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Microbiologia da Doença PeriodontalMicrobiologia da Doença Periodontal INTRODUÇÃO → É o que está sobre o dente → Periodonto de Proteção: Gengiva → Periodonto de Sustentação: Ligamento Periodontal Cemento Osso Alveolar → As doenças periodontais são processos patológicos que podem levar à perda de um ou mais dentes • Gengivite: processo patológico que afeta exclusivamente o periodonto de proteção. O tratamento é simples (raspagem). • Periodontite: processo patológico que afeta os tecidos de sustentação (Ligamento Periodontal, Cemento e o Osso Alveolar). → Uma gengivite pode evoluir para periodontite. DOENÇAS PERIODONTAIS X BIOFILME → Destruição do arcabouço colágeno da gengiva, ligamento periodontal e da matriz orgânica do osso alveolar. → A gengivite induz à redução de fibras colágenas, favorecendo a formação da bolsa periodontal → Sonda milimetrada mede o arcabouço para saber o quanto de gengiva “sobra”. CONSEQUÊNCIAS LOCAIS E SISTÊMICAS → As periodontites são responsáveis por grande número de perda de dentes. → Muitas espécies microbianas, incluindo algumas que não são patógenos periodontais, podem causar endocardites infecciosas. MICRO-ORGANISMOS PATOGÊNICOS PARA O PERIODONTO Grau de associação Micro- organismos Muito forte -Aggregatibacter actinomycetemco mitan - Porphyromonas gingivalis Forte - Tannerella forsythia - Prevotella intermedia Moderada - Streptococcus intermedius - Fusobacterium nucleatum Com evidências iniciais - Pseudomonas sp - Staphylococcus sp FUNGOS X DOENÇAS PERIODONTAIS → Pannuti et al (2001) encontraram leveduras no biofilme supragengival de 30 pacientes hospitalizados → Dotto et al (2003) concluíram que dos 106 sítios periodontais de 53 indivíduos, 4,6% apresentaram Candida sp (exame inicial) e 8,4% ao final de 7 meses VÍRUS X DOENÇAS PERIODONTAIS Rodrigues et al (2004) Saygun et al (2004) Parra e Slots (1996) • Periodontite Crônica • Periodontite Agressiva • Abscessos Periodontais Causados por • Herpes Simples Tipo 1 • Epstein – Barr • Citomegalovírus ECOSSISTEMAS PERIODONTAIS -Sulco gengival saudável → Apresenta profundidade de 1,0mm a 3,0 mm, com ausência de sangramento gengival e outros sinais de inflamação → A microbiota é escassa e constituída pelos colonizadores da superfície dental (Streptococcus sp e Actinomyces sp) -Gengivite induzida por biofilme → Sulco com 3,0mm de profundidade, presença de sangramento e outros sinais inflamatórios → Redução do tono gengival, pela perda de fibras constituídas por colágeno e elastina. → Aumento do exsudato sulcular e maior infiltração de células inflamatórias (neutrófilos, linfócitos T e B) → Desenvolvimento de várias espécies microbianas, principalmente anaeróbias e Gram negativas. -Periodontite Crônica → Perda acentuada de colágeno e redução no número de fibroblastos → O aumento da profundidade da bolsa, aumento do campo para instalação de micro-organismos → A microbiota passa a ser constituída de micro-organismos anaeróbicos, Gram negativos e treponemas. COMPLEXIDADE DA MICROBIOTA SUBGENGIVAL → Mais de 500 espécies já foram identificadas no biofilme associado à periodontite crônica (Paster, 2001) → Os complexos amarelo, azul, verde e violeta constituem a base da pirâmide do biofilme → São espécies colonizadoras iniciais da superfície dental Complexo Azul Complexo Amarelo Complexo Verde Complexo Violeta Complexo Laranja Complexo Vermelho Actinomyces sp Capnocytophaga achraceae C. Sputigena C. Gingivalis Campylobacter concisus A. actinomycetemcomitanas Eikenella corrodens Veilonella parvula Actinomyces odontolycticus Streptococcus constelatus Campylobacter showae Campylobacter rectus C.gracilis Fusobacterium periodonticum Fusobacterium nucleatum Eubacterium nodatum P. Intermedia P. Nigrescens Tannerella Forsythia Treponema denticola Porphyromonas gingivalis Streptococcus mitis S.sanguinis S.gordoni S.oralis S.intermedius MECANISMOS DE COLONIZAÇÃO → O primeiro passo é a aderência de um ou mais micro-organismos ao tecido → No ambiente subgengival, o micro-organismo precisa ficar firmemente ligado ao epitélio → Alguns patógenos não aderem aos tecidos periodontais, se implantam no biofilme → A aderência é a função de fatores de virulência presentes na superfície microbiana Micro-organismos Gram positivos Adesinas presentes nas fímbrias Ácido Lipoteicoico Micro-organismos Gram negativos → Lipopolissacarídeos → P,gingivalis (portadores de fímbrias) é fortemente associada com a iniciação e progressão da periodontite crônica (Amano, 2003) → As adesinas de A. actinomycetemcomitas estão localizadas nas fímbrias da parede celular e se aderem às células da mucosa → T.denticola adere a fibroblastos gengivais e a proteínas, como a fibronectina GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE → Infecção caracterizada pela necrose tecidual restrita aos tecidos gengivais → É acompanhada por quimiotaxia deficiente dos neutrófilos → Os treponemas e P.intermedia são os micro-organismos mais prevalentes → Loesche (1982) encontrou prevalência de treponema (32%), P.intermedia (24%) e Fusobacterium sp (3%) → Dewirst et al (2001) amplificou o DNA pela PCR e clonagem no interior de E.coli, que permitiram a detecção de 75% de treponemas. PERIODONTITE ULCERATIVA NECROSANTE → A necrose gengival se estende para o ligamento periodontal e para o osso alveolar → São observadas sob condições específicas, como infecção pelo HIV, má nutrição e imunossupressão grave → Pode derivar de episódios recorrentes de “Gengivite Ulcerativa Necrosante“ → Micro-organismos prevalentes Fusobacterium nucleatum Treponema sp Porhyromonas gingivalis Candida albicans PERIODONTITE AGRESSIVA → Tipo específico de periodontite, com características clínicas e laboratoriais de fácil identificação → Os indivíduos são saudáveis e a doença exibe um caráter de agregação familiar → É mais comum em indivíduos jovens, mas pode ocorrer em idades variadas → Micro-organismos prevalentes C.retus E.corrodens C.gingivalis P.gingivalis A.actinomycetemcomitas
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