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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM RELAÇÃO c umidade

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1 
 
 
 
 
João Vítor Rocha1 
Gerson de Marco2 
 
 
Resumo: O surgimento de problemas patológicos em uma edificação está relacionado a 
diversos fatores, acabando por desencadear em anomalias na mesma. As patologias 
ocasionadas pela presença de umidade são as mais frequentes nas edificações e, contribuem 
consequentemente para a ocorrência de outras patologias. Para realização deste artigo foi 
realizado um levantamento bibliográfico em banco de dados Scielo, Sites, Livros e Manuais 
Técnicos. Conclui-se através do estudo que as patologias causadas pela umidade são de difícil 
controle, pois, a umidade nos materiais construtivos origina e abre caminhos para outros tipos 
de patologias na edificação. Desta forma, deve priorizar um maior estudo de medidas 
preventivas em relação à umidade já na fase do pré-projeto, desde os matérias até os sistemas 
de construção utilizados, para obtenção de uma maior durabilidade das edificações, evitando 
que patologias de umidade venham a danificar todo o patrimônio. sendo a prevenção em fase 
inicial do projeto o melhor método de controle e prevenção da umidade. 
Palavras-chave: Patologia. Construção Civil. Umidade. 
 
PATHOLOGY IN CIVIL CONSTRUCTION IN RELATION TO MOISTURE 
 
 
Abstract: The appearance of pathological problems in a structure is related to several 
factors, eventually triggering in building anomalies. The pathologies caused by the presence 
of moisture are the most frequent in the buildings and, consequently contribute to the 
occurrence of other pathologies. For the accomplishment of this article was carried out a 
bibliographical survey in database of Scielo, Sites, Books and Technical Manuals. It is 
concluded through the study that the pathologies caused by humidity are difficult to control, 
because the moisture in the building materials originates and opens paths to other types of 
pathologies in the building. In this way, it should prioritize a greater study of preventive 
measures in relation to humidity already in the pre-design phase, from the materials to the 
construction systems used, to obtain a greater durability of the buildings, avoiding that 
humidity pathologies will damage all equity. being the prevention in the initial phase of the 
project the best method of control and prevention of humidity. 
 
Key-words: Pathology. Construction. Moisture. 
 
1 Graduando do Curso de Engenharia Civil da Universidade de Araraquara- UNIARA. Araraquara-SP. E-mail: 
jv.rocha@hotmail.com 
 
2 Orientador. Docente Curso de Engenharia Civil da Universidade de Araraquara- UNIARA. Araraquara-SP. E-
mail: gersondm@yahoo.com.br 
 
 
 
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM RELAÇÃO COM A 
UMIDADE 
 
2 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
A ciência da patologia das construções pode ser entendida como o ramo da engenharia 
que estuda os sintomas, causas e origens dos vícios construtivos que ocorrem na construção, 
visando prevenir a ocorrência de problemas patológicos. 
De acordo com diversos estudos, as patologias ocasionadas pela presença de umidade 
são as mais frequentes nas edificações e além dos problemas de umidade como as infiltrações, 
tais patologias, contribuem consequentemente muitas vezes na ocorrência de outras 
patologias. 
Os problemas de umidade quando surgem nas edificações, sempre trazem um grande 
desconforto e degradam a construção rapidamente, sendo suas soluções de reparo 
consideradas caras. 
Diversas são as prevenções que devem ser tomadas desde o início do projeto, como, a 
escolha de materiais empregados e os tipos de sistemas construtivos utilizados, que podem 
evitar o surgimento de patologias relacionadas à umidade. 
Sendo assim, é primordial controlar todo o processo no canteiro de obras, afim de 
priorizar a qualidade da matéria prima utilizada nas construções e os processos construtivos 
em si, fazendo com que não se torne comum o surgimento de fenômenos patológicos nas 
edificações. 
Devido a importância do conhecimento de Patologias das Edificações ser 
indispensável para todos que trabalham na construção, desde um operário até o engenheiro e o 
arquiteto, este trabalho propõe realizar um estudo específico sobre as causas e origens das 
patologias ocasionadas pela umidade, afim de identificar as suas formas de infiltração e quais 
os métodos corretivos que devem ser empregados para solucioná-las. 
É primordial a conscientização de medidas preventivas para que não ocorram esses 
problemas, pois, além das prevenções protegerem e garantirem uma vida útil maior para a 
estrutura, elas poupam muitos gastos desnecessários futuros, como os de reparos dos danos, 
que chega a ser maior que o de uma prevenção planejada. 
 
3 
 
 
 
1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
1.1. Patologias na Construção Civil 
 
Os fenômenos patológicos geralmente apresentam uma manifestação externa 
característica, a partir da natureza, da origem e dos mecanismos dos fenômenos envolvidos. E 
dependendo da manifestação são frequentemente ignorados, seja no projeto, na execução ou 
na utilização (HELENE, 2003) 
Os problemas patológicos de maior gravidade nas estruturas em concreto armado são a 
corrosão da armadura do concreto, as flechas excessivas das peças estruturais e as fissuras 
patológicas nestas. 
No que tange as fundações, existe falha de investigações geotécnicas adequadas, 
interpretação equivocada de dados coletados por meio de ensaios, avaliação incorreta de 
valores de esforços atuantes na estrutura, tensão admissível do solo inadequada, má execução 
por imperícia e falta de treinamento da mão de obra, ocasionando danos em arquiteturas, 
danos funcionais e danos estruturais (DO CARMO, 2003). 
Quanto aos danos em revestimentos, de acordo com Do Carmo, são diversos fatores 
dentre eles, a má proporção do traço, falta de técnica e cuidados na execução, e, má qualidade 
dos materiais utilizados na argamassa. 
Quanto às patologias nas impermeabilizações, podemos citar a corrosão de 
componentes de aço da edificação, a degradação de elementos de gesso e forros, elementos de 
argamassa desagregados devido à perda da característica aglomerante do cimento e 
eflorescências causadas por gotas provenientes de acúmulos de água, crescimento de 
vegetação e formação de vesículas. 
Já as manifestações em alvenaria, à eflorescência é uma das maiores causas, porém, 
não compromete a estrutura (CORRÊA, 2010). 
 
2. RESULTADOS 
2.1. Manifestações Patológicas em Relação à Umidade 
2.1.1. Origens 
 
4 
 
 
 
A umidade pode se manifestar em diversos elementos das edificações, como: paredes, 
pisos, fachadas, elementos de concreto armado, entre outros, sendo considerados os defeitos 
mais comuns na construção civil (SOUZA, 2008). 
De acordo com Silva et. al. (2013), o fenómeno patológico de umidade mostra-se com 
o aparecimento de um teor de água que excede o que é desejado em um revestimento. 
 
ORIGEM 
Umidade de construção 
Umidade por Precipitação 
oriunda das chuvas 
Umidade trazida por 
capilaridade 
Umidade acidental resultante 
de vazamento de redes de água 
e esgotos 
Umidade de condensação. 
 
Figura 1. Origem de Umidade nas Edificações. Fonte: De Souza (2008) 
 
A umidade proveniente da execução da construção são características provenientes das 
águas utilizadas para concretos e argamassas, pinturas, entre outros (SOUZA, 2008). 
De acordo com Souza (2008), quando a umidade é trazida por capilaridade, ela ocorre 
nos baldrames das construções devido as condições do solo úmido em que a estrutura da 
edificação foi construída, devido à ausência de obstáculos que impeçam a progressão da 
umidade e de acordo com a utilização de materiais porosos (tijolos, concreto, argamassas, 
madeiras, blocos cerâmicos) que apresentam canais capilares, permitindo que a água ascenda 
do solo e penetre no interior das edificações conforme figura: 
5 
 
 
 
 
 
Figura 2. Capilaridade. Fonte:Pozzobon, 2007. 
 
Segundo Righi (2009), quando a umidade é trazida pela chuva, ela passa de uma área 
para outra através de trincas em divisórias que as separam. 
 
Figura 3. Ação das Águas da Chuva. Fonte: Ferraz (2016) 
6 
 
 
 
 
Quando a umidade advém da condensação, ela ocorre através do de vapor d’água 
presente no ambiente sobre a superfície de um elemento construtivo deste ambiente (SILVA, 
ET. AL, 2013). 
 
 
Figura 4. Umidade de condensação em janela. Fonte: Silva et. al (2013) 
De acordo com os autores, a produção intensa de vapor faz com que ocorra 
rapidamente atingido o limite de saturação, originando a condensação superficial nos 
constituintes das estruturas. 
De acordo com Silva et. al (2013), quanto as umidades acidentais, provenientes aos 
vazamentos de redes de água e esgoto, destacam-se as que são o resultado de rupturas de 
canalizações, nas redes de distribuição de água, nos esgotos ou devido a infiltrações nas 
paredes de água proveniente da cobertura, como o entupimento de calhas. 
2.1.2. Falta de Impermeabilização 
De acordo com estudo realizado por Hussein (2013), afim de garantir a viabilidade 
econômica e a durabilidade da construção, é necessário considerar o projeto de 
impermeabilização da obra, quais produtos utilizar e em quais locais são importantes a 
realização desse serviço. 
De acordo com o autor, as patologias consequentes da falha ou ausência da 
impermeabilização são resultado do excesso de umidade em edifícios, podendo causar: 
7 
 
 
 
Umidade de infiltração, Umidade ascensional; Umidade por condensação; Umidade de obra e 
Umidade acidental. 
 
Apesar dos estudos realizados, do surgimento de tecnologias 
que inovaram os produtos que são utilizados e da obrigatoriedade do 
projeto de impermeabilização, pode-se afirmar que a 
impermeabilização não está presente em todas as obras, pois não é 
vista como viável economicamente, já que na maioria das vezes, 
recebe algum tipo de revestimento, até por questão de estética, o que 
a torna invisível depois do término da execução da obra. Além disso, 
por não ter função estrutural, acaba sendo menosprezada, e, na visão 
comum do consumidor, se torna algo dispensável (HUSSEIN, 2013, 
PAG 10). 
Em estudo realizado por Hussein (2013), a fim de analisar algumas das causas dos 
problemas relacionados a falta de impermeabilização, foi constatado que a falta de 
impermeabilização em alguns banheiros causaram patologias em torno dos ralos, onde os 
mesmos sofrem exposição frequente à umidade e contato com o piso ou contra-piso, o que, 
sem uma adequada proteção, acabam se deteriorando. 
 
Figura 5. Região em torno do ralo apresentando problemas por falta de impermeabilização. 
 Fonte: Houssein (2013) 
 
8 
 
 
 
Segundo Baroni (2015) a impermeabilização de áreas molhadas dos imóveis 
representa de 1% a 3% do orçamento total da obra, embora o custo possa chegar a dobrar ou 
até mesmo triplicar quando há necessidade de correções ao fim da construção. 
2.2. Danos 
De acordo com Dourado (2019), quanto aos danos causados por umidade, de acordo 
com estudos, podemos identificar mofo e bolor, manchas, fissura, eflorescência, deterioração 
de estrutura, conforme figura: 
 
Figura 6. Danos da Umidade em edificações. Fonte: (Dourado, 2019) 
2.2.1. Eflorescência 
Quanto a umidade trazida pela eflorescência, está relacionada com 3 fatores que 
devem ocorrer em conjunto para que aconteça como, o teor de sais solúveis presentes nos 
materiais ou componentes, com a presença de água ou umidade e com a pressão hidrostática 
que faz com que a migração da solução ocorra, indo para a superfície (SOUZA, 2008). 
Quando a presença de água é causada pela eflorescência, é devida a utilização de 
blocos, placas e argamassas que possuem vazios e cavidades. 
Em estudo realizado por Zucheti (2015), apontou a ocorrência de eflorescências na 
pintura interna e externa do edifício estudado, com o aparecimento de manchas 
esbranquiçadas na superfície da pintura, que ocorrem quando a estrutura é submetida a 
elevados teores de umidade externa e interna, fazendo o concreto reagir liberando álcalis e 
9 
 
 
 
consequentemente aumentando os níveis de alcalinidade na peça, gerando assim a formação 
das manchas. 
2.2.2. Manchas 
As manchas podem se apresentar com colorações diferenciadas, como marrom, verde 
e preta, entre outras, conforme a causa. Os revestimentos frequentemente estão sujeitos à ação 
da umidade e de microrganismos, os quais provocam o surgimento de algas e mofo, e o 
consequente aparecimento de manchas pretas ou verdes. As manchas marrons, geralmente, 
ocorrem devido à ferrugem. (BAUER, 2008). 
2.2.3. Fissuras 
Segundo Gonçalves (2015), fissuras podem ser definidas como aberturas que afetam a 
superfície do elemento estrutural, facilitando a entrada e ação de agentes agressivos. Esse tipo 
de patologia pode surgir após anos de uso, dias, ou até mesmo horas, e suas causas são das 
mais variadas, assim como seus diagnósticos 
Em estudo realizado por Zucheti (2015), com o objetivo descrever os problemas 
patológicos mais comuns em um edifício corporativo de administração pública no Vale do 
Taquari, Rio Grande do Sul, foi constatado a umidade como principal fator de patologia do 
edifício estudado, na maioria em forma de fissura. 
De acordo com os estudos de Zucheti, as patologias da edificação investigada se 
apresentaram em sua grande maioria na forma de fissuras e causadas pela umidade excessiva 
à umidade excessiva existente no solo e das águas pluviais presentes no edifício estudado, 
conforme visitas técnicas e relato do responsável técnico pela execução da obra, foi 
ocasionado pela falta de manutenção adequada e limpeza frequente das áreas atingidas pela 
chuva ou pelas próprias características de implantação da edificação (orientação solar, teor de 
umidade do solo etc.). 
De acordo com o estudo, a desagregação do concreto da cinta de amarração da 
alvenaria causou a exposição das barras de aço da armadura, sendo apontada como a principal 
causa, a penetração de água pelas fissuras deixando o nível de fissuração bastante acentuado. 
2.2.4. Mofo e Bolor 
10 
 
 
 
Segundo Ferraz (2016), o mofo e o bolor são patologias causadas por fungos que 
deterioram os locais afetados, ocorrendo, geralmente, em ambientes úmidos e sujeitos a 
infiltração. 
De acordo com estudos realizados por Andrade (2016) como objetivo de analisar 
manifestações patológicas causadas pela umidade em uma edificação na cidade de Palmas – 
TO foram identificados inúmeros pontos de manchas de água no forro provenientes de 
instalações hidráulicas como podemos observar na figura: 
 
 
Figura 7. 1- Mancha d'água; 2 - Bolsão de acúmulo de água, 3- Destacamento de revestimento. 
2.3. Prevenção e Correção 
De acordo com estudo realizado por Placeres (2017), referente a três imóveis 
residenciais, possuidores de problemas ocasionados através da umidade, observou-se que as 
prevenções que poderiam ter sido tomadas como: 
• O estudo do solo; 
• Aplicado os sistemas de impermeabilização; 
• Aplicado os sistemas de drenagem; 
• Realizar um projeto hidráulico, obtendo os dimensionamentos adequados das 
peças da tubulação para cada ambiente; 
• Realizar uma projeção correta do telhado; uma atenção maior com as telhas e 
suas interfaces (quando houver) e com o uso de materiais construtivos pouco permeáveis. 
11 
 
 
 
Quanto a correção de Eflorescência ou bolores, deve-se: 
• Usar uma escova de aço para limpar o local, lavando com bastante água 
abundante. O tratamento de bolores, em casos mais graves, para se retirar o mofo das paredes: 
• Verificar vazamentos ou infiltrações. Caso não houver infiltrações é preciso 
retirar apenas a camada de pintura e passar produto impermeabilizante; 
• Em lugares com surgência de mofos é preciso lavar o local e tratá-lo com 
produtos desinfetantes, impedindo a proliferação dessesfungos (ANDRADE ET. AL. 2016, 
Apud UEMOTO,1988) 
Segundo Soares (2014), o sistema de impermeabilização é de extrema importância 
para a durabilidade da edificação, já que a água é sabiamente dos agentes mais agressivos 
para as estruturas. 
Roque (2006), destaca a umidade ascendente trazida por capilaridade presente nas 
alvenarias, sendo esta originada na absorção da água existente no solo através de elementos 
construtivos, como fundações, vigas de baldrame e lajes térreas. De acordo com o autor, é 
importante que se escolha adequadamente os materiais que serão utilizados e as técnicas de 
drenagem. 
De acordo com Salomão (2012), existem diferentes métodos para o tratamento da 
umidade ascendente, nas quais o autor destaca como mais importante: 
• Impedir a ascensão da água nas paredes visando rebaixar o nível freático, isso 
pode ser conseguido com diferentes métodos; 
• Retirar a água em excesso das paredes através de eletrodos magnéticos; 
• Realizar a criação de barreiras físicas ou químicas, nas paredes, entre outros. 
De acordo com estudo de Andrade et. al (2016), as figuras abaixo demonstram várias 
fissuras na edificação em estudo. 
12 
 
 
 
 
Figura 8. 1- Fissura no forro e parede; 2 - Preenchimento de fissuras; Figura 3 - Fissura no forro, Figura 4 
- Fissura radial na parede. 
 
Algumas figuras com manchas de água indicam infiltração no forro, percorrendo toda 
a fissura vertical na parede. Para os autores, a correção deve ser realizada da seguinte forma: 
• O uso da tela metálica, para auxiliar a argamassa. Apesar das origens das 
fissuras serem diversas, geralmente elas são recuperadas do mesmo modo, que inclui a 
abertura das mesmas; 
• Verificação de vazamentos em tubulações hidráulicas próximo ao local. A 
abertura deve ser limpa com material que estanqueie o revestimento em volta da mesma, 
deve-se esperar a secagem total da região; 
• Aplicar argamassa flexível, recuperando o local e prevenindo problemas 
semelhantes. 
De acordo com Andrade (2016), para correção de vazamentos das instalações 
hidráulicas, é preciso: 
• Identificar os pontos das instalações hidrossanitárias que estão ocorrendo 
vazamentos; 
• Identificar o motivo do problema e estudar métodos para solucioná-lo; 
• Reparar o local com a patologia. 
13 
 
 
 
De acordo com, a autora, o reparo são muito trabalhosos e de difícil manutenção, pois 
se a instalação for interna será preciso cortar os pontos atingidos para recuperar. 
Em estudo realizado por Belém (2011) afim de identificar patologias referente a 
umidade em uma residência em Juazeiro do Norte- CE, constatou que a residência 
apresentava patologias de umidade resultantes de três fatores: 
• Grande concentração de água presente no solo e ausência de um sistema de 
impermeabilização; 
De acordo com o autor, a umidade do terreno é absorvida pela fundação da residência 
e repassada por capilaridade para um nível acima do piso. 
De acordo com a figura, a patologia causada pela umidade pode ser vista em quase 
todo o perímetro horizontal na parte inferior da alvenaria lateral, tendo como consequência a 
destruição do reboco: 
 
 
Figura 9. Estufamento da pintura e a desagregação dos materiais empregados na edificação. 
Fonte: (Belém, 2011). 
14 
 
 
 
• Vazamento na rede hidráulica; 
De acordo com o autor, a umidade acidental é decorrente de umidade de infiltração 
resultante de um vazamento na tubulação de água, uma vez que existe no referido local a 
presença do registro geral da residência. 
 
 
Figura 10. Manchas na Alvenaria Recorrente ao Vazamento da rede hidráulica. Fonte: (Belém, 2011) 
• Existência de goteira no telhado; provocando, desta forma, infiltrações no forro e 
produzindo manchas na pintura de acordo com figura. 
15 
 
 
 
 
Figura 10. Manchas Recorrente a infiltração no forro. Fonte: (Belém, 2011) 
Segundo o autor, foi descartada a existência de alguma tubulação embutida da rede 
hidráulica, uma vez que esta poderia ocasionar um vazamento acidental danificando o forro e 
a alvenaria, eliminando desta forma a hipótese de a umidade ser decorrente de um vazamento 
no sistema de abastecimento que distribui água para toda a residência. 
Como medidas preventivas em relação à umidade proveniente ao vazamento de rede 
hidráulica, o autor sugere a utilização de materiais de maior resistência e durabilidade, mesmo 
que eles tenham um valor oneroso em relação aos demais, e a contratação de profissionais 
capacitados para garantir uma melhor execução do projeto. 
Quanto a prevenção de infiltrações recorrente ao vazamento de cobertura, o autor 
relata a importância de observar no telhado a necessidade e o dimensionamento correto da 
calha, seja ela confeccionada de zinco, PVC ou qualquer outro material empregado para o 
escoamento de água das precipitações pluviométricas. 
De acordo com o estudo, o autor pontua a necessidade da aplicação de um sistema de 
impermeabilização, a fim de evitar a passagem de umidade para as alvenarias de tijolos, 
podendo ser utilizado um impermeabilizante a base de primer e manta asfáltica; e em seguida, 
16 
 
 
 
o selecionar o material a ser empregado na execução das fundações e das cintas de 
impermeabilização. 
Estudo realizado por Schönardie (2009) relata outra manifestação importante, o 
desagregamento (lixiviação) da pintura, causando além de sujeira e manchas, prováveis riscos 
à saúde, já que o problema ocorre em um dormitório. 
De acordo com o autor, esta manifestação tem origem pela reação química nos sais 
presentes na alvenaria, provocada pela umidade ascendente do solo, por causa do contato da 
viga de fundação com o solo, como pode ser visto na figura: 
 
Figura 11. Desagregamento do reboco. Fonte: (Schönardie, 2009) 
 
De acordo com o autor, os tratamentos indicados podem ser realizados conforme a 
atuação da infiltração ou umidade, no quais o autor cita: 
• Aditivo Hidrófugo: Vigas de fundação, paredes, contrapisos, argamassa de 
assentamento (evita umidade ascendente), reservatórios. 
• Aditivo Hidrorepelente: Fachadas, paredes externas. 
• Argamassa Polimérica (Impermeabilizante): Reservatórios, piscinas, subsolos, 
paredes internas e externas, pisos, pedras naturais antes do assentamento (evita 
eflorescências). 
• Cristalizante: Rodapés (evita umidade ascendente), paredes em subsolo (evita 
infiltração por lençol freático-pressão negativa). 
17 
 
 
 
• Manta Asfáltica de alta performance – Lajes, coberturas, piscinas. 
• Manta Asfáltica à base de asfalto modificado – lajes, piscinas. 
• Manta Asfáltica anti-raiz: floreiras, contra-piso e paredes em contato com o solo. 
• Manta Asfáltica aluminizada: áreas expostas e sem trânsito: lajes inclinadas, 
coberturas, marquises. 
• Manta Asfáltica à base de asfalto modificado com polímeros: lajes, contra-piso, 
terraços, varandas, baldrames, lavabos, banheiro, cozinha, lavanderia. 
• Tinta betuminosa: proteção de superfícies de concreto, alvenaria, madeira e 
metálicas, baldrames, fundações, paredes em contato com o solo. 
• Membrana Polimérica: lajes de cobertura, marquises, sheds, lajes, terraços, calhas, 
baldrames, paredes em contato com umidade, rodapés, floreiras, piscinas. 
• Membrana asfáltica elastomérica: lajes, floreiras, marquises, pisos, terraços calhas, 
baldrames, piscinas. 
• Membrana acrílica: lajes, marquises. 
• Membrana de poliuretano: lajes, floreiras, marquises, pisos, terraços, calhas, 
baldrame. 
• Resina termoplástica: piscina, reservatório, 
• Emulsão Asfáltica: Lajes, pisos, baldrames. 
• Emulsão acrílica: Lajes, pisos, paredes, calhas 
De acordo com o autor, as soluções são apenas indicativas, ou seja, não é determinado 
que esta seja a melhor ou única solução para o problema a ser tratado. 
Quanto a impermeabilização de ralos, segundo Righi (2009), deve-se seguir as 
seguintes etapas: 
Rebaixar a região em torno do ralo para executar oreforço de impermeabilização, 
devendo esta estar aderida à face interna do ralo afim de evitar que a água succionada por 
capilaridade passe para baixo da camada impermeabilizante: 
18 
 
 
 
 
Figura 12. Etapas de Impermeabilização em ralos. Fonte: Righi (2009) 
Segundo Baroni (2015) a impermeabilização de sanitários tem um custo baixo, mas, se 
malfeita, pode criar problemas bem maiores para os construtores. Para o autor, devem-se 
atentar as etapas: 
Certifique se a impermeabilização está sendo executada de acordo com o projeto. 
b) Verifique se a regularização do piso com argamassa tem caimento em direção aos 
ralos de, no mínimo, 1% de inclinação. 
c) Veja se os ralos possuem os reforços de mantas de poliéster - Examine se o rodapé 
possui camada impermeabilizante de, no mínimo, 20 cm ao redor das paredes, reforçados com 
mantas de poliéster. 
d) Averigue se as paredes do box tiveram impermeabilização até ao menos 1,60 m. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A água sempre foi um dos fatores principais de desgaste e depreciação das 
construções, sendo as patologias causadas pela umidade, as de difícil controle, pois, a 
umidade nos materiais construtivos origina e abre caminhos para outros tipos de patologias na 
edificação. 
19 
 
 
 
Segundo o estudo, problemas de infiltrações, umidade e vazamentos, tornam-se 
condenáveis. Devido suas implicações aos usuários como o desconforto e problemas de 
saúde, principalmente os de origem alérgica. Além do agravante estético ocasionado por essas 
patologias, levando a depreciação da edificação. 
Conclui-se que a construção civil ainda enfrenta diversos problemas referentes a 
patologias nas edificações, mesmo tendo apoio a novas tecnologias e novas práticas e 
conhecimentos. Desta forma, o melhor controle é a prevenção, com um bom 
dimensionamento das tubulações, utilização de material de qualidade e mão de obra 
especializada. 
Cabe ressaltar que é imprescindível também que se dê atenção a impermeabilização, 
deixando a obra mais segura de patologias futuras, verificando os detalhes construtivos afim 
de que sejam executados perfeitamente. 
Quanto a conduta de recuperação, deve-se levar em conta as causas do problema afim 
de reduzir ou cessar a patologia detectada, sendo elas fundamentadas em medidas preventivas 
e solução corretiva escolhida como fator chave. 
Desta forma, o estudo presente alcançou o objetivo proposto, o de conhecer as 
manifestações patológicas, as origens dos problemas; os agentes causadores dos problemas e 
as medidas preventivas da patologia de umidade, afim de obter maior conscientização e 
garantirem uma vida útil maior para a estrutura, poupando muitos gastos desnecessários 
futuros, como os de reparos dos danos, que chega a ser maior que o de uma prevenção 
planejada. 
 
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