanto, se alguma questão tiver 0 (zero), 
exemplo: P0; M0, ela está errada. 
*Mancha mongólica = Manchas que podem aparecer em qualquer lugar do corpo, sendo o mais comum na região sacral e 
nádegas, e que estão relacionadas à características raciais. Ela significa que em até 7 gerações houve miscigenação entre a 
raça branca e qualquer outra. A mancha mongólica desaparece. Ela é resultado de uma deposição de melanina na derme, 
sendo que ela deveria estar na epiderme. 
 
º
 
NEUROLÓGICO 
• Atenção aos reflexos primitivos nos recém-nascidos 
o Reflexos que se espera que eles desapareçam na idade apropriada 
• Reflexos adquiridos 
o Reflexos que se espera que apareçam na idade apropriada 
• Avaliar marcos de desenvolvimento neuropsicomotor de acordo com a faixa etária 
o Ir anotando na Caderneta de Saúde da Criança 
• Faz parte do exame físico neurológico constatar aquilo que a mãe diz o que a criança faz 
• A mãe diz se a criança é capaz de andar sem apoio. Na hora do exame físico deve-se avaliar 
se ela realmente anda sem apoio. Reflexos tendinosos 
• Força muscular 
• Pares craninanos 
• Tônus muscular

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