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Intubação Orotraqueal

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INTUBAÇAO OROTRAQUEAL
INDICAÇÕES 
ABSOLUTAS 
 Glasgow < 9 ou ≤ 8 * 
 Queimadura de Vias Aéreas 
 Dessaturação < 90% ou PO2 < 60 mmHg 
refratário a FiO2 mínima de 50% e/ou VNI 
 Edema agudo de glote 
Quando estamos diante de um paciente com 
Glasglow < 9 não é para pensar direto em intubar; o 
primeiro a se fazer é pensar se existe alguma causa 
reversível que possa estar alterando o glasglow e que 
seja resolvida sem a necessidade da intubação. 
Exemplo disso é a hipoglicemia. A hipoglicemia é uma 
causa clássica de rebaixamento do nível de 
consciência (RNC), além da sudorese e tremores 
presentes na Tríade de Whipple. Nesse caso, um flush 
de glicose resolve o problema sem a necessidade de 
intubação. 
Importante dizer que o glasglow < 9 não é uma 
emergência que leve a intubação. Isso quer dizer que o 
paciente não vai ter risco imediato de vida naquele 
momento devido ao RNC. Nesses pacientes com 
glasgow < 9, a necessidade da intubação não é porque 
o bulbo para de funcionar (paciente para de respirar) e 
sim devido ao risco de broncoaspirar o conteúdo da 
boca para o pulmão. Além disso, o processo de 
broncoaspiração é lento, o que acontece inicialmente 
são microaspirações. Entretanto, se o paciente estiver 
com RNC e vômitar, a intubação passa a ser uma 
urgência devido ao risco de pneumonite química / 
infecciosa. 
Nesses pacientes com RNC - mas sem vomitar 
- existe um time de cerca de 6h para intubar o paciente 
por não se tratar de uma emergência. É possível que 
esse paciente tenha uma boa saturação. É considerado 
o melhor tipo de paciente para intubar porque da tempo 
de pensar em causas reversíveis, além de escolher as 
drogas e a melhor conduta. 
Outras possíveis causas temporárias: 
hipoglicemia, estado pós ictal (convulsão). 
Geralmente o estado pós ictal dura cerca de 5 
minutos. Se esse estado se prolongar por mais de 15 
minutos já deve intubar porque entra no estado de mal 
convulsivo com pós ictal prolongado. 
Independente da origem da queimadura de vias 
aéreas – térmica, elétrica, química – até que se prove 
o contrário, é igual a intubação. Isso porque a 
hiperreatividade da glote é muito grande, podendo 
fechar a via aérea e levar a necessidade de uma 
cricostomia de urgência. 
Consiste, basicamente, no paciente que está 
dessaturando < 90% ou que não está conseguindo 
manter uma boa pressão de O2, mesmo em uso de uma 
Fi02 > 50%. 
Exemplo disso são os pacientes pneumopatas 
graves, portadores de Covid-19, que saturam cerca de 
76-80% mesmo ofertando O2 a 100%. 
No ar ambiente, a concentração do oxigênio é de 
21%. Ou seja, na atmosfera, a distribuição do gás 
oxigênio é de 21%. 
Pacientes com glote fechando, começando a 
fazer estridor laríngeo, é importante fazer logo a 
intubação. Ainda que utilize um tubo inicialmente mais 
fino e depois troque por um mais grosso, é importante 
fazer precocemente a intubação porque se fechar a via 
aérea, será necessária a crico de urgência. 
~emergencias clinicas~ 
INDICAÇÕES RELATIVAS 
 PCR 
 Procedimentos Anestésicos 
 Uso de surfactante 
 Realização de EDA em pacientes rebaixados 
Na teoria, pacientes em PCR nem sempre é 
necessário intubar o paciente, não é uma 
obrigatoriedade. É possível optar pelo ambu e, se 
conseguir insuflar adequadamente e expandir o tórax 
do paciente, temos uma ventilação efetiva sem a 
necessidade de intubar. 
Na prática, toda PCR tem que ser intubada! 
Alguns procedimentos anestésicos necessitam, 
além da sedação, a intubação também. Para os 
pacientes com RNC que serão submetidos a EDA é 
importante intubar para proteger a via aérea dos 
conteúdos gástricos. 
O surfactante, por vezes, necessita de intubação 
para sua administração. Aplicação direta é na 
neonatologia, em que os recém-nascidos nascem com 
pulmão imaturo e, por falta do surfactante, os 
pneumócitos não estão maturados. Nesse caso, é 
necessário intubar o RN para aplicar a ampola de 
surfactante até o pulmão. 
MATERIAIS 
LARINGOSCÓPIO 
As lâminas retas (00 a 4) são mais usadas para 
pacientes com pescoço curto (como nos portadores de 
obesidade) e as lâminas curvas (0 a 5) que são usadas 
na maioria das vezes. 
Para o professor, 99,9% dos pacientes são 
intubados com a lâmina curva 4. Porém, quanto maior 
o paciente, mais difícil será o acesso a valécula, sendo 
necessária uma lâmina maior para alcançar a 
profundidade. Quanto maior o pescoço e a altura do 
paciente, maior será a profundidade necessária para 
alcançar com o laringoscópio. 
Para usar a lâmina nº 3 é necessário que o 
paciente tenha, pelo menos, < 1,70m. É uma lâmina 
difícil para conseguir intubar muitas pessoas. Já com a 
lâmina nº 4 consegue intubar pacientes de 1,50m até 
cerca de 1,88m. Acima disso, o ideal é usar uma lâmina 
nº 4 reta ou curva de nº 5. 
 Dica: sempre deixar uma lâmina nº 5 em off, 
para o caso de haver necessidade. Alguns pacientes 
baixos podem ter o pescoço mais longo ou a valécula 
mais profunda do que o esperado. 
Toda lâmina deve ser acoplada ao cabo e, desse 
modo, acender uma luz para iluminar a região 
supraglótica, possibilitando a visualização das cordas 
vocais, valécula, glote e passar o tubo. 
 Dica: Não é necessário enfiar de vez todo o 
laringo! O ideal é introduzir o laringo aos poucos e 
devagar para que consiga visualizar as cordas vocais 
e não intubar, erroneamente, o esôfago. 
Importante sempre testar o laringo antes dos 
procedimentos, verificando se a pilha funciona e se a 
iluminação está adequada. 
TUBO OROTRAQUEAL 
Estrutura plástica, semi-rígida, de difícil 
compressão, com um balonete na ponta proximal e um 
encaixe na ponta distal, onde será encaixado o ambu 
ou ventilador mecânico. Esses tubos variam de 
tamanho mas, em geral, são escolhidos dessa forma 
(não é regra): 
 Mulheres = entre 7.0 e 7.5 mm 
 Homens = entre 7.5 e 8.0 mm 
Esse tamanho é o diâmetro da boca do tubo! 
Quanto maior a milimetragem do diâmetro do 
tubo, sofrerá menor resistência ao ar para passar. Por 
isso, o ideal é colocar o tubo de maior diâmetro 
possível para cada paciente. O ideal é que intube entre 
22 – 24cm de profundidade, a partir da arcada dentária 
do paciente. 
Exemplo disso são os pacientes com 
DPOC/asma que já possuem resistência elevada à 
passagem de ar -> nesses casos, deve ser passado o 
tubo de maior milimetragem que puder passar para 
evitar aumentar a resistência de via aérea que já é 
grande por estenose / broncoespasmo. 
A função do balão (cuff), quando insuflado por 
uma seringa com ar, é expandir e vedar a via aérea. 
Tem o objetivo de balonar a traqueia do paciente e 
impedir que o ar que entrou saia antes que a troca 
gasosa seja feita; além disso, impede que as secreções 
(como as da boca) caiam na via aérea do paciente. 
Importante verificar se o cuff está furado ou não. 
 OUTROS MATERIAIS 
A seringa de 20ml tem por objetivo insuflar o 
cuff. A pressão dentro do cuff deve estar em torno de 
20 – 30 cmH20, o que da cerca de 10 a 15ml de ar. A 
pressão dentro do cuff é medida pelo cuffometro. Não 
deve aumentar muito a pressão para não fazer 
isquemia do suprimento sanguíneo e necrozar a 
traqueia do paciente. 
O ambu serve tanto para pré-oxigenar, quanto 
para testar se o tubo está posicionado corretamente 
(auscultar campos pulmonares e epigástrio). 
Para verificar se o tubo está no local correto, 
deve-se auscultar os campos pulmonares (bases e 
ápices) bilateralmente e o epigástrio. A presença de 
bulhas gástricas indica grande probabilidade de ter 
intubado o esôfago e não a traqueia; enquanto que o 
som pulmonar presente somente em um dos campos 
pulmonares pode indicar seletividade do tubo, ou seja, 
presença em apenas um lado dos brônquios. 
Monitor serve para verificar saturação, FC, PA. 
Intubar um paciente sem monitor é arriscado. 
PREPARO 
MONITORIZAÇÃO 
 Oximetria de pulso 
 Monitorcardíaco 
 HGT (hemoglico teste) 
 Dois acessos periféricos calibrosos 
O HGT é especialmente importante devido ao fato 
do RNC poder ter sua causa na hipoglicemia. Além 
disso, ainda que a causa para intubação seja a 
insuficiência respiratória, é importante corrigir os 
níveis glicêmicos, levando em consideração que a 
intubação é um processo de estresse metabólico que 
consome glicose. 
PRÉ-OXIGENAÇÃO 
Pré-oxigenação é uma das etapas mais 
importantes do processo de intubação. 
Faz pré-oxinenação com dispositivo bolsa-
máscara-reservatório (máximo de 15L/min). 
Procedimento: Segura a 
máscara com o bordo C e 
E, encaixa o ambu na face 
e veda a face do paciente. 
Se o paciente não tiver 
incursão respiratória 
própria ou se a incursão 
for insuficiente para elevar a saturação, faz a 
“ambuzação”. 
Entretanto, diante de um paciente rebaixado – 
ex: AVCh saturando 98% - nem sempre é necessário 
pressurizar o ar para o pulmão dele. O próprio 
consegue realizar suas incursões e negativar sua 
pressão intratorácica. Nesse caso, o que o médico deve 
fazer é ofertar uma maior concentração de oxigênio, 
possibilidada pelo ambu que deve estar conectado a 
uma fonte de oxigênio de, no máximo, 15L/min. 
Ao colocar uma fonte de O2 de 15L ligada a uma 
bolsa-balão ligada a uma máscara vedada, gera um 
concentração de 100% de O2. 
 Obs: Toda vez que o paciente negativar a 
pressão intratorácica para inspirar, vai jogar 5x mais 
O2 para o pulmão do que jogaria ao ar ambiente. Ao 
pré-oxigenar o paciente, irá ofertar muito mais O2 aos 
tecidos e saturar as hemácias. 
Por que é importante hipersaturar as hemácias? 
A importância disso consiste no fato de que, durante o 
processo de analgesia e sedação, o paciente faz 
depressão respiratória com bradipneia importante 
(20imp -> 4ipm). Nesse sentido, se o indivíduo não tiver 
uma reserva importante de O2 no corpo para ser 
consumida durante o tempo sem estar intubado, pode 
fazer hipoxemia e parar. 
Nem todos os pacientes necessitam de 10 
minutos de pré-oxigenação, como é preconizado. 
Alguns pacientes chegam em franca insuficiência 
respiratória e, se não partir para intubação imediata, 
podem morrer. Além disso, o pulmão pode estar tão 
comprometido (como em casos de Covid-19) que, 
mesmo com a pré-oxigenação, não vai elevar a 
saturação e vai fadigar ainda mais. Só faz a pré-
oxigenação enquanto o material para intubar fica 
pronto; depois disso, para e intuba! 
Exemplo: paciente com HSA, glasgow 5, FR de 
18-20 ipm, sat O2 de 98% em ar ambiente. Diante desse 
paciente, ainda que sua saturação seja boa, é 
importante fazer a pré-oxigenação. Isso porque, diante 
da analgesia/sedação e, posteriormente, processo de 
intubação que pode ser demorado por intercorrências 
e tentativas, o paciente perde o drive de saturação que 
tinha anteriormente. Ou seja, o paciente que só tinha 
um dano neurológico por HSA, passa a ter um dano 
neurológico por hipoxemia associado; além do risco de 
parada. 
 Obs: se, durante a tentativa de intubação, o 
tubo for introduzido erroneamente no esôfago, deve 
ser realizada a devida troca do tubo para uma nova 
tentativa. A fim de não contaminar o pulmão com o 
conteudo gástrico. 
Ressaltando que só é necessário ambuzar nos 
pacientes que não têm condições de negativar a 
pressão intratorácica. Nesses casos, ventila por 
pressão positiva (VPP) independente da caixa torácica 
do paciente negativar a pressão. 
Diante desse tipo de paciente que não consegue 
negativar a pressão – como os DPOCíticos – que possui 
a musculatura já fadigada, que anteriormente tinha FR 
de 20ipm e passou a 40ipm, há o dobro da exigência do 
diafragma. Como todo músculo que solicitado em 
grande demanda por muito tempo, o diafragma e 
demais músculos que participam da resiração (serrátil, 
peitoral maior, peitoral menor, intercostais) começam 
a fadigar. 
Quando o diafragma entra em fadiga, a 
contração que antes era eficaz para negativar a 
pressão intratorácica, já não é mais eficiente. 
Consequentemente: contração inadequada -> não 
negativa a pressão -> não desloca ar. 
Ex: deslocamento de ar que antes era de 420-
500ml por cada contração diafragmática, cai para 
200ml. Se esse ciclo continuar, reduz ainda mais a 
quantidade de ar deslocado. 
Se o diafragma fadiga, não adianta só aumentar 
a [O2] porque ele não vai conseguir puxar o O2 a mais. 
[O2] 
100%
Máscara 
Vedada
Bolsa-
Balão
Fonte 
de O2 
de 15L
Nesse caso, é preciso ajudar com o ambu para que o 
diafragma não seja solicitado da mesma forma. 
O ideal é que tenha um volume corrente de 
6ml/kg de peso predito calculado pela altura (não é o 
peso do paciente). 
Em síntese: só será necessário ambuzar, na 
pré-oxigenação, quando o paciente não tem condição 
de deslocar volume de ar suficiente. 
 Pacientes comuns: Sat O2 > 94% 
 Pacientes com DPOC: Sat O2 = 90-92% 
Se aumentar a saturação do DPOCíticos para 
níveis maiores que 92% pode correr o risco de fazer 
carbonarcose. Visto que no DPOC há a utilização da FR 
para tentar, desesperadamente, lavar CO2. Portanto, 
se ofertar grande quantidade de O2, o bulbo entende 
que está tudo bem no corpo e diminui a sensibilidade 
ao CO2, além de diminuir a produção de bicarbonato 
para compensar o exceço de CO2. Com isso, há acidose 
respiratória e, a medida que é ofertado mais O2, o 
paciente vai rebaixando e entrando em carbonarcose. 
Hiperóxia é tão prejudicial quanto a hipóxia. 
Por que isso ocorre?: paciente portador de DPOC 
é retentor crônico de CO2. Se retem muito CO2, eleva 
pH porque libera H+ em contato com o plasma, 
acidificando o sangue. O bulbo é extremamente 
sensível ao sangue ácido; ou seja, quanto mais ácido 
for o sangue, mais o bulbo irá estimular a respiração 
para que o CO2 retido seja exalado. Em contrapartida, 
quando é ofertado O2 além do necessário, o bulbo 
entende o contrário: ao invés de estimular a lavagem 
do CO2, diminui a FR e retem ainda mais CO2. 
 Obs: No DPOC descompensado, saturações > 
92% aumenta risco de mortalidade. 
 TESTAR APARELHOS 
Importante testar a luz do laringoscópio e a 
integridade do cuff. 
PARAMENTAÇÃO 
1. Capa 
2. Luvas estéreis (preferencialmente) 
3. Máscaras 
4. Óculos 
A paramentação é importante para que não haja 
contaminação de mucosas com material biológico do 
paciente no momento da intubação, principalmente 
devido a proximidade da face do médico com a boca do 
paciente. 
POSICIONAMENTO DO PACIENTE 
Existem 3 eixos 
que precisam, ao 
máximo, estarem 
alinhados: 
a) Oral (OA) 
b) Laríngeo (LA) 
c) Faríngeo (FA) 
Quando mais 
hiperestendida a 
cabeça do 
paciente, maior o 
alinhamento entre 
esses 3 eixos. 
A manobra para hiperestensão da cabeça deve 
ser realizada com o auxílio do coxim occipital para 
anteriorizar a via aérea. Entretanto, não é um 
acessório imprescindível. 
INDUÇÃO 
O pilar da indução para intubação é composto 
por: 
 Sedação 
 Analgesia 
 Bloqueio neuro-muscular (BNM) 
Nem toda intubação precisa ter, 
necessariamente, todos os três componentes; mas, na 
maioria das vezes, a sedação e analgesia estarão 
presentes. BNM facilita, mas não é indispensável. 
Normalmente, a intubação é precedida pela sedação, 
analgesia e BNM. 
Exceção: paciente em PCR não é necessário 
fazer sedação e analgesia, muito menos BNM. 
SEDAÇÃO 
Parte importante da indução, existem alguns 
sedativos que são mais utilizados: 
1. Propofol 
2. Quetamina 
3. Etomidato 
Características da droga: 
 Sedativa 
 Hipnótica 
 Amnésico 
 Anti-Convulsivante 
 Hipotensor (característica / efeito adverso) 
Costuma ser uma excelente droga para 
pacientes que serão intubados em decorrência do 
estado de mal epiléptico, HSA, AVCh, HSD/HED, 
tumores em expansão. 
 É a droga de escolha para neuroproteção! 
Geralmente utilizado em pacientes neurocríticos. 
Em algumas situações sãoutilizadas, inclusive, 
para recreação. 
Dosagem 
1 ampola de propofol (1%) = 10 mg/mL 
Dose de propofol = 1,0 mg/Kg 
Ou seja, levando em consideração que a dose do 
propofol é de 1,0 mg/Kg, um paciente que pese 70kg irá 
precisar de 7ml do propofol. 
DICA: dividir o peso do paciente por 10. O 
resultado já será em ml. 
Possui tanto o tempo de ½ vida, quanto o tempo 
de ação curtos! Isso significa que ele age rapidamente 
(< 30s) e, para cessar o efeito, 3 minutos. Essa 
característica torna uma boa droga para a emergência. 
Não é necessário diluir. É considerado um gaba-
agonista e sua formulação já vem diluida. Pode ser 
utilizado, inclusive, em crianças. 
Tomar cuidado quando a hipotensão não for 
desejada para aquele paciente. 
A quetamina foi utilizada, incialmente, em 
experimentos nazistas nos judeus em alíquotas 
pequenas. Foi percebido que tinha como um dos efeitos 
a polilalia. Foi chamada de “soro da verdade”. 
Características da droga: 
 Sedação 
 Analgesia 
 Hipertensão 
 Taquicardia 
 Broncodilatação 
Além do efeito sedativo, a quetamina também faz 
analgesia. Na teoria a quetamina pode ser utilizada 
sozinha, mas na prática costuma ser feita junto com o 
Fentanil (por exemplo), visto que o poder analgésico da 
quetamina é pequeno. 
Não é uma droga indicada para pacientes 
neurocríticos devido ao efeito hipertensor, 
aumentando a pressão intracraniana (PIC). Entretanto, 
tem boa aplicabilidade para os pacientes hipotensos e 
naqueles DPOCíticos/asmáticos devido ao efeitos 
broncodilatador. 
Dosagem 
1 ampola de quetamina: 50 mg/mL 
Dose: 1,5 mg/Kg 
Tem sido utilizada em ampla escala em tempos 
de Covid-19 devido a falta de sedativos e analgésicos. 
Nesse caso, a quetamina consegue exercer, em suas 
proporções, ambos os efeitos. 
Não é necessário fazer diluição! Tomar cuidado 
com o efeito dissociativo se o paciente estiver em 
infusão contínua / manutenção; as vezes sendo 
necessário associar a propofol ou precedex 
(dexmedetomidina). 
 É a droga sedativa que menos reduz o drive 
respiratória. Muito boa para aquele paciente que 
aparenta ter via aérea difícil. 
Droga que não deve ser feita em pacientes 
taquiarritmicos, hipertensos, neurocríticos. 
Características da droga: 
 Sedativa 
 Tempo de ½ vida curto 
 Tempo de ação muito curto 
 Inerte do ponto de vista hemodinâmico 
O etinidato não muda a hemodinâmica do 
paciente. Ou seja, não faz quedas ou aumentos de 
pressão. Isso é uma grande vantagem para a droga, 
visto que o paciente crítico possui grande labilidade 
hemodinâmica (picos e rebaixamentos de pressão). 
Dosagem 
1 ampola de etomidato = 20 mg/10ml 
Dose de etomidato = 0,3 mg/Kg 
Um paciente de 70kg precisa de 21ml, 
aproximadamente 1 ampola. 
Não é necessário fazer diluição da droga! 
ANALGESIA 
O fentanil é um analgésico opiáceo, 100x mais 
potente que a morfina. 
Dosagem 
1 ampola de Fentanil = 50 mcg/ml 
Dose de Fentanil = 3 mcg/kg 
Paciente com 70kg, precisará de 210mcg de 
Fentanil, o que é equivalente a cerca de 4ml. 
O fentanil é um opiáceo que, na indução, nunca 
deve ser utilizado em bolus rápido e sim em em bolus 
lento. O fentanil em bolus rápido induz o paciente a 
uma condição chamada de rigidez torácica em que o 
tórax não expande. Essa rigidez não permite que o ar 
entre porque não vai haver VPP que dê para isso. 
 Dica: sempre administrar o fentanil em bolus 
lentos! Geralmente, bolus de 1 a 2 minutos. 
Não é necessário que haja a diluição, mas pode 
ser feita devido ao fato de facilitar a administração 
lenta. Consegue, por exemplo, transformar 4 em 10ml. 
 BLOQUEIO NEUROMUSCULAR 
As seguintes drogas – curarizantes - são 
utlizadas apenas para a indução (não para 
manutenção): 
 Succinil-Colina: ordem dos despolarizantes 
 Rocurônio: ordem dos não despolarizantes 
Obs: os bloqueadores cisatracúrio e atracúrio só 
são utilizados para manutenção. 
O succinil-colina bloqueia tanto o eixo 
neuromuscular quanto o rocurônio; porém, faz isso de 
forma a despolarizar células. Já o rocurônio faz isso 
sem despolarizar as células. 
Ambos possuem mesmo tempo de ação: 1 a 2 
minutos cada. 
Contraindicações: 
 Febre 
 Hipertermia 
 Hipercalemia 
Lembrar que toda vez que despolarizamos uma 
célula há saída de potássio. Portanto, não é adequado 
fazer succinil-colina para pacientes que já possuem 
hipercalemia. 
Dose: 1,5 (1 a 2) mg / kg, IV 
Costuma ser uma boa alternativa para pacientes 
que estão com o estômago cheio porque consegue 
fazer inibição do reflexo do vômito e da tosse. Também 
é uma boa alternativa para pacientes com Covid-19. 
Costuma ser mais utilizado que a succinil, porém 
cada um possui suas vantagens e desvantagens. 
Costuma ter menos contraindicações do que a succinil. 
Também pode ser uma possível escolha tanto 
para pacientes com estômago cheio, quanto para 
aqueles com Covid-19, por inibir os reflexos do vômito 
e da tosse. 
Dose: 50 mg, IV, em bolus 
Importante ressaltar que o BNM só deve ser 
feito depois que o paciente estiver sedado e 
analgesiado -> é o último a ser feito. 
Nem sempre é necessário fazer o BNM, mas em 
alguns casos é preciso para que o paciente não tussa 
e nem vomite (como nos portadores de Covid-19). 
TÉCNICA 
INTRODUÇÃO DO LARINGOSCÓPIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
VISUALIZAÇÃO DA REGIÃO GLÓTICA 
Inicialmente deve identificar a epiglote e, 
posterior a ela, visualizar a valécula e a abertura das 
cordas vocais. Se passar da valécula só enxerga o 
esôfago. Nesse caso, se não visualizar a abertura das 
cordas vocais, não deve colocar o tubo porque há 
chances de seletivar no esôfago. 
INTRODUÇÃO DO TUBO 
O examinador deve estar posicionado atrás do 
paciente, segurando o laringoscópio com a mão 
esquerda e o tubo orotraqueal com a direita. 
 
PÓS-IMEDIATO DA IOT 
INSUFLAR O CUFF 
A pressão do cuff precisa estar conforme a 
imagem “a”, com pressão entre 20 – 30 cmH2O. A 
imagem “b” ilustra um cuff com pressão < 20 (risco de 
escape e broncoaspiração) e a “c” > 30 (risco de 
isquemia e necrose). 
CONFIRMAÇÃO DA TÉCNICA 
É preciso conectar o ambu ao tubo e auscultar: 
 Epigastro 
 Base de HTXs 
 Ápice de HTXs 
Apesar de não ser a melhor técnica para 
confirmação, é a mais utilizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Boa técnica para avaliar se há seletividade e se 
o tubo está bem posicionado, porém é mais demorada. 
É considerada a melhor técnica / mais acurada 
para confirmar a intubação. O capngórafo é um sensor 
de CO2 que, ao ser colocado no tubo, vai verificar se o 
CO2 está sendo exalado ou não: 
⮿ Não Exala CO2 = esôfago (curva 1) 
✓ Exala CO2 = traqueia (curva 2) 
Existem outros métodos menos acurados para 
verificar a intubação: 
 Tubo embaçado (indica passagem de gás, 
porém é o pior método para confirmar) 
 Elevação do tórax a cada insuflação do 
AMBU (porém, se o paciente ainda tiver bom 
drive respiratório, vai elevar por si mesmo) 
 Melhora da saturação do O2 pelo oxímetro 
de pulso 
FIXAÇÃO DO TUBO 
Para fixar o tubo podem ser usados dois 
métodos: 
1. Cadarço fixador: diminui o risco de 
extubação, além de não machucar e ser 
mais confortável para o paciente 
2. Esparadrapo: não é a fixação ideal. Faz um 
“Y” com o esparadrapo, depois passa outro 
pelo meio, enrola no tubo e fixa. 
OUTROS COMENTÁRIOS 
O midazolam (Dormonid) não é uma boa droga 
para indução; é boa para manutenção. Visto que possui 
tempo de ½ vida e ação mais demorando e, por vezes, 
é necessário usar flumazenil para reverter efeitos.

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