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Justiça – Wikipédia a enciclopédia livre

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Escultura A Justiça, de Alfredo Ceschiatti, em
frente ao Supremo Tribunal Federal em Brasília,
Brasil. Segue a tradição de representá-la com os
olhos vendados, para demonstrar a sua
imparcialidade, e a espada, símbolo da força de que
dispõe para impor o direito. Algumas representações
da Justiça possuem também uma balança, que
representa a ponderação dos interesses das partes
em litígio.
Justiça
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O termo justiça (do latim iustitia, por via semi-erudita),
de maneira simples, diz respeito à igualdade de todos os
cidadãos. É o principio básico de um acordo que
objetiva manter a ordem social através da preservação
dos direitos em sua forma legal (constitucionalidade das
leis) ou na sua aplicação a casos específicos da
sociedade (litígio).
Em um sentido mais amplo pode ser considerado como
um termo abstracto que designa o respeito pelo direito
de terceiros, a aplicação ou reposição do seu direito por
ser maior em virtude moral ou material. Justo é aquilo
que é equitativo ou consensual, adequado e legítimo
(aplicar o direito nas suas próprias fontes - as pessoas -
em igualitariedade). A Justiça pode ser reconhecida por
mecanismos automáticos ou intuitivos nas relações
sociais, ou por mediação através dos tribunais e em
ordem à equidade.
Sua ordem máxima, representada em Roma por uma
estátua, com olhos vendados, visa seus valores máximos
onde "todos são iguais perante a lei" e "todos têm iguais
garantias legais", ou ainda, "todos têm iguais direitos". A
justiça deve buscar a igualdade entre os cidadãos.
O Poder Judiciário no Estado moderno tem a tarefa da
aplicação das leis promulgadas pelo Poder Legislativo.
É boa doutrina democrática manter independentes as
decisões legislativas das decisões judiciais, e vice-versa,
como uma das formas de evitar o despotismo.
Segundo Aristóteles, o termo justiça denota, ao mesmo
tempo, legalidade e igualdade. Assim, justo é tanto
aquele que cumpre a lei (justiça em sentido estrito) quanto aquele que realiza a igualdade (justiça em sentido
universal).
A justiça implica, também, em alteridade. Uma vez que justiça equivale a igualdade, e que igualdade é um
conceito relacional (ou seja, diferentemente da liberdade, a igualdade sempre refere-se a um outro, como
podemos constatar da falta de sentido na frase "João é igual" se comparada à frase "João é livre"), é impossível,
segundo Aristóteles e Santo Tomás de Aquino praticar uma injustiça contra si mesmo. Apenas em sentido
metafórico poderíamos falar em injustiça contra si, mas, nesse caso, o termo injustiça pode mais
adequadamente ser substituído por um outro vício do caráter.
Justiça também é uma das quatro virtudes cardinais, e ela, segundo a doutrina da Igreja Católica, consiste
"na constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido" (CCIC, n. 381).
Estátua da Justiça, na vila antiga de
Berna, onde são visíveis os aspectos
que a devem caracterizar:cega, pois
deve ser isenta e imparcial; a
balança, pois deve ter discernimento
para avaliar as provas apresentadas; a
espada, para exercer o poder de
decisão.
Índice
1 Símbolos da Justiça
1.1 Justiça em pinturas
1.2 Justiça em esculturas
2 Ver também
Símbolos da Justiça
Os símbolos da Justiça são imagens alegóricas que são utilizadas e
difundidas como a representação da Justiça ou de sua manifestação.
São símbolos usuais da Justiça: a espada, a balança e a deusa de
olhos vendados.
Espada - simboliza a força,coragem, ordem, regra e aquilo
que a razão dita e a coerção para alcançar tais determinações.
Balança - simboliza a equidade, o equilíbrio, a ponderação, a
igualdade das decisões aplicadas pela lei.
Deusa de olhos vendados - Usualmente uma imagem da
deusa romana Iustitia, que corresponde à grega Diké, significa
o desejo de nivelar o tratamento jurídico de todos por igual,
sem nenhuma distinção. Tem o propósito da imparcialidade e
da objetividade. É a afirmação de que todos são iguais perante
à lei. Portanto, uma vez que seus olhos estão vendados,
elucidam o disposto clara e evidentemente. Há que se dizer
que a imagem original não comportava tal venda, no entanto,
com a evolução da humanidade, por obra dos alemães, esta se
faz presente até hoje.
Deusa de olhos abertos e sem venda - Pode ser
interpretada como a necessidade de não deixar que nenhum
pormenor relevante para a aplicação da lei seja
desconsiderado, avaliar o julgamento de todos os ângulos.
O Direito sem a balança para pesá-lo é força bruta e irracional. O
Direito sem a espada para obrigar sua aplicação é fraco. Da mesma
forma que a ausência da venda nos olhos lhe retira a imparcialidade.
Cada um deve completar o outro para que a Justiça seja a mais justa possível.
Justiça em pinturas
Gerechtigkeit, Lucas
Cranach o Velho, 1537
 
Luca Giordano, Palazzo
Medici Riccardi em
Florença, 1684-1686
Justiça em esculturas
Senhora Justiça 1543, na
Gerechtigkeits-brunnen em
Berna, Suíça.
 
Senhora Justiça no
Gerechtigkeitsbrunnen em
Frankfurt,Alemanha
 
Justicia, exterior da
Suprema Corte do Canadá
 
Corte Criminal Central ou
Old Bailey, Londres,Reino
Unido
 
Themis, Itojyuku, Shibuya-
ku, Japão
 
Poder da Lei em Olomouc,
República Checa.
 
Themis, Chuo University,
Tama-shi, Japão
 
Themis, Chuo University
Suginami high
school,Suginami-ku, Japão
 
A Lei, por Jean Feuchère
 
Shelby County
Courthouse, Memphis,
Tennessee, Estados
Unidos
 
Austrália
Ver também
Superior Tribunal de Justiça
Supremo Tribunal Federal
Tirania
Deusa romana Iustitia
Juiz
Advogados
Solicitadores
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Categorias: Virtudes cardinais Direito constitucional Justiça
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