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pesquisa microbiologia

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Microbiota de um banheiro e o efeito de desinfetantes diversos
O que esses pesquisadores zeram, então, foi utilizar de métodos de biologia molecular para conseguirem descobrir a diversidade das bactérias que
habitam as diferentes superfícies de um banheiro.
Superfícies examinadas pelos pesquisadores para a análise biogeográca
das bactérias dos banheiros. Foram analisadas 10 diferentes superfícies de 12
banheiros públicos – 6 femininos e 6 masculinos.
Das sequências obtidas, 92% pertencem a 4 los bacterianos: Actinobacteria, Bacteroidetes, Firmicutes e Proteobacteria. Se vocês derem uma olhadinha aqui e aqui vocês verão que esses são os grupos bacterianos que habitam nosso corpo. Esses dados suportam outros estudos que mostram que ambientes fechados são comumente habitados por bactérias componentes da microbiota humana.
As comunidades do chão compreendem a maior diversidade (mas não necessariamente o maior número) de bactérias. Isso ocorre, pois parte dessas bactérias são provenientes dos sapatos dos usuários da “casinha” que, por sua vez, caminham por diversos outros locais e acabam carreando e distribuindo essas bactérias por onde andam.
Bactérias que habitam a pele humana (Propionibacteriaceae, Corynebacteriaceae, Staphylococcaceae e Streptococcaceae) foram encontradas em maior proporção naquelas superfícies que são rotineiramente e exclusivamente tocadas pelas mãos [e dicilmente tocadas por outras partes do corpo ou uidos – pelo menos é o que a gente prefere imaginar]*
As superfícies da cabine (descarga e assento da privada) por sua vez foram caracterizadas por bactérias tipicamente do intestino humano. Prestou atenção – se não, leia de novo! Acho que esse é um resultado que merece um pouco mais de atenção pois mostra que há contaminação fecal nessas superfícies. E a preocupação reside no fato de que entre essas bactérias intestinais pode haver bactérias enteropatogênicas – ou seja: há risco de transmissão de doença (não que pelas outras superfícies não haja esse risco, mas aqui essa questão se torna bem mais evidente). A presença dessas bactérias pode ser explicada tanto por contado direto das mãos contaminadas, quanto pelo aerosol formado quando a descarga é acionada.
Uma diferença, também bastante lógica, que foi identicada é que a presença de lactobacilos foi notavelmente maior nos banheiros femininos – anal esse grupo de micro-organismos compreende a microbiota vaginal. Esses micróbios foram encontrados inclusive em maçanetas o que sugere dispersão manual pelas mulheres após o uso do toalete.
Fiquei um bom tempo analisando o gráco (Fig 3) tentando achar uma explicação para a diferença da contribuição das bactérias da urina nos diferentes ambientes do banheiro, principalmente nas superfícies da cabine: assento do vaso (toilet seat), descarga (toilet ush handle) e chão da cabine. Pensem em como os homens fazem seu xixi que vocês entenderão porquê é estranho não haver grande contribuição de bactérias de urina no chão. Pensou? Então, poderíamos pensar que talvez o chão seja um lugar que seja limpo com maior frequência, e isso fosse responsável por essa diferença – tem lógica, mas não temos dados para armar isso. Mas parte da explicação pode estar relacionado ao que foi falado no parágrafo anterior (sobre microbiota vaginal). A grande questão aqui é que não falamos que um homem tenha uma microbiota peniana – como o pênis é um órgão externo, sua microbiota é semelhante a microbiota da pele, e consideramos a ureta como um órgão praticamente estéril. Assim, a identicação de bactérias de urina em praticamente todas as superfície do banheiro deve estar relacionada à forma de higienização das mulheres após o uso do banheiro!
Dessa forma, não tem como não citar a importância da higiene para reduzir os possíveis riscos do quadro apresentado – uma medida extremamente simples e que pode ajudar muito, esteja você usando o seu banheiro, um banheiro público, ou mesmo o da casa do Pedrinho: lavar as mãos!
” A presença dessas bactérias pode ser explicada tanto por contado direto das mãos contaminadas, quanto pelo aerosol formado quando a descarga é acionada.”<=E um terceiro fator – e que qq infeliz usuário de banheiro público sabe – contaminada pelas próprias fezes: às vezes por respingos d'água do choque entre a descarga intestinal e a água do sanitário, às vezes por gotas diarreicas (especialmente na modalidade explosiva), às vezes por mau posicionamento do usuário, às vezes por rodar a meia (aí vai parar até no teto – sim, seria interessantíssimo se tivessem feito amostragem do teto tb), às vezes pelo entupimento que faz com que o conteúdo suba e vaze, às vezes pelos próprios funcionários de limpeza – que usam o mm pano para 'limpar' diversas superfícies, às vezes por insetos e outros seres a passear pelos banheiros…
Site
Nos lugares em que costumamos tocar, como nas torneiras, a maioria das bactérias encontradas é igual àquelas encontradas em nossa pele. Essas bactérias são chamadas de comensais: elas vivem normalmente no nosso organismo e contribuem para o seu equilíbrio.
O que chamou a atenção dos cientistas, no entanto, foi a presença de bactérias vindas do xixi e do cocô em todas as superfícies analisadas. Elas estão presentes em maior número em locais como o vaso sanitário e a descarga, mas também foram encontradas nas maçanetas das portas e até mesmo na pia.
Segundo artigo
Microrganismos são formas de vida diminutas para serem vistas a olho nu. Podem ser transmitidos de forma direta, indiretamente ou através de fomitês, como banheiros que são locais insalubres e possuem microrganismos de origem fecal presentes nos assentos dos vasos sanitários, válvulas de descargas, maçaneta das portas e demais objetos que compõem os elementos sanitários dos banheiros. cocos gram positivos

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