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A importância dos 2200 dias de vida Janela de oportunidade: • Nutrição, busca por saúde global e estimulação precoce com vínculo afetivo: ➥ Diminui a morbidade e mortalidade na infância; ➥ Aumenta o desenvolvimento cognitivo, motor e socioemocional; ➥ Aumenta a performance escolar e capacidade de aprendizagem; ➥ Aumenta a estatura de adultos; ➥ Diminui obesidade e DCNT; ➥ Aumenta a capacidade de trabalho e produtividade. Pré-gestação 100 dias: • O estado de saúde dos pais exerce influência sobre embriogênese, crescimento fetal intrauterino e saúde futura da criança. • A primeira condição para o desenvolvimento de um embrião saudável é a boa qualidade dos gametas dos pais de acordo com estilo de vida (tabagismo, uso excessivo de álcool, drogas, estado nutricional, sobrepeso, poluentes, podem impactar na epigenética) Gestação 270 dias: • Controle de peso na gestação • Importância da suplementação de alguns micronutrientes (vitaminas e minerais) e ômega 3 • Evitar uso de xenobióticos • Vacinação adequada Benefícios durante o curso da vida • Dano ao feto, principalmente neurológico, acontece independente da dose. A dose interfere no nível de malformação que ocorre e o período do consumo de álcool: ➥ 1º trimestre: risco de malformações e dismorfismo facial. ➥ 2º trimestre: aumento da incidência de abortos espontâneos. ➥ 3º trimestre: lesão de tecidos do sistema nervoso, retardo de crescimento intrauterino, comprometimento do parto, aumento do risco de infecções e outros. Intervenções por período: Pré-concepção e pré-natal: 370 dias Primeiro ano de vida: 365 dias Leite materno exclusivo nos primeiros 6 meses: • Estimulo ao aleitamento exclusivo 6m • Suplementação vitaminas com Ferro e vit D • Imunização Leite materno complementado: • Complementação alimentar livre de alimentos processados • Suplementação vitaminas com Ferro e vit D • Imunização Segundo ano de vida: 365 dias Leite materno complementado: • Cérebro se forma até 2º ano 70 a 80% • As capacidades cognitivo linguísticas que surgem nos primeiros anos são pré- requisitos importantes para o sucesso na escola e, posteriormente, no local de trabalho e na comunidade Terceiro ao quinto ano: 1100 dias Passagem da dependência total e absoluta, para o preparo para a vida escolar e o afastamento de casa: • Iniciam a escolha individual de alimentos, de brinquedos, de posturas; • Período de maior autonomia motora, inicio de socialização; • Exposição de maior contato antigênico; • Forma-se de maneira mais consistente o hábito alimentar, os estilos de vida em relação a atividade física e os padrões de comportamento ( seletividade com hipovitaminoses, anemia) Síndrome do álcool fetal: Isabelle Isis de Mello Assis Aleitamento materno exclusivo Conceito: aleitamento materno exclusivo: • AME criança recebe somente leite materno direto da mama ou ordenhado, sem outros líquidos ou sólidos, exceto vitaminas, medicamentos ou soro oral. aleitamento materno predominante: • Criança recebe leite materno como principal fonte mas já faz uso de suco. aleitamento materno complementado: • Criança recebe leite materno e outros tipos de alimentação como papas salgadas. aleitamento materno misto/parcial: • Criança recebe outros tipos de leite além do materno. Vantagens do AME para o bebê: • O leite é um alimento completo para o bebê (vitaminas, mineiras, gorduras, açúcares, proteínas, apropriado para o bebê - substâncias nutritivas e de defesa, alimento ideal e equilibrado); • Não existe leite fraco (o leite materno é de fácil digestão, por isso algumas crianças querem mamar mais vezes); • Proteção contra infecções (alérgicas, diarreia, pneumonia e infecção de ouvido); • Leite está sempre pronto e na temperatura certa; • Bom para dentição e fala (previne defeitos de oclusão dos dentes, e diminui incidência de cáries); • Dar mamar é um ato de amor e carinho; • Não precisa dar água e nenhum tipo de alimento até 6 meses; • Menos risco de câncer (para mãe). Sobre o leite: • Saiu uma gota pós parto ➜ coloca o bebê para amamentar; • O colostro é o leite dos primeiros dias após o parto ➜ tem muita proteína, mesmo se o bebê não puder tomar, tem que ordenhar e guardar. É claro ou amarelo. Protege contra doenças (é como se fosse uma vacina); • Não interromper a mamada, esperar o bebê soltar para receber o leite final (leite do início sai mais água e por fim a gordura) que é rico em gordura. Relacionadas ao meio: • Estímulo ao AME no pré natal • Sensibilização dos profissionais de saúde • Evitar uso mamadeira e chupeta Por que não usar mamadeira, chupeta ou protetor mamilar • Maior risco de contaminar o leite e provocar doenças (não limpa direito); • Atrapalha o aleitamento materno (a forma de sugar o peito, vai estar fazendo errado, e acaba não sugando o leite direito, ou seja, o bebê passa a chorar mais, não ganha peso e rejeita a mama. • Pode modificar a posição dos dentes, prejudica a fala e a respiração (respira pela boca); • Diminui o contato entre mãe e filho. Promovendo o aleitamento materno: Estímulo ao aleitamento materno: • Parto normal ➜ leite demora cerca de 3 dias para ser secretado por isso é ideal fazer a cesariana após 39 semanas • Colocar ao seio na primeira hora de vida • Manter esvaziamento mamas e ingesta água (importante para produção do leite) • Rede de apoio • Amamentar não é intuitivo, técnica de pega e posição • Conhecer seus benefícios Identificar as dificuldades: Relacionadas a mãe: • Mamilos planos ou invertidos • Fissura mamilar, mastite • Depressão pós parto • Trabalhar fora • Doenças/Drogas • Estresse, cansaço Vantagens para a mãe, o pai, e a família: • Aumenta os laços afetivos da mãe e filho; • Rede de apoio; • Amamentar logo que nasce ➜ diminui o sangramento pós-parto e faz o útero voltar mais rápido ao tamanho normal; • Quando o bebê suga adequadamente a mãe produz prolactina que estimula na produção do leite e ocitocina que libera o leite e faz o útero se contrair; • Método natural de planejamento familiar (durante a amamentação exclusiva o corpo produz hormônios que evitam uma nova gravidez enquanto a mulher ainda não menstrua); • Diminui o risco de câncer de mama e ovário. Orientar a técnica da amamentação: Posição do bebê: • 1- O bebê, o corpo deve estar de frente para a mãe e bem proximo (barriga do bebê voltada para a barriga da mãe) • 2- O bebê deve estar alinhado, a cabeça e a coluna em linha reta no mesmo eixo • 3- A boca do bebê deve estar de frente para o bico do peito • 4- A mãe deve apoiar com o braço e mão no corpo e bumbum do bebê • 5- bebê deve ser trazido até o seio para mamar • 6- Colocar a maior parte da aréola dentro da boca, fazendo a boca de peixe • 7-Queixo do bebê deve tocar nos seios da mãe Pega correta: • Encostar o bico do peito na boca do bebê para ele virar a cabeça e pegar (reflexo de busca) ➜ grande parte da auréola dentro da boca, fazendo boca de peixe ➜ queixo encostado no seio e o nariz não encosta ➜ segurar o peito com o polegar acima da auréola e os outros dedos por baixo (mão em C) para facilitar a pega. • Quando o peito estiver muito cheio (mama dura, bebê não consegue abocanhar), antes de amamentar a mãe deve fazer uma ordenha manual para amaciar a aureola massageia a aureola com os dois dedos indicadores e o polegar em volta entre a parte mais clara e escura, depois aperta um pouco para ajudar ➜ isso é para evitar o leite empedrar/ingurgitamento porque o bebe não mama, e com isso, fica com mastite. Mãe tem que estar em posição confortável, com apoio nos braços e nos pés Por que não o leite de vaca? • Excesso de proteína que provoca efeito adipogênico 80% caseína – difícil digestão • Excesso de sal (aumento da carga de soluto renal) • Baixo teor de ácido linoleico (gordura responsável pela mielinização retina e do cérebro) • Predispõe a carência de micronutrientes ( Zinco, cobre, ferro) • Predispõe APLV- alergia Complementação alimentar: • Em geral a curva de crescimento nos orienta. • Entre 4 e 6 meses: ➥ Desaparece o reflexo deprotusão da língua, ➥ O bebê já tem controle da cabeça, sustenta melhor o tronco, ➥ Melhora da capacidade funcional digestiva e renal Isabelle Isis de Mello Assis Como terminar a mamada: • Bebê solta sozinho; • Arrotar: levantar o bebe e apoiá-lo no ombro, fazendo massagem nas costas bebê sentado inclinado para frente com pernas flexionadas e com o braço da mãe apoiando - por 20 minutos evita refluxo e síndrome da morte súbita; Estímulo ao aleitamento materno: Quando: • Mãe tem leite demais; • Não pode ficar junto; • Tem dificuldade de sugar; • Deseja doar. Como guardar: • Lavar a mão, prender o cabelo, roupa limpa, proteger a boca e o nariz, lugar limpo ➜ pote de vidro com tampa de plástico fervida por 15 minutos ➜ massagear o peito com a ponta dos dedos apoiando o peito com a outra mão ➜ massagear mais as áreas doloridas ➜ com a mão em C, comprimir o peito contra o tórax ➜ desprezar os primeiros jatos. • Na geladeira por 12h ou no frizer por 15 dias ➜ descongela em agua morna em banho maria, não pode ferver; • Dar para o bebê em um copo ou colher; • Se não mamou, tem que jogar fora, não pode reaproveitar. Posições: Isabelle Isis de Mello Assis Consulta pediátrica Faixa etária: • RN ➜ até 20 dias; • Lactente ➜ até 2 anos; • Pré escolar ➜ até 7 anos; • Escolar ➜ 7 - 10 anos; • Adolescente ➜ 10 - 19 anos. Crescimento: • Relacionado ao físico; • Hipertrofia e hiperplasia celular; • Medida quantitativa; • Um dos indicadores mais importantes de saúde da criança. Desenvolvimento: • Capacidade de realizar atividades cada vez mais complexas; • Aquisição de novas habilidades; • Medida qualitativa, medida subjetiva. • Nível de consciência ➜ ativo ou hipoativo; • Reativo ➜ interage com o examinador; • Estado geral ➜ bom, regular, mau; • Hidratação ➜ Presença de lágrimas ao choro, salivação, sinal da prega, fontanelas • Coloração ➜ corado ou hipocorado, palidez, an(ictérico) +/4+, a(cianótico); • Temperatura ➜ febril ou afebril Exame físico geral: • Exame físico geral da criança: ideal despir a criança; • Cranio –caudal quando possível Crescimento e desenvolvimento: Anamnese: • Identificação; • Queixa principal e História da doença atual; • História gestacional, parto e perinatal ➜ coletadas no cartão da criança; • História alimentar: tempo de aleitamento e como está a atual; • História do desenvolvimento neuropsicomotor; • História hábitos: sono, comportamento; • Imunização • História familiar ➜ antecedentes • História Psicossocial • Interrogatório dos sistemas Exame físico: Sinais vitais: • Avaliar pulsos ➜ simetria e amplitude nos 4 membros. Comparar sempre membros superiores com o pulso femural. • Dados antropométricos ➜ estatura, peso (sem fralda) e fazer IMC; • Marcação das curvas de crescimento; • PC até 2 anos; • Marcos do desenvolvimento. Estatura: • Cresce 25cm no 1º ano • 2º e 3º ano ➜ 10cm/ano • 4º ➜ em média 4 a 6cm/ano Perímetro cefálico: • Cresce 12 cm ➜ 1º ano • Estatura/2 +10cm Curvas de crescimento: escore z: • Número de desvios padrão abaixo ou acima da mediana da população de referência em que se encontra o índice antropométrico da criança. • Normal ➜ entre –2 e +2 DP. Desenvolvimento: • Aumento da capacidade do indivíduo em realizar funções cada vez mais complexas; • A avaliação deve ser feita mês a mês, seguindo as instruções de como pesquisar o marco do desenvolvimento por faixa etária; • A vigilância do DNPM é obrigatório de toda consulta para detectar os fatores de risco e os desvios nesse processo. • São movimentos automáticos, estereotipados, originados do tronco do encéfalo e executados sem a implicação cortical; • Sua presença mostra integridade cerebral e idade cronológica; • Estão presentes a partir 24 semanas de vida. • Sua ausencia ao nascer evidência dano cerebral; • Devem ser inibidos com o desenvolvimento desaparecimento e se permanecem são indicativos da existência de lesões cerebrais; • A compreensão e tratamento desses reflexos tem uma importância clinica fundamental para resolução de vários problemas de alteração de postura, tônus, marcha RN precisa estar: • Hipertonia flexora dos 4 membros • Hipotoniaaxial • Assimetria Crescimento: • Não é homogêneo; • Crescimento somático (altura e peso); • Crescimento neural (PC- mielinizaçao); • Crescimento linfático imunológico; • Crescimento genital. Dados antropométricos: Peso: • Perde até 10% ao nascer ➜ 10 a 14 dias para recuperar ➥ 20 a 30g/dia 1º tri (600 a 900g/mês) ➥ 20 a 25g/dia 2º tri (600 a 750g/mês) ➥ 15 a 20g/dia 3º tri (450 a 600g/mês) ➥ 10 a 15g/dia 4º tri (300 a 450g/mês) • Duplica o peso por volta 5ºmês • 1º ano ➜ triplica peso que nasceu • 2º ano ➜ 2 a 3 kg/ano Peso Reflexos primitivos: Isabelle Isis de Mello Assis Reflexos: Teste: Fatores de risco para problema do desenvolvimento: Sinais de alarme DNPM: • Manutenção dos reflexos primitivos além do tempo; • Alterações do perímetro cefálico; • Não aquisição ou regressão dos marcos dedesenvolvimento; • Tipos de atraso: predomínio motor, social e linguagem ou global Teste de M-Chat: • Teste de avaliação do desenvolvimento para triagem do Transtorno do Espectro do Autismo. • Deve ser realizado entre 18 e 24 meses • Se tiver sinais sugestivos essa criança é encaminhada para continuidade de avaliação- estimulação precoce/plasticidade cerebral. Teste neonatal - teste do pezinho: • O objetivo é detectar doenças genéticas ou metabólicas que podem prejudicar ou comprometer a qualidade de vida do bebê. • Colhido entre 2ª e 7ª dia de vida, geralmente no 5º • Se alterado precisa refeito. • Disponível no SUS Detecta: • Hipotireoidismo congênito; • Fenilcetonúria (doença do metabolismo); • Hemoglobinopatias: doença falciforme; • Fibrose cística (mucoviscidose); • Toxoplasmose; • Hiperplasia adrenal congênita; • Deficiência de Biotinidase. Triagem visual - teste do olhinho: • Teste de do Reflexo da luz vermelha; • Ideal ser feito até 48h de vida; • Avalia a capacidade da luz chegar a retina; • Alterado: Fundo de olho; • Se tiver branco indica presença de retinoblastoma. Triagem auditiva - teste da orelhinha: • Teste de Emissão Otoacústica para integridade da via auditiva; • Ideal nos primeiros 30 dias de vida; • Se alterado: BERA. Triagem neonatal - teste do coraçãozinho: • Rastreamento de doenças cardíacas congênitas; • Realizado antes da alta hospitalar entre 24-48h de vida; • Normal: > 95% em ambos e não ter diferença maior 3% entre os membros; • Sua alteração obriga investigar cardiopatia congênita - solicitar ecocardiograma Triagem neonatal - teste da linguinha: • O teste da linguinha é um exame que avalia o frênulo da língua e assim a possibilidade avaliar a limitação de seu movimento (anquiloglossia); • Faz parte do exame oral do RN; • Dificultar o aleitamento materno ➜ faz quando têm dificuldade, se não, pode ser feito depois. Manobra de Ortolani e Barlow: • Pesquisa displasia congênita do quadril com subluxação da articulação uni ou bilateral • Fatores predisponentes: História famíliar + Apresentação pélvica ou outras deformidades no pé; • Sua alteração: Ultrassonografia do quadril Isabelle Isis de Mello Assis Obesidade infantil Definição: • Resultado complexo de múltiplos fatores genéticos, ambientais e comportamentais principalmente relacionado ao estilo de vida sedentários e hábitos alimentares inadequados. • Reconhecida como doença crônica inflamatória e porta para outras patologias; • Vários hormônios estão envolvidos no controle da alimentação e da saciedade como insulina, grelina, leptina entre outros mas não é foco do nosso estudo no momento. HDA: • Idade que começou, a presença de fator desencadeante, se já fez algum tratamento; ANTECEDENTES PESSOAIS: • Peso que nasceu, ganho de peso pre natal, se foi amamentado e tempo de amamentação, rotina alimentar, se faz uso de medicamentos (antialérgico, corticoides). ANTECEDENTES FAMILIARES: • Obesidade familiar, hipertensão, diabetes, doença cardiovascular; HÁBITO ALIMENTAR ATUAL: • Recordatório alimentar; COMPORTAMENTO: •Relacionamento com amigos, rendimento escolar, ansiedade, depressão, compulsação. ESTILO DE VIDA: • Atividade física, horas gastas com atividades sedentária; sono duração e rotina; ISDA: • Lesões de pele, dores articulares (membros inferiores), roncos, paradas respiratórias durante o sono. • Obesidade materna ➜ excesso de ganho peso na gestação e diabetes - programação metabólica e também crianças com restrição intrauterina (PIG) tendem desenvolver obesidade (teoria do fenótipo poupador); • Obesidade na família ➜ Quando pai e mãe são obesos o risco de obesidade na criança é de 80%. • Desmame precoce ➜ AME até o sexto mês diminui o risco de obesidade e ela é dose dependente, quanto maior tempo de aleitamento menor o risco; • Relações familiares ➜ A obesidade é maior em crianças com fraco vínculo afetivo com sua mãe; • Ambiente ➜ aumento de ingesta de comidas fast-food e sedentarismo. Psicossociais: Anamnese: Fatores de risco: Posturais e articulares: • O impacto provocado pelo excesso de peso nas articulações dos quadris, joelhos e tornozelos determina desenvolvimento de processos degenerativos, com dores articulares importantes • As mudanças posturais propiciam alterações que irão influenciar na marcha e no aparecimento de deformidades distais, como os joelhos valgos e os pés planos valgos. • Perfil lipídico da criança; • Metabolismo da glicose: glicose< 100mg/dL e insulina em jejum < 15uU/ml; • Investigar apneia obstrutiva do sono: ➥ Sonolencia Diurna ➥ Deficit de Atenção ➥ Dificuldade de aprendizado. ➥ Sintomas: roncos (90 – 95% casos); ➥ Sono agitado; múltiplos despertares e pausas respiratórias. ➥ Exame subsidiário: Polissonografia. ➥ Conduta: tratamento da obesidade; tratamento cirúrgico (adenotonsilectomia); uso de CPAP – pressão positiva contínua nas vias aéreas (casos graves). Tratamento: Repercussões da obesidade: • Dentre os prejuízos psicossociais podemos destacar apelidos pejorativos, isolamento social, depressão, bullyning escolar com repercussões variadas. Dermatológicas: • Como estrias, infecções por monília e bacterianas (intertrigo); • Apneia Obstrutiva do Sono: roncos, apneia, múltiplos despertares, sonolência diurna, déficit atenção e memória) Exame físico: • Realiza-se o exame físico geral com dados antropométricos que são colocados na curva. • Diagnóstico: IMC/idade = Peso (kg) / E2 (m2) 1ª Etapa: mudança comportamento relacionado a alimentação: • Fazer refeições em local adequado, não assistindo TV; • Estabelecer rotina de horário das refeições; • Comer devagar e mastigar bem (liberação da colecistiquinina); • Não ingerir líquidos. 2ª Etapa: mudança relacionado à quantidade da alimentação: • Evitar repetir 3ª Etapa: Relacionado a qualidade da alimentação: • Introdução de alimentos pouco consumidos e dos micronutrientes; 4ª Etapa: mudança no estilo de vida, introdução da atividade física: • Estabelecer metas possíveis, respeitando as limitações, baixo impacto (andar bicicleta, nadar, caminhar) • Tempo de tela total por dia 2h – não ter TV no quarto e horário para dormir Isabelle Isis de Mello Assis Desnutrição Definição: • Entende-se que o estado de deficiência tanto de macronutrientes quanto de micronutrientes causa desequilíbrio entre o suprimento de energia, de nutrientes e a demanda do organismo, alterando a garantia na manutenção, no crescimento e nas funções metabólicas. • A desnutrição energético-proteica (DEP) pode ser classificada como: ➥ Primária, quando não há outra doença associada (relacionada à ingesta alimentar); ➥ Secundária, quando há doença relacionada que provoque inapetência, má absorção ou acelerado gasto energético. 1ª fase: estabilização: • Tratar as morbidades associadas com risco de morte: infecção, hipoglicemia, hipotermia, desidratação, estabilização hemodinâmica, hidreletrolítica e acidobásica (suporte metabólico). Não é prevista recuperação do estado nutricional, e sim sua conservação e a estabilização clínico-metabólica. Pode durar de 1 a 7 dias. A alimentação pequenas doses 2ª fase: reabilitação: • Progredir a dieta de modo mais intensivo, visando a recuperar grande parte do peso perdido, estimular física e emocionalmente, orientar a mãe ou cuidador da criança e preparar para a alta. É importante o fornecimento de preparados com multivitaminas (1,5 vez a recomendação para crianças saudáveis) e de zinco, cobre e ferro. 3ª fase: acompanhamento ambulatorial: • Tem por objetivo prosseguir na orientação, monitoração do crescimento (vigilância dos índices peso por estatura e estatura por idade) e desenvolvimento da criança, especialmente da relação estatura/idade e intensificação do trabalho da equipe multiprofissional Forma não edematosa - marasmo: Desnutrição: Forma edematosa - Kwashiokor: Vitamina A: Formas clínicas de desnutrição: Fome oculta: • Ocorre quando a qualidade da alimentação não atende às necessidades de nutrientes. Então, a alimentação é deficiente em MICRONUTRIENTES (substâncias necessárias à manutenção do bom funcionamento do organismo) • Populações vulneráveis: lactantes, crianças, gestantes e idosos. • Há progressiva diminuição da desnutrição grave e aumento da obesidade com a fome oculta • O edema geralmente é bilateral simétrico, começa nos membros, progride dos pés e ascende, em casos graves pode envolver a face- Sinal do cacifo; • Caracteriza-se por alterações de pele (lesões hipercrômicas, hipocrômicas ou descamativas); • Acometimento de cabelos (textura, coloração, facilidade de soltar do couro cabeludo) – Sinal da bandeira • Hepatomegalia (esteatose), ascite, face de lua. • Predomina emagrecimento acentuado, por perda de massa muscular e gordurosa: costelas visíveis e nádegas hipotróficas . • Baixa atividade, irritabilidade, atrofia muscular e subcutânea, com desaparecimento da bola de Bichat (último depósito de gordura a ser consumido, localizado na região malar) o que favorece o aspecto envelhecido (fácies senil ou simiesca), Principais causas: • Dieta básica inadequada; • Pouca diversidade; • Dificuldade de absorção ou armazenamento. Consequências: • Compromete várias etapas do processo metabólico • Alteração no sistema imunológico • Altera o desenvolvimento básico e mental • Alimentos: fígado, peixe, óleo de fígado de peixe, gema de ovo, leite integral e produtos lácteos, frutas e hortaliças de cor amarelo alaranjado ou verde escuro • Dieta pobre causa déficit • Manifestações clássicas visuais (cegueira noturna e xeroftalmia) e de pele (xerose cutânea com hiperceratose folicular) • No período perinatal, associada à prematuridade e retardo no crescimento intrauterino Vitamina D: • Alimentos: óleo de fígado de bacalhau, atum, cação, sardinha, gema de ovo, manteiga e pescados gordos. • Apresenta duas formas biológicas: D2 (adquirido 10% no organismo pela alimentação) e D3 (sintetizado pela exposição solar) • Funções: previne e trata o RAQUITISMO, homeostase do cálcio, formação óssea, regulação da PA, facilita a secreção de insulina) Vitamina C: • Alimentos: acerola, açaí, caju, goiaba, limão, laranja, tomate, folhas verdes. • O ESCORBUTO é a doença provocada pela carência • Funções: biossíntese de colágeno, da cardiolipina, ácidos biliares e norepinefrina, facilita absorção intestinal do ferro não heme dos alimentos, em doses elevadas passa a ser um agente pró-oxidante. Complexo B: • Alimentos: fígado e miúdos, frutas, leite e derivados, carnes, aves e peixes, leguminosas, vegetais. • Deficiência: alimentação pobre Lembrar: • O consumo variado de todos os grupos alimentares garante a ingestão de minerais e outros nutrientes • Estimular o aleitamento materno exclusivo até 6 meses e complementado até 2 anos • Acompanhar crescimento e desenvolvimento – utilizar curvas • A anamnese e avaliação do consumo alimentar ajuda a identificar grupos de risco • As deficiências mais comuns são de vitaminas e os minerais ferro, zinco e cálcio • A carência de micronutrientes pode repercutir na vida da criança Isabelle Isis de Mello AssisVacinação Definição: • Analisar o cartão de vacina e orientar o complemento das doses de acordo com calendário do MS. Calendário vacinal - considerações: Tratar a febre: Imunização: Reações adversas da vacina: • Imunização ativa natural: produzida pela infecção; • Imunização ativa artificial: vacinas; • Imunização Passiva natural: via transplacentária e leite materno • Imunização Passiva artificial: Acs ofertados por soro – imunoglobulinas • Triviral ➜ sarampo, rubéola ecaxumba. • Vírus inativo: horas após imunização e dura por volta de 48hs • Vírus vivo atenuado: reações febris tardias - 5 dias após vacinação. Pode surgir exantema após 1 semana. • Febre, edema, eritema, abcesso frio, abscesso frio, abscesso quente e celulite, choro persistente, síndrome vasovagal, urticária, prurido cutâneo, exantema, choque anafilático. Contraindicação: Lembrar: • O consumo variado de todos os grupos alimentares garante a ingestão de minerais e outros nutrientes • Estimular o aleitamento materno exclusivo até 6 meses e complementado até 2 anos • Acompanhar crescimento e desenvolvimento – utilizar curvas • A anamnese e avaliação do consumo alimentar ajuda a identificar grupos de risco • As deficiências mais comuns são de vitaminas e os minerais ferro, zinco e cálcio • A carência de micronutrientes pode repercutir na vida da criança Classificação das vacinas quanto ao antígeno: • As vacinas atenuadas contêm agentes infecciosos vivos, mas enfraquecidos, o vírus está ativo, porém, sem capacidade de produzir a doença • As vacinas inativadas contém o vírus inativado (mortos) por agentes químicos ou físico • As vacinas de subunidades são fragmentos do vírus (usam partículas deles como antígenos) purificados. BCG: • Realizada uma dose ao nascer ou até 4 anos de idade; • Evita formas graves de tuberculose • A revacinação com BCG não é recomendada mesmo para crianças que não desenvolveram cicatriz vacinal, pela ausência de evidências de que a repetição traga benefício adicional Aplicada em comunicantes de hanseníase. PENTA: • DPT+ HEPATITE B+ HAEMOPHILUS INFLUENZA TIPO B HAEMOPHILUS INFLUENZA TIPO B: • Realizado com a Penta aos 2,4,6m. • Não contempla reforço no SUS (entre 15 e 18m). • Evita quadros de sinusite, otite, pneumonia, meningite DPT: • Realizada aos 2, 4, 6, 15 meses, entre 4 e 6 anos, reforço como DP a cada 10 anos • Prevenção de Difteria, Tétano e Coqueluche (Pertussis); • Reação local frequente : dor, vermelhidão, área endurecida; • Reações sistêmicas como febre alta, choro, irritabilidade podem ocorrer. VIP/VOP: • Realizada aos 2, 4, 6, 15 meses, entre 4 e 6 anos. • Previne Poliomielite 3 primeiras doses devem ser obrigatoriamente vírus inativado. TRIVIRAL: • Realizada aos 12 e 15 meses. Época de surto dose 0 aos 6m. Previne as patologias Sarampo, Rubéola e Caxumba. • Até 19 anos todos devem ter pelo menos 2 doses 2. MEIO FÍSICO: • Banho morno e compressas frias: ação rápida e curta • Compressas de álcool = NÃO USAR (risco de queimaduras e intoxicação) • Aumentar ingesta hídrica = HIDRATAÇÃO • Contraindicação é uso de corticosteroides em altas doses (equivalente a 2 mg/ kg/ dia ou ≥ 20 mg/dia de prednisona em crianças), por período superior a 15 dias; • Até 30 dias após o término de corticoterapia em dose imunossupressora; • Episódios agudos de doenças com febre (principalmente para evitar confusão entre os eventos adversos de algumas vacinas e a evolução clínica da doença); • Até 90 dias após o uso de qualquer medicamento imunossupressor • Após transplante de célula tronco, transfusão de plasma Isabelle Isis de Mello Assis Atendimento RN - Sala de po Assistência imediata ao RN: Preparo para assistência do RN: Vai nascer: • Colocar em contato pele a pele com a mãe; • Amamentação precoce. • Se há excesso de secreção nas vias aéreas esta deve ser aspirada. Se não, deixar pele a pele com a mãe coberto. • Avaliar a FC, o tônus muscular e o padrão respiratório. • O nascimento de um bebê representa a mais dramática transição fisiológica da vida humana. • Em nenhum outro momento o risco de morte e de lesão cerebral é tão elevado. • Ao se cortar o cordão umbilical a hipoxia, a hipotermia e os estímulos táteis, estimulam a respiração; • 1 em cada 10 RN vai precisar de ajuda para fazer essa transição de vida intra uterina para extra uterina • Essa ajuda deve ser iniciada nos primeiros 60 segundos – GOLDEN MINUTE. • Cada vez que eu retardo 30 seg nessa ajuda eu aumento a morbidade e mortalidade • É necessário ter uma equipe treinada e pelo menos um pediatra em sala de parto. • Na vigência de uma reanimação é necessário 2 a 3 pessoas. Recomenda-se a presença do pediatra em todo nascimento. • A primeira ação de equipe é realizar o Briefing: anamnese materna, preparo do ambiente para receber o RN e definição da equipe na reanimação Anamnese: • Buscar na história materna condições associadas ao maior risco de reanimação ao nascer Preparação e testagem do material necessário de fácil acesso: • É obrigação do pediatra fazer a checagem: ➥ Temperatura ambiente de 23- 26°C ➜ Quanto menor a temperatura, pior porque pode dar hipotermia; ➥ Material para manutençãode temperatura ➜ fonte de calor, ou seja, um berço aquecido (mesa com acesso por 3 lados); ➥ Material para avaliação ➜ estetoscópio + oxímetro de pulso + monitor cardíaco; ➥ Material para aspiração ➜ pressão - 100 e sonda 8 conectada a ele; ➥ Material para ventilação ➜ blender 02 + máscara laringea + ambu; ➥ Material para intubação traqueal laringoscópio (deixar montado) + cânulas traqueais e material para fixar (3 - 3,5) + verificar as pilhas do laringo; ➥ Medicações ➜ adrenalina (1 seringa de 5ml para adm endotraqueal e 1 seringa de 1ml para adm endovenosa) + soro fisiológico (expansor de volume); ➥ Material para cateterismo umbilical ➜ pinça + porta agulha + cateter; ➥ Materiais básicos, como luvas, gases, etc. • Qual idade gestacional? >/=34 sem; • Está respirando ou chorando? • Tonus muscular está em flexão? • E o líquido amniótico importa? RN de boa vitalidade: • Está respirando ou chorando - sim • Está tônus muscular em flexão -sim • Independente do aspecto do líquido amniótico • Clampeamento tardio do cordão umbilical; • Prover calor ➜ compressas aquecidas, secar a cabeça, preferencialmente colocar uma touca. APGAR: • O objetivo do teste é avaliar o ajuste imediato do recém-nascido à vida fora do útero da mãe • Faz-se a avaliação do Apgar no 1º e 5º min de vida somando uma pontuação de 0 a 10. • 8 a 10 = nasceu em ótimas condições . • 7 denota alguma dificuldade de adaptação <7 no 5º min mantenho sua realização a cada 5 min por até 20 min vida • 4 a 6 = grau moderado de adaptação • 0 a 3 = grave dificuldade de adaptação Assistência ao RN sem vitalidade: • Se começou a respirar ou a chorar? NÃO • se o tônus muscular está em flexão? NÃO Conduta: ➥ Estímulo tátil no dorso por no máximo duas vezes antes do clampeamento ➥ Clampeamento imediato ➥ RN é conduzido à mesa de reanimação envolto em campos aquecidos para iniciar os passos de estabilização. Passos inicias: • A temperatura do RN deve ser mantido entre 36,5 a 37,5ºC; • Temperatura da sala de parto aquecida entre 23-25ºC; • RN é levado para mesa de estabilização sob calor radiante; • Secar o corpo e cabeça e se possível usar touca e desprezar os campos úmidos. O movimento de secar promove estímulo tátil Vias aéreas: • Posicionar o bebe e colocar sua cabeça em leve extensão (fazer um coxin com a gase); • A aspiração de boca e narinas não é recomendado de rotina independente do aspecto do líquido amniótico. Reservado para obstrução das vias aéreas por excesso de secreção. • Passos iniciais realizados em 30 segundos. FC: • É o principal determinante para indicar as manobras de reanimação. • Contada em 6 seg x10 • FC >100bpm = adequada • FC RN < 100bpm = bradicardia • FC > 100 bpm e choro forte ou ritmo respiratório regular = RN de boa vitalidade • Conduta: ➥ Pele a pele com a mãe ➥ Manter aquecido ➥ Manter observação ➥ Estimuloamamentação 1º hora Isabelle Isis de Mello Assis Ventilação com pressão positiva: • O VPP é o ponto crítico para o sucesso da reanimação por permitir que ocorra a hematose. • Deve ser iniciada nos primeiros 60 segundos de vida (MINUTO DE OURO). • É o procedimento mais importante e efetivo da sala de parto para reanimação do RN. • A VPP é utilizado com máscara facial, cânula ou máscara laríngea. • O indicador mais importante de que a VPP está sendo efetiva é o aumento da FC e depois estabelece a respiração espontânea. • Se após 30 segundos de VPP (10x aperta, solta, solta) com máscara o paciente apresentar FC>100bpm e respiração espontânea e regular, suspender o procedimento. ➥ Levar para mãe Se não estiver melhorando: • Rever técnica do VPP ➜ ajuste entre face e máscara, posiçãoda cabeça, aspirar secreções, boca aberta, pressão inspiratória, oferta deoxigênio; • E logo depois repetir VPP com 02 suplementarde 60-100% por mais 30s com técnica adequada. Se ainda assim não melhorar: • Intubação; • Em períodos prolongados de ventilação com máscara, inserir sonda orogástrica para diminuir distensão gástrica. • Cada tentativa de intubação deve durar no máximo 30 segundos- se não conseguir, iniciar VPP com máscara e estabilizar o paciente e tentar intubar novamente. Massagem cardíaca indicada se, em 30s com VPP com técnica adequada por meioda cânula traqueal, a FC estiver < 60bpm. Massagem cardíaca: • A compressão cardíaca é realizada no terço inferior do esterno, onde se situa a maior parte do ventrículo esquerdo, logo abaixo da linha intermamilar e poupando o apêndice xifoide • Duas técnicas para realizar a massagem cardíaca: a dos dois polegares e a dos dois dedos. A técnica dos dois polegares é mais eficiente, pois gera maior pico de pressão sistólica e de perfusão coronariana, além de ser menos cansativa. • A compressão deve atingir 1/3 do diâmetro antero posterior para atingir um pulso palpável. • A ventilação e a massagem cardíaca são realizadas de forma sincronizado, mantendo-se uma relação de 3:1, ou seja, 3 movimentos de massagem cardíaca para 1 movimento de ventilação, com uma frequência de 120 eventos por minuto (90 movimentos de massagem e 30 ventilações) ➥ 123 ventila, 123 ventila, 123 ventila..... ➥ Realiza por 1 min – (20x) ➥ Nova reavaliação da FC e da respiração. Se >60 e < 100 bpm, repete VPP sem a massagem por mais 30seg. Se ocorrer a recuperação da FC>100 bpm interrompe a VPP. ➥ Se não mantem FC <60bpm inicia-se medicação. Isabelle Isis de Mello Assis Icterícia neonatal Definição: Icterícia fisiológica x icterícia patológica: Qual a conduta? • Expressão clinica do aumento da bilirrubina visível na pele pela cor amarelada da esclera, pele e mucosas. • Considera-se hiperbilirrubinemia indireta quando atinge valores acima de 2mg/dL e e direta valores > 1mg/dL • Na maioria das vezes é chamada fisiológica porque é uma resposta a adaptação hepática ao metabolismo da bilirrubina, com aumento da fração indireta – Bilirrubina Indireta. Surge após 24h de vida e, tem evolução benigna • Inicia após 24h de vida. Em geral é percebido por volta 2º/3º dia de vida • Valor de 12-13 mg/dL como o máximo para delimitar a icterícia fisiológica no RN a termo e atinge valor máximo 15mg/dL no pré termo. • Não há sintomas clínicos associados. • Declina após 7º dia a termo e 14º pré-termo Icterícia fisiológica: • Peso ao nascer: 2000 - 2500g; • Idade entre 35- 38 semanas ➜ aumenta 8x o risco de ter uma bilirrubina de 20mg/dL; • Perda de peso importante ao nascer ➜ >7%; • Jejum e leite materno inadequados ➜ aumentando a circulação entero-hepática; • Descendência asiática; • História de irmão que fez fototerapia; • Cefalohematoma; • Clampeamento tardio do cordão; • Mãe diabética; • Incompatibilidade sanguínea: ABO (mãe O e RN é AouB) OU Rh(mãe- eRN +). • Nomograma de Bhutani: Gráfico preditivo da criança precisar de fototerapia ➜ Orienta o pediatra a liberar ou não a alta hospitalar, bem como elaborar o plano de investigação e tratamento da icterícia. • Zona de alto risco: fototerapia; • Zona intermediaria alta: avaliar presença de fatores de risco – considerar fototerapia e reavaliar 12 a 24h nova dosagem pela SBP • Zona intermediaria baixa e baixa: cuidados de rotina- alta hospitalar e retorno 48/72h para reavaliar • Bilirrubina total e frações; • Dosagem de Hemoglobina, Hematócrito e reticulócito; • Classificação sanguínea da mãe e do bebê; • Avaliação da morfologia das hemácia e esferócitos • Testes de Coombs direto do cordão ou do bebê (Coombs Indireto positivo ou coombs direto positivo significa que as hemácias estão recobertas por Acs maternos). • Dosagem da Glicose 6 fosfato desidrogenase (G6PD). • T4 e TSH. Icterícia patológica: • Inicia < 24h de vida; • Ultrapassa valores fisiológicos >13mg/dL no a termo e> 15mg/dL no pré-termo • Pode ter presença de sintomas clínicos • Pode persistir após 7 dias no a termo e 15 dias no pré-termo • Necessita de investigação para sua causa Avaliação clínica da icterícia: • A icterícia tem progressão céfalo caudal. Fatores associados a hiperbilirrubinemia: Exames a serem solicitados: Isabelle Isis de Mello Assis Transtorno do espectro autista Quatro diagnóstico: Critérios diagnósticos: Atenção: • Transtorno autista (Autismo); • Síndrome de Asperger: muita dificuldade de convívio social, mas não preenche os critérios; • Transtornos desintegrativos da infância; • Transtorno global do desenvolvimento. 1- Déficit interrupto na comunicação social e interação: • Dificuldade em interagir com os membros da família e crianças da mesma idade, dificuldade na comunicação não verbal também, não dá tchau, não manda beijo, etc.; • Dificuldade em em ter contato visual ou responder quando é chamado pelo nome. 2- Apresentar padrões restritivos, repetitivos e estereotipadas do comportamento: • Comportamentos repetitivos (olhar para as mãos, rodar, balança pra frente pra trás, balançar as mãos, se morder); • Brincar de maneira disfuncional; • Interesses e hiperfoco em alguns assuntos (ex: muito frequente um imenso interesse em dinossauro); • Não toleram mudança de rotina (só bebe com aquele copo); • Ecolalia (ficar repetindo as coisas que ouve); • Hipersensibilidade sensorial. Sinais de alarme: • Não responde quando é chamado pelo nome aos 12 meses; • Não aponta para objeto de seu desejo aos 15 meses; • Não brinca com objetos de maneira simbólica; • Evita contato visual; • Resposta desconexa; • Interesses obsessivos; • Ecolalia; • Hipersensibilidade sensorial. • Não subestimar acriança ("coitadinho"); • Não ceder as insistências da criança para não reforçar o comportamento inadequado; • Não se iludir que o amadurecimento da criança resolve o problema - tem que tratar; • Não responder pela criança - precisa estimular a comunicação; • Atividades de vida diária e o que não é opcional usar o verbo "vamos fazer tal coisa"; • Não mentir > narrar e descrever literalmente o que vai acontecer. Isabelle Isis de Mello Assis Intolerância e alergia lactose Intolerância lactose: Alergia alimentar: • Intolerância à lactose é uma síndrome clínica na qual o indivíduo, após ingestão de alimentos que contém lactose, apresenta um ou mais dos seguintes sintomas clínicos: ➥ dor abdominal, diarreia, náusea, flatulência e/ou distensão abdominal. • A lactose, quando não digerida, não é absorvida, acumulam-se na luz do intestino delgado (sobrecarga do açúcar no intestino). • Intolerância à lactose congênita ou primária (Alactasia congênita) onde a pessoa não tem lactase desde o nascimento é muito rara; • Intolerância à lactose de origem genética (Hipolactasia do adulto) e os sintomas em geral começam a partir dos 4 anos. Diminui ao longo da vida. • Intolerância à lactose secundária a outras patologias (enterite, diarreias, gastroenterites). Pode ser temporária. É a mais frequente na pediatria. Infecção por Rotavírus. Três causas: • Essencialmente clínico • Laboratorial: exame de fezes, teste de absorção da lactose pelasobrecarga oral, teste de H2 espirado, teste genético Manifestação clínica: Diagnóstico: Tratamento: • Fórmula infantis à base de leite de vaca isentas de lactose, escolha para substituir, quando necessário, o leite materno (SL) • Soja também são uma opção, uma vez que também são adequadas às necessidades do lactente e não contêm lactose na sua composição. • Leites de origem vegetal amêndoa, coco... • Iogurte e coalhada são bem tolerados, pois embora contenham certa quantidade de lactose, os microrganismos adicionados ao leite para sua fermentação permanecem viáveis e digerem parcialmente a lactose antes de serem consumidos. • Mediada por linfócitos T, que vão liberar substâncias inflamatórias; • Ocorrem tardiamente, após 2 a 72hs da ingesta alimentar Fatores que levam a alergia alimentar: • Relação parto cesáreo x vaginal (microbiota protetora); • AME x Fórmula precoce ( microbiota e estímulo a flora comensal por prebióticos), • Introdução alimentar precoce induziria disbiose, exposição precoce a antígenos alimentares Fator genético – história de atopia familiar • Carga antigênica • Aumento de prevalência de alergia alimentar no mundo na infância Manifestações: • Reações inespecíficas: náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, dificuldade em ganhar peso, constipação. • Doenças gastrointestinais de forma clássica: proctocolites e proctites (hematoquezia), enteropatias, síndrome da enterocolite produzida por proteína alimentar, esofagite cosinofilica e síndrome de Heiner. Diagnóstico: • Teste de provação oral. Isabelle Isis de Mello Assis
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