Tutoria Drogas lícitas

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Renata Tavares, UNIT.
TUTORIA 04 – Drogas Ilícitas 
 Objetivos:
1- Conceituar drogas lícitas com destaque para o álcool e tabaco
São substâncias naturais ou sintéticas que, embora sua comercialização e consumo sejam permitidas por lei, possuem a capacidade de alterar o comportamento do indivíduo. 
É toda substância que contenha álcool, nicotina, cafeína, medicamentos sem prescrição, anorexígenos (medicamentos para emagrecer), anabolizantes e outros.
Maconha é a primeira droga ilícita mais consumida
Álcool é a primeira droga lícita mais consumida e os dependentes já chegam a 2 milhões no Brasil, segundo a Fundação Osvaldo Cruz. 
Outros exemplos de drogas lícitas: anorexígenos (moderadores de apetite), benzodiazepínicos (remédios utilizados para reduzir a ansiedade), etc.
Segundo a OMS, quase 3% da população brasileira acima de 15 anos de idade é considerada alcoólatra.
Os índices são assustadores. Cerca de 51% das crianças entre 10 e 12 anos já experimentaram bebida alcoólica e 15% dos jovens entre 10 e 18 anos consomem álcool freqüentemente (até cinco dias na semana). –dado da Fiocruz
A cafeína é a droga psicoativa mais utilizada no mundo.-dado Abril
O alcoolismo é uma doença crônica e diversos fatores contribuem para o seu desenvolvimento, incluindo a quantidade e frequência de uso do álcool, a condição de saúde do indivíduo e fatores genéticos, psicossociais e ambientais e está entre os principais problemas da nossa sociedade. O alcoolismo é mais comum em homens, sendo uma das maiores causas de adoecimento da população masculina, porém em mulheres, o número vem crescendo cada vez mais.
2- Entender a relação do alcoolismo e tabagismo no Brasil e no mundo como problema de saúde pública
O álcool e o tabaco são as substâncias viciantes que representam de longe o maior fardo à saúde pública global, principalmente por serem legalizados na maior parte dos países
Experimentalmente sugeriu-se que quanto maior a dependência à nicotina tanto maior o consumo de álcool, ou que o álcool exercesse um estímulo inespecífico em várias áreas comportamentais, aumentando o consumo de cigarros. –dado da Scielo
De acordo com agências vinculadas à ONU, por ano, 3 milhões de pessoas no mundo morrem por consumo exagerado de álcool e esse tipo de consumo pode causar mais de 200 doenças e lesões. O tabaco representa um problema ainda maior: mata mais de 7 milhões de pessoas por ano.27 de jun. de 2019
O professor do University College London , Robert West, considera que a solução para o problema não está na simples proibição, mas em uma mudança de atitude dos governos, e da cultura da população, com relação ao uso dessas drogas, em especial o álcool.
ALCOOLISMO O alto consumo de álcool está relacionado a mais de 200 doenças, como a cirrose, câncer na boca, faringe e laringe, a pancreatite, a tuberculose, entre outras. Ainda segundo a OMS, o consumo excessivo de álcool é responsável por 5,9% de todas as mortes registradas no mundo
TABAGISMO Conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2017 foram registrados no Brasil 478 mil infartos e internações por conta de doenças cardíacas. Outras 378 mil por conta de doenças pulmonares advindas do fumo. Isso tudo representa um prejuízo de, aproximadamente, R$ 57 bilhões a cada ano. São somados aí os custos dos tratamentos, a perda de produtividade e mortes prematuras.
Obs.: O fumante passivo é aquele que absorve as substâncias do tabaco sem ser fumante, ou seja, ele apenas inala a fumaça de derivados do tabaco, como o cigarro, o charuto, o cachimbo e outros, através da convivência com fumantes, principalmente em ambientes fechados. Por isso, as leis antitabagismo, cada vez mais restritivas em todo mundo, não são apenas uma questão de não-fumantes incomodados com o cheiro da fumaça dos fumantes e sim uma questão de saúde pessoal e pública.
Álcool responde por 2,8 milhões de mortes anuais no mundo de acordo com prestigiado periódico médico “The Lancet”
3- Pesquisar o funcionamento dos grupos de apoio aos dependentes de álcool e tabaco e seus exemplos
Al-Anon, Alateen, Nar-Anon, Amor Exigente: grupos que tem a filosofia de que as pessoas em volta do usuário precisam de tanta ajuda quanto ele, por isso esses grupos de apoio oferecem a troca de experiências e orientam pais, amigos e familiares próximos a aprenderem a lidar com o vício nas drogas lícitas
Plano Progredir: é um grupo ligado ao governo que visa recolocar os ex-dependentes no mercado de trabalho
Alcóolicos Anônimos: grupo independente, que tem como base 12 passos, sendo o primeiro é a vontade de parar de beber. Dentro disso são feitas reuniões em que contar a história de vida ajuda a si mesmo e as outras pessoas
4- Identificar os fatores que favorecem o uso abusivo do álcool e do tabaco
Em entrevista a Drauzio Varella, o doutor Ronaldo Laranjeira apontou que o homem criou uma área de recompensa e é nela que as drogas interferem. Por uma espécie de curto circuito, elas provocam uma ilusão química de prazer que induz a pessoa a repetir seu uso compulsivamente. Por exemplo, a nicotina é uma droga proveniente da planta do tabaco que, quando inalada, produz efeito psicoativos. Chega ao cérebro entre sete e 19 segundos, fazendo com que o organismo, com o tempo, acostume-se a recebe-la frequentemente", por isso a "falsa sensação de prazer
• genes envolvidos no metabolismo do álcool e/ou na sensibilidade ao efeitos dessa substância são responsáveis por 50% da dependência 
• pais alcoolistas aumentam em 4x mais a chance
Fatores de risco: são aqueles que aumentam a exposição das pessoas ao uso de drogas, como a insegurança, a insatisfação com a vida, os sintomas depressivos, a curiosidade, a busca incessante pelo prazer, genética, transtornos psiquiátricos (ex: transtornos de conduta), falta de monitoramento dos pais, disponibilidade do álcool
Fatores protetores: controle da impulsividade, supervisão dos pais, políticas sobre drogas, vínculos positivos com pessoas, instituições e valores e autonomia e autoestima desenvolvida
5- Compreender as principais consequências que o fumo e o álcool podem trazer no contexto biopsicossocial
TABAGISMO
Consequência biológicas: insônia, aumento dos riscos que estes indivíduos tem de desenvolver problemas de saúde como cânceres, doenças coronarianas, má circulação sanguínea , enfisema pulmonar, bronquite crônica, derrames cerebral, impotência sexual, câncer pulmonar (já que a elevada da fumaça, que queima não só os pulmões, mas toda a via aérea)
Psíquicas: agitação, mau humor, ansiedade, incapacidade de sentir prazer, depressão
Sociais: irritabilidade, isolamento
 ALCOOLISMO
Consequências biológicas: naúsea, sudorese, pode danificar o coração, uma vez que o álcool é uma substância cardiotóxica, além de provocar vários tipos de doenças. As mais frequentes são as doenças do fígado (esteatose hepática, hepatite alcoólica e cirrose), problemas do aparelho digestivo (gastrite, síndrome de má absorção e pancreatite) e ainda, os casos de polineurite alcoólica, caracterizada por dor, formigamento e câimbras nos membros inferiores. Câncer, como o hepático, também podem aparecer.
Psíquicas: ansiedade, agitação, alucinação, tremores
Sociais: acidentes, violência, rejeição, incapacidade
6- Citar as recomendações da OMS quanto as possíveis formas de intervenção na luta contra o uso do tabaco e do álcool
1. A OMS no Brasil considera inadequada e ineficaz a adoção da internação involuntária ou compulsória como estratégia central para o tratamento da dependência de drogas. Obs.: A internação compulsória é considerada uma medida extrema, a ser aplicada apenas a situações excepcionais de crise com alto risco para o paciente ou terceiros, e deve ser realizada em condições e com duração especificadas em Lei.
2. “Tratamento da dependência de drogas, direitos humanos e dignidade do paciente” explicita que o direito à autonomia e autodeterminação, o combate ao estigma, ao preconceito e à discriminação e o respeito aos direitos humanos devem ser observados em qualquer estratégia de tratamento para a dependênciade drogas.
3. As agências recomendam claramente que seja priorizada a implantação de ações e serviços de saúde comunitários com características voluntárias.