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Portfolio Linguagens Sociedade - Cultura surda e LIBRAS

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MATERIAL DE DIVULGAÇÃO: 
Cultura surda e LIBRAS no polo
PORTFÓLIO A II - 2021
Empreendedorismo, criatividade, inovação e responsabilidade social
NOME: RU: POLO:
TRAJETÓRIA HISTÓRICA: 
A língua de sinais no mundo
TRAJETÓRIA HISTÓRICA: A língua de sinais no mundo
Durante décadas a educação de alunos surdos é a área que mais impõe desafios aos sistemas educacionais. Isso ocorre pois há uma mudança nos estudos dedicados e compreensão das maneiras de se comunicar e aprender desse grupo de alunos. Não existe uma língua de sinais que seja universal, assim como em outras línguas faladas, as gestuais também mudam de acordo com a região. Atualmente estima-se que existam mais de 200 línguas de sinais no mundo e cada uma aproveita a cultura do local para estabelecer os gestos aplicados.
Egito Antigo (4.000 a. C)
No Egito, segundo as antigas leis judaicas os surdos eram apenas protegidos, mas eram considerados como criaturas privilegiadas, enviados dos deuses. Acreditava-se que eles se comunicavam em segredo com os deuses. Tratados apenas como uma espécie de oráculos, eram anulados de quaisquer atividades e também proibidos de obter educação.
Moisés (4.000 a.C)
Os surdos também são mencionados na Bíblia, no velho testamento, o surdo não podia ouvir e nem compreender o que acontecia a sua volta, pois a língua de sinais naquela época eram desconhecidas pela maioria das pessoas ou somente usado pelos surdos, por isso Deus lhe deu a ordem para não amaldiçoa-los. 
Grécia Antiga (485 – 322 a.C)
Diferente dos egípcios e principalmente fundamentado no pensamento de Aristóteles, os gregos acreditavam que ao nascer surdo, essa pessoa não pensava e não sentia, sendo assim sem utilidade para a vida em sociedade. Era propagado a ideia de extermínio de pessoas surdas e com deficiência.
Heródoto classificava os surdos como seres castigados pelos deuses.
China (485 – 483 a.C)
Na china, os surdos eram lançados ao mar. Eram sacrificados ao célebre deus Teutates por ocasião da festa do Agárico. A língua de sinais chinesa tem se difundido na china por meio das escolas, no entando muitos surdos chineses ainda hoje não tem contato com a comunidade e continuam usando sinais familiares.
Idade moderna – 1453
Pedro Ponce de Léon – Um dos primeiros educadores de surdos, os espanhol e monge beneditino Ponce de Léon educou quatro filhos da nobreza ensinando o grego, latim e italiano, desenvolveu uma metodologia consistente em datilologia, escrita, oralização criando uma escola de professores para surdos.
Juan Pablo Bonet (1579)
Na Espanha iniciou a educação de um membro da família Velasco por meio de sinais fazendo o uso de um alfabeto dactilógico
John Bulwer (1614 – 1684)
Médico britânico famoso por estudos sobre surdos. Ao observar dois surdos conversando ele entendeu que a língua gestual era essencial para educação, foi o primeiro inglês a desenvolver um método de comunicação para surdos.
Alexander Melville Bell (1819 – 1905)
Professor de surdos especialista em problemas auditivos, ele queria criar uma “fala visível” ou uma linguagem visível que utilizava imagens (desenhos) dos órgãos para que os surdos repetissem os movimentos e os sons que ele indicasse. 
Congresso de Milão – Império Oralista (1880)
O congresso não discutiu metodologias de ensino para surdos, o interesse maior era a busca de uma substituição da língua de sinais por uma língua oral nacional onde princípios de Aristoteles foram retomados em que a fala é a expressão o pensamento e uma dádiva divina. Com isso foi proibido o uso da língua de sinais em todas as suas formas estigmatizando os surdos como preguiçosos
1 Congresso Internacional dos surdos (1889)
Reconhece a língua manual como o instrumento mais apropriado para desenvolver o intelecto do surdo.
2 Congresso – Chicago (1893)
3 Congresso – Gênova (1896) 
Decidiu a favor do sistema combinado de instrução.
4 Congresso – Paris (1900)
Reuniões separas a favor dos oralistas.
Século XX – primeiros relatos dos insucessos do oralismo puro. Todos que não progrediam na oralidade eram considerados deficientes mentais com necessidades especiais.
TRAJETÓRIA HISTÓRICA 
A linguagem brasileira de sinais
(LIBRAS)
A língua Brasileira de Sinais (Libras) é uma língua reconhecida e utilizada no nosso país, ela foi criada pelo Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES) a partir de uma mistura entre a Língua Francesa de Sinais e gestos que já eram utilizados por surdos brasileiros. Por ser uma língua viva, ela passa por constantes melhorias e formações de novos vocábulos que possuem variações de acordo com o local que o surdo vive (regionalismo).
Até a década de 60 a abordagem era exclusivamente oral, nos anos 80 o INES intensificou o trabalho de pesquisas sobre Libras criando então o primeiro curso de especialização para professores na área. Atualmente o INES é um centro de referência com atendimento diversificado para atender os surdos no Brasil.
Brasil (1857) – A primeira escola para surdos é fundada no país no Rio de Janeiro por D. Pedro II com a vinda de um professor francês que trouxe consigo a língua de sinais francesa. Inicialmente recebeu o nome de Imperial Instituto de Surdo-Mudos, posteriormente alterado para Insituto Nacional de Educação para Surdos e por ser a única instituição especializada, recebia alunos de todo país e de países próximos. 
Foram vários os decretos e leis importantes que deram início a garantia desses direitos, o decreto 5.626 de dezembro de 2005 regulamentou a Lei 10.436/02 que definiu formas institucionais para o uso da difusão da Libras, visando assim o acesso de pessoas surdas à educação e a reconhecendo como meio legal de comunicação e expressão.
Brasil (2002)
Em 24 de abril de 2002, foi sancionada a lei 10.436 (Lei de Libras) que reconheceu a Libras como língua oficial da comunidade de surdos no Brasil.
2005
Por decreto, estabelece a organização da educação bilíngue para surdos no Brasil, a disciplona Libras passa ser obrigatória em todas as licenciaturas e nos cursos de fonoaudiologia.
2015
6 de julho de 2015 pela Lei Brasileira de Inclusão, vigora o Estatuto da pessoa com Deficiência, entendendo que toda pessoa tem direito à igualdade de oportunidades e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.
CULTURA SURDA
A cultura surda engloba as possibilidades e elementos próprios da vida dos sujeitos que se reconhecem como surdos. A privação do sentido da audição não inviabiliza a interação linguística, a participação social ou a produção cultural das pessoas surdas, na verdade abre mais possibilidades e alternativas para sua atuação na área. Ao compreender a realidade surda, pela vivencia e pelo estudo descobrimos que ea é rica, complexa e instigante com elementos culturais caracterizados pelas formas alternativas de produção e interação dessas pessoas, alimentando e enriquecendo as comunidades surdas que infelizmente são ainda pouco conhecidas entre a comunidade ouvinte.
A CULTURA SURDA NO BRASIL
Assim como em outras culturas, a cultura surda é o padrão de comportamento compartilhados por sujeitos surdos na experiência trocada com seus semelhantes seja na escola, em associações ou encontros informais. No Brasil ainda ouvimos histórias de surdos que evidenciam os desafios em uma sociedade que é predominantemente ouvinte. No contexto do povo surdo, os sujeitos não distinguem um de outro de acordo com sua surdez. O mais importante para eles é o pertencimento ao povo surdo por meio do uso da língua de sinais e da cultura surda, que os ajudam a definir as suas identidades. 
OS OUVINTES E A LIBRAS
Na cultura surda, faz parte do senso comum chamar-se ouvinte àquele que ouve, em contraste com o surdo, que não ouve (total ou parcialmente). Nessa cultura, o termo ouvinte pode também referir-se à cultura das pessoas que ouvem, normalmente diferenciando-a da cultura dos surdos.
A comunicação através da Libras, propicia uma melhor compreensão entre surdos e ouvintes, uma vez que já está previsto em lei a presença de intérpretes de Librasem diferentes instituições públicas , como escolas, universidades, congressos, seminários, programas de televisão entre outros.
O ouvinte precisa se comunicar com o surdo e não somente o contrário. Isso significa que o ouvinte precisa atender e entender o surdo em qualquer ambiente por onde ele transite. Ser incluído no mundo do surdo
CAPACITAÇÃO DE OUVINTES EM LIBRAS
Atualmente, a crescente inserção de Surdos nos espaços escolares requer que a Escola os conceba não como meros indivíduos presentes nestes ambientes, mas, como sujeitos constituídos de direitos, que possuem especificidades próprias na maneira de conceber o mundo, de se comunicarem e, principalmente, nas formas de serem ensinados e de adquirirem o conhecimento.
Os professores ainda não recebem o treinamento de maneira eficaz para ministrar as aulas para alunos surdos, mostrando que esses alunos ficam frustrados pois não compreendem o conteúdo que está sendo repassado. É preciso desconstruir os atuais cenários escolares que não oferecem condições favoráveis ao aprendizado do aluno surdo. 
Estas concepções emergem do atual contexto da educação de Surdos, no qual se desencadeia a perspectiva bilíngue, a qual subsidia as ações da educação de Surdos. Assim, cada vez mais é necessário que profissionais da educação, em especial os professores, conheçam, estimulem o uso e utilizem a Libras no ensino de Surdos.
Em relação aos direitos das pessoas surdas, a luta pelo acesso ao serviço especializado contínua, independentemente das diferenças e necessidades individuais, a surdez ainda é um grande desafio para a sociedade, pois o reconhecimento da diferença é o primeiro passo para a integração do surdo na comunidade ouvinte. 
PRATICANDO LIBRAS
NAYARA
Experiências locais bem-sucedidas com LIBRAS: Anápolis - Goiás
No ano de 2018 alunos do terceiro ano de uma escola pública da cidade decidiram aprender libras para incluir uma colega surda, com isso deram um exemplo de inclusão social fazendo com que a colega que é surda se sentisse mais acolhida. A matéria relata que a turma levou 3 meses para que todos conhecessem as letras e os símbolos do novo idioma e a turma faz questão de se comunicar por Libras para garantir que a colega compreenda as mensagens.
LIBRAS e cultura surda: o que pode ser feito em nosso polo? 
O incentivo ao acesso do Surdo à educação superior é de extrema importância, seria interessante mesmo dentro de um curso à distância (e após as limitações da pandemia da Covid) o contato com alunos e professores que desenvolvem a disciplina, para que se tenha uma vivência real do que é ser surdo no Brasil e na nossa cidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
BERTAGLIA, Rosi. A língua de Sinais é Universal? Hand Talk. Disponível em: https://blog.handtalk.me/língua-de-sinais-universal/ Acesso em: 13/06/2021
BRRTL. Educação de surdos – Panorama no mundo e recorte do Brasil. Disponível em: https://www.timetoast.com/timelines/educacao-dos-surdos-ed923cf6-5a59-433d-a0b1-dab89a4e9e03
DIAS,Valdirene Aparecida Avancini. Atendimento aos surdos pelos órgãos públicos. UTFPR, Medianeira. 2013
MORAIS, Raquel. Alunos decidem aprender Libras para incluir colega surda, em Anápolis. G1.com – Disponível em: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/alunos-decidem-aprender-libras-para-incluir-colega-surda-em-anapolis.ghtml Acesso em: 17/06/2021
O que é cultura surda? IFPB, 2018. Disponível em: https://www.ifpb.edu.br/assuntos/fique-por-dentro/o-que-e-cultura-surda - Acesso em: 15/06/2021
PERLIN, Gladis; STROBEL, Karin. História cultural dos surdos: desafio contemporâneoScielo, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/er/a/qR5cDC7tgf5SyMtrSGvSVFC/?lang=pt Acesso em: 16/06/2021
LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de Lacerda; SANTOS, Lara Ferreira dos; MARTINS, Vanessa Regina de Oliveira. Libras – Aspectos Fundamentais. Curitiba Intersaberes, 2019
VEIGA, Miriam. Alfabeto para salas com libra. Alfabetização Blog, 2018. Disponível em: https://miriamveiga.com.br/alfabeto-para-sala-com-libras-parte-1/ Acesso em: 15/06/2021
VELOSO, Eden; FILHO, Valdeci Maia. Aprenda Libras com eficiência e rapidez. Curitiba, Editora MãoSinais, 2009.
SILVA, Cleusangela Barros Meira. Línguas de sinais usadas em diferentes países do mundo. SignumWeb, 2018. Disponível em: https://blog.signumweb.com.br/curiosidades/línguas-de-sinais-pelo-mundo/. Acesso em: 13/06/2021